"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

GATO POR LEBRE (Perdoa-se a contradição onde manda a conveniência)


Crônica

GATO POR LEBRE (Perdoa-se a contradição onde manda a conveniência)

quinta-feira, 29 de julho de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Saiu nos noticiários de hoje: muitos políticos brasileiros agora querem por fim na “Progressão Escolar Automática ”. O que deu neles? O que estão vendo hoje que não viram quando criaram a tal “aberração”? Será se têm uma boa intenção nisso ou continua a inicial?
          A escuridão da ignorância ou do fanatismo cega os mais saudáveis olhares, quando a politicagem toma de conta, ninguém escapa, se for conivente! Aqui vale citar o lugar comum: “De noite todos os gatos são pardos”. É talvez por isso, em todo esse tempo, que convivemos com gatos pensando ser lebres, pelas trevas envolventes. Assim, aprovando um homem ignorante o tornará mais facilmente manobrável! Certo ou errado?
          Penso ser o motivador desse direcionamento político,  rumo ao bem, um fator primordial: perceberam a falta de estímulo aos estudos, tiraram a credibilidade do adolescente para com a escola. Mas, o que está certo ou errado na escola pública brasileira nesse particular? Talvez os técnicos “bem graduados” e experimentados mandam orientações bem elaboradas e desejam de nós da escola o entusiástico uso de nossos talentos no rumo desejável. Porém, a solução está no desempenho da mente dos inferiores, na ponta de baixo do seguimento, eles precisam aprender o aprender.
          Outra coisa também analisada, a essa altura do tempo, foi o fato de que nem todos os profissionais da educação questionadores do certo e do errado, desejam realmente saber o certo. Eles desejam seguir o caminho traçado, posto aquele conveniente à maioria, porque têm medo da sociedade. Temem sujar sua reputação. O amor à política partidária estende um véu sobre suas mentes, e eles continuam de alma escondida. 
          Os psicopedagogos  não puderam ver prejuízos na “progressão escolar continuada”, apenas não lhes é mais conveniente. Não se deram ao luxo, em momento algum, de transformar os erros em acertos. Pois, em quaisquer outras medidas generalizadas para a educação, faz-se notório, o malefício do comum e inadequado. As normas desvirtuam-se quando particularizadas, e isso mete medo em qualquer um. A medição de forças dentro do sistema educacional é uma batalha em função do domínio das mentes dos mais simples, fazendo-os subalternos gratuitos. Há os que dirigem as mentes dos pobres “coitados” para a sombra onde os conceitos se tornam vagos e as atitudes indistintas. Da brasa para o espeto ou do espeto para a brasa?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 29/07/2010
Código do texto: T2406181

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sábado, 24 de julho de 2010

OS LESADOS, NÃO DENUNCIANTES (Cursos a distância física e ideológica, indústrias de diploma fáceis, faturando alto.)

Crônica

OS LESADOS, NÃO DENUNCIANTES (Cursos a distância física e ideológica, indústrias de diploma fáceis, faturando alto.)

