"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 29 de julho de 2017

O DRAGÃO DA COR DO BARRO ("Mas a poeira vermelha é só a vontade que o chão tem de voar". — Rita Apoena)



Crônica Filosófica

O DRAGÃO DA COR DO BARRO ("Mas a poeira vermelha é só a vontade que o chão tem de voar". — Rita Apoena)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, "rolou um clima" ao ver a multidão nas ruas com a camisa de sua pátria; exposição dos "petefóbicos"; a insatisfação é geral com os resultados do tal ato "democrático"; mas, as metades dessa maçã tem gosto diferente! Já prelibando, pelas evidências, um momento inicial em que questões complexas vêm à tona do ambiente político, que pode comprometer a lisura das eleições informatizadas, a tecnologia controla o trabalho. 
           Então, estou atento a meu comportamento para começar bem sob o novo governo, Planejei cuidadosamente os passos que seguirei daqui a diante, mas não quero ficar só focado nas conquistas pessoais. Estou tentando incorporar os meus projetos a algo que seja útil à comunidade, ou pelo menos que seja algo benéfico ao grupo que pertenço (sistema educacional). Estou atravessando uma fase de questionamentos a respeito da vida, sobretudo ao confrontar meus desejos e insatisfações na missão de ensinar. Quem sabe organizando as atividades cotidianas me ajudarão a pôr em ordem, não apenas a vida prática, como também minhas ideias partidárias? Interessa-me mais compreender a raiz dos problemas. Pois, terei muitos problemas ao comando do "DRAGÃO VERMELHO". 
             Concentrado em meu professorado, e distraído pelo vento persistentemente dos quatro pontos cardeais, trazendo a poeira que suja minha vida. Assim infertiliza drasticamente os meus assuntos, há muitos motivos para não fluírem o bastante! O amanhã, talvez nem posso tê-lo, entretanto vou agendar encontros, tentando ganhar tempo, preocupando-me com o  que realmente importa: a família; a fé em Deus; a verdadeira educação e a liberdade. 
           Já que a morte leva todos os projetos das pessoas,  agora, permita-me desviar o assunto para onde se enterra tudo, para o estado dos defuntos: pó. Mas, não há outra forma de pertencer ao céu! Quantas pessoas queriam estar do lado de cá, repousado no tal "campo santo"! Sobretudo, o vento sopra o pó para cima!  Contando com o hoje, com certeza vou ter mais um dia para ficar aqui, e menos um para ascender ao céu. Meu corpo já pode sinalizar alguns desconfortos, sobretudo, eu nunca vou me esconder da realidade, pelo contrário, já estou pronto. Não se esqueça do meu epitáfio: — "Não fui eu quem morreu, pois existo em tudo que restou de mim, e tu me percebes, mas, foste sim tu quem morreu para mim, não posso te perceber". 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016

Reeditado em 29/07/2017

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quarta-feira, 26 de julho de 2017

SO(CORRO) POR DESCANSO ETERNO (Em meio ao sofrimento intenso, A morte parece um refrigério —Joilson Santiago)


Crônica

SO(CORRO) POR DESCANSO ETERNO (Em meio ao sofrimento intenso, A morte parece um refrigério —Joilson Santiago)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Eu estava oprimido entre uma pena e outra, pensando quando teria um bom momento existencial depois dessa primeira pandemia, ser reconhecido no trabalho pelas minhas resistências à vacina capitalista e ao uso de máscara não sustentável! Realmente estava puxado, vivia dosando o esforço e controlando a ansiedade. Mas, bastava só um momento de racionalidade, no qual clamei, ao Criador, por serenidade e força interior!

Depois de dois anos, percebi que estava surgindo uma fase propícia a fazer escolhas importantes, pois meu senso de oportunidade eleva-se e quando é assim, conduz-me rumo a caminhos promissores. Ainda que piorasse, não tinha mais jeito. Devia ter chegado meu momento de oportunidades. Teria que acreditar, cuidaria mais racional e objetivamente das conversas sobre as imposições parciais. Mostrar-se contrário poderia me atrapalhar, pois eles queriam cuidar da minha saúde mais do que eu mesmo.

