"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 4 de agosto de 2018

ATOR SOCIAL ("A 'Aparência' costuma bailar entre a verossimilhança e a fidedignidade. Certifique-se!" — Marcelo Mainardi Martinuzzi)



Crônica

ATOR SOCIAL ("A 'Aparência' costuma bailar entre a verossimilhança e a fidedignidade. Certifique-se!" — Marcelo Mainardi Martinuzzi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Eu sempre achei que a verdade é uma questão de perspectiva. Cada um tem a sua, moldada pelo seu egoísmo, seus medos, seus desejos. Por isso, quando vejo alguém pintando a cara, sei que ele está se revelando, sem máscaras, sem filtros. E quando vejo alguém se escondendo na escuridão, sei que ele está se protegendo, sem coragem, sem confiança.

            Eu não sou diferente. Eu também tenho a minha verdade, a minha versão dos fatos, a minha forma de ver o mundo. E eu também tenho medo de me expor, de me mostrar, de me arriscar. Mas, eu também tenho vontade de viver, de falar, de ser salvo. De ser louco, como dizia Kerouac, de queimar como uma vela amarela, de explodir como uma aranha.

            Por isso, às vezes, eu tomo decisões importantes, que mudam a minha vida, que me fazem crescer, que me fazem sofrer. Decisões que me obrigam a olhar para os fatos, para a realidade, para a razão. Decisões que me fazem deixar de lado o sentimentalismo, o drama, o vulgar. Decisões que me fazem buscar a dignidade, a competência, a leitura.

            Mas, eu não sei se essas decisões são as certas, se elas me levam para onde eu quero ir, se elas me fazem feliz. Eu só sei que elas são as minhas, e que elas refletem a minha verdade. E eu só posso compartilhar essa verdade com você, sem esperar que você concorde, sem esperar que você me entenda, sem esperar que você me aconselhe. Eu só posso oferecer a minha verdade, em troca da sua. E quem sabe, assim, nós possamos nos aproximar, nos conhecer, nos respeitar. Quem sabe, assim, nós possamos ser mais humanos.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/03/2017

Reeditado em 04/08/2018
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quinta-feira, 26 de julho de 2018

MEU CARNAVAL RECLUSO ("Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito..." — William Shakespeare)


MEU CARNAVAL RECLUSO ("Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito..." — William Shakespeare)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Não sou daqueles que se jogam na folia sem pensar nas consequências. Prefiro ficar em casa, assistindo aos desfiles pela televisão, enquanto me distraio com os meus próprios devaneios.

Lá fora, o carnaval está a todo vapor, ao vivo. As pessoas se divertem, se arriscam, se envolvem. Parece que tudo é permitido nesses dias de festa. Mas, eu não me sinto tentado a participar dessa loucura coletiva. Não vejo graça em me fantasiar, beber, dançar e depois me arrepender. Prefiro ficar na minha, reclamando da vida, esperando que o tempo passe suavemente. Talvez eu esteja perdendo algo que a vida tem a me oferecer, mas não consigo me animar com o Rei Momo.

Quando tudo isso acabar, sei que muitos vão se deparar com problemas reais, causados pela imprudência e pela irresponsabilidade. Vão ter que lidar com as consequências do carnaval, que podem ser graves. Espero que tenham maturidade e juízo para enfrentar essas situações. Eu, por outro lado, vou sair do meu casulo, sem culpa nem remorso. Apenas enganei as minhas carências emocionais, sem gastar mais do que podia, sem me expor mais do que devia. Talvez isso me renove o espírito para a semana normal que se inicia.

Quero me envolver com as pessoas que me cercam, colaborar com elas, compartilhar com elas. Mesmo que não tenha vivido nada de emocionante, não tenho peso na consciência. Fiz o que achei melhor para mim. Não sou nem sábio nem louco, sou apenas diferente. Por isso, aceito as suas críticas, mas não me deixo influenciar por elas.

Acho que cada um tem o direito de escolher como quer viver o carnaval. Respeito quem gosta de se divertir à sua maneira, mas também peço respeito pela minha escolha. Não sou contra o carnaval, reconheço o seu valor cultural e social. Admiro a criatividade dos enredos, o esforço dos sambistas, o benefício do turismo. Mas não é a minha praia.

