"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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domingo, 17 de abril de 2011

UMA COISA SEMPRE DEPENDE DA OUTRA ( Num círculo, o fim está ligado ao começo!)

Crônica

UMA COISA SEMPRE DEPENDE DA OUTRA  ( Num círculo, o fim está ligado ao começo!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Esta vida é uma eterna penúria intercalada de pequenos prazeres, como recompensa pelo o esforço da busca. Breves êxtases somente percebidos quando vêm os momentos de alívio: o descanso. Ou melhor, a vida é de dor quase constante, por isso seja valorizadas as poucas pausas, momentos de prazer! A vida é... curta! Então, não sei se a zebra é preta de listas brancas ou branca de listas pretas! Mas, também, se a vida fosse um prazer constante (de uma cor só) eu iria preferir um pouco de dor. Como não é verdadeiramente de contínua a alegria, eu continuo preferindo os segundos de "orgasmo". No corpo predomina a dor e o sofrimento. No cérebro, o prazer e a compensação. Porque apesar de tudo, muita coisa depende do ponto de vista. Que venham as dores e os relampejos de alívio, tão logo devolvendo-me o prazer como recompensa do esforço. Agora, compreendo melhor Deus, por que não refez a primeira mulher quando pecou. Se tirasse dela a vida compensatória das agruras do Adão, também lhe tiraria os momentos de satisfação, e sem alegria, restaria só sofrimento para os dois! Então, assim como ao Adão, sobraram para mim muitas dores e resquícios do prazer, ou melhor, sobraram-me outros momentos de menos dor que já me são "prazeres." Vingo-me da própria vida por todo sofrimento que ela me impõe quando "transo" com uma mulher. O que me embaraça são as interjeições: Hum! Ai! Ui! Ih! Aff! Ufa! Oh, yes! Quem me ensinou a gemer, tanto para expressar a dor, bem como para o gozo?
          Já sei, é que, num círculo, o fim está ligado ao começo em qualquer lugar dele. Pois toda linha reta é um atalho, caminho curto para quem sabe trilhar!
          Neste momento, dói minha coluna vertebral na região lombar, demorei sentando para produzir este texto, então alongando-a, procuro fazer os movimento na direção que mais sinto dor, é assim que o tecido se calejará depois de algumas repetições, restando a sensação de alívio. Graças a Deus a dor se cansa logo, ficando só sua ausência que já basta como prazer. Lembrando que não é também o clímax propriamente dito, diga-se de passagem, mas um estágio intermediário. Assim vivemos e suportamos esse torpor existencial: É preciso relaxar para gozar. E é preciso também calejar para aguentar a dor: isso é Felicidade!

          

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 12/04/2011
Código do texto: T2903926

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

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RECADO DE PROFESSOR ( A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado)

Crônica 

RECADO DE PROFESSOR ( A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Meus alunos, não me tenham como ameaça, este momento era o que eu chamava de meu futuro, por tanto é o seu presente. Pois também, não os tenho como ameaça, porque quando forem alguém na vida (se forem...), eu já não serei mais nada (se é que fui também alguma coisa na vida)!
          Eu compreendo que dói muito no orgulho do aluno (sem luz) a sensação de pequenez diante do professor culturalmente superior. Para os alunos, seus tantos conhecimentos tecnológicos e bom desempenho nos jogos eletrônicos o iludem à igualdade, se acham no páreo. A postura arrogante, justificando o desinteresse nas aulas de um professor "quadrado" de antigamente, é compreensível. Talvez seja esse um dos males do sistema educacional! E o comportamento desrespeitoso, é por motivo do uso desregrado dos novos conhecimentos, pois eles não podem substituír os velhos. As novas tecnologias as que se refinaram mais, areia movediça, se não fosse as atualizações do Google, os usuários deveriam ser os mais intelectuais já existentes. Porém, nem com uma máquina em mãos se superam! A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado, pela velocidade e o amontoado de informação cadente, própria do futurismo. Mas, ele não retém quase nada nas dobras do cérebro, assim como um intestino medicado para emagrecer. Tudo na moda, rumo ao caos!

