"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

O TEMPORÁRIO FRESCOR DA NATUREZA ("O corpo é apenas um instrumento temporário da alma..." — Letícia Del Rio)


Crônica

O TEMPORÁRIO FRESCOR DA NATUREZA ("O corpo é apenas um instrumento temporário da alma..." — Letícia Del Rio)

por Claudeci Ferreira de Andrade


          Eu almoçava do lado de cima da rua, na mão de quem vem de Goiânia para Senador Canedo, na varanda de um restaurante simples, comia pedaços de mamão para sobremesa, assistindo à movimentação do povo dentro do terminal de ônibus na Praça da Bíblia — poucos dias depois disso, o restaurante entrou em reforma, eita, Goiânia renovável rapidamente! Nada me chamou tanto a atenção, naquele momento, do que um mamoeiro,  bem no cantinho da cerca, e por sinal, do lado de dentro. Tentei fazer uma relação com o presente sabor sentido, vendo seus mirrados frutos de um amarelo fosco, mas senti dificuldade. Aquela planta deve ter nascido sozinha, ninguém a plantou e nem a regou, pois está tão abandonada, seu caule é preto da fuligem dos escapamentos dos carros.
           Seus frutos apodrecem ali, grudados como se estranhassem o chão. Quem tem a coragem de consumi-los? Menino algum, traquino que seja, passa por ali, para derrubar os mamões! São feios e tronchos. Vivendo de atrevidos. Já o tal mamoeiro magricelo e desalinhado procura chamar os olhares, possuindo mais ou menos quatro metros de altura, porém nunca conseguiu concorrer com mais nada, aliás, por ironia, com o poste da rede elétrica, inerte, igualmente sem vida, a seu lado, porém cheio de energia, ou melhor, ironicamente suporte sem vida de energia!  Uma vantagem do mamoeiro é ninguém se importar se ele existe, então de jeito nenhum vale a pena cortá-lo, pois jamais incomoda, visualmente e/ou espacialmente, está camuflado sob as cores bufentas  da cidade. Ah, a cidade grande é agitada, só pensa em ganhar dinheiro. Nem os pombos têm tempo ou interesse para se abrigarem nele, as folhas são tão pequenas e murchas que se parece de outra família.
          Qual papel desempenha este elemento da natureza? Eu duvido sobre aquele mamoeiro ser útil a alguma coisa antes de sua morte! Quando a Bíblia diz que inútil é o indivíduo fazendo só a sua obrigação (Lc 17:10) e depois, decreta um fim aos inúteis: no inferno (Mt25:30), pensei nas injustiças praticadas a homens e plantas. Então, entendi por  inferno a situação daquela planta igual ao meu inferno: o abandono. Não nos deixam ser úteis. Nem para incomodar prestamos mais. Por que ousaremos fazer, pelo menos, a nossa obrigação e ser taxado de inútil? A discriminação anula o idoso, enrugado, adoentado e desbotado. Eu quero ser forte e não posso! O espírito tem vigor, entretanto o corpo físico não ajuda. Somos dos mesmos elementos químicos do belo. Nos alimentamos do belo. Vivemos no meio do belo e ainda sabemos apreciar o belo, mas, exatamente por isso, somos feios. E quanto mais nos medimos e nos comparamos, mais misturados desaparecemos, como o branco do leite bebe todas as propriedades da água. Afinal, os diferentes se atraem para a uniformização.
          Por que não seguirmos o conselho papal? (apud Artur Laranjeira, DM-OP, 26/07/2013) "Em sua viagem de vinda ao Brasil, o papa Francisco nos ensinou (disse) que 'Um povo só tem futuro se considerar igualmente os dois extremos da vida: os jovens que têm a força e os idosos que possuem a sabedoria da vida, da história, da pátria e da família'. Penso que fazem uma injustiça com os velhos quando os deixam de lado".
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 17/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
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sábado, 13 de julho de 2013

CACHORRADA AMBÍGUA ("Se o mundo fosse só de cachorro, não viveríamos nesta cachorrada." — RADYR GONÇALVES)