E, então, cabe aqui muito bem o poema: "Meu Orgulho" do Poeta Lima:

"O sono fecha meus olhos

Me obrigando a dormir

Quero ficar acordado

Mas não tem para onde ir

Não importa para onde eu vá

Que seja longe daqui

Faço o que tem de fazer

Sigo o que tem de seguir

Quero viver de verdade

Com direito a ter prazer

Sentindo orgulho de mim

De tudo que eu possa ter."

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016
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sexta-feira, 7 de julho de 2017

LEMBRANDO-ME DOS QUE ME ESQUECERAM (Charles Bukowski: "Posso viver sem a grande maioria das pessoas. Elas não me completam, esvaziam-me.")


LEMBRANDO-ME DOS QUE ME ESQUECERAM (Charles Bukowski: "Posso viver sem a grande maioria das pessoas. Elas não me completam, esvaziam-me.")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Meu aniversário de 63 anos, talvez o último, digo isso, pois sempre me preparo para o pior, e tudo que vier será lucro. Nem me ocupo em responder algumas poucas mensagens dos meus con(corrente)s virtuais. Sim, pelo menos esses me afrontam, hologramas perfeitos, testando minha mobilidade! Será por que os "colegas" de trabalho e parentes esqueceram-se de mim, também?! Ou será por que são vingativos, pois não ligo para eles também? Nem fazem parte do meu Facebook para que o aplicativo lembre-nos dos aniversariantes. Acham-se os melhores! Esqueceram de mim pela a sexagésima terceira vez! Aqui cabem, perfeitamente, em minha boca, as palavras de Charles Bukowski: "Posso viver sem a grande maioria das pessoas. Elas não me completam, esvaziam-me."
            Todavia, é compreensível, já que a maioria das pessoas adota o esquecimento para vingar-se do indesejado: ignoram uns aos outros. Já dizia sabiamente Alfred de Musset: "Na falta de perdão, abre-te ao esquecimento." Porém, devemos priorizar o que disse positivamente, sobre esquecer-se, Benjamin Franklin: "O esquecimento mata as injúrias. A vingança multiplica-as." O lado favorável de tudo isso é que precisamos esquecer para viver. Então, vamos nos conciliar no pensar de Machado de Assis sobre este tema: "Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito."
           Não estou chateado, se tenho poucos amigos a culpa não é dos outros! A culpa é minha... Se sou pobre, não é por culpa dos outros! A culpa é minha... Se tive um péssimo casamento com uma mulher desagradável, não é culpa dela! A culpa foi minha... Se estou doente, a culpa não é dos demônios! A culpa é minha... Meu caráter e sabedoria são conhecidos pela limpeza e organização de minha casa; a massa desordenada em minhas gavetas, armários, a mala do carro; o progresso em minha carreira; o que está na parte de trás e debaixo de minha geladeira. Eu compreendo, sim, o porquê da solidão, na qual vivo mergulhado. E não me deixarei enganar por suas frases feitas de autoajuda, sou assim...
            Afinal, eu também, peço perdão a mim mesmo: depressão não é doença; é sim, falta de fé! Se por acaso, eu morrer com meus 63 anos de idade, aqui fica meu último desejo: que não se esqueçam que também me esqueci de vocês. É uma crônica de despedida sem querer me despedir ...

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 07/07/2017
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sábado, 1 de julho de 2017

UM DUPLO DESPERTAR ( "Despertar interesse e inflamar o entusiasmo é o caminho certo para ensinar facilmente e com sucesso." — Tryon Edwards)


Crônica

UM DUPLO DESPERTAR ( "Despertar interesse e inflamar o entusiasmo é o caminho certo para ensinar facilmente e com sucesso." — Tryon Edwards)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

