"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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domingo, 22 de novembro de 2009

CONSIDERANDO A BREVIDADE DA VIDA (Não temos tempo para divagarmos!)




Crônica

CONSIDERANDO A BREVIDADE DA VIDA (Não temos tempo para divagarmos!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
          Um homem globalizado é inútil por ser diluído em muitas vertentes, apenas tocando superficialmente nisto ou naquilo, não realiza nada com profundidade. E quando morre, deixa apenas uma pedra tumular atrás de si, com pobre escrições, nada mais. Pois a "cobra é venenosa, mas não pode dar pernada". Ninguém é bom em tudo. Assim, cada pessoa deve descobrir sua vocação e se especializar em algo. Ter um ponto forte para ser procurado por ele. Isso é prova que os homens precisam de especialistas em suas específicas necessidades, completando-se uns aos outros, mesmo falando outra língua, porque existem os especialistas em traduções, também.
            Quem se prontificaria a ser um doutor em latim? Uma língua morta há muito anos! Quem vai precisar do serviço de um profissional assim? Todos procuram lidar com trabalhos que dão muito dinheiro e por sinal estão na moda. Quanto ganha um professor de latim? Pela raridade, o preço aumenta!
            Descubra sua inclinações naturais e se entregue à perfeição! A Bíblia diz: 1 Pedro 4:10 (Edição Revista e Atualizada - 1993)
"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." Não temos tempo para divagarmos! 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 22/11/2009
Código do texto: T1938425


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

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TINHA UMA "CABEÇA DE BODE" EM MEU CAMINHO (Eu me transformei em seu Demônio porque você sempre foi o meu Demônio)







CRÔNICA

TINHA UMA "CABEÇA DE BODE" EM MEU CAMINHO (Eu me transformei em seu Demônio porque você sempre foi o meu Demônio)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


         Entrei no professorado sem saber de fato o que estava acontecendo comigo. Fui expulso do pastorado da igreja adventista. Parece-me que estavam me conduzindo ao caos. Muitos deles sorriam de mim, os que me empurram no precipício, com uma mão direita. Queriam ver a queda do inimigo! Pois não tive outra saída, ou melhor, era como se eu tivesse em queda livre, caindo sem para-quedas! Por sorte, caí no sistema educacional público. Só depois de vinte anos de aprovado no concurso da educação estadual, descobri que alguém me queria aqui, foi um milagre!  Tudo aconteceu de uma forma que eu não esperava e nem planejei. Sabia mais ou menos sobre o que estava acontecendo, plano de Deus ou do Diabo com permissão de Deus. Mas, o que me tornei afinal? Ainda não sei. Ainda estou esperando as consequências de ter estudado sempre em escolas paroquiais e aprendido a depositar a fé em Deus.
            Houve um tempo em que eu esperava mais de mim mesmo, mas naquele tempo, com visão de universitário, via outras coisas. Agora, com minha compreensão de graduado, dirigida pelas leituras, as tantas experiências, ministrando em sala de aula, relações diversificadas com os vários modos de gestão, espero menos de mim. Perdi a fé! Contudo, estou preparado para dizer ao mundo quem sou, enfrento as zombarias e ameaças de todos os quantos se julgam no seu direito. Embora eu não saiba exatamente qual será meu fim. Mas tenho certeza que quero contribuir para melhorar o sistema educacional público brasileiro, bem como tinha no ministério evangélico, esse sempre foi meu propósito, e agora é o propósito último de tudo que escrevo, enlouquecendo o Capeta.
       Mas, que acontecerá se eu estiver enganado? Se eu estiver lido mal e interpretado mal minhas vivências? Ou o que será se as bocas malditas estiverem certas? Não seria desconfortável ficar aqui parado me perguntando onde estão as respostas? Já não tenho mais tanto tempo!
       Quão conveniente, portanto, que chefes de departamentos superiores do sistema apareçam em cena nesse momento e me proponha outro milagre que não somente satisfaça a mim, bem como a milhares de outros professores e alunos que estão famintos de oportunidade para enfrentar o progresso social através da educação de qualidade! O drama é mais intenso quando alguns, pretensos revolucionários, são pegos por Cristo, ou seja, os “bodes expiatórios”, para nada.
       Sobretudo, nunca vi questão tão profunda! Eu me transformei em seu Demônio porque você sempre foi o meu Demônio. Mas, se eu fosse seu Deus, você seria meu Deus. Porém, como posso chegar a ser seu Deus se você não deixa de ser meu Demônio, apenas posso ser seu Demônio para fazer jus que você seja meu Demônio. Entendi que o único problema da educação é que cada ator, desse meio, tenta libertar-se do grupo e procura solucionar o seu próprio problema. Por que eu tenho que procurar satisfazer apenas minhas próprias necessidades se o meu problema, no sistema educacional, é o seu problema? Como ficou tudo fora do comum no paraíso quando Adão e Eva tomaram o fruto a fim de favorecer sua própria causa. E o resto deixa estar para ver como é que fica.


Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 22/11/2009
Código do texto: T1938354

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sábado, 14 de novembro de 2009

ISTO É INCLUSÃO ESCOLAR? ( “O direito de todos estarem juntos não é maior que o direito individual ao desenvolvimento”, apontou o MEC, em 2020)



CRÔNICA


ISTO É INCLUSÃO ESCOLAR? ( “O direito de todos estarem juntos não é maior que o direito individual ao desenvolvimento”, apontou o MEC, em 2020)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
         Tive um aluno declarado incluso por ser portador de baixa audição, porém era o pior aluno que já tive no aspecto disciplinar. Já ameaçado à expulsão da escola, por vezes, e a mesma nunca se concretizou, devendo-se a proteção dos que viviam do projeto. Também quebrou vidros da escola, derrubava mesas e carteiras, maltratava os outros, gritava, entrava e saia o tempo todo na sala de aula, portanto não fazia as atividades propostas; o engraçado de tudo isso é que tinha seguidor, havia outros ditos normais, que inspirados no comportamento dele, faziam o mesmo. Trocaram-no de sala; não adiantou, houve quem dissera que quando ele ia buscar a bandeja de lanche para os outros, cuspia dentro. O interessante, em tudo isso, é que seu boletim ostentava nota seis em todas as matérias, em todos os bimestres, “estava sempre na média”, na verdade, estávamos refém dele, ou melhor, nivelados por ele, pois não podíamos reprová-lo, nem ao menos, dessa forma. O nível da classe era puxado para baixo. Aquela suposta professora de apoio, alegando que o professor dele sou eu, convoca-me para explicar de outra forma para ele, pois não entende. Então me pergunto o que ela faz ali! Há muita gente mamando na causa dos deficientes. 
         A tal socialização, defendida por muito psicopedagogos, é refúgio da gestão, aliás deve ser a única desculpa para manter este tipo de gente na comunidade escolar, pois essa gente não aprende no ritmo dos regulares, que seja dito de passagem, "ensina". Certa feita, estimulei o tal aluno a escolher um grupo de trabalho para adquirir a nota do quarto bimestre, infelizmente escolheu o grupo "errado": os seus "discípulos"! Como só assinou o trabalho pronto, não percebeu que seu grupo não fez um bom trabalho, a propósito, não saberia avaliá-lo mesmo, e, portanto, tirou nota quatro. Que explicação daria eu aos componentes do grupo, se o declarado aluno ia ficar com o seis? Ou seria justo dar o seis para todos do grupo por extensão da misericórdia atribuída ao aluno "especial"? Que critério diferenciado aplicaria eu para incluí-lo notoriamente na baixa qualidade a que apresentava, comparando com os demais sem que eu sofresse qualquer penalidade, discriminação ou escárnio de colegas e superiores de trabalho; ou defensores dos direitos dos adolescentes, por cima, "especial"?