Crônica

CACHORRADA AMBÍGUA ("Se o mundo fosse só de cachorro, não viveríamos nesta cachorrada." — RADYR GONÇALVES)

por Claudeci Ferreira de Andrade

          Plantaram grama em cima da tubulação da Petrobrás e, acimentaram as laterais do canteiro, bem no meio da avenida Dom Emanuel, em Senador Canedo. Numa extensão de 1,3 km. É ali, nas tardes, uma multidão de pessoas, adeptas da caminhada, cruzam-se para lá e para cá. Lembro-me quando podíamos correr por ali livremente sem precisar barroar em ninguém ou pisar nas fezes dos bichos. Porém, foi algum tempo atrás quando não era caminho ao supermercado Bretas! Agora, está meio inviável. Além de aumentar o número de transeuntes fomentadores das práticas saudáveis, ainda têm os passeadores com cachorro, que nunca os vi carregando pazinhas e nem conduzindo o animal amordaçado!
          Há algo de positivo, sim, nessa mistura com os animais na educação física, até porque, às vezes, eles nos obrigam a correr melhor. Outro dia, tive de dar um tiro de 100 metros rasos, forçado por um vira-lata ameaçador. Obedecendo a lei de Murphy, o perigo aconteceu da pior forma possível, quando escorreguei nas fezes de um cão grande e caí machucando-me. Sem falar das vezes, quando me embaraço pelas pernas nas cordas de alguém que não sabe puxar o bicho. Sim, também já tive de desviar de cavalos marchadores por ali e bicicleteiros. 
          Ao evitar maiores transtornos, é melhor desviar-se deles, mesmo que lhes custe quebrar o ritmo do trote, sair do gramado para a rodovia, garantindo a segurança de um lado e se arriscando ser atropelado do outro. Quem tem coragem de deixar de elogiar o dono arrastado pelo cão, chamem-no de Corajoso!. Tudo em nome da obediência aos conselhos dos médicos "veterinários".
          Alguém bem intencionado instalou alguns aparelhos de ginástica, ali no início da pista, foi ótima a ideia! O deselegante é a fila esfarinhada e discreta dos que estão de olho, querendo usar o equipamento e não podem, porque há sempre uma família inteira sentada nas peças tranquilamente, batendo papo, como se fosse seu camarote para contemplar a heterogeneidade dos "atletas" e a variedade dos trajes esportistas.
          Frequentar uma academia fechada não me agrada pagar. Sempre preferi me exercitar ao ar livre; sim, esta é uma maneira otimista de ver a vida, mas os carros e caminhões que passam aos montes, de um lado e do outro, anuviam nossa pista, borrifando monóxido de carbono como se joga veneno em muriçoca. Quem sabe, o condicionamento adquirido ali sirva também para amenizar os maiores prejuízos respiratórios.
          Talvez, a firma construtora do calçadão não o fez para pista de atletismo, mas a população canedense já a consagrou. Quem sabe, ela junto ao governo municipal fizessem algumas adequações nessa finalidade, ao invés de gastarem muito dinheiro público com as tais academias populares. Sugiro até que façam uma passarela nos cruzamentos sem seccionar essa extensão e termos mais segurança. É difícil cuidar da saúde, e alguém ousa cuidar do planeta!
            Os donos emprestaram o seu caráter para seus Cães, nem são veganos, mas defendem os animais como se não os comessem: paradoxal! Se os vi pelas ruas, desvie-se deles, pode ser tredo, pois é assim que vivem hoje as pessoas modernas. "Onde quer que haja adoração a animais, ali haverá sacrifício humano".
(G. K. Chesterton)
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 23/01/2013
Reeditado em 13/07/2013
Código do texto: T4101020
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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Panorama sobre a leitura no Brasil