Prefiro a tranquilidade do meu lar, a liberdade do meu pensamento, a sabedoria do meu silêncio. Não me sinto isolado nem rebelde, apenas diferente. E isso me faz feliz.


sábado, 7 de julho de 2018

BUSCANDO NOVIDADES ("Viajar é mudar o cenário da solidão." — Mario Quintana)



Crônica

BUSCANDO NOVIDADES ("Viajar é mudar o cenário da solidão." — Mario Quintana)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Aqui estou eu, em um sábado abençoado, observando as transformações que se desenrolam ao meu redor. A mudança chegou, e não há como impedir que o futuro se estabeleça. É difícil para mim aceitar a velhice, mas o tom do momento é me desapegar do passado e deixar o tempo seguir seu novo curso. Talvez o prazer da intimidade esteja me esperando! Anseio por essa nova solidão! Todos os sábados foram calorosos, bons para estar com amigos e entes queridos, mas desta vez, quero nutrir meu coração com coisas da alma. Seu carinho é importante para mim, sim, mas dispensável se você não me acompanhar.

           Estou fugindo dessas reuniões pedagógicas aos sábados, que chatice! Já sei tudo o que vai acontecer: a coordenadora clamando por mudança e os assistentes agarrados à zona de conforto. Sempre entendi que mudar não significa desistir ou perder. Compreendo que em muitos momentos é preciso deixar as mudanças acontecerem e permitir que elas se estabeleçam sem maiores complicações. Se eu pudesse colaborar para que essas mudanças fossem menos traumáticas, eu o faria, mas o melhor é permanecer calado nesses eventos de teorias viciadas. É o melhor que posso fazer. Os ciumentos não me deixam me aventurar! Não quero brigas, defendendo cegamente meus interesses para não desvalorizar minha capacidade argumentativa. As atividades em equipe só funcionarão melhor quando todos estiverem em movimento rumo ao novo.

           Por isso, nos meus sábados, nem pisarei em escola alguma. Vou dedicar-me a estruturar as mudanças necessárias para o desenvolvimento dos meus projetos particulares. Estarei sozinho, mas mais vigoroso do que o normal. Ficarei atento para não fazer mudanças muito drásticas que não possam ser absorvidas pelas pessoas. O destaque aqui são os assuntos do coração: estou tentando cultivar um amor incondicional. Tenho vontade de mergulhar fundo no infinito. Meus sonhos e pressentimentos me dão direção, e o resto fica para trás. Estou ligado!

E assim, encerro minha crônica de sábado, reflexo de quem viveu os acontecimentos descritos e transmitindo uma mensagem impactante aos leitores: a mudança é inevitável e necessária, e devemos abraçá-la com coragem e determinação.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 26/02/2017

Reeditado em 07/07/2018
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terça-feira, 3 de julho de 2018

COMEDIMENTO ("A experiência traz comedimento, a sabedoria o bom discernimento.” — Luciano F. Aschkar)



