"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

SENTINDO-ME AGRADECIDO (“Dad gracias en todo, porque esta es la voluntad de Dios para con vosotros en Cristo Jesús.” 1 Tesalonicenses 5:18).



Crônica

SENTINDO-ME AGRADECIDO (“Dad gracias en todo, porque esta es la voluntad de Dios para con vosotros en Cristo Jesús.”-1 Tesalonicenses 5:18).

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Hoje é outro dia certamente, porém ontem foi assim: diversão, contato com amigos, e pessoas próximas coloriram meu dia. Novidades boas e informações quentes chegaram através do ambiente. Boas notícias trouxeram também esperanças e mais fé. Usei minhas habilidades naturais para responder à altura. Aprendizado em alta! Após o frisson do dia 7 de julho, meu aniversário, vi o quanto as pessoas - chave de minha vida - deitaram e rolaram nas expressões fortes, sentimentais e as mais diversas possíveis. Os amigos da internet falavam como se elas fossem verdadeiras, mas muitas delas são apenas frutos virtuais! Ainda bem que atrás do computador, pelos menos, são corajosas e espontâneas, deviam ser mais responsáveis no uso das palavras, pois se mentiram para mim, produziram em mim uma felicidade sem necessidade, daquelas que não fazem bem. Nunca saberei o que eles sentem sinceramente por mim. O melhor é que ainda estou feliz de verdade, fez-me muito bem! Foram mais de duzentas felicitações de parabéns no Facebook. Respondi a todas com a melhor apresentação que pude. E ainda hoje, obrigado! “Dad gracias en todo, porque esta es la voluntad de Dios para con vosotros en Cristo Jesús.”- (1 Tesalonicenses 5:18).
           Todavia quero destacar aqui, duas pessoas tóxicas que me chamaram de arrogante. Aferi por isso o seguinte significado: Etimologicamente, o termo “arrogante” se originou a partir do latim "adrogare", que significa “para exigir”, ou seja, utilizado para definir a personalidade de alguém que se achava no direito de exigir um reconhecimento do mundo que, na realidade, não merece. Então, se estou lhes considerando tóxicas, seriam merecedores também do veneno que destilo? Estou apenas exigindo que cada um se mereça por eu estar grávido de seus exemplos. Por que não podemos ser vice-versa honrosamente? Como posso merecer ser importante para vocês?! Já que a etimologia da palavra importante é o que foi importado para dentro.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 08/07/2016
Reeditado em 08/07/2016
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sábado, 2 de julho de 2016

DOMÍNIO DE CLASSE X DOMÍNIO DE CONTEÚDO ("Tome um rumo diferente do de costume, e quase sempre estará certo." Jean-Jacques Rousseau)



