"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

domingo, 4 de julho de 2010

"PÕE MORAL, PROFESSOR!" (Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil.)








Crônica

"PÕE MORAL, PROFESSOR!" (Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil.)


Por Claudeci Ferreira de Andrade


         Qual professor ainda não se viu numa sala transtornada em "baderna" e ainda teve de ouvir daquele aluno palhaço querendo aparecer, gritando: "Põe moral, professor"! O imbecil não sabe conceituar moral e que a mesma é intransferível, pois cada um tem a porção construída em casa, no seio da família. Quem não tem moral é o professor ou são os farristas desobjetivados, os quais nem ficam dentro e nem fora da sala ou transitando de carteira em carteira, "matando aula" dentro da própria sala de aula? Essa é Minha pergunta filha da decepção! Em outro momento, pensei: será se esse tolo sabe de fato o quê está sugerindo ao professor? Pois quaisquer pensamentos, desejos ou conduta considerados errados, envolvem questões morais, e ele está comprometido com isso. Por que ele chega a tomar esta atitude? Não posso compreender! Mas, de uma coisa estou certo, ele assume o pior comportamento naquele instante. Há uma multiplicidade de exigências com o apelo dele, afrontando a toda espécie de regras e regulamentos de uma unidade escolar.
         É possível dar tal ênfase à sua própria pessoa, chegando a desviar a atenção do mísero professor, prejudicando qualquer encaminhamento dele rumo à paz, atraindo para o "coitado" mestre os mais deploráveis sentimentos, dos tais não têm princípios, só sentimentos enferrujadores como: ira, ciúmes, inveja, ódio, hostilidade, indolência, malícia. Infelizmente isso é possível!
         Ao acentuar do professor, ali presente, dizendo-lhe não ter moral alguma, tenciona que todos passem por alto a infração do aluno malicioso. Quando um deles faz isso, a sala de aula despeja crescente ansiedade, culpa e condenação, especialmente em quem a dirige. O despreparado indivíduo tira do professor o equilíbrio, e a fria moralidade exigida, tende a tornar-se indistinta e cruel, de modo que os demais alunos duvidem da sinceridade do mestre com suas responsabilidades de líder.
         Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil. 

         Perigo algum é maior, à sociedade, do que alguém está a frequentar o colégio com a aparência de aluno e não ser um aluno de objetivo nobre. Tem preguiça de trazer à escola o livro didático ganhado. Para esse, o convite ao lanche de graça é o maior motivo de largar o professor falando sozinho e sair correndo derrubando as cadeiras e mesas. Esse tipo vai deixar a bicicleta, também ganhada do governo, em casa, e virá à escola a pé com preguiça de pedalar. Outros vão descaracterizá-la disfarçando de não membro do grupo dos tais... Eu nunca vi um ciclista comum de capacete... Vai desperdiçar dinheiro assim lá longe, governo sem educação! Essa é a moral que eles conhecem!
         Alguns evangélicos, mais "fervorosos", ligam o Telemóvel (presente ganhado do pai pelo sucesso do filho nos estudos), obrigando todos da sala a ouvir sua música gospel, e se o professor pede para desligar, é o Satanás o impedindo de fazer o seu trabalho missionário. Na educação, sempre sou forçado a cometer os mesmos erros! As “peças” do sistema não se encaixam. Por isso, talvez, e por tantos outros desencontros, eu lhes pareço não ter moral porque simplesmente não me imponho. Contudo tenho sim, não a moral que eles querem, na medida deles, e é como já disse: ela é comunicável e exemplificável, mas não transferível. Talvez eu seja como um desses livros que o Friedrich Nietzsche disse: "Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o seu veneno." 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 04/07/2010
Código do texto: T2358065

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Comentários


quinta-feira, 10 de junho de 2010

AS FORMALIDADES DA ESCOLA (Escola Sem Aula, Sem Série e Prova: DÁ CERTO?)