11/07/2013 às 23h06

Panorama sobre a leitura no Brasil

DIÁRIO DA MANHÃ
ROSA P. BARBOSA
Enquanto que em outros países a leitura é vista como parte indispensável e fundamental na educação do indivíduo, no Brasil poucos pesquisadores dispuseram a refletir sobre o assunto.
Nos Estados Unidos por exemplo ; foram publicadas 1.588 pesquisas na área da leitura no período 1975-1977. Esta quantidade está vinculada por apenas uma única revista especializada.
O panorama da pesquisa sobre leitura no Brasil, feita por Aparecida Joly Gouveia, consta nada mais que 50 pesquisas sobre leitura, sendo assim a leitura do aluno brasileiro está em escassez, merece um aplauso ...
Os alunos universitários onde estão suas propostas referente as pesquisas bibliográficas e os textos argumentados, não existem nem um inquérito importante do estudante leitor ou dos livros aos mesmo apresentados. É comum relatar que a produção e circulação de livros no Brasil é regida por padrões de modismo e não pelo valor de seus saberes. ‘’ Smith 
É essencial que saibamos mais sobre os fatores envolvidos na leitura eficiente, os interesses e preferências dos alunos – leitores numa sociedade em constante mudança, os efeitos da leitura em diferentes segmentos da população, os procedimentos apropriados para o ensino da leitura, as necessidades da leitura na população urbana ( ... ) a lesta poderia interminavelmente ( ... ) os estudos não precisam se originar do próprio investigados. As escolas estão freqüentemente identificando os seus próprios problemas, poucas pesquisam a solução para esses problemas.
Provavelmente os destinatários ; pesquisadores e professores americanos de 1968 fazem esse alerta.
Acredito que serve para o contexto educacional brasileiro do presente.
Limitação de alfabetização restrita. O que da para perceber que o mesmo não passou de uma alfabetização mecanicamente passiva, inconsequentemente na primeira série, primeiro grau e só. Possivelmente venha a ser hoje o chamado ensino fundamental. Exemplo:  segundo ano e terceiro ano, assim sucessivamente ... ( Rosa P. 2012 )
As pesquisas voltadas ao sistema educacional brasileiro, são problemáticas, ou seja, está a desejar, existem escassez pois não temos leitores suficientes, o que dá para perceber é que são poucas as pessoas que adquirem o ato de ler, possível falta de divulgação até mesmo na mídia, é óbvio, são leitores superficiais ônticos.
Diante desse contexto vê se que a escassez da leitura brasileira é suposto e ao mesmo tempo questionado como um enigma, onde não temos pistas, dados no panorama sobre a leitura no Brasil, muito menos resoluções estruturais concretas para soluções. – O que é paradoxal devido a própria escassez abrangente em todo sistema que atravessa o Brasil a fora ... O que da pra entender  talvez possa também haver uma regressão na área da leitura de dominação social ? 
Diante desse estudo bibliográfico gostaria de apresentar aos leitores, a escassez explícita de leitura na prova de uma faculdade particular, na qual solicitou o educando a descrever uma redação onde cujo tema era : Qual a importância do Vale da Paraíba.
A inquietação do aluno acredito que foi assustador pois vem acompanhando o mesmo  ao longo do processo pede a resposta. A resposta gera a reflexão. 
O que dar para perceber que no Brasil infelizmente os grandes índices de pessoas que não conseguem concluir o ensino médio, na maioria das vezes é devido ao trabalho; pois as mesmas necessitam do trabalho para os sustentos da família...
É preciso mencionar que há casos concretos que os educandos desistam da escola, por motivo sérios que merecem se analisados e investigados pelos profissionais da educação, pois segundos os mesmos a escola de hoje torna-se sem significados e opressora estes alunos sentem marginalizados diante dos signos; sendo assim o individuo sofre transformações, pois a história de vida não está ligada com o ensino da escola. Ou seja, com sua cultura o mesmo não está constituído no aprendizado cultural. Compreendo que a escola deveria apropria da experiência histórica do aluno para introduzir os diversos saberes, principalmente a leitura para que o mesmos possa continuar no ensino formal, ou seja, ampliar seus conhecimentos e pensamentos cognitivos, pois o mesmos estão interligados com sua cultura, até no dia-a-dia que certamente o aluno irá usá-la na sociedade globalizada, para lutar e sobreviver por dias melhores... onde vivemos.
Desta forma, o ser despertará por um interesse de um ensino de qualidade, ou seja, para os menos favorecidos que mais sofrem devido ao processo do aprender na escola do Século XXI...
É por isso que pretendo abordar a seguinte questão: até que ponto é importante o professor levar a cultura e facilitação do aprendizado, quais os principais recursos do que o mesmo dispõe para evitarmos a manifestação galopante, incentivada pelos meios de massa, preparando nossas crianças desde a “Educação infantil para desenvolverem e aprenderem com a leitura e ao mesmo levantam-se com a tentativa de solucionarmos o problema da invasão de leitura e escrita e dos trabalhadores que abandonam a escola.
Em relação do panorama da leitura e escrita consiste no seguinte o resgate urgentemente de conhecimento dos valores culturais, pois nascemos enraizados com a linguagem cultural por esse breve histórico poderá deduzir que desde o ingresso da criança na escola o mesmos aprende com o processo saber histórico cultural, pois já conhecem o litramento é preciso de orientações didáticas com as finalidades de subsidiar o “aprender” sendo assim a facilitação do planejamento pedagógica irá influenciar neste aprendizado pois o aluno irá abordarem certamente intervir na problemática da escassez da leitura o mesmo irá buscar a importância do ato da leitura que poderá satisfazerem a curiosidades e indagações de um ensino na formação cultural visando inclusive na renovação da própria cultura. Ressaltando que a cultura é também “arte”, pois arte sem leitura torna-se uma obra morta, a relação entre ensino e aprendizado é um fenômeno complexo, pois diversos fatores de ordem social, econômico interferem na dinâmica na sala de aula, isto porque a escola não é uma instituição independente, está inserida na trama do tecido social. Desse modo podemos perceber que certamente a leitura dos brasileiros ainda parece ser bem complexos em relação aos demais pais que resolveram “investir” em leitores pesquisadores públicos alvos mirins e infanto juvenil e adulto...
Na concretização deste artigo serve para o professor integra o educando na sociedade, objetivo é demonstrar a esses sujeitos mesmo que não tendo um conhecimento amplo são capazes de construir saberes por meio da leitura na sua vida, ou seja, na sociedade, pois os mesmos são merecedores de respeito, porque são seres sociais e históricos que constroem seu saber no dia-a-dia mediante o processo da leitura para sua sobrevivência nesta sociedade competitiva onde a disputa é diversa verce os preparados cujo papel da empresa privada, pois dinheiro compra qualquer coisa até mesmos a boa educação. Ou seja, de qualidade... “Não sendo assim fingimos que ensinamos vocês fingem que aprenderam”