Texto

DOMÍNIO DE CLASSE X DOMÍNIO DE CONTEÚDO ("Tome um rumo diferente do de costume, e quase sempre estará certo."
Jean-Jacques Rousseau)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Sou um professor tachado de "sem domínio de classe". Colegas e superiores fazem-me sentir, por isso, sujo e imundo, inadequado; sendo diferente da maioria e sem nenhum elogio de coordenador algum.
            Analisando a palavra DOMÍNIO, concluí; está sendo ela, e especialmente nesse caso, inadequada para o meio promissor de uma boa metodologia educacional, ela coisifica os alunos. Mesmo assim, que impregne quem quer que seja, menos a mim! Pois, é uma palavra doce na boca de muitos administradores sem conteúdo, que não querem fazer a parte correta de seu trabalho. Segundo o Google, diz-se dela: "supremacia em dirigir e governar as ações de outrem pela imposição da obediência; dominação, império. 2. direito ger. reconhecido de propriedade e supremacia de um indivíduo ou indivíduos sobre outro(s)." Para esses, o ideal seria lecionar às cadeiras vazias, porque não se movimentam e podem ser arrastadas. Aqui, estou preferindo o sentido poético da palavra: "domínio"! Como disse Clarice Lispector: "A palavra é meu domínio sobre o mundo".                 Na minha licenciatura, não me ensinaram a dominar aluno e nem controlar classe alguma, não existia essa doutrina. Tudo que aprendi no meu curso superior foi dominar, sim, os conteúdos da matéria pertinente. E quero crer que faculdade nenhuma tem como preocupação primeira preparar professores com domínio de classe. Todavia, com o passar do tempo fui percebendo que os alunos não queriam conteúdo, viciados na parte mais fácil: "seguir vendados a formatação". Com isso, fui também me desculpando, e entendi ainda o comportamento de alguns colegas que usam a fórmula mágica de entregar "boas aulas": "domínio de classe". Para isso, os professores, de forma geral, passam uma grande parte do tempo de uma aula — estatísticas oficiais estimam uma média de 20% — impondo  silêncio, ou melhor, tentando o controle da classe. Cobrar do professor domínio de classe é, no mínimo, culpá-lo de atrapalhador do trabalho da coordenadora de indisciplina. Faz o professor, mais uma vez, se sentir como descompromissado em lugar do aluno irreverente. E se ele reprovar esse aluno e mais outros, em um bimestre, na tentativa de controlá-los pela ameaça da nota, também é recebido como afronta ao sucesso do coordenador e da escola toda, podem despencar os índices de aprovação.
            Cada vez mais se aprende menos nas classes superlotadas das escolas públicas, e a secretaria de educação insiste em fechar salas que não seguram, pelo menos, vinte alunos, isto é, quando não une as turmas. A verdade é que a indisciplina e o mau comportamento dos alunos impedem a transmissão dos saberes da matéria que devia ser a vida da escola. Para o médico, não lhe importa mais a avaliação do CRM, feita por superiores, interessa-lhe a do cliente que paga a consulta. Para o professor, quem é mais importante? No caso, parece ser o emprego. Porque quando funde as salas de poucos alunos, o professor perde sua carga horária, e o coordenador pedagógico não tem nada a ver com isso!
            O domínio de classe não tem a bênção do filósofo Platão que nos aconselha ensinar, valorizando a liberdade dos aprendizes, dando-lhes o direito para disputarem positivamente colocações melhores e não uniformizando-os: "Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição natural de cada um." (Platão). Parece-me que o melhor método não é "cortar as asas, mas direcionar o voo dos pássaros". Não é possível que os grandes filósofos estejam errados em detrimento da nova pedagogia, quando questionam a eficiência dela: "É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias." (Immanuel Kant).
            É por essa razão e outras mais, estarei sempre errado, enquanto a escola estiver interessada apenas em quantidade! Assim, o lanche gostoso da escola atrai só estômagos vazios, as mentes e os cérebros férteis dos jovens sedentos do aprender são postos de lado.  A maior denúncia de que o conforto do silêncio manipulado é prejudicial, está na presença legalizada de alunos analfabetos, os quais não sabem assinar seu próprio nome, no sexto ano fundamental.
           Professores pressionados a pressionar, esquecem-se de estudar sua disciplina de formação para treinar técnicas de controle de comportamento. E no pouco tempo que lhes resta, colocam os alunos para copiar do livro na ânsia, ou esperança de obter a calma deles. Mas, o que aprendem alunos que só copiam as páginas do livro? Ou o que ensinam os professores que só enchem o quadro, copiando do livro coisas... para os alunos copiarem. Cidadania é saber fazer silêncio voluntariamente para aprender o que o mestre ensina. Contudo, hoje, os alunos não veem mais em seus professores alguém depositário de conhecimento, porém só mais um copista com a letra bonita. Esse método também não funciona mais, o professor se esforça para encher o quadro e os alunos conversando, terminando ele; aqueles só tiram uma foto da lousa. Esse tipo de educador detesta aparelho celular na sala, diga se de passagem. Aulas expositivas de reflexão são encaradas como enrolação. No noturno, tive a seguinte orientação, para manter os alunos sentados na última aula, pois eles põem a mochila nas costas dez minutos antes, tencionando a antecipação do término, encher o quadro com textos, mesmo todos sabendo que não resolve, eles saem assim mesmo, ignorando o conteúdo escrito. E os que saem justificam-se à coordenadora: — "Aquele professor não está passando nada, não!" O pior é que elas acreditam, pois cobram as mesmas medidas em todas as reuniões pedagógicas: — "tem professor aqui que os meninos não param na sala de aula..." Nesse momento, eu sempre penso que elas estão falando sobre mim.
           Os alunos que ficam fora da sala, na hora da aula, sempre conseguem seus intentos: fazer a coordenadora brigar com o professor... Mas, a mesma coordenadora obriga o dito professor a dar-lhe uma segunda chance para fazer as atividades que eles se recusaram a fazer nas aulas normais. Então, "Há um velho ditado assim: 'O cachorro volta ao que vomitou, e o porco é lavado apenas para voltar e revolver-se de novo na lama' (...)" - II Pd 2:22 BV).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 28/06/2016
Reeditado em 30/06/2016
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sábado, 18 de junho de 2016