               Sábado pela manhã, sempre gosto de estar aqui, e a dinâmica da vida não me deixou dormir mais um pouco. Ainda deitado, com os olhos fechados, costumo dar atenção especial a uma revisão das rotinas passadas e propor-me possíveis mudanças para o dia presente. De repente, senti uma vibração sonora vinda de fora, COM CERTEZA É um chamado ao movimento. Então, mexeu comigo, com o meu emocional, porque estou ansioso, sentido um misto de surpresa e desapego, eram as testemunhas de Jeová, batendo indelicadamente em meu portão, e isso também repercutiu no meu projeto daquele dia! 
             Finalmente, despertado completamente, fui atendê-los. Acho que fui impulsionado por um anjo para o caminho certo, convidaram-me a estudar a "Palavra de Deus"! Nossa! Agora só devo segui-los sem medo e com confiança, pois alcançarei o sucesso desejado: Assim me disseram. Entretanto, o que eles não entenderam  era que eu  estava apenas lhes pedindo novidades.
              Ainda desconfiado, porque já houvera pessoas que bateram em meu portão, aproximaram-se e pediram dinheiro para comer ou vendendo alguma coisa; na verdade, todas elas queriam me explorar de alguma forma, porém será necessário ser mais esperto que eu — disse meu coração. Vai ser preciso dar-me carinho e compreensão para receber o mesmo. Então, aprendi: Nada é perder tempo, tudo vale a pena se souber aproveitar! "Quebraram o gelo"!
            De agora em diante, vou deixar que meus sentimentos guiem meus pressentimentos. Oxalá, o planeta precise de pessoas como eu, que preenchem a necessidade que as outras pessoas têm de se sentir úteis, fazendo algumas "doações" ou arrecadando "doações". Ganhei aquela manhã, como uma recompensa pela minha contínua busca de autoconhecimento e compreensão das razões do ser humano, o que tanto precisa: o amor que vai, e o amor que vem. Já que é assim, vou fazer deste dia, que começou ali, ótimo para estudos. De noite, talvez eu chame os amigos para um encontro lindo em casa, dobrando a dose do vinho novo que rachou o odre velho!
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016

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sábado, 24 de junho de 2017

RESSIGNIFICANDO O COMPORTAMENTO ("Em caráter, em comportamento e em todas as coisas, a suprema excelência está na simplicidade." — Henry Longfellow)



Crônica

RESSIGNIFICANDO O COMPORTAMENTO ("Em caráter, em comportamento e em todas as coisas, a suprema excelência está na simplicidade." — Henry Longfellow)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Hoje, domingão, contemplo a natureza, separando as coisas que amo das que já amei, todavia para mostrar que Ele (YHWH) está no controle, nada considero desprezível, apenas menos importante. Vi um pássaro preto carregando, para esconder em lugar seguros, seus filhotes pretos e robustos. Cá comigo, por eu não saber escolher, poderei perder alguma coisa, algo que tenha mais valor sentimental do que monetário. Contudo, quero marcar este domingão com idealismo e ousadia, buscando experiências transformadoras em detrimento do trivial. Porém só vai ser confortável, se tiver sabor de novidade; por isso, estou saindo da zona de conforto. Irei à "feira" comprar alguma coisa... mas, o que devo comprar para impressionar a mim mesmo? Não sei...
            Estou aproveitando o feriadão com cuidado para abraçar com criatividade os frutos do trabalho malvado que Deus me deu, sempre disposto a contornar diferenças ideológicas, evidenciadas pela tensão na área comunicativa. 
            Ainda neste momento de expansividade política, é necessário que eu também saiba quais são minhas potencialidades. Talvez, eu tenha de criar a minha hora, divulgando a todos as minhas habilidades. Só preciso ter o cuidado com o que estou divulgando para não me prejudicar e nem a ninguém. Tenho que vender o que tenho realmente. Convém-me ainda não me envolver nos problemas dos outros. Tão pouco devo permitir interferência MAL SINTONIZADA na minha vida. Há gente teimosa em meu caminho, restam-me bons argumentos e muita paciência para com essa gente.
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016

Reeditado em 24/06/2017
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sexta-feira, 16 de junho de 2017