(Rosa P. Barbosa, pedagoga, pós- graduada em Neuropedagogia, cursando Direito na FacLions)
http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20130712&p=22

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O ensino além do quadro-negro


09/07/2013 às 21h09

O ensino além do quadro-negro

DIÁRIO DA MANHÃ
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA

Tempos idos o processo de aprendizado era de certo modo arcaico. Sou do tempo em que estava sendo aposentada a palmatória, uma espécie de colher de pau que tinha uns furinhos na ponta. Mas, de qualquer forma os professores continuaram rígidos e por simples deslize, o aluno ficava de castigo e dependendo da “arte” era suspenso ou expulso da escola. Essa rigidez nunca me afetou, pois sempre fui um aluno comportado e prestava bastante atenção às aulas. O saudoso professor padre Otávio, de quem carrego boas lembranças, não usava a palmatória, mas, um sininho que ficava em cima de sua mesa. Coitado do aluno indisciplinado! Quando menos esperava aquela peça barulhenta era recebida pela cabeça ou lombo do aluno, doía e não adiantava resmungar. O padre usava essa ferramenta dentro da sala de aula e quando desfilávamos no pátio, uma varinha verde, e o aluno que desobedecia a marcha, recebia uma varada nas pernas e esta doía muito mais!
Naquele tempo, na sala de aula, em muitos casos, saia-se da palmatória para o vácuo total de autoridade. O modelo de ensino – alunos massacrados por professores tiranos que usavam a régua para espancar quem errava a tabuada – tornou-se tão anacrônico quanto às polainas. E não podia ser diferente. O problema é que o oposto desse modelo, o não-reconhecimento da autoridade do professor, tornou-se comum no Brasil, tanto na escola pública quanto na particular – onde o aluno aprendeu a ver o educador como um prestador de serviços, um funcionário que pode ser confrontado, questionado e até injuriado, inclusive, quando faz corretamente seu trabalho, reprovando e cobrando desempenho. Um professor ameaçado fisicamente pode chamar a polícia ou abrir um processo, mas, hoje, há outras situações inusitadas que vêm ocorrendo no Brasil. Os pequenos desrespeitos cotidianos – como vemos na TV, alunos atirando em colegas dentro da escola, outros portando armas de fogo e facas; alunas sacando da bolsa o esmalte e a acetona para fazer as unhas durante a aula... – são os mais assustadores. Não apenas porque mostram que os alunos, nossos futuros juízes, médicos, professores... não têm a mínima noção do que estão fazendo ali, mas porque uma instituição de ensino que permite que isso aconteça está mais perdida ainda do que os alunos. No meu tempo de aluno, definitivamente não era assim, pois o sininho, a varinha verde, o cascudo e a régua caíam frouxos sobre nosso corpo.
Felizmente, hoje, mesmo com a falta de estrutura física para lecionar com dignidade e de material, do salário irrisório e do total abandono da escola pelo poder público, entendemos que, em razão da garra de muitos abnegados professores, o ambiente educacional está deixando um pouco de lado o quadro negro e eles, para não deixar a “peteca cair”, estão a aplicando novas metodologias com o auxílio da ciência e tecnologia, porque com ela, sabem que pode promover sua própria capacitação e a do educando, para adaptarem-se continuamente a novos conhecimentos; resolver problemas de forma criativa, processar e disseminar informações, dominar e utilizar essas tecnologias, e, desenvolver novos tipos de relacionamento com seus pares a partir do trabalho cooperativo. Como o Brasil está passando por momento de mudança é salutar que se engaje em prol do desenvolvimento educacional, cuja metodologia tecnológica vem se tornando, de forma crescente, em importantes instrumentos de nossa cultura, e a sua utilização, um meio concreto de inclusão e interação no mundo.