COMO ENSINAR INIMIGOS ("Nunca interrompas o teu inimigo enquanto estiver a cometer um erro". Napoleão Bonaparte)


Crônica da vida escolar

COMO ENSINAR INIMIGOS  ("Nunca interrompas o teu inimigo enquanto estiver a cometer um erro". Napoleão Bonaparte)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Na verdade, eu não ensino inimigo algum, ou melhor, não revelo meus melhores truques a quem se protege de mim, ou me tem em pouca estima. Porque ele é um destruidor de minha imagem. E como o mal é de igual poder de contaminação do bem, não posso alimentar de esperança um inimigo destruidor de meus projetos de vida. Mesmo assim, senti-me receoso e relutante ao chamar de inimigo, os meus alunos militantes e ativistas, denunciadores gratuitos, afrontadores para me derrubar, ameaçadores violentos. Esses são somente as vozes do cemitério que me oferecem desânimo. Afinal, quem é o inimigo de quem? Eu que eles me fizeram ou eles que os fiz? Confesso que cheguei, por um instante, a pensar que lhes promovo motivos. Mas, conformei-me nos conceitos do dicionário Aurélio: Inimigo - "adj. e s.m. Que ou o que odeia alguém, que procura prejudicá-lo. Que ou o que tem aversão a certas coisas: inimigo do ruído. Nação, país com que estamos em guerra: vencer o inimigo; exército inimigo. Adversário, contrário." Eu não sou assim...Gosto dos meus alunos humildes. Inimigos são orgulhosos e "mimizeiros"!
           O estado deveria processar os maus alunos e seus pais para fazê-los devolver o dinheiro público investido neles, mantendo outros mais dedicados na escola pública com melhor qualidade. Li aqui na net que um aluno da escola pública custa para os cofres públicos R$ 2300,00 por ano, menos do que se investe em um preso, mas é dinheiro também mal empregado. Então, prendem os políticos corruptos e continuaremos sustentando-os na cadeia! Todavia, em nosso caso, o nosso dinheiro, também, continua patrocinando a violência na escola e reprovação, ou melhor, aprovação sem mérito. Porque a escola tem mascarado isso, passando o aluno, para a série seguinte, sem mérito, para as estatísticas altas justificarem o dinheiro desperdiçado, porém alguém tem de restituí-lo para beneficiar os que devolverão com serviço de qualidade, o que ganhou nos estudos, à sociedade. Já que não posso me recusar a dar aulas a estes incautos, pois estão misturados, queria me recusar a pagar meu imposto de renda e outros impostos para mantê-los. Mas, se eu sonegar, então serei o inimigo do rei, indigno, também, de meu salário.
          Atribuir nota aos filhos da escola, por qualquer isopor pintado que trazem, ou por articulações de festa "culturais", levando feijão cozido, ou por assistirem aos jogos interclasses e torcerem freneticamente,  não é dar-lhes poder, o poder estar no conhecimento, aliás só o conhecimento dá poder, disse Leonardo da Vinci: "Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o Céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe."
            Um dia eu me recusei a ministrar aulas particulares de redação, apesar da proposta de um bom pagamento, para um ex-aluno dos atrapalhadores da sala, desrespeitadores do direito de aprender dos demais estudantes e disse a ele: Não preciso de seu dinheiro, todos os dias estive em sua sala e nunca prestou atenção em mim. Ensiná-lo agora seria anular as consequências, as quais tanto esperei vê-lo sofrer. O que eu pensava de meus professores me fez a diferença, eles não foram maiores por que eu os respeitei, mas eu sou maior por que os obedeci. 
           Depois dizem que professor não marca aluno!  E fui contra o que disse Arthur Schopenhauer: "Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno". Que Deus tenha misericórdia de mim, pequei por pensamentos!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 11/06/2016
Reeditado em 18/06/2016
Código do texto: T5664541
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domingo, 29 de maio de 2016