sábado, 24 de julho de 2010
Claudeci Ferreira de Andrade
        Ouvi pelo rádio sobre uma grande quantidade de cursos a distância que são verdadeiras indústrias de diplomas fáceis, faturando alto. Já na internet, descobri estes dizeres: “SUPLETIVO A DISTÂNCIA SEM FREQUENTAR SALA DE AULA, CERTIFICADO RECONHECIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL E VÁLIDO PARA: FACULDADE, CONCURSOS PÚBLICOS, CURSOS TÉCNICOS E PRINCIPALMENTE PARA O MERCADO DE TRABALHO, COM PUBLICAÇÃO EM DIÁRIO OFICIAL , PAGAMENTO FACILITADO . (0**14) 9621.5895.” E contrastei com (http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/video-mostra-prisao-de-suspeitos-de-vender-diplomas-de-ensino-medio.html) - Acessado em 05/03/2016.
        As pessoas honestas consigo mesmas, estudam de fato. Estas, sim, podem denunciar, reclamar e se sentir injustiçadas com a máfia da educação. Os moderninhos como favorecidos pela falcatrua do sistema educacional paralelo, eles devem não ser muito questionadores. Toda facilidade do sistema educacional oficial proposto, tem em vista "ajudar" as pessoas, e não apenas satisfazer–lhes a vaidade de se anunciar graduados. Como podemos levar os supostos beneficiados a se denunciar e aceitar sua criminalidade, enquanto tem outro tipo que se soma a esses: os compradores? Frequentam paulatinamente o colégio, mas são fracos, e são parceiros! Assim, acabam forçando o fim a justificar os meios.
        Ser conivente com os que escolheram o atalho não atrapalha efetivamente os intelectuais e estudiosos honestos, cumpridores de currículo escolar. Disputar vaga em um concurso é como uma tempestade no mar, coloca em prova a nau. Seja qual for sua situação, garanta-se, lembrando-se também: os diplomas não fazem prova de conhecimento efetivo!
        Eu pertenço à esta terceira classe, fiz verdadeiramente bons cursos, nunca comprei um diploma, mas não denuncio os praticantes, só falo de milagres, deixo os santos no anonimato, prefiro tratar os fracos com mansidão e humildade, estes são os sinais reveladores de minha coerência, fui o primeiro colocado com a nota 9,7 no concurso público da educação estadual, 1998, para esta região, na área de Língua Portuguesa. E o terceiro na educação municipal de Senador Canedo, 2002. Desisti de trabalhar na educação pública municipal de Caldazinha, pois já trabalhara pela manhã e fazia faculdade à tarde, 1998, ali, também, houvera passado em terceiro lugar. Devemos ter todas as boas qualidades: amor, paciência, humildade, bondade, longanimidade; além de conhecimento academicamente sistematizado. Quem sabe, eles resolvem estudar arduamente mesmo depois de ter comprado, no mercado negro, seu diploma! Se você acha que estou dizendo isso tudo ao me exaltar por exaltar, interpretou mal minha crônica! Sabe quais sentimentos ocupam a minha mente? São os mesmos de quem bateu em um bêbado! E quando fracassei tive os piores, seriam, os de quem apanhou de um bêbado!
         Para não deixar em branco aos de "nível avançado", fiquei sabendo que os mestrados e doutorados do Paraguai devem passar pelo teste de equivalência nas universidades daqui. Êta, indústria...! https://extra.globo.com/extra-mobile/fabrica-de-diplomas-escola-com-capacidade-para-100-alunos-teve-12-mil-matriculados-num-ano-23116701.html
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2010
Código do texto: T2337064

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

EU EM VOCÊ NO AMANHÃ (O outro lado da pirataria)


Pensamento

EU EM VOCÊ NO AMANHÃ (O outro lado da pirataria)

Claudeci Ferreira de Andrade

          Sou Multipresente através de meus leitores, e quem quiser me copie, favorecendo assim minha expansibilidade. E mais ainda, serei eterno se vocês tirarem meus personagens do texto, vivendo-os. Eles são "pirateados" da vida real E, outras vezes, plagiado da imaginação, esta que ninguém pode impedir voar sobre nossa cabeça, então venha, se a lei da gravidade lhe permitir, e faça ninho.
          Quem vem de cima é sempre o maior! Um benefício barato nunca vale a boa interpretação, por outro lado, a má interpretação é geralmente irresponsável. Leis perfeitas não deixam brechas! Ninguém rouba minhas  ideias na fonte, só depois de expressadas! O ladrão sabe não são dele e se condena, depois me devolve em prestigio moral: remissão natural. "O que dá o prestígio verdadeiro ao artista são os seus imitadores."(Igor Stravinsky). 
          Porém, "O Alheio chora ao seu dono". Que diabo é "Domínio Público"? 
           "O domínio público representa o fim dos direitos patrimoniais do autor sobre a obra intelectual. As obras que ingressam no domínio público passam a “pertencer” à coletividade, podendo ser livremente utilizadas. Uma obra intelectual pode ingressar no domínio público na ocorrência de uma das seguintes hipóteses: (i) decurso do tempo, (ii) o falecimento do autor sem deixar herdeiros ou (iii) ser a obra de autoria desconhecida. Quanto ao decurso do tempo, é necessário que o autor, ou o coautor, no caso de coautoria, tenha falecido há mais de 70 anos. Isso significa dizer que somente após 70 anos da morte do autor ou do último dos coautores é que a obra intelectual pode ser considerada de domínio público. A Lei 9.610/98 prevê uma forma específica para a contagem do prazo de 70 anos para que uma obra intelectual integre o domínio público: o prazo somente começa a fluir a partir de janeiro do ano subsequente ao falecimento do autor. Por exemplo, se um autor morreu em agosto de 2013, o início do prazo se deu a partir de janeiro de 2014. Nessa linha de raciocínio, somente a partir de janeiro de 2084 é que a sua obra ingressará ao domínio público." https://www.meudireitoautoral.com/quando-uma-obra-vira-dominio-publico/
           Quem divulgar textos vinculados a autor Desconhecido é no mínimo um golpista: destrói o que não pode possuir, nega o incompreensível, insulta o invejável. Eu abomino os ladrões de alma!
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 05/07/2010
Código do texto: T2360356