          Eles não sabem ouvir, querem falar! Imitando os octo-processadores sem ter um banco de dados sortido à disposição. Abrandem-se, pois não falem tão apressadamente, pensem antes de falar! A Bíblia nos aconselha, dizendo: "Se você se apressa em dar sua opinião, antes de ouvir os fatos, está mostrando que é um tolo. Você devia se envergonhar!" (Pv 18:13 BV).  Mostrar que sabe é carência de atenção! Certifiquem-se que vocês sabem o que vão dizer antes de abrir a boca! Quem responde a pergunta antes de ouvi-la é pior que um idiota. O louco se mete em dificuldade devido à ignorância, e um homem que atende a fala antes de pensar deve ser punido. Confirma a Patrícia Leal: "Não tente precipitar o que demanda tempo, saiba esperar o tempo certo." Então, o recado é não se apressar em falar.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 11/04/2011
Código do texto: T2902553

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sábado, 9 de abril de 2011

AS ARMAS DE WELLINGTON (Eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida)



CRÔNICA

AS ARMAS DE WELLINGTON (Eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Mais uma vez, as autoridades do país desviam os olhares providenciais da educação, olhando somente para seu umbigo. Como a "Reforma do Ensino Médio" vai conviver com a 'Escola sem partido"? A chacina na Escola Municipal Tasso da Silveira do Rio de Janeiro (2011), por Wellington, ex-aluno da mesma, ainda tem servido como mais um dos indicadores do fracasso da campanha do desarmamento no Brasil, da má qualidade do ensino público brasileiro e da má formação familiar dos jovens. Qual benefício a escola fez àquele educando e às vítimas? Se ele era um doente psicológico, o que fizeram a ele os programas de inclusão tão bandeira de "especialistas" da educação?  E a PEC 241 Tem alguma cláusula de bom gerenciamento para esse tipo de caso? Aliás, estou sabendo que vão congelar os investimentos da educação. Por isso, continuam se negando a maiores insumos, cada vez menos dinheiro chegará à escola, então irá "vulnerabilizar" mais ainda o indivíduo refugiado nas entidades de ensino com esperança de cidadania, enquanto os bandidos permanecem sem educação e armados até os dentes e gostam de aglomeração ingênua!
           Na época, o Papa "Bento XVI também convocou a população do Rio a repudiar a violência, 'que constitui caminho sem futuro', e a construir uma sociedade 'fundada sobre a justiça e o respeito pelas pessoas, sobretudo os mais fracos e indefesos'. O Papa pede que a esperança faça prevalecer 'o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança' e abençoa as vítimas." (http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/papa-bento-xvi-manda-mensagem-de-solidariedade-vitimas-do-atirador.html). (acessado em 15/10/2016). 
           Se lançarmos um olhar retrospectivo, sobre o Rio de Janeiro e em qualquer cidade grande do Brasil, atualmente , veremos que não mudou nada nesse aspecto: educação e segurança continuam precárias.
          A mensagem papal delimita claramente um objetivo que só se alcança com uma educação de qualidade. Todo mundo sabe onde  está o problema da violência no Brasil que é certamente consequência da má educação e da desorientação familiar, mas sempre insistiram em campanha de desarmamento, em apenas maquiagem etc. E a Reforma do Ensino Médio não visa a melhora das relações interpessoais que são violentas por demais no ambiente escolar.  
          As piores armas de Wellington eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida e de uma educação fracassada. Se ele tivesse uma leitura mais extensiva e, por alegoria, teria na sua vingança metonímica, como parte dos que lhe ofenderam, não as crianças, mas verdadeiros representantes: políticos. O ato, em si, não se justifica, mas é possível entendê-lo e achar coerência em sua ação, mesmo perdido no seu mundo paralelo da esquizofrenia: foram vários grito de socorro a ouvidos moucos.
          Tudo isso serviu, pelo menos e também, para nos mostrar o último estágio do tal bullying! Do assédio moral, ou do Síndrome de Burnout! Enfim, firmou-se aqui, mais uma vez, a essência do famoso dito popular "que os incomodados se retirem"; neste caso, não só se retirou, mas por ter sido antes "tirado" traumaticamente. Assim assemelha-se ao suicídio do sistema educacional público a prestações! — Repense, qual é o papel da escola atualmente? Aí a poetisa Sílvia Regina Costa Lima pergunta também: "Como ninguém viu um rapaz assim isolado e triste?  ... quem é o culpado?"