EM COMUNHÃO COM O MUNDO ("É melhor algumas horas de uma boa companhia, do que o inferno diário de uma péssima convivência." — Galinho Paulista)


Crônica

EM COMUNHÃO COM O MUNDO ("É melhor algumas horas de uma boa companhia, do que o inferno diário de uma péssima convivência." — Galinho Paulista)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Hoje, estou começando a me preparar para o final de semana prolongado. Espero conhecer alguém bem interessante nestes dias ociosos. Estou saindo da toca. Mesmo que eu prefira vivenciar discretamente minhas experiências costumeiras, tenho que refletir sobre como direcionar meu talento para realizações coletivas grandiosas e indutoras de autoconhecimento. Estou pronto para captar as tendências e ajudar as pessoas a se sentirem acolhidas e valorizadas, assim como eu gostaria de ser tratado. Teremos uma noite de beleza, encontros e entendimentos. Quem convidarei?            Assim, o fim de semana começará me restituindo. Esta semana não foi um bom período para relacionamentos de amizade nem para atividades em grupo. Precisei de muita paciência e manter cautela para evitar desentendimentos desnecessários e desgastes sociais, estive distante de mim mesmo. Agora estou dando maior importância aos prazeres repositores de vida. Já percebo um refinamento em meus gostos, pois busco opções de lazer caras, porém sem perder a atenção aos gastos. Talvez assim mesmo, eu esteja valorizando o meu poder de sedução no meio social, estou me preferindo às novas experiências compradas com dinheiro, elas têm mais qualidade, pois virão de profissionais. É só um momento de conquista... e busca de autoafirmação para me sentir mais eu. Ah! Você acredita que dinheiro não traz felicidade...! Eu acho que pode comprar tudo que o amor pode dar!
           Uma coisa é certa, esse é o meu segredo de ser prático e diligente. Já tentei muito me conciliar com a terceira idade, mas sempre depois de comer a pizza, descartaram-me, fingindo se sentir mal. A vida teve tempo suficiente para lhes munir de muitas malícias. Nada de graça presta! Eu também comprei com muito sofrimento muitas experiências! Todavia, foram as pessoas compradas que sempre me trouxeram alegria, então vou valorizar também quem me valoriza. Sei que as pessoas estão se vendendo e uma boa oferta fará fluir bem o lazer, porque só se trabalha bem por dinheiro. O universo está ao lado de quem paga melhor. Se está bom para ambas as partes tudo vai dar certo; há paz e entendimento.
Kllawdessy Ferreira
Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016

Reeditado em 16/06/2017
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sábado, 10 de junho de 2017

ENFADADO, ABORRECIDO E ENFASTIADO DE TUDO ("Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada" — Clarice Lispector)



ENFADADO, ABORRECIDO E ENFASTIADO DE TUDO ("Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada" — Clarice Lispector)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ainda é terça-feira, mas sinto que preciso compartilhar algo com você. Imagine insetos parasitas rastejando na minha pele, uma metáfora para os problemas que me cercam. Os adversários me deixaram desconfortável, como se o meu cheiro de enfermidade os atraísse. Fui espontâneo, me expus demais e acabei no campo de batalha dos "deuses da guerra". Agora, num dia de votação que parece errado, olho para cima e vejo um céu vermelho sem a estrela da bandeira.

Nesse momento, minha vida social se intensifica. Abro-me às ideologias do fim do mundo com um sorriso no rosto, protegido pela coragem. Mas quem se juntará a mim nessa luta?

Na verdade, tudo isso foi um sonho triste que tive naquela noite. Acordei amarrado por cordas, minha alma ainda procurando uma saída. Estou numa crise existencial descomunal, uma doença do espírito que precisa de medicamentos corretos. Esses medicamentos podem ser um conselho, um amigo, uma mão estendida, algo além do material e palpável.

Mario Quintana já disse: "Não tenho vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios E não morrem nunca...". Não quero ofender ninguém, é só que meu senso de individualidade está elevado e vai continuar assim atá meu septuagésimo quarto aniversário! Mas, não vou descuidar dos interesses coletivos, quero ser colaborativo enquanto funcionário público. Quem vai me ajudar a desatar alguns nós?