E, quando se fala em integração dos alunos “especiais”, apesar de estar aparentemente se falando do direito de igualdade, na realidade está se atribuindo quase que exclusivamente a pessoa com qualquer deficiência de aprendizado a responsabilidade por sua segregação. Por conseqüência, fala-se, ainda, da necessidade de se alterar, ajustar, mudar a pessoa com deficiência, para que ela possa, então, conviver com os demais de forma integrada, o que por si só, caracteriza a desigualdade social. Destarte, há de se considera que um aluno apresenta necessidade educacional especial quando tem dificuldades maiores que o resto dos alunos para atingir as aprendizagens determinadas no currículo correspondente a sua idade e necessita para compensar estas dificuldades, de adaptações curriculares em uma ou várias áreas desse currículo, na utilização de recursos específicos, mudanças na estratégia de ensino e alterações arquitetônicas, garantindo, desta maneira o seu acesso à escola. E aí é que entra a intuição do professor e quiçá da própria direção da escola, pois lidar com as diferenças e com o processo de inclusão significa que a escola modifica-se para receber e manter o aluno no processo educativo, apesar da diversidade. 
Ora, sabemos que os usos dessa deficiência foram submetidos à estrutura de poder que a utilizavam para garantirem vantagens políticas. Toda a ajuda que lhes era oferecida infelizmente tinha um interesse político por traz. Sua identidade enquanto sujeito histórico foi construído mediante disputas de poder e luta contra a discriminação. Estão dentro do contexto a que me proponho comentar, usando a frase “ir além do quadro negro”, assim como, do giz, do apagador, do lápis, do papel, do compasso, da régua, etc., que são recursos que devem ser acoplados, entendo também que devem ser articulados com as novas tecnologias de informação e comunicação – a internet, os softwares, o computador, as lousas digitais, os projetores multimídia, os laptops, etc., pois estão dentro de um plano de trabalho ou até mesmo de um projeto ambicioso que venha garantir uma aprendizagem significativa e com autonomia dos alunos e dos professores mediadores desse processo. 
A escola deve proporcionar ao aluno a utilização de métodos que resolveriam os problemas de maneira mais prática e segura, favorecendo a verificação dos resultados. Enfim, todos unidos em prol de uma educação moderna e eficaz, podem contribuir significativamente para a formação integral do indivíduo, fazendo com que o mesmo transporte para a realidade o que aprendeu nas suas experiências. Embora a escola  esteja abandonada pelo poder público, desmistificar é importante para que todos os educadores possam enxergar o ensino além do quadro negro, uma vez que a respeito dessa temática encontra-se muita resistência e embora faça parte do cotidiano escolar, pouco se sabe a respeito. 
(Vanderlan Domingos de Souza, advogado, ambientalista e escritor – Membro da União Brasileira dos Escritores. Presidente da ONG Visão Ambiental. Escreve todas as quartas-feiras no DM. Email: vdelon@hotmail.com Blog: vanderlandomingos.blogspot.com Site: visaoambientalgo.blogspot.com)

domingo, 7 de julho de 2013

SUPERFICIALIDADE VALORIZADA ("Indiretas são a estratégia de quem tem medo de dizer o que pensa. Não acertam o alvo, mas dão a sensação de "missão cumprida". — (Daniel IbarToffler)


CCrônica

SUPERFICIALIDADE VALORIZADA ("Indiretas são a estratégia de quem tem medo de dizer o que pensa. Não acertam o alvo, mas dão a sensação de "missão cumprida". — (Daniel IbarToffler)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