Crônica

AS FORMALIDADES DA ESCOLA (Escola Sem Aula, Sem Série e Prova: DÁ CERTO?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Deparando-me com este pensamento de Ernesto Sábato: “Creio que a verdade é perfeita para a matemática, a química, a filosofia, mas não para a vida. Na vida, contam mais a ilusão, a imaginação, o desejo, a esperança”. Então, Pensei em como o sistema educacional pretende formar cidadãos inserindo-os na vida, pois com tanto "profissionalismo" ainda está longe do ideal!
            Os alunos são convidados a fazer carreira no mundo, enquanto segue normas que favorecem a predisposição para o fanatismo social, floculação das camadas sociais. As verdades da escola solidificadas  tornam-nos insensíveis.  A violência no ambiente escolar é uma manifestação natural da ilusão, da imaginação, do desejo e da esperança fazendo resistência à verdade tão apreciada por si mesma. A verdade nunca esteve tão distante dela mesma a ponto de precisar está sendo ela mesma a cada instante.
            Como vou continuar ensinando meus alunos a construírem castelos de pedra se os de areia são recomendados pela natureza e remodelados constantemente pelo vento? É a vida tão vulgar assim? Digo vulgar com a mentalidade de professor tradicional, pois ainda sou. Mas, por que têm tantos que são forçados a precisar das verdades do sistema educacional, e outros nem precisam disso para fazer sucesso e viver bem na "Classe A” da sociedade? Aqueles indivíduos convencionais já podem ser descartados do mundo real, pois são luzes, testemunhas poderosas, funcionam como prova de que a escola está vendendo austeridade e apenas isso. Assim, fica difícil crer na escola como a salvadora da sociedade com a educação de seu umbigo. 
            Bons alunos da escola sistematizada são fracos o bastante, comparados com os alunos da escola da vida rotativa, estes corrompem o tradicionalismo e a formalidade, aqueles não, solidificarão mais ainda o sistema engessado presente. E para melhorar o sistema educacional, ninguém, exceto a vida parece saber o que fazer.
         Por que os alunos não têm respeito e consideração às autoridades educacionais da escola? Será se descobriram tarde demais a existência de outro mundo próspero e também real: o mundo da ilusão, da imaginação, do desejo, da esperança? Em meu desespero, pressionado a ser como meus chefes querem, cheguei a pensar isso! Desculpem-me os mais conservadores. Porém, permitam-me só mais uma pergunta. Se a verdade por si só se defende, então qual é a necessidade de dar bicicleta, lanche, uniforme, dinheiro para manter os alunos na escola pública? Um pouco de ilusão não mata ninguém! 
          Se não for atrativo saber sobre o professor, cujo o profissional não deu certo em outras profissões ditosas, então não diremos nada sobre o coordenador inábil como professor? Estou doido, já não sei mais o que é verdade ou ilusão; desejo ou esperança; nem imaginação ou realidade! Salvem-me do fanatismo social, ou da mania de grandeza. Ou Façam-me educado sem a educação. Ou talvez tenha razão o educador português José Pacheco: "TRABALHO HÁ MAIS DE 30 ANOS COM ESCOLA QUE NÃO TEM AULA, SÉRIE E PROVA, E DÁ CERTO". (http://educacao.uol.com.br/noticias/2009/06/30/escola-sem-aula-serie-e-prova-da-certo-ha-mais-de-30-anos-diz-educador.htm) — acessado em 20/02/2016.
           O que o professor José Pacheco não descobriu foi o fato de a educação brasileira ser mero cabide de emprego, e existem coordenadores regulando qualquer ação de professor inovador. Quem ousa deixar de aplicar prova timbrada? Deixar de mostrar "planinhos" escritos para arquivar? E talvez, se esqueceu também sobre o dinheiro destinado à educação, quase não chega à escola.