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domingo, 4 de julho de 2010

"PÕE MORAL, PROFESSOR!" (Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil.)








Crônica

"PÕE MORAL, PROFESSOR!" (Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil.)


Por Claudeci Ferreira de Andrade


         Qual professor ainda não se viu numa sala transtornada em "baderna" e ainda teve de ouvir daquele aluno palhaço querendo aparecer, gritando: "Põe moral, professor"! O imbecil não sabe conceituar moral e que a mesma é intransferível, pois cada um tem a porção construída em casa, no seio da família. Quem não tem moral é o professor ou são os farristas desobjetivados, os quais nem ficam dentro e nem fora da sala ou transitando de carteira em carteira, "matando aula" dentro da própria sala de aula? Essa é Minha pergunta filha da decepção! Em outro momento, pensei: será se esse tolo sabe de fato o quê está sugerindo ao professor? Pois quaisquer pensamentos, desejos ou conduta considerados errados, envolvem questões morais, e ele está comprometido com isso. Por que ele chega a tomar esta atitude? Não posso compreender! Mas, de uma coisa estou certo, ele assume o pior comportamento naquele instante. Há uma multiplicidade de exigências com o apelo dele, afrontando a toda espécie de regras e regulamentos de uma unidade escolar.
         É possível dar tal ênfase à sua própria pessoa, chegando a desviar a atenção do mísero professor, prejudicando qualquer encaminhamento dele rumo à paz, atraindo para o "coitado" mestre os mais deploráveis sentimentos, dos tais não têm princípios, só sentimentos enferrujadores como: ira, ciúmes, inveja, ódio, hostilidade, indolência, malícia. Infelizmente isso é possível!
         Ao acentuar do professor, ali presente, dizendo-lhe não ter moral alguma, tenciona que todos passem por alto a infração do aluno malicioso. Quando um deles faz isso, a sala de aula despeja crescente ansiedade, culpa e condenação, especialmente em quem a dirige. O despreparado indivíduo tira do professor o equilíbrio, e a fria moralidade exigida, tende a tornar-se indistinta e cruel, de modo que os demais alunos duvidem da sinceridade do mestre com suas responsabilidades de líder.
         Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil. 

         Perigo algum é maior, à sociedade, do que alguém está a frequentar o colégio com a aparência de aluno e não ser um aluno de objetivo nobre. Tem preguiça de trazer à escola o livro didático ganhado. Para esse, o convite ao lanche de graça é o maior motivo de largar o professor falando sozinho e sair correndo derrubando as cadeiras e mesas. Esse tipo vai deixar a bicicleta, também ganhada do governo, em casa, e virá à escola a pé com preguiça de pedalar. Outros vão descaracterizá-la disfarçando de não membro do grupo dos tais... Eu nunca vi um ciclista comum de capacete... Vai desperdiçar dinheiro assim lá longe, governo sem educação! Essa é a moral que eles conhecem!
         Alguns evangélicos, mais "fervorosos", ligam o Telemóvel (presente ganhado do pai pelo sucesso do filho nos estudos), obrigando todos da sala a ouvir sua música gospel, e se o professor pede para desligar, é o Satanás o impedindo de fazer o seu trabalho missionário. Na educação, sempre sou forçado a cometer os mesmos erros! As “peças” do sistema não se encaixam. Por isso, talvez, e por tantos outros desencontros, eu lhes pareço não ter moral porque simplesmente não me imponho. Contudo tenho sim, não a moral que eles querem, na medida deles, e é como já disse: ela é comunicável e exemplificável, mas não transferível. Talvez eu seja como um desses livros que o Friedrich Nietzsche disse: "Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o seu veneno." 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 04/07/2010
Código do texto: T2358065

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

AS FORMALIDADES DA ESCOLA (Escola Sem Aula, Sem Série e Prova: DÁ CERTO?)