Não sou geralmente amargo assim, é que hoje, já comecei o dia meio melancólico e acho que ele me atravessou assim, por isso estou muito sensível, posso perder o humor facilmente, sabe como é que é a andropausa. Preciso de atenção redobrada antes que Cristo retorne para qualquer julgamento. Mas, se não der certo, não vou ficar lamentando, aqui, as evidências de estranhamento com as maneiras que estou desempenhando as atividades profissionais. Os arroubos se somam ao prazer da conquista, criando um ambiente atribulado no trabalho. Como posso saber a hora certa de parar, descansar, respeitar meu corpo e minha vida?

A vida é uma jornada cheia de altos e baixos, e cada um de nós tem que encontrar o seu próprio caminho. Mas lembre-se, mesmo nos momentos mais difíceis, nunca estamos sozinhos. Há sempre alguém disposto a estender a mão e ajudar. E no final, é a nossa capacidade de superar as adversidades que nos define como seres humanos. Então, não importa o quão difícil seja a batalha, nunca desista. A vitória pode estar logo ali, na próxima curva. (Este conselho é para mim também).

sexta-feira, 2 de junho de 2017

SACRIFÍCIO SEM VALOR ("O mar, o azul, o sábado, liguei pro céu mas dava sempre ocupado" — Paulo Leminski)


Crônica

SACRIFÍCIO SEM VALOR ("O mar, o azul, o sábado, liguei pro céu mas dava sempre ocupado" — Paulo Leminski)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Eu já estivera melhor em outros Sábados, mas naquele estava andando como caranguejo, olhando para trás. Fui para a cama às três da madrugada, de sexta para sábado, digitando nota de aluno como uma obrigação do trabalho; pois, o conselho de classe, onde se expõe notas, seria logo pela manhã. Passei por muitas experiências insanas dessas na minha profissão: Minha vida está errada: errei na religião, errei no casamento e errei na profissão. 
            Minhas derrocadas não mudam nada no sistema, mesmo que eu reclame de minhas desgraças, somente acabam comigo e aguçam seu preconceito e desejo de vingança. Era um trabalho não criativo, diga-se de passagem, do tipo que me atrofiava! Lá na reunião, eu estava cansado sem nenhuma condição de estabelecer conversa que fortalecesse alguns dos laços respeitáveis de uma boa participação, podendo apenas aumentar as diferenças; estava incapaz de compreender as expectativas do contexto. Assim, fizeram-me o homem que sou hoje: insensível e amargo. Na linha de montagem também fui peça desajustada. Por isso, agora e em todos os sábados letivos, não posso ir trabalhar. Prefiro os perigos da má reputação e todas as broncas da coordenadora. Podem cortar meu ponto, mas cansei de hora extra!
           Geralmente, meus sábados e sempre desenrolam em ritmo doméstico: é trabalho missionário! Não saio para me divertir, apenas descanso a menor parcela de mim. Não posso deixar de cumprir as obrigações em casa. Eu vou sempre fugir das imposições, é claro; por isso, estou matando hora extra!
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016
Reeditado em 02/06/2017
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sexta-feira, 26 de maio de 2017

PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)