PROTAGONISTA DA ESCOLA SEM PARTIDO ("Liberdade de expressão para todo mundo dizer a mesma coisa é ditadura de opinião." — Silas Malafaia)



Crônica

           Nunca uma celebridade foi tão comentada nas redes sociais e jornais do que o invejável, polivalente, Alexandre Frota: Com seu currículo de ator, diretor, ex-modelo, comediante, ex-jogador de futebol americano, apresentador, empresário e ex-autor pornográfico brasileiro (tendo 20 filmes dessa categoria). Sem falarmos das participações em programas e reality shows dentro e fora do país. Bem pudera, segundo tanta bagagem intelectual e conhecimento universal, ousou levar ao ministro da Educação, Mendonça Filho, no MEC, uma proposta com melhorias para a educação brasileira. O "grande pensador", tal qual Valesca Poposuda, também divulgou ter visitado o ministro da Cultura, Marcelo Calero. E aproveitado essa tacada só, o ator e seus amigos do "Revoltados On Line", apresentaram a defesa do projeto "Escola sem Partido"; proposta ultra reacionária, sob o pretexto em combater a “doutrinação ideológica” e o “comunismo” nas escolas e universidades.
             Li tantos comentários na internet, sobre o caso, vindo-me ocorrer a seguinte constatação: O sistema educacional anda mesmo tão "capenga" que qualquer um pode meter seu bedelho! Eu já havia dito sobre a educação ser semelhante ao futebol, todo mundo acha-se entendido demais e dá "pitacos" empiristas, só na "boa" fé. Bem, mas, Alexandre Frota e outras celebridades em diversas áreas nem são de pouca monta. Pelo menos, chamaram a atenção do mundo para uma suposta causa nobre, isso se faz necessária. Críticas, ironias, inadequações e incoerências ideológicas a parte, firmo aqui consoante  a pedagogia da escola sem partido, que estou conhecendo agora, mas já posso ver seu lado positivo, pois os mesmos aspectos desta proposta em questão já foram considerados em um passado não muito distante, apesar de  barrados por outras autoridades, porém quem sabe dessa vez, dará certo! O adágio popular reza: "água mole em pedra dura tanto bate até que fura".  Eu jamais nego os benefícios  das cartilhas de orientações sexuais, reforçando o combate a homofobia e reprovando todas as anomalias sociais e preconceitos; sobretudo, promovendo o amor nas escolas, se não fosse a tendência modista: Orientação Sexual é um dos temas transversais proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, do MEC, visando a compreensão saudável e reflexão da realidade social, construindo assim a cidadania.
           E quando dizem sobre o ator ex-pornô nem saber o que seria o melhor para a educação brasileira, estão equivocados, pois na situação atual, qualquer um sabe melhorar o sistema educacional brasileiro. O mais assustador para mim é a liberdade do alunado em detrimento da liberdade do professor em sala de aula. E quando o professor não faz o que os pais querem apanha. Então, minha maior preocupação no momento é com o futuro da escola (O Coronavírus escutou).
           E se caso essas "inovações" nem vierem a ser aprovadas, fica aqui a alta divulgação dos trabalhos artísticos do "educador" Frota e dos outros de mesma natureza pelas mídias: Ninguém nunca assistiu a tanta pornografia "educativa" como nesse momento de internet para todos. Até uma professora confessou em um comentário no Facebook: "Quando me lembro que vi um trecho do pornô dele. ECA! Que nojo." Na verdade, seus filmes nunca foram tão divulgados e assistidos sob o pretexto da curiosidade, volto ao risco de dizer: Mesmo se sua proposta para o MEC não sendo aprovada já lhe valeu ao sucesso de seu outros trabalhos anteriores.
