"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"HOMESCHOOLING" CABE NA REFORMA DO ENSINO MÉDIO? ("Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola." George Herbert).

CRÔNICA

"HOMESCHOOLING" CABE NA REFORMA DO ENSINO MÉDIO? ("Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola." George Herbert).

Por Claudeci Ferreira de Andrade
         Ontem, eu li sobre os muitos lugares, especialmente nos países culturalmente avançados, onde o “HOMESCHOOLING” é fornecido por lei e os pais, que desejam dar aos seus filhos um ambiente de aprendizagem diferente do existente nas escolas, poderão. As razões que levam os pais a optar pelo “HOMESCHOOLING” são variadas. Existe uma insatisfação com as escolas, o medo em relação ao seu ambiente, interno e imediações. Os pais temem pela segurança física das crianças. Isso é compreensível em ambientes onde há muita violência. "Há também as situações em que as crianças e adolescentes são vítimas de bullying, que é outro tipo de violência. Tudo isso faz o ir à escola um sofrimento diário e silencioso. A provisão legal da possibilidade de estudar em casa eliminaria esse sofrimento que atinge milhares de crianças e adolescentes.” (http://www.revistaeducacao.com.br/homeschooling/) (acessado em 21/05/2022). 
            Se fosse necessário, não seria obrigatório! Vi uma aluna de 8º ano passando a mão na “bunda” de um colega daqueles tímidos e recatados; contemplei o constrangimento dele com pesar no coração, porém, pude apenas dizer àquela garota,  o que me é permitido: não faça isso, pois é feio. Ela me respondeu, "é feio, mas é bom". Eu já tinha visto, naquele mesmo dia, algo semelhante, em outra brincadeira de mau gosto, quando um rapazinho levou um soco na testa por tentar pegar na genitália do colega. 
            Além do mais, muitos alunos (os tais representantes que não resolvem nada!), os confiáveis, sofrem pressão psicológica, como “boi de piranha”,  pois constantemente são retirados da sala de aula para denunciar colegas e até confirmar os assédios de professores “aproveitadores”, e os ditos alunos conquistam, senão muitas consequências ruins a si até pedirem transferência. E digo aos pais que os professores rígidos, tradicionais e moralistas foram banidos do sistema educacional, transformaram-se em modernos defensores de novas teorias populistas a fim de continuar sobrevivendo — Os políticos acabaram com a escola pública — daquele jeito não poderiam ser bons mestres, segundo os pedagogos da escola moderna. Agora os professores da rede pública e quem elaboram as leis colocam seus filhos para estudar nas melhores escolas particulares e caras. Eu preferia que todos entendessem a educação domiciliar (“HOMESCHOOLING” ) como a saída, e assim o professor Ivan Illich tinha toda razão do mundo: "Dessa forma, minha profissão alcançaria o tão merecido respeito social". E que o presidente Bolsonaro e o Ministro da Educação alcancem a razão.
           O trunfo da escola pública é a tal "indispensável socialização", e a aceitação do diferente está violentada. Tem muita gente "mamando" na causa dos "especiais". Mas, como adquirir estas virtudes se os pais orientam seus filhos a se protegerem das más companhias na escola, formando, assim, facções discriminatórias (panelinhas)? Como diz  Euélica Fagundes Ramos que no caso do bullying, ela aponta que, na maioria dos casos, os pais são os maiores incentivadores da violência. "...muitas vezes se sentem vingados pelas agressões ou humilhações que sofrem em outros ambientes, entre eles, o familiar ou simplesmente porque a educação que recebem dos pais serve de incentivo à violência e ao sadismo..."(http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/violencia-escolar-bullying-papel-familia-escola.htm) ( acessado em 21/05/2022).
           Então fica apenas a mistura de medo, e desejo de proteção, e zelo pela reputação por conta do fracasso da indispensável socialização.
           Os meus filhos serão educados em casa, quando os tiver, e o "amorável" estado permitir.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 23/02/2011
Código do texto: T2810881

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ACEITA-SE INOCENTE por CULPADO (Quanto vale uma promessa que os pais fazem para os filhos pagarem?)