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 09/04/2011
Código do texto: T2898966

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sábado, 26 de março de 2011

DENUNCIA-SE FACILMENTE POR NADA (É um pedido de ajuda de forma cruel de quem é coitado conscientemente.)

CRÔNICA

DENUNCIA-SE FACILMENTE POR NADA (É um pedido de ajuda de forma cruel de quem é coitado conscientemente.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Denúncia é palavra fácil na boca do pobre de espírito, quase sempre usada para extorquir algum dinheiro ou prestígio, ela está escrita em cada filamento nervoso do fraco, denunciando também que esse incompetente não consegue atingir o patamar superior, então tenta derrubar os de cima até ao seu nível, por meios espúrios. É um pedido de ajuda de forma cruel de quem é coitado conscientemente.
          — Por que sou tão vítima de denúncias se não faço nada escondido? Pergunta atônito o denunciado. "O mexeriqueiro espalha segredos, mas a pessoa séria é discreta. (Pv. 11:13 NTLH). Mas, quem mandou ter amigos mexeriqueiros?!
          Nem os denunciadores protegidos se mantêm em segredo! Eu não os chamaria anônimos, mas sim sem personalidade. "Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos" (Sigmund Freud).
          Não se pode zelar pelo caráter de um denunciante, ele é uma prova do crime ou o criminoso, talvez. Os sedentos por denúncias prometem esconder o fornecedor e se tornam cúmplices dele. Ao invés de proteger o acusado, até provar que é realmente o culpado para sofrer a penalidade remidora, incentiva o delator a esconder-se. A prudência está com Voltaire: "É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente."
          O denunciante também conta com a  ajuda do superior daquele de quem não gosta para operar sua injusta vingança, pois jogando um contra o outro se safa. Até admito que ninguém ofende o outro de graça, faz-lho por uma defesa qualquer. Mas, os bem intencionados tentam salvar as relações desgastadas, ao torná-las amizades restauradas. Isso é Divino, comportamento de Crente Verdadeiro. Compreenda-me, ninguém erra porque quer errar, faz-lho por incompetência, e isso tem jeito, só o sistema educacional não tem educação, que o professor fala mal do colega para os alunos e é maltratado, mas se falar mal do colega para a coordenadora é elogiado. A coordenadora que diz não ser ético colega falar mal de colega, chama a atenção e repreende duramente os professores à vista de todos na tal TCE. As ciências sociais cham essa atitude de assédio moral, é o que mais se vê, nesse ambiente "ético"!
          "O direito à  indenização surge do dano, material ou moral, causado pelo comportamento culposo de uma pessoa sobre outra. A indenização por danos morais deve representar uma punição para o infrator, objetivando desestimulá-lo a reincidir na prática do delito. [...] Presentes os pressupostos para a sua concessão, qualquer pessoa, homem ou mulher, pode pleitear em juízo a indenização por danos morais decorrentes de traição." (Deusamar Borges Cardoso) 
          Eu procedo assim: não me envolvendo direto ou indiretamente com situações de risco, mas quando não posso desconsiderar a ofensa e me sinto muito prejudicado, vou saber diretamente do agressor o porquê me tratou assim, então se não foi possível uma solução, aí sim, vou em busca de ajuda e faço questão de me revelar e revelar também minhas tentativas de conciliação. Denúncias de terceiros não as faço, seguindo o conselho do sábio Salomão: "Agarra um cão pelas orelhas quem se mete em briga alheia" (Pv 26:17 BJ). Já segurou um pit-bull pela orelha?
           "Quem prepara armadilhas para outras pessoas acabará caindo nelas. [...]" (Pv 26:27 BV).   Quem denuncia o inimigo se expõe perigosamente. por outro lado, amigo não denuncia amigo; eles não se prejudicam. Que a indústria do denuncismo seja competente por si só e aja sem a ajuda de "fofoqueiros" inconsequentes.
          Os 0800 deviam dar prêmios aos informantes, como no tempo do "bang bang", dinheiro ao pistoleiro que entregasse o procurado, assim os "x9", dedos duros, fofoqueiros, delatores, linguarudos se prezavam mais. 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 25/03/2011
Código do texto: T2870524

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quarta-feira, 16 de março de 2011

O MASOQUISMO IMPOSTO (As pessoas também se acostumam com coisas ruins)