         Eu, cursista legal, participante e observador do "Curso para Formação de Professores/2013", oferecido pela Secretaria de Estado da Educação, parabenizo a equipe de coordenadores responsáveis pela realização. Primeiro pela decisão de trazê-lo a nossa região, tendo como vantagem a acessibilidade fácil. Em segundo lugar, por planejar que o almoço fosse na própria unidade escolar, assim os cursistas estiveram sempre juntos, enriquecendo a socialização; e, sendo o dia todo, concluímo-lo mais rapidamente. Também a divisão das classes por área de formação direcionou o foco, ainda que uma sugestão seja digna de nota: um mestre ou doutor, ministrando as aulas de técnicas em sua devida classe, seria o ideal. Se os professores e unidades escolares amenizaram os custos do evento, no estilo "vaquinha", qual foi o investimento financeiro da Secretaria da Educação, no tal evento? Tendo tantos professores mestres amigos da escola nem um convidado especial!!!! Tenho como ponto de melhora: a motivação. Que o professorado encare com mais gosto os eventos promovidos pela SRE, quase de graça! Ninguém merece ouvir, por horas e horas a fio, superficialidade das orientações técnicas/científicas de quem não se aprofundou! Embora respeitamos as suas experiências do dia-a-dia. Aí, a gente aprende que só aprende envelhecendo.
          Vejam as perguntas de encaminhamento dos trabalhos para conclusão daquele período do Grupo de Língua Portuguesa. Pareceu-me até a organização frasal da ex-presidente Dilma:
"— Qual a estrutura do Currículo Referência Experimental de Língua Portuguesa (sic)?
— Como as expectativas de aprendizagem estão divididas (sic)?
— De que forma as expectativas orientam o trabalho do professor (sic)?
— De acordo com os conteúdos e as habilidades descritas nas expectativas é possível trabalhar uma expectativa sem considerar as demais expectativas propostas no bimestre (sic)?
— Como ensinar Língua Portuguesa a partir dos conteúdos e das expectativas propostas?"
        Essa última é uma grande incógnita, quem preparou o material escrito e visual deveria estar ali para nos responder, com a receita mágica de como ensinar. Se o autodidata Paulo Freire estivesse lá responderia ironicamente dizendo, que "ninguém ensina ninguém, as pessoas aprendem". O ser Educa-se por si! 
           Eu saí dali mais cidadão e menos professor!!! Então, de forma alguma foi de tudo perdido, estou exagerando certamente! Quero dizer sobre o aprendizado da convivência, além de dar vazão ao prazer de rever velhos amigos. "Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo", diz José Eustáquio Romão, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo. https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia (acessado em 11/10/2018).
          Mas, por outro lado, cá em meu momento demorado de reflexão, prefiro, acima de tudo, lamentar-me sobre os dizeres de Benjamim Franklin: "Quem se ensina a si mesmo tem um tolo como professor".
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 19/01/2013
Reeditado em 07/07/2013
Código do texto: T4093310
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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Educação!

Educação!

DIÁRIO DA MANHÃ
VALÉRIO GOMES






          Num certo momento na infinita linha do tempo, o notável escritor Guimarães Rosa (1908-1967) exclamou: "a educação extermina as trevas da ignorância!" Percebe-se que a magistral frase proferida pelo imortal intelectual mineiro resume o imensurável poder de transformação da educação de excelência e suas benéficas consequências no seio de qualquer sociedade, seja no árido sertão das Minas Gerais ou em qualquer localidade mundial. Visto que, quanto mais cidadãos bem informados e capacitados mais a coletividade humana se torna libertada da escuridão da insipiência e das amarras de determinados governantes inescrupulosos. Levando em consideração o tema evidenciado e reportando-se ao Brasil da presidenta Dilma Rousseff, chega-se à conclusão que o ensino público oferecido à gigantesca parcela da sociedade é propositalmente de qualidade ineficiente, isto é, quanto mais pessoas desinformadas, despreparadas, sem elevado poder de reflexão e detentoras de baixo nível de discernimento, maior é o controle e manipulação do comportamento da massa social brasileira. Lamentavelmente, o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), jamais lançou mão de tratamento adequado e muito menos dispensou olhares à altura desse que é o maior instrumento de transfiguração, de mudança, de avanço social. O pior é que essa cruel situação vem se exacerbando cotidianamente, pois o que mais se vê por intermédio dos meios de comunicação são inadmissíveis imagens de diversas instituições de ensino em frangalhos, em estado de extrema precariedade e desumanidade. Esse dolorido e triste quadro se resume nas caóticas estruturas físicas, no elevado grau de desvalorização dos educadores e do pessoal do setor de administração, essencialmente. Além de substancial quantidade de integrantes das classes trabalhadoras em questão acometidas por diversas enfermidades decorrentes dos estresses das profissões, como: alterações no humor, distúrbios psicológicos, úlceras nervosas entre várias outras. Consequentemente, observam-se incontáveis deflagrações de greves por professores, por demais profissionais da área em destaque e por alunos apoiados pela maioria dos respectivos pais. Inquestionavelmente, essas mobilizações e reivindicações são mais que justas, uma vez que têm intuito de sensibilização dos governantes e da sociedade como um todo, tendo como objetivo principal a amenização urgente das vicissitudes apontadas, que há tempos vêm dilacerando a educação pública por todos os cantos do continental território brasileiro.