PENSAMENTO

ACEITA-SE INOCENTE por CULPADO    (Quanto vale uma promessa que os pais fazem para os filhos pagarem?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Todos os que sofrem devem saber o porquê de sua dor, ou pelo menos, suspeitarem, com muita força, da causa. Deus seria injusto demais por fazer experimentar o sofrimento pessoas inocentes. Afligir alguém sem dar-lhe explicação faz do sofredor apenas uma vítima, mas não o considera um educando. O sofrimento visa a correção quando justificado! Caso contrário, o castigo é somente objeto de vingança. Assim, salva-se o atual sistema repressor em nome da educação?
          A prece prontamente atendida é: Não fiz por merecer...! Agora, tem gente usando como chicote, ao bater em outros, a autoridade sem causa, lembrando que o tal chicote se desgasta a cada golpe. E o feitiço se tornará contra o feiticeiro. Isso explica o caos! No último dos casos, ao sofredor: Quem mandou “jogar pedra na cruz”!? É inconcebível o inocente pagar pelo culpado. Outra coisa incompreensível a mim, pois de jeito nenhum entendo, é o valor dos votos que os pais fazem esperando os filhos pagarem. Pessoas irresponsáveis fazem muitas promessas sem a intenção de cumpri-las. Político em campanha eleitoral também procede assim!
          Contratar uma pessoa e depois submetê-la ao sofrimento espetacular (sacrifício aos deuses) é requerer para si a aplicação da justiça divina sobre quem jamais poderá ver o final da história. O Jó, da lenda bíblica, era uma espécie de sacrifício ao Diabo, provando ao universo que Deus recompensa aos "fevorosos" da vida. Por tanto, deve ter ficado bem claro a ele, e agora para nós, sobre o perdão Divino que não nos salva das consequências. Assim, sendo, nos salvará de que, afinal? Das ameaças impostas por Ele mesmo?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 08/02/2011
Código do texto: T2780331

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ATOR SOCIAL (SÓ OS HIPÓCRITAS SÃO LIVRES PORQUE SE ESCONDEM NO PERSONAGEM QUE QUISER)



crônica


ATOR SOCIAL (SÓ OS HIPÓCRITAS SÃO LIVRES PORQUE SE ESCONDEM NO PERSONAGEM QUE QUISER)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
         