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 10/06/2010
Código do texto: T2312363

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Comentários



domingo, 30 de maio de 2010

A EDUCAÇÃO É BELA ( "A beleza está nos olhos de quem a vê")














Crônica

A EDUCAÇÃO É BELA ( "A beleza está nos olhos de quem a vê")

domingo, 30 de maio de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade
         Vários olhares opacos da vida têm destruído, de muito, completamente o entusiasmo frente à beleza. Agora, depois de duas facectomias bem sucedidas, já posso ver amplamente a beleza do espaço onde range as pessoas educadas e onde a lânguidamente a vida flui, t(ão)ambém vejo as flores vestindo cores berrantes! Falo de meu olhar físico, quem me dera fosse um transplante de espírito, operado pela influência do meio, veria auréola brilhante nos pecadores. Como é lindo o meu olhar! Preciso constantemente de relações motivadoras e sensibilizadoras ao belo. É extremamente necessária a destruição da normativa catarata: a cegueira branca da rotina, mesmo que para isso tenhamos de ser submetido a um transplante de mente! Então, fazendo do espírito as lentes do olhar, em todas as direções, ver-se-ão, de dentro para fora, de coração a coração!
           José Saramago já falou em seu romance: "Ensaio sobre a Cegueira", sobre a deterioração profunda de um povo cego. Uma cegueira leva a outra até o fim de tudo. A verdade é que temos de aprender a ver a beleza. Eu deveria já ter desenvolvido profunda dignidade, graças à majestade e exuberância condizente com a beleza do lugar onde trabalho e sirvo! Porém, estava no ponto cego do meu espírito, via mal! Como Francis Bacon: "Não há beleza perfeita que não contenha algo de estranho nas suas proporções."
           Um professor com uma boa visão física vive a vida na companhia da beleza plástica de muita gente boa. O quê poderia ainda mais usufruir se usasse sua "tridimensionalidade" da visão?! Mesmo em meio a todas as pressões da vida, o equilíbrio deve ser o ideal para alguém de vistas claras, ele tem mais segurança. Nem todos os professores são eruditos, ou artistas, porque a beleza da vida nem sempre está ao alcance deles da mesma forma, às vezes, os olhos não lha permitem.
           Um professor enxergando bem pode ser estimado por sua visão física, mesmo sendo rude e desgracioso com sua visão mental e/ou espiritual. O título já lhe basta! Mas, é muito incerto haver alguém desejoso de seu ponto de vista. A pureza de mente e coerência nas maneiras é dos mais visíveis aspectos da beleza. Certamente a beleza interior é muito mais importante e sobre qualquer aspecto exterior de alguém, sem omitir esta, pois precisamos evitar a aparência do mal. Sim, o produto de tudo deve ser mais do que boas maneiras. Inclui o sensível gosto pela virtude e pela essência do belo. Envolve bondade, seriedade, altruísmo e sinceridade. Por isso, não se pode ver virtudes com apenas olhares físicos!
           Existe a beleza repelente, a falsa, aquela da qual fala Honoré de Balzac : "Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade". Olhares nos flecham repetidamente com um brilho resplandecente até, à vista disto, muitas das vezes, nos pintam erroneamente, criando um ponto-de-vista incoerente. É possível enganar alguém com o olhar atravessado das maiorias! No entanto, a beleza da realidade nua e crua transfere ao professor visionário certas qualidades pessoais. Porém, requer dele justiça, lealdade, gentileza, cortesia, altruísmo e amabilidade, e isso pesa e cansa, então a rejeita, preferindo a igualdade com o povo comum. E assim fica feio! A beleza da vida não é um som, todavia quebra cristais. A diferença está, não só na aparência, entretanto no modo de ser. É o motivo maior do comportamento responsável. Que meus olhos multifocais e límpidos, agora, ajudem-me nisto, para eu não ficar tão deslumbrado com o exterior a ponto de não ver o interior. Isso só será possível através da educação!
           Eu já tinha lhe dito que gosto de mulher feia? Agora confirmo que gosto de gente educada porque é bonito. 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 30/05/2010
Código do texto: T2288967

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Comentários



domingo, 16 de maio de 2010

A ÉTICA DO PURGATÓRIO (Os pais são os maiores antiéticos, mentem fingindo acreditar na mentira da escola.)












