"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ATOR SOCIAL (SÓ OS HIPÓCRITAS SÃO LIVRES PORQUE SE ESCONDEM NO PERSONAGEM QUE QUISER)



crônica


ATOR SOCIAL (SÓ OS HIPÓCRITAS SÃO LIVRES PORQUE SE ESCONDEM NO PERSONAGEM QUE QUISER)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
         

            Meu segredo de viver razoavelmente bem no Sistema Educacional, por tantos longos anos, onde há tantos desrespeitadores, os quais não conhecem o seu lugar e, em nome da "boa" educação, desestabilizam-me, é o fingimento. Sou o melhor dos hipócritas, só assim me sinto livre porque posso me esconder no personagem que eu quiser. A falsidade é minha arma não violenta, os meus companheiros merecem pior, mesmo ela sendo eficaz contra os maldosos que vivem tão perto de mim, e eles insistindo em disfarçar como tais amigos conselheiros, também me calejam, e ela, mais uma vez, torna-me invisível. Sendo assim, espero encontrar maiores glórias por ser praticante do pensamento socrático. "O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser." (Sócrates). O que come condena os que também comem para sobrar mais para ele!
          O Albert Einstein estava com toda a razão quando disse: “Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou”. (Pensamento adotado como lema da 2ª Jornada Pedagógica-Ensino Aprendizagens da Secretaria da Educação de Senador Canedo-Goiás, 2011). Será se ele me reforça a ideia que o conforto real se pode achar na falsidade? Enfatiza Oscar Wilde: "A educação é uma coisa admirável, mas é bom recordar que nada do que vale a pena saber pode ser ensinado." Immanuel Kant salienta, dizendo sobre a escola ser um equívoco mascarada de generosidade: "É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias." Atualmente, mandam-nas para comer e brincar!
          Foi dolorido descobrir nos "bons" coordenadores pedagógicos deste sistema equivocado, também, o dom da hipocrisia. Senti ciúmes! Quem maltrata os professores que ensinam com o livro didático em mãos, é o mesmo conquistador de aluno que não gosta de livro, tachando-nos de antiquados e despreparados. Os livros são mascaras usadas por atores de documentários, porque são relembradores e na ausência deles, as pessoa vendem apenas plágios. Os livros não podem ser hipócritas, são sempre o que são. Por isso, aos poucos serão banidos da escola, pelo menos os alunos já não trazem os que ganharam do governo. Talvez, seremos obrigados a trabalhar, num futuro bem próximo, só com texto de “autor desconhecido”. Aqueles, nossos críticos, zombam de nós por ter um livro em mãos na hora da aula, estão nos pedindo para ser hipócritas, e fingir ser dono do pensamento expressado. Mas, quando com o livro, sou o produto do livro e sem o livro sou o subproduto dele.
          Os incompetentes escolhem pessoas reais, das quais não gostam, para culpá-las pelos seus fracassos. Quando me sinto cercado de incompetentes, torno-me um deles, a contaminação é inevitável, ou melhor, escolho um personagem para me camuflar! Desse modo, a água se suja quando limpa. "Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária". (Fernando Pessoa). As máscaras que uso formoseiam-me feliz demais, distanciando-me da morte à seu ver; pois o falecimento é o único estado real e permanente de nossa existência, ou pelo menos, a realidade do nada, ou ainda a mascara final. E se me escravizam, fazem-no a um personagem! E se me perguntam quem sou, digo que sou apenas mais um personagem: O palhaço que se mascara quando tira a máscara, "liso que nem quiabo"! Então eu concordo com Aline França: "Passado o carnaval todos colocam as máscaras..."

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2011
Código do texto: T2742553

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

NOVO NASCIMENTO, IMPOSSÍVEL! ("O destino pode mudar. Nossa natureza jamais." - Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX)

NOVO NASCIMENTO, IMPOSSÍVEL! ("O destino pode mudar. Nossa natureza jamais." - Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Sentado aqui, com a caneta na mão e o papel à minha frente, reflito sobre a essência da humanidade. Todos nós, em nossa essência, somos iguais. Perfeitos em nossa imperfeição, moldados não por nossas escolhas, mas pelas circunstâncias que nos cercam.

