"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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domingo, 25 de março de 2018

ALÉM DA AUTOAJUDA ("Autodestruição, autocontrole, autocrítica, autoajuda, autoestima, autoafirmação, autossuficiência: autoexplicativo." — L. S. Dias)



Crônica

ALÉM DA AUTOAJUDA ("Autodestruição, autocontrole, autocrítica, autoajuda, autoestima, autoafirmação, autossuficiência: autoexplicativo." — L. S. Dias)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

        
                Há quem questione minha sanidade, mas diante das sugestões de tratamento psicológico e leituras de autoajuda dos meus colegas de trabalho, Professores "respeitados", uma faísca de rebeldia se acende em mim. Ora, esses autodenominados "Técnicos de Autoajuda" parecem desconsiderar a presença divina e conferir ao ser humano perturbado um poder quase divino. Será que nos deixamos seduzir pela antiga promessa da serpente: "sereis como deuses"? Eu, porém, acredito que cada um de nós já tem um destino traçado pelo Grande Criador, onde a vontade e a realização emanam Dele. Aqui está a chave da minha existência: aguardar a resposta da natureza, pois quando uma lei é violada, todas as outras se unem em busca da cura.

A vida não é uma constante alegria... Aqueles que aparentam felicidade em um mundo perigoso como este, muitas vezes, sofrem da síndrome da ema com a cabeça enterrada na areia. O fato de não enxergarmos o perigo não significa que estamos livres dele. Essa "baboseira" da autoajuda é apenas um mecanismo para ignorar os desafios que inevitavelmente surgem. Aqueles que seguem os passos de Deus são realistas e autênticos consigo mesmos, encaram seus erros e buscam soluções definitivas, sem máscaras. Devemos enxergar não apenas as virtudes em nossos companheiros, mas também suas falhas, a fim de nos proteger e, de forma construtiva, criticá-las, permitindo que alguém comprometido com a correção as corrija.

Muitos empreendimentos falham, mesmo quando iniciados com pensamentos positivos. Parcerias que se aliam ao mal inevitavelmente se desfazem, enquanto a vítima se recupera e alcança o sucesso. A Bíblia nos ensina: "O homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor". Eu, por minha vez, sempre me preparo para o pior, pois qualquer resultado é um ganho. Afinal, independentemente do nosso estado de espírito, o sucesso ou fracasso já foi estabelecido por Deus.

Você pode argumentar internamente: "Autoajuda e religião estão conectadas". No entanto, acredite, elas não têm nada a ver com Deus! Talvez, ao refletir cuidadosamente, perceba que o exercício do pensamento positivo não o preparou ou não está lhe ajudando a aceitar os contrastes e contradições da vida. Ao me afastar daqueles que não vivem de maneira saudável, já estou demonstrando otimismo. Portanto, eu sempre coloco minha esperança em Deus e não me deixo abalar pelas reações alheias. A autoajuda, ao contrário, é um empoderamento falso: "O homem mau receberá como castigo exatamente aquilo que tanto teme, mas o homem bom verá todos os seus desejos se tornarem realidade" (Provérbios 10:24). As coisas nos acontecem como resultado da providência divina, não de acordo com nosso comportamento. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/11/2016

Reeditado em 25/03/2018

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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 17 de março de 2018

O RESGATE DA INOCÊNCIA: ENFRENTANDO DESAFIOS E RESPONSABILIDADES! (“Na minha vida tudo é sério, muito sério! Menos essa estúpida seriedade da vida.” — Rute Frare)



Crônica

O RESGATE DA INOCÊNCIA: ENFRENTANDO DESAFIOS E RESPONSABILIDADES! (“Na minha vida tudo é sério, muito sério! Menos essa estúpida seriedade da vida.” — Rute Frare)