sábado, 29 de junho de 2013

MINHA CASA, MINHA GAIOLA ("RECLUSÃO: VIDRAÇA NO PRÉDIO, A PLANTA DENTRO DA SALA FALECE DE TÉDIO." — Daniel Brito)


Crônica

MINHA CASA, MINHA GAIOLA ("RECLUSÃO: VIDRAÇA NO PRÉDIO, A PLANTA DENTRO DA SALA FALECE DE TÉDIO." — Daniel Brito)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Qual é a eficácia do estatuto do desarmamento, se todo bandido tem armas escondidas da lei? O que eles não têm mesmo é consciência. Bandido sem arma não tem poder, não é bandido de verdade!!! Os políticos pretendem acabar com a bandidagem brasileira, apelando à consciência de quem não a tem? Não adianta dizer para o bandido armado: não me mate! Uma mente cauterizada e um coração insensível não pode ser tocado. "Pode o etíope mudar a sua pele? Pode o leopardo alterar as suas pintas? Assim também podereis vós fazer o bem, estando tão habituados à prática do mal?" (Jer. 13:23). O contrário também é verdade. E muitos eleitores são coniventes com os que propõem a paz sem luta, principalmente evangélicos fanáticos. Não sabendo eles que o Resumo dos 10 mandamentos é: Não morrerás! Todo sentido do cristianismo e da Bíblia é: Não morrerás. Qualquer coisa que preserve a minha vida vem de Deus. O Trabalho do Inimigo é roubar, matar e destruir. Chega de falso moralismo. Lembro-me muito bem que estudei este tema na faculdade de Teologia e nunca mais parei de estudar, portanto cresci um pouco mais. Sua luta contra as armas de fogo é a mesma contra o inferno! Não é obrigatório, compra uma arma quem quiser; sempre foi assim e assim será, agora você quer ganhar do governo populista uma arma de fogo na cesta-básica? 
           Minha casa é minha gaiola, eu preso, protegido pelas rudes paredes compradas com dinheiro do trabalho difícil, e os malfeitores soltos e livres pelas ruas, divertindo-se à vontade. Racionalizando o valer a pena do sofrer engaiolamento, na atual circunstância, não deve ser motivo de tristeza para um "passarinho" que se preza, tendo de enfrentar, desarmado, os perigos da imensidão, regida pela lei dos mais fortes, ele desfruta de uma certa proteção. Acostumamos com o que não presta. O bom uso do direito de autodefesa quebra as cadeias. Mas, estando impossibilitado, só lhe resta cantar, e eu escreverei poemas por muito tempo aqui dentro, falando ao mundo de paz conquistada e merecida.
           Como será o mundo, se os dóceis, frágeis e sensíveis se esquecerem de "voar" ou estiverem impossibilitados de procurar seu próprio alimento, quais aves velhas de gaiola?
           É impossível, quando milhares de pessoas se unem, não promover a violência! Nem todos têm o mesmo objetivo em um tumulto, mas, por esta época de eleições, considerando a série de manifestações, em várias partes do país, só poderia resultar em um grande ato público nacional também violento: Os debates dos candidatos são apologias às violências: inventando mentiras, agredindo o adversário; importa ser o ídolo ou seguidor do ídolo. Nunca foi diferente na disputa pela sobrevivência e o conforto. 
           Como querem resolver os candidatos a violência das ruas, se precisa mesmo é de propostas que valha a pena  uma manifestação contra a violência das manifestações. O brado dessas passeatas seria dirigidos a quem, na verdade? Aos bandidos! E fazem palestras a quem nem precisaria ouvir conselhos dessa natureza: O Cidadão de bem! As estatísticas e intimidações contendo frases de efeito, combatendo a violência em lugares inadequados. Sensibilizar bandido é um trabalho pouco rentável. O crime é um vício! Por que os fumantes apesar de muitas advertências no maço de cigarro, porém, até hoje, ainda, continuam fumando?
           Repetiu o presidenciável, Bolsonaro, muitas vezes em sua campanha, o Dito popula: "Bandido bom é bandido morto". Se "Está morto: podemos elogiá-lo à vontade." (Machado de Assis). Morto não se envaidece, está insensível, bem como os viciados no mal. Vândalos, saqueadores e bandidos vivos e atuantes devem ser tratados cruelmente da mesma forma,  com a qual eles nos tratam, talvez faça sentido, senão estaremos sendo cúmplices deles! "Os maus só têm cúmplices; os libertinos têm sócios de devassidão; o comum dos homens ociosos tem relações. Os homens virtuosos têm amigos." (Voltaire).
           A palavra de Deus diz que devemos confiar na polícia: "AS AUTORIDADES SÃO INSTRUMENTOS DE DEUS PARA TEU BEM. MAS, SE FIZERES O MAL, TEME, PORQUE NÃO É SEM RAZÃO QUE LEVA A 'ESPADA'"(Rom 13:4). Embora na corporação tenha os poucos indignos, mas, pelo menos, obediência às autoridades é uma forma de combater a violência. Digo melhor, que meus impostos paguem uma polícia justa, consciente, forte e ativa. Eu confio nos órgãos públicos de defesa do cidadão, pois ainda saio para ir trabalhar, e ir ao supermercado, e tenho voltado em paz para minha gaiola. Apesar que não basta só ter casa, para onde voltar, precisamos de segurança, habilidade e autoconfiança.
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 27/12/2012
Reeditado em 29/06/2013
Código do texto: T4055875
Classificação de conteúdo: seguro
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segunda-feira, 24 de junho de 2013