Deus, em sua onipresença, está em cada um de nós. Não há separação, não há distância. Somos parte Dele, e Ele é parte de nós. A vida, em sua essência, é essa conexão divina. E é por isso que parei de acreditar na conversão a Deus. Como poderíamos nos converter ao que já somos?

Nenhum homem pode mudar a natureza de seu caráter, pois é a eternidade divina que o compõe. Como poderia Deus remodelar um ser, descaracterizando outro? Muitos se dizem convertidos e transformados, mas ainda se deleitam nas sujeiras do passado. A cadeia jamais conserta delinquente, apenas dá brilho no seu comportamento! Como disse Paolo Mantegazza, "A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca; porque não se melhora senão o que já existe."

As consequências nos fazem mudar de rumo, mas sempre retornamos, pois carregamos nossa essência onde quer que vamos. O destino está traçado. Seria um bandido menos bandido se os homens fossem mais homens? Não. Ninguém é menos bandido do que pode ser, nem mais homem do que pode ser. E é por isso que digo: a semântica das orações interrogativas não é como subordinadas condicionais e sim coordenadas assindéticas.

Se condenamos alguém por um ato qualquer, é porque não nos encontramos no lugar dele: espacial, temporal e modal. Faríamos o mesmo se estivéssemos exatamente em seu lugar, ou melhor, se tivéssemos exatamente sua história de vida. E ele nos condenaria se as posições fossem trocadas. Somos distintos, caminhando para um mesmo fim. Como disse Maquiavel, "toda a ação é designada em termos do fim que procura atingir".

Não somos de nós mesmos, somos do tempo, tangidos pelas circunstâncias. Deus já contribuiu na manipulação programática do espaço que nos moldou. Assim, eu apenas continuo sendo, moldado pelas circunstâncias já determinadas: "Modal de Deus". E meu lema é, sou enquanto estou funcionalmente ou não. Em espírito, sou da mesma essência de Deus, imutável. Felicidade é adaptação bem ajustada!

Recomendo aos meus leitores, como um mantra para a vida toda, a seguinte composição: Todo comportamento é reação a um estímulo! E desejo-lhe dias cheios de fortes estímulos!

Eduardo Scorth

Quem muda o caráter, muda a consciência.

É essencial manter a essência

Mesmo com arte, o artificial.

Não destrói o brilho, do que é natural.

Você tem algo, que só Deus explica.

Quanto mais simples, mais bonita fica.

Como foi ontem, que seja amanhã.

Eu nasci seu homem e vou morrer seu fã ♫ (Os Nonatos)

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Essência Humana e Determinismo:

a) O autor afirma que "todos nós, em nossa essência, somos iguais. Perfeitos em nossa imperfeição, moldados não por nossas escolhas, mas pelas circunstâncias que nos cercam". Discuta como essa visão determinista da natureza humana se relaciona com a ideia de livre arbítrio e responsabilidade individual.

b) De que forma a crença na onipresença de Deus e na conexão divina influenciam a visão de Scorth sobre a essência humana? Como essa visão se diferencia de outras perspectivas religiosas ou filosóficas sobre a natureza humana?

2. Natureza do Caráter e Conversão:

a) Scorth questiona a possibilidade de conversão a Deus, argumentando que "nenhum homem pode mudar a natureza de seu caráter". Discuta os argumentos do autor e apresente sua própria visão sobre a capacidade de mudança e transformação do ser humano.

b) A citação de Paolo Mantegazza ("A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca") é utilizada para ilustrar a ideia de que a essência individual é algo imutável. Você concorda com essa visão? Explique seus argumentos.

3. Destino e Influência das Circunstâncias:

a) O autor sugere que "o destino está traçado" e que nossas escolhas são, em grande parte, determinadas pelas circunstâncias que nos cercam. Como essa visão fatalista se relaciona com a busca por significado e propósito na vida?

b) A citação de Maquiavel ("toda ação é designada em termos do fim que procura atingir") é utilizada para ilustrar a ideia de que nossas ações são sempre motivadas por um objetivo. Você concorda com essa visão? Explique seus argumentos.