Crônica

AS FORMALIDADES DA ESCOLA (Escola Sem Aula, Sem Série e Prova: DÁ CERTO?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Deparando-me com este pensamento de Ernesto Sábato: “Creio que a verdade é perfeita para a matemática, a química, a filosofia, mas não para a vida. Na vida, contam mais a ilusão, a imaginação, o desejo, a esperança”. Então, Pensei em como o sistema educacional pretende formar cidadãos inserindo-os na vida, pois com tanto "profissionalismo" ainda está longe do ideal!
            Os alunos são convidados a fazer carreira no mundo, enquanto segue normas que favorecem a predisposição para o fanatismo social, floculação das camadas sociais. As verdades da escola solidificadas  tornam-nos insensíveis.  A violência no ambiente escolar é uma manifestação natural da ilusão, da imaginação, do desejo e da esperança fazendo resistência à verdade tão apreciada por si mesma. A verdade nunca esteve tão distante dela mesma a ponto de precisar está sendo ela mesma a cada instante.
            Como vou continuar ensinando meus alunos a construírem castelos de pedra se os de areia são recomendados pela natureza e remodelados constantemente pelo vento? É a vida tão vulgar assim? Digo vulgar com a mentalidade de professor tradicional, pois ainda sou. Mas, por que têm tantos que são forçados a precisar das verdades do sistema educacional, e outros nem precisam disso para fazer sucesso e viver bem na "Classe A” da sociedade? Aqueles indivíduos convencionais já podem ser descartados do mundo real, pois são luzes, testemunhas poderosas, funcionam como prova de que a escola está vendendo austeridade e apenas isso. Assim, fica difícil crer na escola como a salvadora da sociedade com a educação de seu umbigo. 
            Bons alunos da escola sistematizada são fracos o bastante, comparados com os alunos da escola da vida rotativa, estes corrompem o tradicionalismo e a formalidade, aqueles não, solidificarão mais ainda o sistema engessado presente. E para melhorar o sistema educacional, ninguém, exceto a vida parece saber o que fazer.
         Por que os alunos não têm respeito e consideração às autoridades educacionais da escola? Será se descobriram tarde demais a existência de outro mundo próspero e também real: o mundo da ilusão, da imaginação, do desejo, da esperança? Em meu desespero, pressionado a ser como meus chefes querem, cheguei a pensar isso! Desculpem-me os mais conservadores. Porém, permitam-me só mais uma pergunta. Se a verdade por si só se defende, então qual é a necessidade de dar bicicleta, lanche, uniforme, dinheiro para manter os alunos na escola pública? Um pouco de ilusão não mata ninguém! 
          Se não for atrativo saber sobre o professor, cujo o profissional não deu certo em outras profissões ditosas, então não diremos nada sobre o coordenador inábil como professor? Estou doido, já não sei mais o que é verdade ou ilusão; desejo ou esperança; nem imaginação ou realidade! Salvem-me do fanatismo social, ou da mania de grandeza. Ou Façam-me educado sem a educação. Ou talvez tenha razão o educador português José Pacheco: "TRABALHO HÁ MAIS DE 30 ANOS COM ESCOLA QUE NÃO TEM AULA, SÉRIE E PROVA, E DÁ CERTO". (http://educacao.uol.com.br/noticias/2009/06/30/escola-sem-aula-serie-e-prova-da-certo-ha-mais-de-30-anos-diz-educador.htm) — acessado em 20/02/2016.
           O que o professor José Pacheco não descobriu foi o fato de a educação brasileira ser mero cabide de emprego, e existem coordenadores regulando qualquer ação de professor inovador. Quem ousa deixar de aplicar prova timbrada? Deixar de mostrar "planinhos" escritos para arquivar? E talvez, se esqueceu também sobre o dinheiro destinado à educação, quase não chega à escola.