Crônica

COMEDIMENTO ("A experiência traz comedimento, a sabedoria o bom discernimento.” — Luciano F. Aschkar)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Hoje, sinto-me como um guerreiro em uma batalha de ideias. Tenho que usar a minha razão para enfrentar os obstáculos que este dia me apresentou. Quero fazer as escolhas certas, sabendo que elas definirão o meu futuro.
            A vida é um labirinto de situações que exigem a nossa sabedoria. Não posso me deixar levar pelas emoções que podem me levar a erros. As paixões, por mais sedutoras que sejam, não devem guiar o meu rumo; é a razão que deve ser o meu norte.
           Neste momento, avalio os projetos que fiz, os objetivos que quero alcançar. Não posso me conformar com o conforto, esperando que o reconhecimento dos outros venha até mim. Sou eu quem deve celebrar antecipadamente, pois sei que as oportunidades surgem para aqueles que têm planos bem feitos e persistem em sua busca.
           E, quem sabe, no meio de toda essa busca constante por sucesso e reconhecimento, talvez o amor me surpreenda. Por que não? O destino, afinal, é um mestre em nos dar surpresas inesperadas.
            Hoje, lembrando que tudo tem o seu tempo, entendo que as amizades verdadeiras duram, mas as pessoas vêm e vão em nossas vidas. E assim, deixo ir aqueles que escolhem outro caminho, sem mágoa. Não sou egoísta a ponto de prender alguém que já não quer ficar comigo.
           Neste momento, minha alma busca um refúgio, um espaço íntimo onde a beleza e a ordem sejam soberanas. Quero me envolver por um ambiente que me convide à paz, que acalme o meu pensamento agitado.
           A partir de agora, comprometo-me a buscar a tranquilidade e a paz, começando por me reconciliar comigo mesmo. Depois, estenderei essa paz a todos que me acompanham diariamente. Sei que para viver em harmonia com o mundo, só preciso dar mais dois passos: cuidar da minha saúde física e manter a mente aberta. Com esses dois pilares, minha segurança pessoal inspirará aqueles ao meu redor.
          Assim, hoje, com determinação, sigo cuidando da minha saúde e do meu lar, fortalecendo-me para enfrentar as adversidades com inteligência e serenidade. Pois é na tranquilidade que encontramos a chave para viver plenamente, em paz conosco e com o mundo ao nosso redor.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017
Reeditado em 03/07/2018
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sábado, 23 de junho de 2018

PRUDÊNCIA ("Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente." — Pindaro)



Crônica

PRUDÊNCIA ("Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente." — Pindaro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Aqui estou eu, sob o céu que tanto admiro, mas que parece estar em constante mutação. Em um momento de instabilidade, agi precipitadamente, tomando decisões imperfeitas. Agora, percebo a necessidade de uma análise mais profunda e calma antes de tomar qualquer outra decisão errada. Evito me expor neste momento de incerteza, priorizando o descanso do fim de semana.

Mas, como posso descansar quando as respostas que procuro não são dadas? A minha atenção está comprometida por tantas preocupações. O que antes era combinado já não existe mais e a rotina se perde em arranjos precários. Será que isso vai passar agora? Medito sobre isso…

A introspecção tem sido a minha companheira constante, favorecendo apenas o meu autoconhecimento. Espero não ficar parado quando a situação exigir ação. Sinto-me preso em ideias corrosivas, perdendo mobilidade enquanto os concorrentes ocupam espaço no meu céu, tomando o meu lugar.

Eles estão sempre planejando uma traição, então é melhor prevenir do que remediar. Não quero ser levado à justiça, então vou deixar todos os meus documentos regularizados e abandonar minhas práticas suspeitas para trás. O bom dos meus pecados é que eles funcionam como cometas, apontando-me, abrindo e pavimentando o meu caminho com fogo.

“Aquele que botar as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.” (Pierre-Joseph Proudhon). Então, esta minha crônica emotiva é para dizer-lhes que estou vivendo exatamente como já disse o Sêneca: devemos viver de tal maneira que não façamos nada que não possamos dizer aos nossos inimigos.

Como Salomão bem disse em Provérbios 14:15: “O simples crê em toda palavra, mas o prudente assiste aos seus passos”. Há muita diferença. O simples acredita em qualquer coisa que aparece, enquanto o homem prudente é cauteloso e cético sobre tudo.

Eu amo a cautela. Eu sou prudente. Eu sempre olho para a frente, tentando ver as falhas do caminho ou riscos. Eu me escondo dos perigos, alterando o que acredito. Nunca quero ser pego acreditando em mentiras ou caindo em uma armadilha.

Por outro lado, o ingênuo desinteressadamente deixa a vida acontecer. Eles não questionam só acreditam, por isso continuam andando e repetidamente sofrendo os perigos que não podem ver.