            Meu segredo de viver razoavelmente bem no Sistema Educacional, por tantos longos anos, onde há tantos desrespeitadores, os quais não conhecem o seu lugar e, em nome da "boa" educação, desestabilizam-me, é o fingimento. Sou o melhor dos hipócritas, só assim me sinto livre porque posso me esconder no personagem que eu quiser. A falsidade é minha arma não violenta, os meus companheiros merecem pior, mesmo ela sendo eficaz contra os maldosos que vivem tão perto de mim, e eles insistindo em disfarçar como tais amigos conselheiros, também me calejam, e ela, mais uma vez, torna-me invisível. Sendo assim, espero encontrar maiores glórias por ser praticante do pensamento socrático. "O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser." (Sócrates). O que come condena os que também comem para sobrar mais para ele!
          O Albert Einstein estava com toda a razão quando disse: “Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou”. (Pensamento adotado como lema da 2ª Jornada Pedagógica-Ensino Aprendizagens da Secretaria da Educação de Senador Canedo-Goiás, 2011). Será se ele me reforça a ideia que o conforto real se pode achar na falsidade? Enfatiza Oscar Wilde: "A educação é uma coisa admirável, mas é bom recordar que nada do que vale a pena saber pode ser ensinado." Immanuel Kant salienta, dizendo sobre a escola ser um equívoco mascarada de generosidade: "É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias." Atualmente, mandam-nas para comer e brincar!
          Foi dolorido descobrir nos "bons" coordenadores pedagógicos deste sistema equivocado, também, o dom da hipocrisia. Senti ciúmes! Quem maltrata os professores que ensinam com o livro didático em mãos, é o mesmo conquistador de aluno que não gosta de livro, tachando-nos de antiquados e despreparados. Os livros são mascaras usadas por atores de documentários, porque são relembradores e na ausência deles, as pessoa vendem apenas plágios. Os livros não podem ser hipócritas, são sempre o que são. Por isso, aos poucos serão banidos da escola, pelo menos os alunos já não trazem os que ganharam do governo. Talvez, seremos obrigados a trabalhar, num futuro bem próximo, só com texto de “autor desconhecido”. Aqueles, nossos críticos, zombam de nós por ter um livro em mãos na hora da aula, estão nos pedindo para ser hipócritas, e fingir ser dono do pensamento expressado. Mas, quando com o livro, sou o produto do livro e sem o livro sou o subproduto dele.
          Os incompetentes escolhem pessoas reais, das quais não gostam, para culpá-las pelos seus fracassos. Quando me sinto cercado de incompetentes, torno-me um deles, a contaminação é inevitável, ou melhor, escolho um personagem para me camuflar! Desse modo, a água se suja quando limpa. "Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária". (Fernando Pessoa). As máscaras que uso formoseiam-me feliz demais, distanciando-me da morte à seu ver; pois o falecimento é o único estado real e permanente de nossa existência, ou pelo menos, a realidade do nada, ou ainda a mascara final. E se me escravizam, fazem-no a um personagem! E se me perguntam quem sou, digo que sou apenas mais um personagem: O palhaço que se mascara quando tira a máscara, "liso que nem quiabo"! Então eu concordo com Aline França: "Passado o carnaval todos colocam as máscaras..."

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2011
Código do texto: T2742553

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

NOVO NASCIMENTO, IMPOSSÍVEL! ("O destino pode mudar. Nossa natureza jamais." - Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX)

NOVO NASCIMENTO, IMPOSSÍVEL! ("O destino pode mudar. Nossa natureza jamais." - Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Sentado aqui, com a caneta na mão e o papel à minha frente, reflito sobre a essência da humanidade. Todos nós, em nossa essência, somos iguais. Perfeitos em nossa imperfeição, moldados não por nossas escolhas, mas pelas circunstâncias que nos cercam.

Deus, em sua onipresença, está em cada um de nós. Não há separação, não há distância. Somos parte Dele, e Ele é parte de nós. A vida, em sua essência, é essa conexão divina. E é por isso que parei de acreditar na conversão a Deus. Como poderíamos nos converter ao que já somos?

Nenhum homem pode mudar a natureza de seu caráter, pois é a eternidade divina que o compõe. Como poderia Deus remodelar um ser, descaracterizando outro? Muitos se dizem convertidos e transformados, mas ainda se deleitam nas sujeiras do passado. A cadeia jamais conserta delinquente, apenas dá brilho no seu comportamento! Como disse Paolo Mantegazza, "A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca; porque não se melhora senão o que já existe."

As consequências nos fazem mudar de rumo, mas sempre retornamos, pois carregamos nossa essência onde quer que vamos. O destino está traçado. Seria um bandido menos bandido se os homens fossem mais homens? Não. Ninguém é menos bandido do que pode ser, nem mais homem do que pode ser. E é por isso que digo: a semântica das orações interrogativas não é como subordinadas condicionais e sim coordenadas assindéticas.

Se condenamos alguém por um ato qualquer, é porque não nos encontramos no lugar dele: espacial, temporal e modal. Faríamos o mesmo se estivéssemos exatamente em seu lugar, ou melhor, se tivéssemos exatamente sua história de vida. E ele nos condenaria se as posições fossem trocadas. Somos distintos, caminhando para um mesmo fim. Como disse Maquiavel, "toda a ação é designada em termos do fim que procura atingir".