Crônica

A ÉTICA DO PURGATÓRIO (Os pais são os maiores antiéticos, mentem fingindo acreditar na mentira da escola.)

domingo, 16 de maio de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade
           
 Qualquer discussão sobre ética e profissionalismo deveria interessar a toda comunidade escolar (interna e externa), e em especial aos indivíduos mais esclarecidos, os que têm condições de confrontar os documentos tendenciosos vindos das instâncias maiores, porque são poderosos. Acreditar em citações infundadas é coisa de criança. Quando éramos crianças, tinha de ser dito o nosso dever, digo ao referente às boas maneiras. Havendo crescido num lar ético e educado, não é preciso que se no-lo diga novamente. O assunto em voga aqui é se nossa obediência constitui uma expressão da ética advinda do conhecimento de causa ou da mera subjugação ao poder. Pois, na educação é assim, é dito o conveniente, se é importante no momento! Vale tudo a salvação de quem tem poder, ignora-se o certo, e o desconhecimento do receptor favorece a subjugação. E por falar em conveniência, não podemos esquecer de que no atual sistema, os bons ficam ruins e os ruins nunca ficam bons. Para prevalecer me fiz ruim, acomodei-me, sim, apenas queria evitar indisposição com os que me cercavam. Eu nunca soube me importar com os orgulhosos demais, chamando-me de incompetente. Com o tempo, contaminar-se-ão também. Assim brincamos na gangorra profissional do professorado público sem a qualidade esperada. Às vezes, tenho me calado com um sufoco na garganta porque a maioria maltrata o inconveniente, ou melhor, conquista com unhas e dentes, violentamente, o favorável para si.
          Cá no corpo docente, quando alguém sai do meio dos amigos, é eleito para coordenador ou diretor, esse promove a si mesmo uma mudança de relacionamento. Circunda-se de uma nova atmosfera de recíprocas obrigações, pelo menos, em parte, deveria ser assim. Mas, a maioria dos diretores escolares eleitos torna-se corpo estranho na equipe. Alguns se tornam novas pessoas, porém desconhecidas, entram num novo tipo de vida, isto é, uma vida independente, sem preocupação com o bem-estar, com a segurança e com a integridade dos outros, outrora colegas íntimos.
          E mais para cá, no meio dos subalternos,  nossa relação com os líderes não deve ser assegurada num ambiente de desonestidade, perseguição, desordem, ódio e hostilidade. Isso não funciona nem mesmo no Purgatório!  Obediência em base legal é simplesmente a viabilização da ética...
           Agora compreendo por que algumas autoridades do meio educacional querem abolir a eleição direta para diretor escolar, pelo menos, se não for ético é coerente. Você prefere ser subjugado por um chefe, chefe imposto e indicado ou desconsiderado por um "amigo", alguém em quem votou porque confiava e depositava credibilidade? Não seria mais ético se  talvez tivéssemos diretores por formação e concursado ao cargo? Só assim, eles teriam tempo suficiente para aprender a trabalhar com mais ética. Apesar da fala do Albert Einstein: "Especialista é alguém que lhe diz uma coisa simples, de maneira confusa, de tal forma a fazer você pensar que a confusão é culpa sua". A maior tragédia de um professor comum eleito à direção contecerá depois do mandato, terá que voltar ao meio dos colegas “mortos e feridos”, no pós-guerra! Os sábios pensarão mais nesta frase do comentário de capa do filme "Detenção": "Dê a um homem um pouco de poder e ele comete coisas inesperadas. Tire de um homem seu orgulho e sua humanidade e ele acaba fazendo coisas piores!"
           A ética do purgatório é esta: Um aluno com onze anos de idade pode votar, escolhendo seu diretor escolar, mas não pode resolver sua vida estudantil na escola sozinho. E o pai vota no candidato à direção que o filho sugerir. O aluno de menor não podendo receber nem mesmo o seu próprio boletim, traz o pai desenformado,  e ele nem sabe qual é a série e a sala do filho, e também motivado por ele vota no candidato simpático a família! Os pais são os maiores antiéticos que já conheci no mundo da educação, mentem fingindo acreditar na mentira da escola. 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 16/05/2010
Código do texto: T2259983