“Antes da vitória vem a tentação. E quanto maior os louros a conquistar, maior a tentação a que é preciso resistir” (Stephen King). E assim termina minha crônica emotiva, uma reflexão sobre os acontecimentos da vida e uma mensagem impactante para vocês, leitores.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017
Reeditado em 23/06/2018
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sábado, 16 de junho de 2018

O Despertar das Lembranças ("Aprendi a selecionar meus diamantes... pedaços de vidro já não me enganam mais!" — Tati Bernardi)



Crônica

O Despertar das Lembranças ("Aprendi a selecionar meus diamantes... pedaços de vidro já não me enganam mais!" — Tati Bernardi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há dias em que o passado bate à porta, trazendo consigo lembranças que se entrelaçam como fios de uma teia. Hoje, ao acordar, senti essa estranha sensação. O passado não reconhece seu lugar: está sempre presente, como diria o poeta Mario Quintana. E assim, me vi imerso em memórias, um mosaico de momentos felizes e tristes, de amores e desamores, de vitórias e derrotas.

Meus pilares – o físico, o espiritual e o mental – parecem ruir. O controle sobre meu destino escapa por entre os dedos, como grãos de areia em uma ampulheta. Sou apenas um ente no meio do universo, parte de um projeto maior que não compreendo. Mas, já estou no fim da jornada, e decidi que meus últimos dias serão diferentes, serão do jeito que for possível.

Aprendi que não adianta cobrar demais das pessoas. Elas são o que são, e pressioná-las só gera frustração. Tudo segue um plano divino, e minha ansiedade não pode dominar-me. Continuarei a fazer meu trabalho com dedicação, mesmo que ninguém me escute ou valorize. Escreverei minhas crônicas, mesmo que poucos as leiam ou apreciem. Buscarei motivação dentro de mim mesmo, como Charlie Brown Jr. ensinou: “Eu faço da dificuldade a minha motivação”.

Hoje confirmei mais uma vez que a vida é uma surpresa constante. Não sabemos o que o próximo minuto nos reserva: planos e sonhos podem ser interrompidos por imprevistos e pesadelos. Amigos e amores podem se transformar em inimigos e desilusões. Saúde e alegria convivem com doenças e tristeza. O importante é viver bem, pois Deus está no controle – e se existe livre-arbítrio, prefiro não usá-lo.

Assim termino esta crônica: com a certeza de que cada lembrança é um fio no tecido da existência, e cabe a nós deitar e rolar no toalha de nossa história com sabedoria e gratidão.

Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 11/02/2017

Reeditado em 16/06/2018
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sábado, 9 de junho de 2018

AUTODIVULGAÇÃO ("A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição" — Vance Havner)



Crônica

AUTODIVULGAÇÃO ("A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição" — Vance Havner)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

        
            Há algo de intrigante e desafiador nesse mundo moderno em que vivemos, algo que nos coloca diante de uma encruzilhada constante: ser um produto na vitrine ou ser nós mesmos, preservando a nossa identidade e privacidade. É uma dualidade que muitos de nós enfrentamos todos os dias, um delicado equilíbrio entre a necessidade de nos destacarmos e a importância de sermos fiéis à nossa essência.
            E é nesse palco incerto que se desenrola a história do ser humano contemporâneo. Um palco onde somos, ao mesmo tempo, atores e plateia de nossas próprias vidas. É uma busca constante por visibilidade, por reconhecimento, por diferenciação. Mas, ao mesmo tempo, é também uma jornada de autoconhecimento, de reflexão sobre quem somos e quem queremos ser.
           Como protagonista dessa crônica, me vejo em meio a esse dilema. Afinal, o que me define? Como posso ser autêntico e, ao mesmo tempo, me destacar em meio à multidão? É um quebra-cabeça complexo, cujas peças são moldadas pelas experiências, pelos valores, pelos relacionamentos e pela própria busca por identidade.
           Nessa busca, descubro que é essencial equilibrar as diferentes esferas da vida. Trabalho e lazer, dinheiro e experiências, tempo e destino - todos esses elementos se entrelaçam em um grande espetáculo, onde a harmonia é fundamental. É preciso separar um tempo para si mesmo, para as diversões que nos fazem sentir vivos, sem deixar que as responsabilidades nos engulam por completo.
            E, no meio desse turbilhão, as relações afetivas emergem como o alicerce de nossa existência. São elas que nos fornecem força nos momentos de fraqueza, apoio nos desafios e significado em meio à jornada. É nos abraços dos entes queridos que encontramos conforto e na troca sincera de afeto que descobrimos a verdadeira riqueza da vida.
           Mas, quem é esse ser humano complexo e contraditório que vive nesse dilema constante? Ele é como um "velho moço", como diria Camões, alguém que carrega consigo a sabedoria da idade e a curiosidade da juventude. Ele é um eterno aprendiz, sempre aberto a novas experiências e a novos conhecimentos.
           Esse ser humano respeita as opiniões alheias, reconhecendo a diversidade de pensamentos como uma riqueza da humanidade. Ao mesmo tempo, ele defende suas convicções com paixão, mantendo-se fiel aos seus princípios e valores.
            E, no fim das contas, ele sabe que a vida é efêmera, que a morte espreita a cada esquina, mas ele não teme o fim. Ele teme, sim, não viver plenamente, não aproveitar cada instante como se fosse o último. Ele anseia por sentir cada emoção como se fosse a primeira vez, por ser feliz e, acima de tudo, por ser ele mesmo.
           Nessa busca incessante pelo equilíbrio entre a essência e a exposição, o ser humano contemporâneo encontra sua própria voz, sua própria identidade. E, ao fazê-lo, nos ensina uma valiosa lição: que a autenticidade é o caminho para a verdadeira realização, e que sermos nós mesmos é o que nos torna únicos e inigualáveis. É um lembrete de que, no grande palco da vida, a melhor performance é a que reflete quem somos em nosso âmago.

Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 10/02/2017

Reeditado em 09/06/2018
Código do texto: T5908422 
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sábado, 2 de junho de 2018

OPORTUNIDADE ("Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para fazer o bem uma vez por ano". — Voltaire)



Crônica

OPORTUNIDADE ("Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para fazer o bem uma vez por ano". — Voltaire)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            **Um Novo Começo: O Ano Letivo e Suas Promessas**

Hoje, o sol raiou mais uma vez, e com ele, a esperança de um novo começo se fez presente. As ruas ganharam vida, e o município se agitou com a chegada das aulas. Era o início de um capítulo inexplorado, repleto de oportunidades para conhecer novas pessoas e construir relações que, embora fossem predominantemente com crianças e adolescentes, eu sabia que não seriam menos significativas.

Não, eu não subestimava essas amizades. Sabia que, mesmo nos olhos jovens e nas mentes em formação, residia um poderoso potencial. Suas opiniões sobre mim, suas percepções, poderiam traçar meu caminho até lugares inimagináveis, onde o reconhecimento e a realização aguardavam ansiosamente.

Minha intuição me sussurrava que esse era o início de algo grandioso. Eu me sentia determinado, consciente do que desejava e do que precisava fazer para conquistar meu merecido lugar sob os holofotes. Por enquanto, esse era meu segredo, uma fagulha de potencial pronto para incendiar o futuro.

O dia se desenrolava diante de mim, e com ele vinham surpresas, nem todas agradáveis. Mas eu estava preparado para enfrentá-las, pois sabia que o amanhã me aguardava com novas decisões a serem tomadas. As palavras sábias de Albert Einstein ecoavam em minha mente: "No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade."

O ano anterior havia sido uma etapa, agora nascia outra: este novo ano. Era um período repleto de novidades, um capítulo ainda em branco esperando para ser escrito. Afinidade, como Artur da Távola disse, é retomar a relação de onde ela parou, sem lamentar o tempo de separação. As oportunidades de amadurecimento estavam ali, e eu estava pronto para abraçá-las.

Este momento era meu, cheio de possibilidades. Eu estava disposto a me abrir para os novos contatos que certamente surgiriam. Aprimorar minha expressão e minha comunicação era essencial, pois o presente era o momento de aproveitar as chances de ser reconhecido pelo meu valor.

Minhas ideias estavam em ação, meus projetos ganhavam vida, mas eu sabia que não podia abandonar meu lado estrategista. Outras pessoas poderiam já ter trilhado esse caminho antes de mim. As pessoas que cruzavam meu caminho naquele dia eram as melhores para meu caminho de sucesso, e cada uma delas poderia ser a chave que abriria as portas para um futuro brilhante.