             A escola sempre foi um palanque de fácil acesso, pois é um público cativo.  Sinto-me destroçado, no papel de professor, por dois motivos: de um lado ameaçam minha liberdade para filosofar na sala de aula e, do outro, estimulam-me a assistir mais a pornografia promovendo os protagonistas.
           E falando nisso, uma coisa puxa outra, antecipam-se as torturas aos professores descuidados segundo suas expressões fortes em sala de aula. Li isto também sobre a aluna universitária que processou seu professor: “Ele utiliza do meu nome com expressões de cunho racista quando ele diz, por exemplo, 'pretinha e desclassificada fazendo macaquices'. Então, todas essas expressões que ele utiliza são claramente de teor racial e pejorativas”. http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/05/estudante-denuncia-professor-da-ufmt-por-racismo-pretinha.html - (acessado em 21/08/2021).
           "Pretinha" é uma expressão, na maioria das vezes, usada carinhosamente. Só configura racismo aos maldosos (Tito 1:15). "Desclassificada" não tirou nota suficiente ou por está fazendo "macaquice", perturbando a aula do professor. É isso, quaisquer palavras usadas para repreender alunos em sala de aula, doravante fará do professor marginal, digno de processo. As palavras referidas podem ser ofensivas, sim, se foram pronunciadas com a intenção de ofender e forem recebidas como ofensivas, mas quem pode julgar as intenções? Estão brincando de ser o Deus cruel do velho testamento. Assim, ao invés de corrigir, enfraquecem, mais ainda, o professorado. Parece-me vingança! De forma nenhuma, estou querendo justificar ninguém, só queria entender porque eles me chamam de velho caduco, cabeça-branca etc?! Nesse teor, não seria discriminação também? De lá para cá não dá nada!!!

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 27/05/2016
Reeditado em 29/05/2016
Código do texto: T5648548 
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sábado, 21 de maio de 2016

A INTEMPERANÇA ALIMENTAR E A INDISCIPLINA ESCOLAR ("O meio ambiente apropriado, ações corretas e uma dieta adequada proporcionam saúde mental". — Ellen G. White)


A INTEMPERANÇA ALIMENTAR E A INDISCIPLINA ESCOLAR ("O meio ambiente apropriado, ações corretas e uma dieta adequada proporcionam saúde mental". — Ellen G. White)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu nunca imaginei que um simples lanche na escola pudesse me fazer questionar tantas coisas sobre a educação, a família e a sociedade. Mas foi o que aconteceu em uma manhã comum, quando me deparei com uma cena que me intrigou: alunos comendo arroz, carne e macarrão na sala de aula, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Eu, que sou professor há muitos anos, fiquei curioso para saber o que levava aqueles jovens a preferirem se alimentar na hora da aula, em vez de aproveitarem o intervalo ou o recreio. Será que eles não tinham fome em casa? Será que eles não se importavam com o aprendizado? Será que eles não percebiam que estavam prejudicando sua saúde física e mental?