CRÔNICA

O MASOQUISMO IMPOSTO (As pessoas também se acostumam com coisas ruins)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Numa dessas minhas crônicas da vida escolar, eu já tinha dito sobre o não haver um dia seque, no qual eu não saísse do trabalho portando uma sensação de consciência pesada, como quem não cumpriu o dever, ou talvez pelos diversos contratempos desfazedores dos bons propósitos do meu dia, ou ainda sinto como se eu tivesse ofendido a mim mesmo. Hoje, peguei-me com essa sensação estranha novamente; mas, por outro motivo: Não percebi ninguém vigiando para me acusar de qualquer irresponsabilidade! Na escola, tinha só uma das coordenadoras, e não a vi pelos os corredores repetindo os mesmos termos de sua função, não valendo a pena relatá-los aqui. Os meus alunos apresentaram os seus trabalhos em grupo e nem um transtorno ou adversidade nos aconteceu, foram bastante criativos. Devido a urgência, alunos de outras salas vieram apresentar em minha sala e ninguém me acusou de boicotador das aulas dos outros ou nos impediu.  Tudo estava tranquilo! Qualquer pessoa normal gostaria desse clima circunstancial, porém eu me descobria doente, ainda me sentia insatisfeito, porque as armas de proteção, que uso costumeiramente, não pude usá-las! Seria esta minha frustração?
          Sim, eu estava infeliz, aliei dentro de mim uma razão, justificando o desconforto, e vi um grande vazio, faltava repressão, acusações, críticas sem destino. Lembrei-me da ata trazida para eu assinar da reunião de ontem da qual não participei, tremi nas bases, pensando que fosse algum relatório condenatório, denúncias de pais; não era, eu a li, tinha coisas triviais apenas: firmou-se o vazio. No recreio, saí da sala dos professores a fim de conversar menos, e não cometer os pecados dos outros dias; lá fora, os alunos não me disseram nada, apenas palavras vazias sem intencionalidade alguma (se as tinham, não descobri).
          Então, agora, acho do meu primeiro desconforto ser melhor que o último. Eu sei, estou preparado para sofrer menos por estar mal acompanhado do que quando estou sozinho. Alguém já disse uma vez sobre como as pessoas também se acostumam com coisas ruins. Não me julgue por tamanha radicalidade, posso me agradar do seu injusto julgamento por falta de opção. Tudo ao meu redor presta sim, estou reclamando da ausência dos maus tratos do meio em que vivo.
          Os nossos avaliadores nem sempre entendem como as pessoas são preciosas demais para serem menosprezadas. Também não entendem que "se carrasco fosse herói não usava capuz". Se cheguei onde cheguei e como cheguei, foi investimento de Deus.             
           
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 16/03/2011
Código do texto: T2851749

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"HOMESCHOOLING" CABE NA REFORMA DO ENSINO MÉDIO? ("Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola." George Herbert).

CRÔNICA

"HOMESCHOOLING" CABE NA REFORMA DO ENSINO MÉDIO? ("Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola." George Herbert).