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Comentários



31/08/2010 21:00 - Miralva Viana
Olá!Claudeko, Penso que o diretor não deveria agir assim. Entretanto, os colegas também se afastam, o cargo se torna um castigo. Perde-se a cumplicidade, o bate papo legal, os segredos e as risadas. Precisa-se mudar as mentalidades. O diretor precisa de parceria, apoio e ter jogo de cintura. Abraços!


16/05/2010 15:48 - RONALDO JOSÉ DE ALMEIDA
Muito bom, Claudeko! Gostei muito.


16/05/2010 09:20 - Mazé Carvalho
Caro senador, Ética, para muitos, é palavra riscada do vocabulário, demodê.Para tantos outros, palavra desconhecida.Todas as pessoas "deveriam" possuir senso ético para,assim, avaliar e julgar suas ações.A ética está relacionada a postura que cada um assume diante da vida. Deveria permear as relações dentro de um grupo como indicador de limites em relação as nossas responsabilidades e as nossas limitações. Cá pra nós, senso ético é algo que, definitivamente, não faz parte do cárater de muitos.Parabéns pelo texto. Bjs recheadinhos de carinho. Mazé

sábado, 8 de maio de 2010

MOTIVEMO-NOS UNS AOS OUTROS (Motivação profissional exemplar é a de uma prostituta; recebe um bom salário para gozar! )



Crônica

MOTIVEMO-NOS UNS AOS OUTROS (Motivação profissional exemplar é a de uma prostituta; recebe um bom salário para gozar! )