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 10/06/2010
Código do texto: T2312363

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domingo, 30 de maio de 2010

A EDUCAÇÃO É BELA ( "A beleza está nos olhos de quem a vê")














Crônica

A EDUCAÇÃO É BELA ( "A beleza está nos olhos de quem a vê")

domingo, 30 de maio de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade
         Vários olhares opacos da vida têm destruído, de muito, completamente o entusiasmo frente à beleza. Agora, depois de duas facectomias bem sucedidas, já posso ver amplamente a beleza do espaço onde range as pessoas educadas e onde a lânguidamente a vida flui, t(ão)ambém vejo as flores vestindo cores berrantes! Falo de meu olhar físico, quem me dera fosse um transplante de espírito, operado pela influência do meio, veria auréola brilhante nos pecadores. Como é lindo o meu olhar! Preciso constantemente de relações motivadoras e sensibilizadoras ao belo. É extremamente necessária a destruição da normativa catarata: a cegueira branca da rotina, mesmo que para isso tenhamos de ser submetido a um transplante de mente! Então, fazendo do espírito as lentes do olhar, em todas as direções, ver-se-ão, de dentro para fora, de coração a coração!
           José Saramago já falou em seu romance: "Ensaio sobre a Cegueira", sobre a deterioração profunda de um povo cego. Uma cegueira leva a outra até o fim de tudo. A verdade é que temos de aprender a ver a beleza. Eu deveria já ter desenvolvido profunda dignidade, graças à majestade e exuberância condizente com a beleza do lugar onde trabalho e sirvo! Porém, estava no ponto cego do meu espírito, via mal! Como Francis Bacon: "Não há beleza perfeita que não contenha algo de estranho nas suas proporções."
           Um professor com uma boa visão física vive a vida na companhia da beleza plástica de muita gente boa. O quê poderia ainda mais usufruir se usasse sua "tridimensionalidade" da visão?! Mesmo em meio a todas as pressões da vida, o equilíbrio deve ser o ideal para alguém de vistas claras, ele tem mais segurança. Nem todos os professores são eruditos, ou artistas, porque a beleza da vida nem sempre está ao alcance deles da mesma forma, às vezes, os olhos não lha permitem.
           Um professor enxergando bem pode ser estimado por sua visão física, mesmo sendo rude e desgracioso com sua visão mental e/ou espiritual. O título já lhe basta! Mas, é muito incerto haver alguém desejoso de seu ponto de vista. A pureza de mente e coerência nas maneiras é dos mais visíveis aspectos da beleza. Certamente a beleza interior é muito mais importante e sobre qualquer aspecto exterior de alguém, sem omitir esta, pois precisamos evitar a aparência do mal. Sim, o produto de tudo deve ser mais do que boas maneiras. Inclui o sensível gosto pela virtude e pela essência do belo. Envolve bondade, seriedade, altruísmo e sinceridade. Por isso, não se pode ver virtudes com apenas olhares físicos!
           Existe a beleza repelente, a falsa, aquela da qual fala Honoré de Balzac : "Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade". Olhares nos flecham repetidamente com um brilho resplandecente até, à vista disto, muitas das vezes, nos pintam erroneamente, criando um ponto-de-vista incoerente. É possível enganar alguém com o olhar atravessado das maiorias! No entanto, a beleza da realidade nua e crua transfere ao professor visionário certas qualidades pessoais. Porém, requer dele justiça, lealdade, gentileza, cortesia, altruísmo e amabilidade, e isso pesa e cansa, então a rejeita, preferindo a igualdade com o povo comum. E assim fica feio! A beleza da vida não é um som, todavia quebra cristais. A diferença está, não só na aparência, entretanto no modo de ser. É o motivo maior do comportamento responsável. Que meus olhos multifocais e límpidos, agora, ajudem-me nisto, para eu não ficar tão deslumbrado com o exterior a ponto de não ver o interior. Isso só será possível através da educação!
           Eu já tinha lhe dito que gosto de mulher feia? Agora confirmo que gosto de gente educada porque é bonito. 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 30/05/2010
Código do texto: T2288967

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