Não somos de nós mesmos, somos do tempo, tangidos pelas circunstâncias. Deus já contribuiu na manipulação programática do espaço que nos moldou. Assim, eu apenas continuo sendo, moldado pelas circunstâncias já determinadas: "Modal de Deus". E meu lema é, sou enquanto estou funcionalmente ou não. Em espírito, sou da mesma essência de Deus, imutável. Felicidade é adaptação bem ajustada!

Recomendo aos meus leitores, como um mantra para a vida toda, a seguinte composição: Todo comportamento é reação a um estímulo! E desejo-lhe dias cheios de fortes estímulos!

Eduardo Scorth

Quem muda o caráter, muda a consciência.

É essencial manter a essência

Mesmo com arte, o artificial.

Não destrói o brilho, do que é natural.

Você tem algo, que só Deus explica.

Quanto mais simples, mais bonita fica.

Como foi ontem, que seja amanhã.

Eu nasci seu homem e vou morrer seu fã ♫ (Os Nonatos)

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Essência Humana e Determinismo:

a) O autor afirma que "todos nós, em nossa essência, somos iguais. Perfeitos em nossa imperfeição, moldados não por nossas escolhas, mas pelas circunstâncias que nos cercam". Discuta como essa visão determinista da natureza humana se relaciona com a ideia de livre arbítrio e responsabilidade individual.

b) De que forma a crença na onipresença de Deus e na conexão divina influenciam a visão de Scorth sobre a essência humana? Como essa visão se diferencia de outras perspectivas religiosas ou filosóficas sobre a natureza humana?

2. Natureza do Caráter e Conversão:

a) Scorth questiona a possibilidade de conversão a Deus, argumentando que "nenhum homem pode mudar a natureza de seu caráter". Discuta os argumentos do autor e apresente sua própria visão sobre a capacidade de mudança e transformação do ser humano.

b) A citação de Paolo Mantegazza ("A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca") é utilizada para ilustrar a ideia de que a essência individual é algo imutável. Você concorda com essa visão? Explique seus argumentos.

3. Destino e Influência das Circunstâncias:

a) O autor sugere que "o destino está traçado" e que nossas escolhas são, em grande parte, determinadas pelas circunstâncias que nos cercam. Como essa visão fatalista se relaciona com a busca por significado e propósito na vida?

b) A citação de Maquiavel ("toda ação é designada em termos do fim que procura atingir") é utilizada para ilustrar a ideia de que nossas ações são sempre motivadas por um objetivo. Você concorda com essa visão? Explique seus argumentos.

4. Condenação e Empatia:

a) Scorth afirma que "se condenamos alguém por um ato qualquer, é porque não nos encontramos no lugar dele". Discuta como a empatia e a compreensão das diferentes realidades podem nos ajudar a evitar julgamentos precipitados.

b) Como podemos cultivar a compaixão e a compreensão em nossas relações interpessoais, reconhecendo a complexa essência de cada indivíduo? Que tipo de ações e atitudes podem contribuir para essa postura?

5. Essência, Felicidade e Estímulos:

a) O autor define a felicidade como "adaptação bem ajustada". Discuta como essa definição se relaciona com a ideia de que a essência humana é imutável e que devemos buscar nos adaptar às circunstâncias.

b) Scorth propõe a seguinte composição como mantra para a vida: "Todo comportamento é reação a um estímulo!". Como essa perspectiva pode nos ajudar a compreender nossas próprias ações e as ações dos outros?

Observações:

Estas são apenas sugestões de questões discursivas. Você pode adaptá-las à realidade da sua turma e aos seus objetivos de ensino.

Incentive seus alunos a desenvolverem respostas críticas e reflexivas, utilizando argumentos e exemplos concretos.

Promova um debate em sala de aula sobre os temas abordados no texto, incentivando a participação de todos os alunos.

Espero que estas sugestões sejam úteis!