sábado, 8 de maio de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Sem motivação não podemos aumentar as atividades da Unidade Escolar. Sem motivação não podemos impressionar a comunidade com crescimento.
            Acho ideal nos motivarmos uns aos outros com a maravilhosa dádiva de um bom relacionamento, já que nossos líderes políticos não têm recursos motivadores, pois deviam tentar com promessas reais e menos oníricas. Motivar-nos como eles querem praticamente está muito além de nossas condições profissional e humana: exigem sempre horas extras não remuneradas. Depois, dizem: — "vocês não querem ser motivados". Quem não quer um bom motivo para ser útil? Nesse caso, louvado sejam as prostitutas ganhadoras de um bom salário, gozando na vida! Por isso, é o trabalho de maior expansão espacial e temporal. Disse Bruna Surfistinha: "Não há coisa melhor do que ganhar dinheiro para gozar."  (Pacheco, Raquel (Bruna Surfistinha); O que aprendi com Bruna Surfistinha - Lições de uma vida nada fácil; 1ª edição, editora Panda Books; 2006; Pág.182).
            A motivação vem de alguém motivado, não de atores com máscaras bonitas. Porque elas sempre caem! A motivação de um é sempre a fonte da motivação do outro. Mas, um precisa ser o primeiro! Temos a capacidade de motivar o outro, sim, até ao mesmo grau em que temos incentivos concretos e vantajosos nos permitindo verdadeiramente se motivar e motivar o outro, dividindo as vantagens.
            Para um funcionário público de muitos anos na educação, o seu melhor é apenas sua “obrigação”, ou o que ele tem prazer em fazer. Ele não pode fazer o excedente, o emocionalmente estressante, o de pouca atração e sem recompensa extra. Se o obrigarem, como disse, tudo isso estará praticamente além de suas forças. E, também, não adianta nossos chefes nos ordenarem isto ou aquilo, baseados apenas em normas e responsabilidades de todo mundo. No caso da escola, há coordenador pedagógico utilizando-se de direitos e imperativos, impondo-se, sobrecarregando sua equipe, obrigando assim os professores a trabalhar sem razão, produzindo uma papelada sem fim, dessa forma não sobra espaço para motivação, depois quando ele tenta se aproximar, querendo contar com a ajuda dos mesmos, eles se escoram, por não haver uma relação de confiança e cumplicidade, mas de "ferração": "cabo de guerra".   
           A lei do menor esforço é real e prática do ser humano em todos os setores, e só as vantagens e propinas podem quebrá-la. Não precisamos da ajuda de ninguém, se usamos um vestuário adequado, pois nossa aceitação pessoal depende da boa aparência. Não precisamos de motivação maior ao nos alimentarmos bem se temos a saúde como lucro.
            Qual espécie de influência e de quem a queremos se ninguém se importa com nossos problemas pessoais? Os problemas da vida nos motivam erroneamente à direção do alívio. Se os patrões entendessem isso se preocupariam mais com a boa motivação, aquela geradora de prosperidade tanto no líder, bem como no liderado. Do contrário, a má motivação tem a poderosa força da inércia como energia: estagnação.
            Como nos tornarmos funcionários produtivos e felizes  sem a sã motivação,  que, ainda, é dom de Deus? É fruto de um espírito altruísta! Sem falar da automotivação, esse veneno, ou melhor, o combustível daqueles de visão unilateral, focados no fim último. Não sei se é coerente, mas vou arriscar terminar esta crônica filosófica com o pensamento de  Paul Valéry: "Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca é sério."  Por ventura, alguém vai me levar a sério! Se não, não precisarei dessa falsa motivação para ser um  grande professor.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 08/05/2010
Código do texto: T2244108

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Comentários



domingo, 2 de maio de 2010

Segurança no Amor de Mãe (Memórias de minha mãe: Maria José Ferreira de Andrade)




Homenagem

Segurança no Amor de Mãe (Memórias de minha mãe: Maria José Ferreira de Andrade)

domingo, 2 de maio de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Minha mãe amou-me de tal maneira que não me deu apenas uma segunda chance, mas várias, então eu devia aceitar a vida assim como é. Nunca ela perdeu uma oportunidade sequer afim de encher-me de carinhos e favores. Fazia bolinhos fritos, e eu os vendia, na porta da escola, assim me educava para o mercado com honestidade.
            Às vezes, os seus castigos e repreensões pareciam-me uma separação ou abandono! E por mais indigno que eu fosse, desmerecedor de seu amor, ainda não era tratado como tal. O meu coração até hoje acusa-me, há “brasas ardendo sobre minha cabeça”. Sobretudo, nunca conformei com a despedida eterna de minha mãe. Apenas tenho suas orientações por meio subliminares.  Tantas vezes, tivera lhe maltratado com palavras! Por que o fiz? Por que ela não me abandonou antes? Pelo contrário, em seus braços me sentia o Menino Jesus, pois neles estava o acolhimento da manjedoura e no nome dela, a expressão completa da família Sagrada: Maria José, tendo por sobrenome Ferreira de Andrade, alguém consertador com ferro e madeira. Não se impressione, sou uma extensão, também, do seu nome!
            É! Minha mãe era uma mãe de verdade, apesar de suas muitas limitações. Ela procurava de todas as formas me corrigir, com a finalidade de me treinar à obediência e me fazer trilhar os caminhos místicos do bem supremo da justiça: Deus. Assim entendi: Ninguém, a não ser eu mesmo podia me separar do coração de minha mãe. Seus cuidados e até seu cheiro apelavam continuamente ao meu coração pródigo. Sei de seu amor, jamais se acabará. Eternamente forte, inesgotável fluindo para sempre de onde quer que esteja.

            Lembro-me dela vivamente mas com certeza ela também me tem quando penso nela! Agora do além, vive em mim quando absorvo suas energias etéreas e vivo do jeito que ela desejaria, assim esse amor é meu toda vida por meios espirituais.
            No Brasil, o Dia das Mães é celebrado no segundo domingo de maio, conforme decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas. Mas, independente da oficialização de uma homenagem às mães, todos reconhecemos o amor de mãe, uma corrente viva que nasce no íntimo de Deus e chega até nós todos os dias!


Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 02/05/2010
Código do texto: T2232300

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Comentários



sábado, 1 de maio de 2010

OS FEIOS SE AMAM IGUALMENTE ("Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação." Marcel Proust .)






Crônica

OS FEIOS SE AMAM IGUALMENTE("Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação."
Marcel Proust 
.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Eu gosto de mulheres feias, pobres, baixinhas e magras; são rejeitadas e carentes, assim tenho ajudado quem precisa realmente de carinho e atenção. Se "pego" alguma "bonitona" é a gratidão de Deus sorrindo para mim, por eu motivar à vida aquelas de quem já lhe tiraram a esperança. Aliás, toda mulher deitada gozando é linda! As sábias sabem se deitar criativamente, elas não se vulgarizam, medindo cada benefício trocado. Aprendi com Charles Darwin que na história da humanidade (e dos animais também) aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar foram os que prevaleceram. Por isso, acredito também em Marcel Proust quando diz: "Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação". E digo também, ou aos que querem procriar, há quem pense em "Raça Ariana".
          As que se fazem feias vingam-se, ignorando os comuns. Querem homens bonitos também! Mas, recebem como consequência a concretização das palavras de Marcel Proust: "A mulher que amamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades, pelo que lhe somos infiéis com a mulher que não amamos."
         Dói mais a "patada" de uma mulher feia do que a indiferença das beldades! Porque fere a alma, pois quando um homem comum se dirige a uma mulher feia, põe a alma na frente, com os mais nobres sentimentos. Essas pessoas com as quais a natureza foi cruel demais, sempre descontam em quem está próximo. Não basta uma feiura levar a outras formas de ser feio, querem pisar. Explicando melhor, não gosto da feiura, mas amo as portadoras de traços físicos não padronizados. Para mim importa mesmo é a saúde física, mental e espiritual. E a eficiência no proceder é  mais do que qualquer plástica! Eu quero simplesmente uma mulher com a compostura de Clarice Lispector: "A feiura é o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual". A humildade ornamenta o interior de uma mulher: "A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus." (I pd 3:3,4). 
          Ou seja, mulher feia, assim, é lindo, eu a quero! Ser feio não dói, pois não sofro tanto! Agora, tornar-se feio(a) é dolorido, nojento e fétido; abominável. É como disse o sábio Salomão: " Há quatro coisas que a terra não pode tolerar: (...)a mulher de mau gênio que arranja casamento; (...) (Pv. 30:21,23 NTLH).
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 16/03/2010
Código do texto: T2142417


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Comentários          Comentar

09/04/2010 22:31 - ALEXANDRE MOHOR
realmente quebrar o sentido lógico buscando a lógica onde a multidão não acha é um meio de se adaptar com novas aptidões e, por isso, sobreviver... Charles tinha razão... e toda mulher deitada gozando é linda mesmo...


16/03/2010 21:28 - ZORA
Ola rapaz,gostei do seu texto dei umas risadinhas BEM LEGAL...Recordei de meu irmão que dizia: "Quando me ve com MULHER feia ,pode separar que é briga" Gostei também de saber que somos vizinhos! Goiania a Senador Canedo é um pulo ,AINDA MAIS QUANDO SE TRATA DE POeTAS e POETISAS..KIAKIAK Espero desde já nos tornarmos amigos...visite meu cantinho do pensar..Ficarei grata...