Resolvi conversar com alguns deles, para tentar entender melhor a situação. Uma aluna do segundo ano do Ensino Médio me disse que estava ali pelos dois motivos: para comer e aprender. Mas ela colocou o comer em primeiro lugar, como se fosse mais importante do que o aprender. Outra aluna, que ouvia nossa conversa, me interpelou: “O senhor não é a favor do lanche na escola, porque quando estudou não tinha isso”. Eu respondi que eu era do tempo em que não se dava lanche na hora da aula, e a “educação” era melhor. Argumentei ainda que quando comemos, sentimos uma sonolência terrível, indispondo-nos às atividades intelectuais. Então, lembrei-me das palavras de Jesus, que recomendou o jejum temporário para melhorar a clareza mental. O estômago vazio intencionalmente não atrapalha estudar. O que atrapalha é a fome, mais precisamente, a certeza das impossibilidades de adquirir a alimentação.

Foi então que eu percebi que a escola que oferece conhecimento atrai intelectos, mas a que oferece comida atrai estômagos. E que muitos daqueles alunos estavam ali não por amor ao saber, mas por necessidade de sobreviver. E que a escola, ao oferecer comida, também assumia o papel das famílias: educar e alimentar suas crianças. Isso permitia que os pais fugissem de suas obrigações, depositando seus filhos na escola. Mas, a escola não pode substituir o lar. As famílias devem educar e alimentar suas crianças, e a escola, por sua vez, deve intelectualizá-las com conhecimentos técnicos e seculares.

No final daquele periodo, percebi que a escola é um microcosmo da sociedade. Vi exemplos de ações intemperantes na escola. Um exemplo de meio ambiente intemperante, repito: na sala de aula, comem todos os dias na hora da aula, porque na escola tem “lanche”. Ali, os parceiros comensalistas têm uma relação interespecífica, com benefício para um deles (alunado), mas sem prejuízo para a outro (escola); inquilinismo. Se todos por aqui dão seu “Jeitinho brasileiro”, eu também sou “Macunaíma”. Pois, ninguém pretende o “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. Agora os alunos e seus pais ameaçam tratar de quaisquer assuntos mínimos com a direção, porque de cima para baixo flui melhor. No terreno de “nervosinhos”, o equilíbrio mental é prejudicado com a falta de clareza. Ellen G. White defendeu que o meio ambiente apropriado, ações corretas e uma ‘dieta adequada’ proporcionam saúde mental. "Quando ela usou o termo ‘saúde mental’, associou-o à ‘clareza mental, nervos calmos, sossego, espírito pacífico como de Jesus’”. Poderíamos até pensar positivamente que achamos a solução para a indisciplina nas escolas, se não, pelo menos, uma aliada que ajudará bastante a combatê-la.

Mas eu não me iludo. Sei que o problema é mais profundo e complexo do que parece. Sei que o lanche na escola é apenas um sintoma de uma sociedade desigual, injusta e deseducada. Sei que o que falta mesmo é amor. Amor pela vida, pelo próximo, pelo conhecimento, pela verdade. Amor que se traduz em ação, em compromisso, em responsabilidade, em respeito. Amor que se alimenta de valores, de princípios, de ideais, de sonhos. Amor que se nutre de esperança, de fé, de coragem, de paz.

Eu ainda sonho com uma escola que ofereça mais do que comida. Que ofereça sentido, propósito, dignidade, felicidade. Que ofereça amor. E que esse amor seja o alimento mais saboroso e nutritivo para os nossos alunos. E para nós, professores. E para o mundo.