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PREDESTINAÇÃO — Tanto o querer como o realizar estão programados ( Fil.2:13)

Crônica

PREDESTINAÇÃO — Tanto o querer como o realizar estão programados ( Fil.2:13)

Por Claudeci Ferreira de Andrade*

           Eu Creio num futuro pronto e acabado. Se quiserem chamar isso de predestinação, façam-no bem. Por isso, existem profetas verdadeiros! É inconcebível desvendar um futuro incerto. Não há nada mais tão criterioso que o destino. O acontecido acontecerá novamente, a vida é cíclica, e cada um de nós devemos fechar os círculos abertos. Raul Sexas confirmou: "tudo acaba onde começou", na canção: Meu Amigo Pedro. É mais ou menos como pergunta Clarice Lispector: "Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer?"
           É impressionante como muitos acreditam ter livre-arbítrio, e podem construir o seu futuro. Seriam esses deuses de si mesmos? Se você tem livre-arbítrio, então você é Deus, e o Lúcifer venceu mais uma vez! Não há profeta verdadeiro, se o futuro é você que constrói. Aí, alguém me pergunta: se eu nunca escolher estudar, como serei um médico? Então lhe respondo com outra pergunta: E quantos jamais estudaram formalmente e são bem sucedidos nas várias profissões sociais? Mas, os formados baniram os práticos! Todavia, eu diria que se você tiver de ser um médico credenciado, estudar medicina não será uma escolha, porém uma imposição circunstancial. Sobre essa afirmação, o Apostolo Paulo disse: Ai de mim se não pregar o evangelho ( I co. 9:16).   Então, as consequências são uma forma do Deus encaixar cada um em seus "trilhos". Se todos pudêssemos realmente escolher, seriamos iguais, porque ninguém quer ser bandido ou mendigo. Ninguém recusa aquilo que lhe é conveniente, até porque a conveniência é generalizadora. E pelas adequações das circunstâncias, o homem é conduzido e iludido sobre ter escolhido o seu destino. Mas, disse Nelson Rodrigues: "Deus está nas coincidências". E eu creio. A partir das singularidades das formas ser possível a um fim último automático. De forma alguma, estou incentivando a inercia, o cruzar os braços, pois  qualquer comportamento e até mesmo o correr atrás é necessário, é a execução do querer imposto por Deus.
          A predestinação implica um dia certo para morrer; uma indistinção entre o bom e o ruim; um ritmo universal; um Deus superior e controlador (Eu aceito um Deus controlador e soberano, pois uma célula dento de um organismo só realiza o que lhe é imposto pelo corpo, se agir ao contrário, virar-se-á câncer, considerando também ser um estado da predestinação ao revés).
           Ninguém tem poder sobre si mesmo quanto ao fim último de sua vida, nem mesmo os suicidas, senão todas as tentativas de suicídio seria uma morte certa, e não é o que presenciamos nos noticiários.
           O sofrimento é a predestinação ao revés, é o retorno programado e forçado ao fim último original. E as possibilidade dos desvios acarretam no experimentar estas experiências também programadas. Eu preciso de todas as experiências, não tendo como atenuar meu peregrinar, todavia nem posso ser exemplo para outros, passando só por aquelas que constam em meu programa de vida; os demais, vivencio assistindo-os em seu trilhar sobre o seu destino. 
           Além do mais, tudo tem um fim, porém os círculos são alternados e não podem acabar tudo de uma vez, senão Deus deixará de existir. Por isso, as doenças sempre saram, ou ao nível de célula, ou ao nível de órgão, ou ao nível de corpo, mas sempre morre uma estrutura para salvar as outras. E a morte de um homem será solução ao organismo geral, porque a morte de muitos homens implicará a morte do organismo. E o que seria a doença? O revés da predestinação. O Diabo é só uma forma de Deus agir, culpá-lo por toda adversidade é condenar a Deus.
           
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 20/12/2010
Código do texto: T2682010

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