O gestor escolar como construtor de cenários


23/06/2013 às 20h33

O gestor escolar como construtor de cenários

DIÁRIO DA MANHÃ
FRANCISCA PARIS

A imagem do educador como um profissional capaz de produzir cenários onde a aprendizagem se desenvolva ilustra bem a mudança no papel dos professores, ao longo das últimas décadas. Entre as competências do bem ensinar, está certamente a de criar um ambiente estimulante no qual crianças e jovens possam encontrar sua rota de aprendizagem, construam seu percurso de aprendizes, cresçam.
Se pensarmos bem, a imagem da construção do cenário também se refere diretamente ao trabalho dos gestores. O diretor, o coordenador, enfim, os líderes educacionais, devem, cada vez mais, ser capazes de entrever e construir os cenários do seu projeto de escola.
Pode-se pensar nesse papel de duas diferentes perspectivas. Uma delas é o contexto imediato, próximo. Liderando equipes complexas, em que atuem diversos profissionais com diferentes personalidades e formas de trabalhar, os gestores precisam ser capazes de articular um relacionamento produtivo. Isso implica, por exemplo, a construção de um ambiente de trabalho que concilie criatividade e disciplina, espaço de valorização do mérito de cada um e resultado do grupo. Ser capaz de organizar a cena profissional é uma habilidade importante para o gestor contemporâneo que precisa ser desenvolvida.
Há, porém, cenários maiores do que esse: um deles é o grande palco das mudanças da sociedade contemporânea. Se é imprescindível olhar para dentro, com atenção e critério para o que acontece na escola – nossa área de influência mais próxima –, é igualmente importante olhar para fora, ou seja, tentar compreender o que se passa no mundo. Se há algo que caracteriza nossa época é a volatilidade dos conceitos.
Muitas vezes, presos aos afazeres cotidianos, os gestores se esquecem de olhar para mudanças importantes, grandes reorientações que mais cedo do que parece chegarão ao ambiente escolar. Estamos falando de tecnologia? Sim, mas não só disso. Há mudanças demográficas, econômicas, culturais e comportamentais que certamente chegarão à escola e irão interferir nos negócios. Saber entender esses movimentos permite ao gestor se preparar para o que virá.
São muitos os exemplos: em alguns lugares, pode ser a melhoria da escola pública, que repentinamente rouba os clientes da rede particular; em outros, podem ser movimentos migratórios internos, como a fuga das metrópoles. Enfim, não há uma regra; o que sabemos, com certeza, é que as mudanças se sucedem com incrível velocidade e a vitalidade dos negócios cada vez mais dependerá de nossa capacidade de adaptação aos novos contextos.
Por isso, ser líder hoje implica ser sensível aos sinais dos tempos. É preciso saber ler nas entrelinhas, buscar compreender as tendências, antecipar-se, quanto mais possível, às curvas da história – essa estrada cada vez mais veloz.
(Francisca Paris, pedagoga, mestra em educação e diretora de soluções educacionais do Ético Sistema de Ensino, (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva)