"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

GLBTTT - RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA? (Minha nova família é um pedaço do Céu na terra!)

Crônica




Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução 175 que determina que todos os cartórios habilitem ou celebrem casamento civil e conversão da união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. "Casamento gay no país cresce em ritmo maior que o de heterossexuais. Segundo IBGE, uniões entre casais do mesmo sexo aumentaram 15,7%".
           As instruções da Igreja à família é que o pai e a mãe estejam sempre prevenidos quanto a suas palavras e atos, cuidando do bom exemplo. O marido deve tratar sua esposa, a mãe dos seus filhos, com o devido respeito, e a esposa deve amar e respeitar o marido também. Como pretendem fazer isto, os inovadores da santidade do enlace matrimonial? Para aonde vão os princípios e valores culturais da Igreja?
          As influências educacionais da vida no lar e na escola são uma força decisiva através do bem ou do mal. Tais influências são também, em muitos casos, silenciosas e graduais, mas, se exercidas do lado certo, são cheias de valor. E qual o lado certo nesse caso? Para aonde vai a eficiência moral da Escola?
           Mesmo aqueles sem filhos têm responsabilidades a suportar. Em muitos casos, podem receber em seus lares crianças órfãs e destituídas de um lar. O que devemos dizer da disciplina dos pretendentes a tomar lugar na família, símbolo do Céu? Para aonde vão os conceitos e valores culturais da Família tradicional?
          Minha constante oração é: Deus me deixe viver, com sanidade suficiente, até aos meus 74 anos, de lá, olhando para trás, eu possa ver e comparar a performance das leis proibitórias do abuso sexual de menor de idade, que conheço agora. Quero me sentir bem, não pelo prazer da realidade porvir, mas pela confirmação do meu ministério profético. Porém, quando o futuro chegar, perguntar-me-ei: para aonde vão os princípios e valores culturais de mim mesmo?
          Que os elementos modernos do mundo, ardendo em paixão, se esbaldem em "amor", eu quero apenas responsabilidade social, pois quanto mais intensamente essas "desproíbições"  invadirem a nossa vida, menos motivação teremos para olhar o passado. Para a frente, tudo é excelente! Acho depravação mesmo é ter de viver 74 anos, e serem dias demais ao me fatigar com o que já é estabelecido e veio para ficar. Então, aqui quero valorizar minha crônica, citando um comentário da amiga e poeta Silvia Regina Costa Lima: "... a família mudou demais e temos, dela, novos modelos que antes nem se pensava, nem se sonhava... as crianças perdem o referencial sobre o que é avô original, avô agregado, tios, primos, meio/irmãos, outros pais... e todos perderam a noção de valores, tradição, cidadania... e não sei aonde iremos todos parar..."
           
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 11/05/2011
Código do texto: T2962650

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domingo, 1 de maio de 2011

"MACUNAIMISMO" (O alunado pagador de toda conta com seus impostos)

CRÔNICA

"MACUNAIMISMO" (O alunado pagador de toda conta com seus impostos)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Aprendi isso num conselho de classe: A deficiência é comprovadamente do aluno, pois tem nota baixíssima em todas as disciplinas, embora vinte por cento da classe esteja razoável, mas ainda é o professor quem deve mudar a sua metodologia. E se nem tiver ensinado nada, fica mais fácil para ambos! Acho ser a maior desgraça de um profissional da educação é ter de ensinar a quem não quer aprender. É fácil fazer o professor trabalhar à toa. Se todos, de uma sala, tirarem menos de dois em uma prova que valia cinco, o coitado é obrigado, pela coordenação, a elaborar e aplicar outra prova – a culpa é dele. Será se os alunos boicotaram? Porém eu disse, em classe, que não ia dar nota alguma pela prova avaliativa da unidade escolar (ADA), aplicada pelo o governo, e o aluno me acusa de boicotar o sistema, mas é ele que não quer vim fazer a tal prova.
          Hoje, elementos político-pedagogos atuam mais com enganos sutis para cativar o alunado descrente ao invés de ser transparente e dar-lhe a condição de trilhar o caminho tenebroso do mundo com eficiência: "quem vive só de esperança morre de fome." Teorias mirabolantes. Que nenhum aluno suponha, por ter sido usado apenas como instrumentalidade, angariadores de fundos do sistema mantenedor, se achando bom cidadão, só por isso, não. Aqueles que se excluem das mãos de um verdadeiro educador, julgam-se capazes de realizar grandes feitos no mundo sem as orientações corretas, enganam-se, apenas procuram um liberal. Então, o conceito atual de "bom professor" percorre a ideia carregada da esperteza e da sutileza para o "salve-se quem puder". Esse tipo deixou de ser tão técnico, mas é agora ardiloso.
          O alunado pagador de toda conta com seus impostos, é o "Dom Quixote' do sistema; péssimo patrão, atacando os professores como os moinhos de vento foram vítimas, outrora; tal herói sem nenhum caráter (anti-herói), pegamos um atalho na comédia de Miguel de Cervantes. O que diríamos equivalentemente, cá para o Brasil da atualidade, "Macunaíma, herói de nossa gente". Os alunos perdem muito tempo e energia armando-se e atacando os professores que se movimentam pela força dos ventos subjetivos soprando-lhes normas infundadas, pois sem o rumo das artimanhas, ainda são eles os que supostamente "roubam" notas dos alunos ruins; eles os acusam! E os "moinhos de vento", atacados, continuam lá fazendo o seu trabalho como podem, rangendo: despedaçados. Até quando!?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 30/04/2011
Código do texto: T2940362

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domingo, 17 de abril de 2011

UMA COISA SEMPRE DEPENDE DA OUTRA ( Num círculo, o fim está ligado ao começo!)

Crônica

UMA COISA SEMPRE DEPENDE DA OUTRA  ( Num círculo, o fim está ligado ao começo!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Esta vida é uma eterna penúria intercalada de pequenos prazeres, como recompensa pelo o esforço da busca. Breves êxtases somente percebidos quando vêm os momentos de alívio: o descanso. Ou melhor, a vida é de dor quase constante, por isso seja valorizadas as poucas pausas, momentos de prazer! A vida é... curta! Então, não sei se a zebra é preta de listas brancas ou branca de listas pretas! Mas, também, se a vida fosse um prazer constante (de uma cor só) eu iria preferir um pouco de dor. Como não é verdadeiramente de contínua a alegria, eu continuo preferindo os segundos de "orgasmo". No corpo predomina a dor e o sofrimento. No cérebro, o prazer e a compensação. Porque apesar de tudo, muita coisa depende do ponto de vista. Que venham as dores e os relampejos de alívio, tão logo devolvendo-me o prazer como recompensa do esforço. Agora, compreendo melhor Deus, por que não refez a primeira mulher quando pecou. Se tirasse dela a vida compensatória das agruras do Adão, também lhe tiraria os momentos de satisfação, e sem alegria, restaria só sofrimento para os dois! Então, assim como ao Adão, sobraram para mim muitas dores e resquícios do prazer, ou melhor, sobraram-me outros momentos de menos dor que já me são "prazeres." Vingo-me da própria vida por todo sofrimento que ela me impõe quando "transo" com uma mulher. O que me embaraça são as interjeições: Hum! Ai! Ui! Ih! Aff! Ufa! Oh, yes! Quem me ensinou a gemer, tanto para expressar a dor, bem como para o gozo?
          Já sei, é que, num círculo, o fim está ligado ao começo em qualquer lugar dele. Pois toda linha reta é um atalho, caminho curto para quem sabe trilhar!
          Neste momento, dói minha coluna vertebral na região lombar, demorei sentando para produzir este texto, então alongando-a, procuro fazer os movimento na direção que mais sinto dor, é assim que o tecido se calejará depois de algumas repetições, restando a sensação de alívio. Graças a Deus a dor se cansa logo, ficando só sua ausência que já basta como prazer. Lembrando que não é também o clímax propriamente dito, diga-se de passagem, mas um estágio intermediário. Assim vivemos e suportamos esse torpor existencial: É preciso relaxar para gozar. E é preciso também calejar para aguentar a dor: isso é Felicidade!

          

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 12/04/2011
Código do texto: T2903926

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RECADO DE PROFESSOR ( A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado)

Crônica 

RECADO DE PROFESSOR ( A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Meus alunos, não me tenham como ameaça, este momento era o que eu chamava de meu futuro, por tanto é o seu presente. Pois também, não os tenho como ameaça, porque quando forem alguém na vida (se forem...), eu já não serei mais nada (se é que fui também alguma coisa na vida)!
          Eu compreendo que dói muito no orgulho do aluno (sem luz) a sensação de pequenez diante do professor culturalmente superior. Para os alunos, seus tantos conhecimentos tecnológicos e bom desempenho nos jogos eletrônicos o iludem à igualdade, se acham no páreo. A postura arrogante, justificando o desinteresse nas aulas de um professor "quadrado" de antigamente, é compreensível. Talvez seja esse um dos males do sistema educacional! E o comportamento desrespeitoso, é por motivo do uso desregrado dos novos conhecimentos, pois eles não podem substituír os velhos. As novas tecnologias as que se refinaram mais, areia movediça, se não fosse as atualizações do Google, os usuários deveriam ser os mais intelectuais já existentes. Porém, nem com uma máquina em mãos se superam! A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado, pela velocidade e o amontoado de informação cadente, própria do futurismo. Mas, ele não retém quase nada nas dobras do cérebro, assim como um intestino medicado para emagrecer. Tudo na moda, rumo ao caos!

          Eles não sabem ouvir, querem falar! Imitando os octo-processadores sem ter um banco de dados sortido à disposição. Abrandem-se, pois não falem tão apressadamente, pensem antes de falar! A Bíblia nos aconselha, dizendo: "Se você se apressa em dar sua opinião, antes de ouvir os fatos, está mostrando que é um tolo. Você devia se envergonhar!" (Pv 18:13 BV).  Mostrar que sabe é carência de atenção! Certifiquem-se que vocês sabem o que vão dizer antes de abrir a boca! Quem responde a pergunta antes de ouvi-la é pior que um idiota. O louco se mete em dificuldade devido à ignorância, e um homem que atende a fala antes de pensar deve ser punido. Confirma a Patrícia Leal: "Não tente precipitar o que demanda tempo, saiba esperar o tempo certo." Então, o recado é não se apressar em falar.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 11/04/2011
Código do texto: T2902553

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sábado, 9 de abril de 2011

AS ARMAS DE WELLINGTON (Eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida)



CRÔNICA

AS ARMAS DE WELLINGTON (Eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Mais uma vez, as autoridades do país desviam os olhares providenciais da educação, olhando somente para seu umbigo. Como a "Reforma do Ensino Médio" vai conviver com a 'Escola sem partido"? A chacina na Escola Municipal Tasso da Silveira do Rio de Janeiro (2011), por Wellington, ex-aluno da mesma, ainda tem servido como mais um dos indicadores do fracasso da campanha do desarmamento no Brasil, da má qualidade do ensino público brasileiro e da má formação familiar dos jovens. Qual benefício a escola fez àquele educando e às vítimas? Se ele era um doente psicológico, o que fizeram a ele os programas de inclusão tão bandeira de "especialistas" da educação?  E a PEC 241 Tem alguma cláusula de bom gerenciamento para esse tipo de caso? Aliás, estou sabendo que vão congelar os investimentos da educação. Por isso, continuam se negando a maiores insumos, cada vez menos dinheiro chegará à escola, então irá "vulnerabilizar" mais ainda o indivíduo refugiado nas entidades de ensino com esperança de cidadania, enquanto os bandidos permanecem sem educação e armados até os dentes e gostam de aglomeração ingênua!
           Na época, o Papa "Bento XVI também convocou a população do Rio a repudiar a violência, 'que constitui caminho sem futuro', e a construir uma sociedade 'fundada sobre a justiça e o respeito pelas pessoas, sobretudo os mais fracos e indefesos'. O Papa pede que a esperança faça prevalecer 'o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança' e abençoa as vítimas." (http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/papa-bento-xvi-manda-mensagem-de-solidariedade-vitimas-do-atirador.html). (acessado em 15/10/2016). 
           Se lançarmos um olhar retrospectivo, sobre o Rio de Janeiro e em qualquer cidade grande do Brasil, atualmente , veremos que não mudou nada nesse aspecto: educação e segurança continuam precárias.
          A mensagem papal delimita claramente um objetivo que só se alcança com uma educação de qualidade. Todo mundo sabe onde  está o problema da violência no Brasil que é certamente consequência da má educação e da desorientação familiar, mas sempre insistiram em campanha de desarmamento, em apenas maquiagem etc. E a Reforma do Ensino Médio não visa a melhora das relações interpessoais que são violentas por demais no ambiente escolar.  
          As piores armas de Wellington eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida e de uma educação fracassada. Se ele tivesse uma leitura mais extensiva e, por alegoria, teria na sua vingança metonímica, como parte dos que lhe ofenderam, não as crianças, mas verdadeiros representantes: políticos. O ato, em si, não se justifica, mas é possível entendê-lo e achar coerência em sua ação, mesmo perdido no seu mundo paralelo da esquizofrenia: foram vários grito de socorro a ouvidos moucos.
          Tudo isso serviu, pelo menos e também, para nos mostrar o último estágio do tal bullying! Do assédio moral, ou do Síndrome de Burnout! Enfim, firmou-se aqui, mais uma vez, a essência do famoso dito popular "que os incomodados se retirem"; neste caso, não só se retirou, mas por ter sido antes "tirado" traumaticamente. Assim assemelha-se ao suicídio do sistema educacional público a prestações! — Repense, qual é o papel da escola atualmente? Aí a poetisa Sílvia Regina Costa Lima pergunta também: "Como ninguém viu um rapaz assim isolado e triste?  ... quem é o culpado?"

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 09/04/2011
Código do texto: T2898966

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sábado, 26 de março de 2011

DENUNCIA-SE FACILMENTE POR NADA (É um pedido de ajuda de forma cruel de quem é coitado conscientemente.)

CRÔNICA

DENUNCIA-SE FACILMENTE POR NADA (É um pedido de ajuda de forma cruel de quem é coitado conscientemente.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Denúncia é palavra fácil na boca do pobre de espírito, quase sempre usada para extorquir algum dinheiro ou prestígio, ela está escrita em cada filamento nervoso do fraco, denunciando também que esse incompetente não consegue atingir o patamar superior, então tenta derrubar os de cima até ao seu nível, por meios espúrios. É um pedido de ajuda de forma cruel de quem é coitado conscientemente.
          — Por que sou tão vítima de denúncias se não faço nada escondido? Pergunta atônito o denunciado. "O mexeriqueiro espalha segredos, mas a pessoa séria é discreta. (Pv. 11:13 NTLH). Mas, quem mandou ter amigos mexeriqueiros?!
          Nem os denunciadores protegidos se mantêm em segredo! Eu não os chamaria anônimos, mas sim sem personalidade. "Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos" (Sigmund Freud).
          Não se pode zelar pelo caráter de um denunciante, ele é uma prova do crime ou o criminoso, talvez. Os sedentos por denúncias prometem esconder o fornecedor e se tornam cúmplices dele. Ao invés de proteger o acusado, até provar que é realmente o culpado para sofrer a penalidade remidora, incentiva o delator a esconder-se. A prudência está com Voltaire: "É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente."
          O denunciante também conta com a  ajuda do superior daquele de quem não gosta para operar sua injusta vingança, pois jogando um contra o outro se safa. Até admito que ninguém ofende o outro de graça, faz-lho por uma defesa qualquer. Mas, os bem intencionados tentam salvar as relações desgastadas, ao torná-las amizades restauradas. Isso é Divino, comportamento de Crente Verdadeiro. Compreenda-me, ninguém erra porque quer errar, faz-lho por incompetência, e isso tem jeito, só o sistema educacional não tem educação, que o professor fala mal do colega para os alunos e é maltratado, mas se falar mal do colega para a coordenadora é elogiado. A coordenadora que diz não ser ético colega falar mal de colega, chama a atenção e repreende duramente os professores à vista de todos na tal TCE. As ciências sociais cham essa atitude de assédio moral, é o que mais se vê, nesse ambiente "ético"!
          "O direito à  indenização surge do dano, material ou moral, causado pelo comportamento culposo de uma pessoa sobre outra. A indenização por danos morais deve representar uma punição para o infrator, objetivando desestimulá-lo a reincidir na prática do delito. [...] Presentes os pressupostos para a sua concessão, qualquer pessoa, homem ou mulher, pode pleitear em juízo a indenização por danos morais decorrentes de traição." (Deusamar Borges Cardoso) 
          Eu procedo assim: não me envolvendo direto ou indiretamente com situações de risco, mas quando não posso desconsiderar a ofensa e me sinto muito prejudicado, vou saber diretamente do agressor o porquê me tratou assim, então se não foi possível uma solução, aí sim, vou em busca de ajuda e faço questão de me revelar e revelar também minhas tentativas de conciliação. Denúncias de terceiros não as faço, seguindo o conselho do sábio Salomão: "Agarra um cão pelas orelhas quem se mete em briga alheia" (Pv 26:17 BJ). Já segurou um pit-bull pela orelha?
           "Quem prepara armadilhas para outras pessoas acabará caindo nelas. [...]" (Pv 26:27 BV).   Quem denuncia o inimigo se expõe perigosamente. por outro lado, amigo não denuncia amigo; eles não se prejudicam. Que a indústria do denuncismo seja competente por si só e aja sem a ajuda de "fofoqueiros" inconsequentes.
          Os 0800 deviam dar prêmios aos informantes, como no tempo do "bang bang", dinheiro ao pistoleiro que entregasse o procurado, assim os "x9", dedos duros, fofoqueiros, delatores, linguarudos se prezavam mais. 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 25/03/2011
Código do texto: T2870524

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quarta-feira, 16 de março de 2011

O MASOQUISMO IMPOSTO (As pessoas também se acostumam com coisas ruins)



CRÔNICA

O MASOQUISMO IMPOSTO (As pessoas também se acostumam com coisas ruins)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Numa dessas minhas crônicas da vida escolar, eu já tinha dito sobre o não haver um dia seque, no qual eu não saísse do trabalho portando uma sensação de consciência pesada, como quem não cumpriu o dever, ou talvez pelos diversos contratempos desfazedores dos bons propósitos do meu dia, ou ainda sinto como se eu tivesse ofendido a mim mesmo. Hoje, peguei-me com essa sensação estranha novamente; mas, por outro motivo: Não percebi ninguém vigiando para me acusar de qualquer irresponsabilidade! Na escola, tinha só uma das coordenadoras, e não a vi pelos os corredores repetindo os mesmos termos de sua função, não valendo a pena relatá-los aqui. Os meus alunos apresentaram os seus trabalhos em grupo e nem um transtorno ou adversidade nos aconteceu, foram bastante criativos. Devido a urgência, alunos de outras salas vieram apresentar em minha sala e ninguém me acusou de boicotador das aulas dos outros ou nos impediu.  Tudo estava tranquilo! Qualquer pessoa normal gostaria desse clima circunstancial, porém eu me descobria doente, ainda me sentia insatisfeito, porque as armas de proteção, que uso costumeiramente, não pude usá-las! Seria esta minha frustração?
          Sim, eu estava infeliz, aliei dentro de mim uma razão, justificando o desconforto, e vi um grande vazio, faltava repressão, acusações, críticas sem destino. Lembrei-me da ata trazida para eu assinar da reunião de ontem da qual não participei, tremi nas bases, pensando que fosse algum relatório condenatório, denúncias de pais; não era, eu a li, tinha coisas triviais apenas: firmou-se o vazio. No recreio, saí da sala dos professores a fim de conversar menos, e não cometer os pecados dos outros dias; lá fora, os alunos não me disseram nada, apenas palavras vazias sem intencionalidade alguma (se as tinham, não descobri).
          Então, agora, acho do meu primeiro desconforto ser melhor que o último. Eu sei, estou preparado para sofrer menos por estar mal acompanhado do que quando estou sozinho. Alguém já disse uma vez sobre como as pessoas também se acostumam com coisas ruins. Não me julgue por tamanha radicalidade, posso me agradar do seu injusto julgamento por falta de opção. Tudo ao meu redor presta sim, estou reclamando da ausência dos maus tratos do meio em que vivo.
          Os nossos avaliadores nem sempre entendem como as pessoas são preciosas demais para serem menosprezadas. Também não entendem que "se carrasco fosse herói não usava capuz". Se cheguei onde cheguei e como cheguei, foi investimento de Deus.             
           
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 16/03/2011
Código do texto: T2851749

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