Então, quem seria você, meu caro leitor? Neste novo começo, estamos todos reunidos na mesma jornada, ansiosos por descobrir as surpresas que o futuro nos reserva. A vida é uma viagem emocionante, e eu estou pronto para embarcar nessa aventura com coragem, determinação e a certeza de que cada dia traz consigo a promessa de algo extraordinário.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/02/2017
Reeditado em 02/06/2018
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sábado, 26 de maio de 2018

ATO DE ACOLHER ("Os filhos precisam de ninho e de asas. Ninho é o acolhimento, o aconchego. Asas para ter liberdade para crescer." — Isabelle Ludovico)



Crônica

ATO DE ACOLHER ("Os filhos precisam de ninho e de asas. Ninho é o acolhimento, o aconchego. Asas para ter liberdade para crescer." — Isabelle Ludovico)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Eu sempre gostei de escrever. Desde pequeno, eu me sentia atraído pelas palavras, pelas histórias, pelas ideias. Eu tinha uma caneta e um caderno como meus melhores amigos, e neles eu registrava os meus pensamentos, os meus sentimentos, os meus sonhos.

Mas hoje, ao abrir o meu velho caderno, eu me deparei com um texto que me fez parar e refletir. Um texto que eu escrevi há muitos anos atrás, quando eu tinha 17 anos e estava no último ano do Ensino Médio. Um texto que revelava a minha visão da vida naquela época, uma visão pessimista e sem sentido.

O texto era uma espécie de resenha do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, que eu havia lido por obrigação escolar. Eu me lembro de como eu me identifiquei com o personagem principal, um homem que narra a sua vida após a morte, fazendo um balanço negativo de sua existência. Eu me lembro de como eu fiquei impressionado com a frase final do livro: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”

Eu me lembro de como eu repetia essa frase para mim mesmo, como se fosse um mantra. Eu me lembro de como eu respondia a todos que me perguntavam sobre filhos com a mesma frase: “COMO PODERIA EU COMETER TAMANHO ERRO REPRODUZINDO A MISÉRIA QUE SOU?” Eu me lembro de como eu achava que a vida não tinha sentido, que o futuro não tinha esperança, que o amor não existia.

Mas hoje, ao reler esse texto, eu percebo o quanto eu mudei. O quanto a vida me surpreendeu. O quanto o amor me transformou.

Hoje, eu sou pai de uma linda mulher, fruto de uma relação desprotegida que aconteceu há muitos anos atrás. Uma menina que apareceu na minha vida como um milagre, como um presente divino. Uma menina que cresceu, se educou e se tornou uma jóia rara. 

Hoje, eu não preciso mais ler o defunto escritor. Eu encontrei em outros autores, mais simples e otimistas, uma inspiração para viver. Como Paulo Coelho, que disse: “Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único. Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia.”

Hoje, eu quero construir uma família honrada, onde o amor e o respeito sejam os pilares da nossa convivência. Porque eu aprendi com a sabedoria das escrituras: “A pessoa que se revolta contra o ensino e a correção acabará pobre e envergonhada; quem dá valor ao ensino e segue as instruções receberá honra.” (Provérbios 13:18 BV).

Hoje, eu desejo que a minha descendência seja abençoada por mil gerações, e que eu possa ser o exemplo de um pai que, apesar dos seus erros, buscou o caminho da redenção e do perdão. Pois, como disse Éder Moises: “Não lamente a flor caída. Logo ela te trará frutos e descendência.”

Hoje, eu escrevo esta crônica para contar a vocês a minha história de vida. Uma história que começou com um livro triste e terminou com um livro feliz. Uma história que mostra que a vida é cheia de surpresas e possibilidades. Uma história que prova que o amor é a força mais poderosa do universo.

E vocês? O que vocês pensam sobre a vida e o amor? O que vocês escolheram fazer com as suas vidas? O que vocês esperam do futuro?

Eu adoraria saber as suas opiniões.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 26/12/2016
Reeditado em 26/05/2018
Código do texto: T5863642 
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sexta-feira, 25 de maio de 2018