CRÔNICA

PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Era dia das eleições, saí para votar. Esse é um dia muito importante para fortalecer a cidadania. E, logo eu irei empreender uma viagem acertada novamente; escolher meu presidente. Daquela vez, fui escolher um vereador que me representasse por 4 anos, prefeito também me preocupava muito, era uma "bendita" obrigação! Mas, no momento, estou acometido por uma ansiedade descomunal, pelo desejo de fazer a diferença. Não vou negar que é um bom dia para indecisões também, mesmo que o desafio seja superar a dúvida, ela nunca acabará. Preciso de um distanciamento emocional e muita frieza para não ser dominado pelas emoções. Ainda que os interesses individuais falem mais alto, convém dispensar alguma atenção à coletividade, a fim de contribuir com a harmonia geral. Diz o senso comum que não se pode perder o voto. Isso já vem ocupando a minha mente: nada mais coerente do que conferir as pesquisas de intenção de voto! São confiáveis? Naquela votação, depois de tudo, cheguei diante da urna e o "00" gritou muito forte. Aliás, anularam-me na autenticação de minha presença. Espero que minhas digitais funcionem desta vez. 
             No fim do dia, após a comoção do pleito político, já na apuração, senti-me de alma lavada, cumpri o meu dever da parceria, pois tinha ido até o local de votação patrioticamente: compromisso cumprido
           Nessas ocasiões, sei que algumas perdas posso sofrer, ainda mais, com essa confissão; a ideia é de limpeza, pois o sabão leva restos de pele também. É uma dor necessária para quem confiou em mim! Lamento, eu perdi mais uma oportunidade! Como assim dizer, votei nulo, a urna eletrônica me ajudou, pois o mesário usou as digitais dele para abrir minha oportunidade, ou melhor, para desbloquear a urna para minha vez, por que os meus dedos não foram reconhecidos, então já que estou nulo, eu "anulei" meu voto, pois também, tinha minhas "digitais" discriminadas, quem escolhi para votar, era um ex-aluno, crendo que um professor deixa marcas profundas e duradouras; então, ele serve para me representar.  
            Deixemos de "gracinha", apenas estou com vergonha de dizer que votei deliberadamente no "Laranjinha"! Envergonhado não pela pessoa que ele é ou pela política que desempenha, mas pelo o resultado das urnas. Perdemos! Amanhã, estaremos mais maduros! Vamos procurar extrair o melhor dessa fase, principalmente satisfação pela vida que continua. Estou me certificando de que a pressão emocional não irá mesmo impedir-nos do sucesso no próximo pleito. Estamos juntos.  
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016
Reeditado em 26/05/2017
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domingo, 21 de maio de 2017

O DESASSOSSE(GADO) ("Hoje mergulho no desassossego! Vou solitário, individualista... na busca de uma revolução que seja só minha." — Kléber Novartes)



Crônica

O DESASSOSSE(GADO) ("Hoje mergulho no desassossego! Vou solitário, individualista... na busca de uma revolução que seja só minha." — Kléber Novartes)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            O tempo passa descontroladamente, por isso passou rapidamente aquela sexta feira prenúncio de um "gostoso" final de semana, como disse Nelson Rodrigues: "Sexta-feira é o dia em que a virtude prevarica".  E daqui, olhando para trás, vejo o outro lado de mim, junto aos meus inimigos vencidos querendo se divertir comigo, mas estou bem à frente. Ali, também, ficou minha musa, ainda que não me acompanhasse, está fazendo sinal de me espere ou simplesmente me mostrando o dedo do meio, talvez ficará por lá este fim de semana e outros mais. Depois, se me alcançar, voltará a me atormentar. Então, eu cá na solidão, do meu lado bom, procuro uma parceria que me ofereça a estrutura e a confiabilidade que tanto preciso para ser eu como um todo. O futuro me aguarda como sou, mas preciso crescer, recuso as concessões dele, quero dignidade! Embora as preocupações tenham também de estar presente, há uma maturação importante associada à superação de dificuldades. Disse Aristóteles: "O homem solitário é uma besta ou um deus". Eu sou um deus besta! Gosto da solidão, ela me faz bem! Preciso de melhor concentração para agir com a vida diária de forma reconstituinte. Vai ser preciso muitos finais de semana profícuos! 
            Agora mesmo, eu queria dar mais atenção para quem eu gostaria de amar. Mas, nunca amei ninguém e estou perdido! Apenas me sobrou a faísca do egoísmo de poder pensar só em mim mesmo! Pois, ainda, não foi possível conciliar as duas coisas: o amor a mim e aos outros, o passado e o presente; por isso, preciso desenvolver minhas habilidades e trazer à tona todo o meu potencial urgentemente. Quem sabe, encontrar-me novamente na porta de sua casa! E lhe dizer que estou consciente de meus limites e potencialidades, pedindo a sua mão. Tudo que vai, volta; o que sobe, desce. Tudo ciclicamente recomeça. 
           Todavia, mais antes, não tivesse tirado um momento para aprofundar esta reflexão acerca das experiências desassossegantes: Enlouquece-me a multidão. Não me realizo nem na vida pública e nem na vida privada. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016
Reeditado em 21/05/2017
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domingo, 14 de maio de 2017