4. Condenação e Empatia:

a) Scorth afirma que "se condenamos alguém por um ato qualquer, é porque não nos encontramos no lugar dele". Discuta como a empatia e a compreensão das diferentes realidades podem nos ajudar a evitar julgamentos precipitados.

b) Como podemos cultivar a compaixão e a compreensão em nossas relações interpessoais, reconhecendo a complexa essência de cada indivíduo? Que tipo de ações e atitudes podem contribuir para essa postura?

5. Essência, Felicidade e Estímulos:

a) O autor define a felicidade como "adaptação bem ajustada". Discuta como essa definição se relaciona com a ideia de que a essência humana é imutável e que devemos buscar nos adaptar às circunstâncias.

b) Scorth propõe a seguinte composição como mantra para a vida: "Todo comportamento é reação a um estímulo!". Como essa perspectiva pode nos ajudar a compreender nossas próprias ações e as ações dos outros?

Observações:

Estas são apenas sugestões de questões discursivas. Você pode adaptá-las à realidade da sua turma e aos seus objetivos de ensino.

Incentive seus alunos a desenvolverem respostas críticas e reflexivas, utilizando argumentos e exemplos concretos.

Promova um debate em sala de aula sobre os temas abordados no texto, incentivando a participação de todos os alunos.

Espero que estas sugestões sejam úteis!



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PREDESTINAÇÃO — Tanto o querer como o realizar estão programados ( Fil.2:13)

Crônica

PREDESTINAÇÃO — Tanto o querer como o realizar estão programados ( Fil.2:13)

Por Claudeci Ferreira de Andrade*

           Eu Creio num futuro pronto e acabado. Se quiserem chamar isso de predestinação, façam-no bem. Por isso, existem profetas verdadeiros! É inconcebível desvendar um futuro incerto. Não há nada mais tão criterioso que o destino. O acontecido acontecerá novamente, a vida é cíclica, e cada um de nós devemos fechar os círculos abertos. Raul Sexas confirmou: "tudo acaba onde começou", na canção: Meu Amigo Pedro. É mais ou menos como pergunta Clarice Lispector: "Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer?"
           É impressionante como muitos acreditam ter livre-arbítrio, e podem construir o seu futuro. Seriam esses deuses de si mesmos? Se você tem livre-arbítrio, então você é Deus, e o Lúcifer venceu mais uma vez! Não há profeta verdadeiro, se o futuro é você que constrói. Aí, alguém me pergunta: se eu nunca escolher estudar, como serei um médico? Então lhe respondo com outra pergunta: E quantos jamais estudaram formalmente e são bem sucedidos nas várias profissões sociais? Mas, os formados baniram os práticos! Todavia, eu diria que se você tiver de ser um médico credenciado, estudar medicina não será uma escolha, porém uma imposição circunstancial. Sobre essa afirmação, o Apostolo Paulo disse: Ai de mim se não pregar o evangelho ( I co. 9:16).   Então, as consequências são uma forma do Deus encaixar cada um em seus "trilhos". Se todos pudêssemos realmente escolher, seriamos iguais, porque ninguém quer ser bandido ou mendigo. Ninguém recusa aquilo que lhe é conveniente, até porque a conveniência é generalizadora. E pelas adequações das circunstâncias, o homem é conduzido e iludido sobre ter escolhido o seu destino. Mas, disse Nelson Rodrigues: "Deus está nas coincidências". E eu creio. A partir das singularidades das formas ser possível a um fim último automático. De forma alguma, estou incentivando a inercia, o cruzar os braços, pois  qualquer comportamento e até mesmo o correr atrás é necessário, é a execução do querer imposto por Deus.
          A predestinação implica um dia certo para morrer; uma indistinção entre o bom e o ruim; um ritmo universal; um Deus superior e controlador (Eu aceito um Deus controlador e soberano, pois uma célula dento de um organismo só realiza o que lhe é imposto pelo corpo, se agir ao contrário, virar-se-á câncer, considerando também ser um estado da predestinação ao revés).
           Ninguém tem poder sobre si mesmo quanto ao fim último de sua vida, nem mesmo os suicidas, senão todas as tentativas de suicídio seria uma morte certa, e não é o que presenciamos nos noticiários.
           O sofrimento é a predestinação ao revés, é o retorno programado e forçado ao fim último original. E as possibilidade dos desvios acarretam no experimentar estas experiências também programadas. Eu preciso de todas as experiências, não tendo como atenuar meu peregrinar, todavia nem posso ser exemplo para outros, passando só por aquelas que constam em meu programa de vida; os demais, vivencio assistindo-os em seu trilhar sobre o seu destino. 
           Além do mais, tudo tem um fim, porém os círculos são alternados e não podem acabar tudo de uma vez, senão Deus deixará de existir. Por isso, as doenças sempre saram, ou ao nível de célula, ou ao nível de órgão, ou ao nível de corpo, mas sempre morre uma estrutura para salvar as outras. E a morte de um homem será solução ao organismo geral, porque a morte de muitos homens implicará a morte do organismo. E o que seria a doença? O revés da predestinação. O Diabo é só uma forma de Deus agir, culpá-lo por toda adversidade é condenar a Deus.
           