A INTEMPERANÇA ALIMENTAR E A INDISCIPLINA ESCOLAR ("O meio ambiente apropriado, ações corretas e uma dieta adequada proporcionam saúde mental". — Ellen G. White)

Eu nunca imaginei que um simples lanche na escola pudesse me fazer questionar tantas coisas sobre a educação, a família e a sociedade. Mas foi o que aconteceu em uma manhã comum, quando me deparei com uma cena que me intrigou: alunos comendo arroz, carne e macarrão na sala de aula, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Eu, que sou professor há muitos anos, fiquei curioso para saber o que levava aqueles jovens a preferirem se alimentar na hora da aula, em vez de aproveitarem o intervalo ou o recreio. Será que eles não tinham fome em casa? Será que eles não se importavam com o aprendizado? Será que eles não percebiam que estavam prejudicando sua saúde física e mental?

Resolvi conversar com alguns deles, para tentar entender melhor a situação. Uma aluna do segundo ano do Ensino Médio me disse que estava ali pelos dois motivos: para comer e aprender. Mas ela colocou o comer em primeiro lugar, como se fosse mais importante do que o aprender. Outra aluna, que ouvia nossa conversa, me interpelou: “O senhor não é a favor do lanche na escola, porque quando estudou não tinha isso”. Eu respondi que eu era do tempo em que não se dava lanche na hora da aula, e a “educação” era melhor. Argumentei ainda que quando comemos, sentimos uma sonolência terrível, indispondo-nos às atividades intelectuais. Então, lembrei-me das palavras de Jesus, que recomendou o jejum temporário para melhorar a clareza mental. O estômago vazio intencionalmente não atrapalha estudar. O que atrapalha é a fome, mais precisamente, a certeza das impossibilidades de adquirir a alimentação.

Foi então que eu percebi que a escola que oferece conhecimento atrai intelectos, mas a que oferece comida atrai estômagos. E que muitos daqueles alunos estavam ali não por amor ao saber, mas por necessidade de sobreviver. E que a escola, ao oferecer comida, também assumia o papel das famílias: educar e alimentar suas crianças. Isso permitia que os pais fugissem de suas obrigações, depositando seus filhos na escola. Mas, a escola não pode substituir o lar. As famílias devem educar e alimentar suas crianças, e a escola, por sua vez, deve intelectualizá-las com conhecimentos técnicos e seculares.

No final daquele periodo, percebi que a escola é um microcosmo da sociedade. Vi exemplos de ações intemperantes na escola. Um exemplo de meio ambiente intemperante, repito: na sala de aula, comem todos os dias na hora da aula, porque na escola tem “lanche”. Ali, os parceiros comensalistas têm uma relação interespecífica, com benefício para um deles (alunado), mas sem prejuízo para a outro (escola); inquilinismo. Se todos por aqui dão seu “Jeitinho brasileiro”, eu também sou “Macunaíma”. Pois, ninguém pretende o “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. Agora os alunos e seus pais ameaçam tratar de quaisquer assuntos mínimos com a direção, porque de cima para baixo flui melhor. No terreno de “nervosinhos”, o equilíbrio mental é prejudicado com a falta de clareza. Ellen G. White defendeu que o meio ambiente apropriado, ações corretas e uma ‘dieta adequada’ proporcionam saúde mental. "Quando ela usou o termo ‘saúde mental’, associou-o à ‘clareza mental, nervos calmos, sossego, espírito pacífico como de Jesus’”. Poderíamos até pensar positivamente que achamos a solução para a indisciplina nas escolas, se não, pelo menos, uma aliada que ajudará bastante a combatê-la.

Mas eu não me iludo. Sei que o problema é mais profundo e complexo do que parece. Sei que o lanche na escola é apenas um sintoma de uma sociedade desigual, injusta e deseducada. Sei que o que falta mesmo é amor. Amor pela vida, pelo próximo, pelo conhecimento, pela verdade. Amor que se traduz em ação, em compromisso, em responsabilidade, em respeito. Amor que se alimenta de valores, de princípios, de ideais, de sonhos. Amor que se nutre de esperança, de fé, de coragem, de paz.