         O que tem de mais comediante nisso tudo é que quando ele descobriu a sua nota quatro, foi imediatamente à sala dos professores e me dirigiu, entre gritos e baixarias, os piores palavrões e ameaças! Entre muitas expressões censuradas, cito a mais leve, das quais tive de ouvir, sentindo seu dedo em riste no meu nariz: — "Eu não posso tirar menos que a média, eu sou doente, podem consertar minha nota, senão vou te denunciar, seu professor de merda!"
         Ele não tinha a capacidade dos outros, mas não era "deficiente", era "especial"! Só para se beneficiar, admitia-se doente! Portanto ainda digo que o ganho da autoestima do incluso pela socialização não vale o prejuízo semântico da palavra "especial"; uma discriminação não vale a outra, o que vale mesmo é a socialização que deixa a desejar. Sem um professor de apoio não consigo. E os colegas de classe, como se sentem? Ninguém os perguntou?
          Realmente, eu não sei o que é inclusão escolar ou social, cheguei a compará-la com uma competição entre funcionários de uma empresa que ao invés de um produzir mais para superar o outro, não; um "puxa o tapete" do outro para não vê-lo à frente, derrubando assim as boas estatísticas e nivelando por baixo todo mundo. Lendo o site abaixo ainda me condenei por está contando minha derrocada experiência, mas por um instante sublimei-me, jogando a culpa em quem também quer que todos nós sejamos iguais. Nesse caso, ele mesmo se autorrotulou, medindo-se com a maioria dos colegas de traços e comportamento "normais" e tentando ganhar por atalhos.
         Até que alguém me explique convincentemente que tipo de inclusão é essa, vou continuar afirmando: "De tanto passarem a mão na cabeça do deficiente, esquecem-se de formar o seu caráter social". E na escola tenho de suportar outros "pseudoinclusos". Assim, deficiente fica sendo o meu trabalho, diluído e sem qualidade, Já não sei mais quem precisa de inclusão. Pois carrego a deficiência que mutila a aprendizagem da maioria, por não fazer bem nem uma coisa e nem outra, ou melhor, inclua-me fora disso! Quero ser um ser social e não imposto; pelo o amor de Deus, tire-me dessa inclusão! Inclusas são as palavras de Valdeci Santos: "Todas as deficiências são aceitáveis e passíveis de inclusão social, menos a do caráter". Por isso digo: Salvo exceções. Na escola é assim, os especiais são matriculados para socializar: desregradamente conversam, andam, enxergam, escutam, atrapalham a aula dos outros. Errado é quem apoia.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 14/11/2009
Código do texto: T1922975