Por Claudeci Ferreira de Andrade
         Ontem, eu li sobre os muitos lugares, especialmente nos países culturalmente avançados, onde o “HOMESCHOOLING” é fornecido por lei e os pais, que desejam dar aos seus filhos um ambiente de aprendizagem diferente do existente nas escolas, poderão. As razões que levam os pais a optar pelo “HOMESCHOOLING” são variadas. Existe uma insatisfação com as escolas, o medo em relação ao seu ambiente, interno e imediações. Os pais temem pela segurança física das crianças. Isso é compreensível em ambientes onde há muita violência. "Há também as situações em que as crianças e adolescentes são vítimas de bullying, que é outro tipo de violência. Tudo isso faz o ir à escola um sofrimento diário e silencioso. A provisão legal da possibilidade de estudar em casa eliminaria esse sofrimento que atinge milhares de crianças e adolescentes.” (http://www.revistaeducacao.com.br/homeschooling/) (acessado em 21/05/2022). 
            Se fosse necessário, não seria obrigatório! Vi uma aluna de 8º ano passando a mão na “bunda” de um colega daqueles tímidos e recatados; contemplei o constrangimento dele com pesar no coração, porém, pude apenas dizer àquela garota,  o que me é permitido: não faça isso, pois é feio. Ela me respondeu, "é feio, mas é bom". Eu já tinha visto, naquele mesmo dia, algo semelhante, em outra brincadeira de mau gosto, quando um rapazinho levou um soco na testa por tentar pegar na genitália do colega. 
            Além do mais, muitos alunos (os tais representantes que não resolvem nada!), os confiáveis, sofrem pressão psicológica, como “boi de piranha”,  pois constantemente são retirados da sala de aula para denunciar colegas e até confirmar os assédios de professores “aproveitadores”, e os ditos alunos conquistam, senão muitas consequências ruins a si até pedirem transferência. E digo aos pais que os professores rígidos, tradicionais e moralistas foram banidos do sistema educacional, transformaram-se em modernos defensores de novas teorias populistas a fim de continuar sobrevivendo — Os políticos acabaram com a escola pública — daquele jeito não poderiam ser bons mestres, segundo os pedagogos da escola moderna. Agora os professores da rede pública e quem elaboram as leis colocam seus filhos para estudar nas melhores escolas particulares e caras. Eu preferia que todos entendessem a educação domiciliar (“HOMESCHOOLING” ) como a saída, e assim o professor Ivan Illich tinha toda razão do mundo: "Dessa forma, minha profissão alcançaria o tão merecido respeito social". E que o presidente Bolsonaro e o Ministro da Educação alcancem a razão.
           O trunfo da escola pública é a tal "indispensável socialização", e a aceitação do diferente está violentada. Tem muita gente "mamando" na causa dos "especiais". Mas, como adquirir estas virtudes se os pais orientam seus filhos a se protegerem das más companhias na escola, formando, assim, facções discriminatórias (panelinhas)? Como diz  Euélica Fagundes Ramos que no caso do bullying, ela aponta que, na maioria dos casos, os pais são os maiores incentivadores da violência. "...muitas vezes se sentem vingados pelas agressões ou humilhações que sofrem em outros ambientes, entre eles, o familiar ou simplesmente porque a educação que recebem dos pais serve de incentivo à violência e ao sadismo..."(http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/violencia-escolar-bullying-papel-familia-escola.htm) ( acessado em 21/05/2022).
           Então fica apenas a mistura de medo, e desejo de proteção, e zelo pela reputação por conta do fracasso da indispensável socialização.
           Os meus filhos serão educados em casa, quando os tiver, e o "amorável" estado permitir.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 23/02/2011
Código do texto: T2810881

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ACEITA-SE INOCENTE por CULPADO (Quanto vale uma promessa que os pais fazem para os filhos pagarem?)

PENSAMENTO

ACEITA-SE INOCENTE por CULPADO    (Quanto vale uma promessa que os pais fazem para os filhos pagarem?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Todos os que sofrem devem saber o porquê de sua dor, ou pelo menos, suspeitarem, com muita força, da causa. Deus seria injusto demais por fazer experimentar o sofrimento pessoas inocentes. Afligir alguém sem dar-lhe explicação faz do sofredor apenas uma vítima, mas não o considera um educando. O sofrimento visa a correção quando justificado! Caso contrário, o castigo é somente objeto de vingança. Assim, salva-se o atual sistema repressor em nome da educação?
          A prece prontamente atendida é: Não fiz por merecer...! Agora, tem gente usando como chicote, ao bater em outros, a autoridade sem causa, lembrando que o tal chicote se desgasta a cada golpe. E o feitiço se tornará contra o feiticeiro. Isso explica o caos! No último dos casos, ao sofredor: Quem mandou “jogar pedra na cruz”!? É inconcebível o inocente pagar pelo culpado. Outra coisa incompreensível a mim, pois de jeito nenhum entendo, é o valor dos votos que os pais fazem esperando os filhos pagarem. Pessoas irresponsáveis fazem muitas promessas sem a intenção de cumpri-las. Político em campanha eleitoral também procede assim!
          Contratar uma pessoa e depois submetê-la ao sofrimento espetacular (sacrifício aos deuses) é requerer para si a aplicação da justiça divina sobre quem jamais poderá ver o final da história. O Jó, da lenda bíblica, era uma espécie de sacrifício ao Diabo, provando ao universo que Deus recompensa aos "fevorosos" da vida. Por tanto, deve ter ficado bem claro a ele, e agora para nós, sobre o perdão Divino que não nos salva das consequências. Assim, sendo, nos salvará de que, afinal? Das ameaças impostas por Ele mesmo?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 08/02/2011
Código do texto: T2780331

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