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 20/12/2010
Código do texto: T2682010

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sábado, 18 de dezembro de 2010

O FUTURO DA ESCOLA (Virtualismo Jurídico: coisificação oficial das pessoas.)

Crônica

O FUTURO DA ESCOLA (Virtualismo Jurídico: coisificação oficial das pessoas.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          “Escola indeniza professora que foi estuprada por aluno de 15 anos em plena sala de aula” (http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:TwYMRUWNDMYJ:youpode.com.br/%3Fp%3D12622+estupraram+a+professora&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br) (acessado em 20/08/2016).
          A escola, aqui no Brasil, com certeza, não mais será o “paraíso” tão em breve. Ouvimos com muita frequência nos noticiários mundiais que mataram um professor, quebraram os braços e os dentes da professora, estupraram outra professora e por aí vai! Aqui em nosso caso, se os crimes praticados aos professores e crimes praticados aos alunos fossem indenizados pela escola pública brasileira, ela já não existiria mais! Já pensaram se todos os analfabetos funcionais e mal formados profissionais pedissem, junto à justiça, uma indenização à escola pelo tempo perdido e por outros crimes educacionais?
          Chegamos ao ponto de ficarmos atônitos, sem saber como será nosso amanhã nesse trabalho de lecionar. O mundo real em que vivemos nos oferece, também, essas atrocidades, e o porvir dos sonhos, da educação desejada, está distante e incerto demais. O primeiro é visível, embora potencialmente esteja insuportável, e já não tenha futuro, nem haja solução para suas mazelas no presente processo da história. O segundo, o qual, desejado por muitos, é invisível. Nós ficamos só com os olhos arregalados diante do invisível. Eu sinto dó dos assim visionários promissores do sistema educacional público, os quais conheço bem: deslumbradores do invisível, na esperança que vai melhor.
          Do meu ponto de vista, no papel de professor, necessitamos de um intelectual espirituoso bem intencionado, com poder de decisão, como ministro da educação brasileira, para repensar o sistema educacional. E que faça cumprir os reclames da filosofia tradicionalista, freando esse modernismo canceroso denominado construtivismo, interacionismo, sociointeracionismo, interacionismo sociodiscursivo, tudo junto, “escola nova”, sei lá mais do quê chamam essa podridão! E ainda se refugiam dizendo que ninguém ensina nada, as pessoas aprendem se quiserem. A escola não pode continuar sendo laboratório da política partidária, pois, assim continuará entregando ratos de laboratório feridos à sociedade, logo eles se vingarão cabalmente. Digo isso, confiando na tradicional lei do equilíbrio, a garantidora da revolução ou reviravolta. Jamais houve tantos experimentos frustrados nesse campo, que não dar mais para enganar! Agora ainda querem informatizar uma escola que sequer sabe lidar com o “joio e o trigo”, potencializando a "lambança". Vivemos com um senso de inferioridade tão gritante, restando apenas encaminharmos frequentemente nossos alunos questionadores ao Google. Nosso triunfo com o Google é completíssimo, ele abrange uma realidade que temos de engolir: A escola automatizada e sem produtividade original. Ou seja, a coisificação oficial das pessoas. O virtualismo, corroborando com os desacatos da escola de contato, presencial.
           Eu Creio num futuro pronto e acabado. Se quiserem chamar isso de predestinação, façam-no bem. Por isso, existem profetas verdadeiros; é inconcebível desvendar um futuro incerto. No entanto, não há nada mais tão criterioso que o destino. O futuro da escola é a sacudidura, quando todos sacarem os valores correspondentes ao prejuízo que ela lhes causou.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 18/12/2010
Código do texto: T2678741

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO QUE OFENDE ( Não me calarei irresponsavelmente)

Crônica

LIBERDADE DE EXPRESSÃO QUE OFENDE ( Não me calarei irresponsavelmente)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
             Desta vez, foi convocada uma reunião extraordinária, arregimentando todos da escola, desde a porteira servente até a diretoria, as aulas terminaram, às 16h45, trinta minutos: tempo suficiente para a pauta, que seria a crônica do professor Claudeci - “Vaquinha, comportamento da plebe”. Então, tomaram conhecimento da mesma, por que ela foi lida no recreio, em segredo, na sala dos professores, e apenas cinco cópias impressas no computador da escola e ali distribuídas. Todavia, o assunto vazou!
           Ninguém nunca conseguirá entender as razões da minha reprimenda, sem deixar subestimar a sua própria inteligência. E muito mais, depois de lerem o texto em análise, surgiram os contrários, não sei o porquê, se era apenas um recorte real do nosso cotidiano. Os fracos e fortes questionaram a atitude da gestora! Sou suspeito ao dizer isto, pois sou o autor do tal texto, mas é um texto jornalístico de alto nível literário, totalmente ético, gramatical e semanticamente correto, completamente verossímil e de bons propósitos, preferi não escrever nenhum nome para dissimular os reais culpados. A dita crônica foi colada na folha da ata, assinada por todos os ouvintes e está ali como prova, visto que ela tem como foco principal a valorização do respeito ao outro. Por que os encarapuçados sentiriam-se ofendidos?  Não é a escola um ambiente cultural e de construção de cidadania? Ou a educada liberdade de expressão, princípio da democracia, não é validada entre os educadores? Se tacham minhas crônicas de ofensivas, todavia são mais suaves do que os relatórios oficiais dos incidentes escolares, desmaiariam se olhassem o Livro Ata, nomeando indiscriminadamente advertidos, culpados e castigados!
          Na tal reunião, fui interrogado o porquê de não ocupar minha coluna no jornal só com os feitos positivos da escola, logo respondi: “Para fazer melhorar não me interessa o que está certo, parabéns, mas me interessa o errado, isso sim precisa de conserto”. Aproveitando o ensejo, disse-lhes ainda que não inventei nada, apenas descrevi os fatos numa perspectiva didática e poética. Agora me refugio nas palavras do George Bernard Shaw: “Liberdade significa responsabilidade. E assim, tanta gente tem medo dela.”
          Muitas vezes, se confunde liberdade com libertinagem, só pela semelhança fonológica dos vocábulos. A libertinagem é violenta, viola o direito de outros, desdenha esses direitos, recusando a outros sua própria dignidade e valor com menosprezo, ela afasta-nos da verdade libertadora. Por outro lado, a liberdade é dignificante, santificadora, sagrada, desde que liberte-nos do egoísmo e dos erros aviltantes, a liberdade produz brilho gerador de um justo caráter, enaltece merecidamente; essa é minha proposta. Lamento por está fazendo uso dela e dizendo-lhes o que muitos não querem ouvir, como disse George Orwell: “Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.” E se Deus me deu o dom da fala a fim de eu defender minha vida, por que sempre tenho de permanecer calado para sobreviver? Por isso, não me calarei irresponsavelmente. Assim, como não param de "dizer mentiras sobre  mim, não pararei de falar verdades sobre eles".
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 20/11/2010
Código do texto: T2626413

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Professor acuado (Minicrônica - 100 caracteres)

Minicrônica

Professor acuado (Minicrônica - 100 caracteres)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
Até cachorro late de mim, a rua é pública, escola também, provas têm; enciumados perguntam! Eis a questão: Vitima ou réu?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2010
Código do texto: T2664566

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