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Utilidade do Inútil



FRASE

A Utilidade do Inútil

Se se tirar as inutilidades da Escola, tira-se o emprego de muitos!
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 11/11/2009
Código do texto: T1917510


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domingo, 8 de novembro de 2009

INVERSÃO DE VALORES É ISSO ( Bruna Surfistinha, mais um exemplo de sucesso sem doutorado algum!)








CRÔNICA

INVERSÃO DE VALORES É ISSO ( Bruna Surfistinha, mais um exemplo de sucesso sem doutorado algum!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Que situação é esta: um semianalfabeto foi reconhecido, por letrados, como um dos "melhores presidentes do Brasil", enquanto doutores, mestres e graduados varrendo as ruas da cidade do Rio de Janeiro (garis)!? Nada contra gari, diga-se de passagem, é apenas uma questão de justa adequação e coerência, eles são muito importantes, porém não se exige doutorado deles.
(http://lidadiaria.blogspot.com.br/2009/11/ele-vai-por-que-nao-artigo-mirian.html) (acessado em 08/01/2013). E
(http://www.guj.com.br/posts/list/142160.java#765982) (acessado em 06/06/2015)
          Eu, na qualidade de professor, não teria o que responder, para meus alunos, se um dia me fizessem a pergunta acima. Talvez me ativesse numa evasiva, citando outro assunto, desesperadamente, tentando explicar alguma coisa; aí então, estou preferindo, nesse caso, as palavras do Miguel do Rosário: “Penso nisso porque ainda me recupero de uma notícia lida na Folha, sobre uma estudante de Turismo que foi quase linchada na Universidade de São Bernardo (Uniban) porque vestia uma microssaia. Reflitam comigo. A garota saiu de casa, numa comunidade pobre, sem ser molestada na rua. Entrou num ônibus, onde causou apenas o frisson natural. Enfim, circulou por toda a parte tranquilamente. É na Universidade, porém, que ela encontrou o ambiente mais agressivo, mais preconceituoso, mais brutal. Centenas de estudantes se aglomeraram em volta dela gritando "Puta! Puta! Puta!". Rapazes tentavam pôr o celular entre suas pernas para tirar fotos. Ela teve que ser escoltada por seis policiais militares para sair do prédio. Há uma explicação para isso. É a prepotência do fraco. O sujeito entra na universidade e acha que é melhor que os outros. Perde a humildade natural do ser humano. Perde o senso democrático.”
         Mas, o que é mais embaraçoso para mim é que vivo no meio educacional, porém a realidade me obriga a dar razão para o Ex-Presidente Lula quando disse: — “Tem muita gente que acha que inteligência está ligada à universidade. Isso é burro. A universidade não dá nada disso. A política é uma ciência que exige muito mais inteligência” (sic).
        Então que meus alunos continuem se perguntando: — o que estou fazendo na escola se a universidade é um alvo corroído? E enquanto as respostas não vêm, usufruam, alunos e familiares, dos programas de incentivo dos governos para a Educação Fundamental, média e superior desviando a atenção do povo dos necessários objetivos.
         Eu acreditava que fora da escola, ou seja, sem estudar, ninguém prosperaria. Por isso, estudei o suficiente para, só agora, entender que fora dos muros da escola há um mundo próspero que faz a diferença, o mundo da política. Onde...(— "Um intelectual ficar assistindo a um operário que tem o quanto ano primário ganhar tudo o que queria ter ganhado e não ganhou por incompetência é muito difícil mesmo" - Mais uma vez acertadamente, disse Lula). "Nada é mais humilhante do que ver os tolos vencer naquilo em que fracassamos."(Gustave Flaubert). Não é seu FHC?
         Agora surge a Bruna Surfistinha, ela seria mais um bom exemplo de sucesso na literatura e na música sem diploma de doutorado. Então, por que as vozes imperativas continuam mandando as crianças para a escola, se todavia os exemplos de sucesso desestimulam-nas? Pois os meios acadêmicos já não são suficientes se para os fins têm muitos atalhos! Será que Ruy Barbosa estava certo quando disse: "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência" (http://www.youtube.com/watch?v=PxnzoofSRTQ) (06
/06/2015).
Se se tirar as inutilidades da Escola, tira-se o emprego de muitos!
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 08/11/2009
Código do texto: T1912573

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CHARLIE, CHARLIE, CHARLIE, VOCÊ ESTÁ AQUI?! ("Onimaniqueísta": Demônio mesmo é quem assopra o lápis, filho do pai da mentira!)