DESCANSO SABÁTICO SEM RELIGIÃO ("É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói..." Renato Russo).



Crônica

DESCANSO SABÁTICO SEM RELIGIÃO ("É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói..." Renato Russo).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Entardeceu o sábado, dia do senhor, mas para o professor é "dia letivo", isto é, dia de trabalho. Não posso estragar a espiritualidade de ninguém com a minha espirituosidade, fui ser profissional, apesar de chegar atrasado. Embora seja um encontro com as mães da escola, tudo apontava para um período de complicada convivência com a forte personalidade das pessoas mundanas; e, portanto, gestão de conflitos é preciso. Logo na entrada, vi uma mãe brigando com a porteira servente, porque o portão estava fechado, ela chegou cedo demais. Porém, fiz a intercessão, em vez de bater de frente e me envolver em disputas, fui buscar a unidade em prol de interesses comuns. Geralmente, no sábado, aparece algum bêbado pedindo atenção e cuidado, que faz do mesmo um dia missionário, mas não foi o caso. E, da mesma forma, tomei cuidado para não exigir demais; nem de mim, nem dos outros. Não quis ser mais um de personalidade forte, intransigente... E não me venham, os mal intencionados, falar "fezes", pois estou com a paciência curta!
            Ainda, hoje, mesmo estando em companhia dos colegas de trabalho e distante do meu aconchego, minha casa se revelou mais atraente e prazerosa, um oásis de descanso e diversão solitária. Normalmente, gosto deste ambiente doméstico, mas, pensando bem, trabalhando secularmente no sábado, como na agitação dos outros dias da semana, não faz a diferença. Todavia, se um lar é pessoas se confraternizando, só posso usufruir dum lar desse jeito no trabalho. Sendo assim, o dia valeu a pena. Não por muito tempo, e viva este sábado no esquecimento!
          Lembrando do final do período matutino, recebemos a visita de um fiscal da Secretaria de Educação para verificar a realização dos trabalhos credenciadores do dia letivo. Por que os profissionais das unidades escolares precisam ser vigiados num dia como esse que tínhamos compromisso com as mães, pois era a comemoração de seu dia! Os funcionários de uma escola nunca serão profissionais de verdade, se precisam ser vigiados como se faz a "trambiqueiros". Bastam somente os beneficiados testemunharem a nosso favor. A avaliação ideal é feita por quem? Então, disse uma Mãe que esteve presente, não daquelas "barraqueiras", mas Dona Leila Maria: "Hoje de manhã estive na festinha das mães, na escola, confesso que fiquei apaixonada pela organização dos gestores e professores em pleno sábado de manhã, fazendo festa para nós mães! Fiquei super feliz em saber que meu filho está numa escola muito boa, organizada; tem ordem. Devemos dar valor nas pessoas que fazem as coisas para gente com tanto carinho e atenção. Quero agradecer aqui imensamente Siderlândia Lauro, Edileusa Soares de Souza, Ronne Santos, Claudeci Andrade, senhor Ramiro, Wagner, Alba, Regina Célia Ribeiro e demais pessoal da escola João Pereira dos Santos, obrigado pela competência de vocês, estava tudo muito lindo e perfeito, sinto-me feliz em fazer parte dessa família, quem não foi, perdeu, estava maravilhoso."
           É por essas e outras tantas razões que não precisamos ser vigiados, policiados, controlados e observados com desconfiança. Protejam-nos somente dos marginais.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016
Reeditado em 14/05/2017
Código do texto: T5808680 
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