Eu ainda sonho com uma escola que ofereça mais do que comida. Que ofereça sentido, propósito, dignidade, felicidade. Que ofereça amor. E que esse amor seja o alimento mais saboroso e nutritivo para os nossos alunos. E para nós, professores. E para o mundo.

sábado, 14 de maio de 2016

O ALUNO MUITO FREQUENTE ( "E o tempo segue displicente, embrulhando as horas sem pressa alguma na poesia do dia-a-dia." —Edna Frigato)



         

Crônica

O ALUNO MUITO FREQUENTE ( "E o tempo segue displicente, embrulhando as horas sem pressa alguma na poesia do dia-a-dia." —Edna Frigato)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            O adolescente acordou muito cedo, nesse dia! Foi ao banheiro, fez suas necessidades fisiológicas, banhou-se, depois tomou seu desjejum, escovou os dentes, arrumou-se, pegou seu material escolar e saiu para o colégio. Andou devagar, e as ruas estavam vazias.
— Deve ser porque ainda está muito cedo! – pensou ele em voz alta.
Continuou a caminhar e finalmente chegou ao colégio, mas não havia ninguém ali, todavia lhe nasceu uma esperança, descobrindo a fresta do portão semiaberto. Então, empurrou-o um pouquinho mais e avistou o guarda assentado na área de dentro. Com isso, gritou entusiasmado:
— Seu guarda, hoje não tem aula, não?
— Hoje é sábado, meu filho! kkkkk!
           Nos informa Lucas Martins: "A maconha, cujo nome científico é Cannabis sativa, é uma das drogas mais usadas no Brasil, por ser barata e de fácil acesso nos grandes centros urbanos. O modo mais utilizado para usá-la é fumando enrolado em um papel, ou então utilizando um cachimbo. O que traz os efeitos é uma substância muito poderosa chamada tetrahidrocanabinol (THC), que varia de quantidade, dependendo da forma como a maconha é produzida ou fumada.
           Os efeitos, logo após fumar o cigarro de maconha, são (podem ser diferentes dependendo da quantidade de THC): euforia, sonolência, sentimento de felicidade, risos espontâneos, sem motivo algum, perda de noção do tempo, espaço, etc. perda de coordenação motora, equilíbrio, fala, etc. aceleramento do coração (taquicardia), perda temporária de inteligência, fome, olhos vermelhos, e outras características.
           O tempo do efeito depende do modo como a maconha é utilizada. Se for fumada, o THC vai rapidamente para o cérebro, e o efeito dura aproximadamente 5 horas. Se for ingerido, o efeito demora pra vir (cerca de 1 hora) mas dura aproximadamente 12 horas. Quando a quantidade de THC for mais alta, podem-se somar os efeitos: alucinações, ilusões, ansiedade, angústia, pânico, impotência sexual.
           Os efeitos a longo prazo são muito mais danosos: maior chance de desenvolver câncer de pulmão, bronquites, sistema imunológico fragilizado, tosse crônica, arritmia cardíaca. Outros nomes da maconha: baseado, erva, marola, camarão, taba, fumo, beck, bagana, bagulho, cachimbo da paz, capim seco, erva maldita, etc." (sic). http://www.infoescola.com/drogas/maconha/
           E tem alunos que vendem no banheiro da escola. Eu não sei o que fazem na escola os alunos que não faltam um dia sequer, bagunçam as aulas, atrapalhando os que querem estudar, não tem nada escrito em seu caderno e todas as notas estão abaixo da média, tem fome demais pelo o lanche. E eu maconheiro por tabela, de vez em quando, explico minhas aulas respirando o cheiro de maconha. Digo que maconha e escola não combinam, já disse Mário Sérgio Cortella: "Usar a maconha não faz de você  um intelectual, mas sim, maconheiro".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/05/2016
Reeditado em 14/05/2016
Código do texto: T5625434
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