Crônica Filosófica

CHARLIE, CHARLIE, CHARLIE, VOCÊ ESTÁ AQUI?! ("Onimaniqueísta": Demônio mesmo é quem assopra o lápis, filho do pai da mentira!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          E o lápis se move equilibradamente sobre a folha riscada em forma de cruz! Pois Charlie está dizendo: — Eu sou seu Demônio porque você é o meu Demônio. Mas, se eu fosse seu Deus, você seria meu Deus. Então, nunca chegarei a ser seu Deus porque você não deixa de ser meu Demônio, apenas posso ser seu Demônio na esperança que você seja meu Deus. 
           Um sempre esperando que o outro melhore. Ainda bem que o Demônio e o Deus são faces de uma mesma Entidade. Para cada Deus tem que haver um Demônio com igual competência, para manter o equilíbrio. Que equilíbrio promove um Deus solitário, cheio de potência e o resto do universo esvaziado de uma contraposição a altura para atende ao desafio? A menos que esse Deus seja Demônio também, tudo ao mesmo tempo e de igual poder, pois ambos podem operar suficientemente com o bem e o mal. A razão do equilíbrio tem que estar em Si: "Onimaniqueísta".
             Desequilibrado sou eu que ainda sinto raiva de uns  e amor por outros ao mesmo tempo. Aí, uns me amam e outros me odeiam, sendo eu um único a sofrer de bipolaridade!
           A prova de que o Diabo não existe como ser autônomo é o fato de você, fingindo que é de Deus e não ter medo dele, mesmo assim não lhe acontecer nada. E outra prova é que ele está cheio de adoradores sem lhe custar nenhum favor. Os servos do Diabo sofrem das mesmas dores dos servos de Deus. Ou ele ainda não tem interesse algum de provar que tem uma identidade, fazendo esse povo que se diz não temê-lo, continuar achando que são Deuses? Eu o desafio, a provar que existe, escrevendo um comentário aqui me xingando. Então se me elogiar sei que o bem e o mal tem uma única fonte, como diz a Bíblia (Is 45:7).
           Não é que a Bíblia mentiu, mas é que foi ultrapassada. Já vivemos o futuro que Albert Einstein previu: "A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia." A Bíblia sem a religião não é nada, a religião sem a Bíblia também não é nada. Então: "Um homem que está livre da religião tem uma oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa."(Sigmund Freud). Pois é conveniente aqui a conclusão de Jonathan Swift: "Nós temos a religião suficiente para nos odiarmos, mas não a que baste para nos amarmos uns aos outros." O Satanás mesmo é quem assopra o lápis, enganando todos os incautos! Filho do pai da mentira!!!
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 06/11/2009
Código do texto: T1909177

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MORRER COM RAZÃO ("A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la." —François La Rochefoucauld)

   
PENSAMENTO

MORRER COM RAZÃO ("A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la." —François La Rochefoucauld)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Será que não posso ser verdadeiro? Por toda a minha vida de professor, já vi o suficiente para entender que a falta de autenticidade diminui as demonstrações de reconhecimento. Por vezes, esses problemas corriqueiros obrigam-me a agradecer a Deus pelo final de cada dia de trabalho penoso e traumatizante.  Ao invés de lamentar por está ficando cada vez mais velho, próximo da morte, agradeço! Também, por está ainda, onde as ilusões se encontram com a realidade, por que é o "fim da picada". 
           Que "Purgatório" é esse que me faz desejar a morte e não a vida suavemente flagelada? Logo eu que tinha sonhos e virtudes pela vida à fora! Agora só me resta esperar que a morte me traga reconhecimento e a fama póstuma que não é comum aos vivos. Os vivos se negam aos vivos, então faço greve e bato panelas nas ruas, perturbando os vivos e homenageando os mortos.
           S
e a morte é inimiga da vida, por que ela enaltece o que a vida produziu? Como pode um escritor ser valorizado só quando morre! Parece-me que as pessoa têm vergonha de aprender com os vivos! Assim nossos amigos desejam nossa morte para se gabar de íntimos do artista que os deixa com muita saudade. O desejar profundo dos que vivem da fama dos outros vai até a sepultura e matam novamente os quem poderia produzir mais se estimulados enquanto podiam se mover.
            Por que tenho que fingir de morto para conquistar a admiração dos que me cercam? E ainda me consolam hipocritamente, dizendo que um tolo calado se passa por sábio! Às vezes, tenho de fingir que estou ainda trabalhando quando, na verdade, estou apenas cumprindo horário no local de serviço! E meus coordenadores fingem que me inspecionam quando também fingem para seus superiores que estão produzindo? A correria e o desespero é grande quando se recebe a ameça da Secretaria com os critérios para legitimar o dia letivo. Um bom exemplo disso, é essa reposição de aulas no sábado, não ministradas, por motivo da greve. Aí dois mandamentos foram quebrados: o descanso sabático e o não levantar falso testemunho! Como posso ir para o céu morar com você que só me força fingir para parecer bem na "fita". Concluí que só há uma forma de ser verdadeiro, se vocês me verem morto, ainda que eu não queira ir por agora, mas, por enquanto, estou só "fingindo de morto para pegar o coveiro." Tem outros que já nascem famosos, como disse Friedrich Nietzsche: "Há homens que já nascem póstumos."

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2009
Código do texto: T1907266

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