Por Claudeci Ferreira de Andrade            

             Hoje acordei com uma sensação estranha no ar, como se o destino estivesse tramando surpresas desagradáveis para mim. Uma inquietação tomou conta de mim, bagunçando os rumos da minha vida. Era como se minhas intuições, sempre adormecidas, ganhassem vida própria. E assim, fui envolvido em um turbilhão de questionamentos. Será que as portas estão se fechando ou abrindo janelas diante de mim?
            Diante dessa angústia, fiz uma reflexão profunda e honesta sobre mim mesmo. E foi então que percebi uma insatisfação intensa que parecia corroer minha essência. Nada parecia estar no lugar certo, como um quebra-cabeças cujas peças se recusam a se encaixar. Mas, o que realmente me preocupa são as conexões que estabeleci ao longo da minha jornada. Será que elas são verdadeiras? Será que causei danos a alguém, ele busca vingança?
            No entanto, é justamente nesse turbilhão de incertezas que sinto uma intuição avassaladora, algo que pulsa dentro de mim com uma força extraordinária. Estou pronto para enfrentar uma conversa difícil que adiei por tanto tempo, ansioso para que ela ocorra de maneira madura e esclarecedora, antes do fim do dia. Sinto que carrego planos promissores comigo, como sementes de possibilidades florescendo na minha mente. Vou compensar todo o mal que causei ao próximo.
             Nesse redemoinho de emoções, devo respeitar minhas suspeitas e intuições, mesmo que às vezes elas alimentem preocupações desnecessárias. Mais do que tudo, chegou a hora de resgatar meu lado criança, aquele ser brincalhão que se perdeu nas obrigações da vida adulta. Agora, mais do que nunca, é o momento adequado para encarar o que está por vir. Como dizia Niccolo Tommaseo, "o homem que não é educado pela dor será sempre uma criança".
            Uma coisa é certa: quando chegar minha vez, quando eu for chamado para contribuir para a sociedade, vou agir com civilidade em busca do bem maior. Mais cedo ou mais tarde, serei envolvido em alguma atividade com impacto na comunidade ao meu redor. É nesses momentos de reflexão que ecoam as palavras de Friedrich Nietzsche: "A maturidade do homem consiste em recuperar a seriedade que tinha no jogo quando era criança". Vou pagar minha dívida social com juros!
           Hoje, aprendi que nossas intuições podem ser um guia importante em nossa jornada pela vida. Devemos ouvir nossos pressentimentos e buscar compreender as mensagens que eles nos trazem. Também percebi que, apesar das dificuldades e responsabilidades, é essencial manter viva a criança que existe dentro de nós, com sua leveza e capacidade de se entregar ao jogo da vida. Ser um cidadão significa agir de forma responsável e respeitosa, contribuindo para o bem-estar da comunidade. A maturidade está em encontrar o equilíbrio entre seriedade e alegria.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/11/2016

Reeditado em 17/03/2018

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domingo, 11 de março de 2018

O DESPERDÍCIO DO BELO NO INFERNO E DO FEIO NO CÉU ("Acredito que estou no inferno, portanto estou nele." — Arthur Rimbaud)



Crônica

O DESPERDÍCIO DO BELO NO INFERNO E DO FEIO NO CÉU ("Acredito que estou no inferno, portanto estou nele." — Arthur Rimbaud)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           E assim, diante do espelho, em meu quarto de casal, mergulhei em uma profunda reflexão sobre a beleza e a feiura. Às vezes, surpreendentes tesouros são desperdiçados em lugares sombrios, enquanto joias menos evidentes se encontram em ambientes iluminados. Imagine, por um instante, um brinquedo incrível caindo num lugar sujo, como se algo belo fosse jogado em meio à feiura. Agora, pense em um amigo que não chama atenção pela aparência, mas que é gentil e amigável. Essa pessoa pode ser como um presente celestial, com virtudes que brilham além das aparências. É crucial enxergar além dos véus da superficialidade e valorizar o que realmente importa.
           E então moro aqui, unido a uma mulher que muitos chamariam de feia. Mas, justifico-me afirmando que a beleza é um vazio sem significado verdadeiro, ela já causou sofrimento a tantas pessoas, não contribuindo para relacionamentos duradouros. Na realidade, frequentemente traz mais problemas do que prazeres. Além disso, beleza não é sinônimo de bom caráter. Com frequência, almas corrompidas habitam corpos perfeitos, revelando sua verdadeira face, quando já é tarde demais. Mulheres bonitas podem ser arrogantes, sedutoras, egoístas e gastadoras. E os maridos, envolvidos pelo ciúme, se veem obrigados a sustentar suas extravagâncias. Então, à minha esposa feia, digo-lhe: "Beleza não vale nada e depois não dura. Você nem sabe a sorte que tem de ser feia. Assim quando alguém simpatiza contigo, já sabe que é por outra razão" (Charles Bukowski).
             Após essa reflexão, compreendo que a verdadeira essência das pessoas transcende o olhar superficial. Devemos buscar a beleza interior, as virtudes nobres e os valores autênticos. A aparência física é efêmera e ilusória, mas as virtudes de uma pessoa são eternas. Não nos deixemos levar pela superfície e, sim, valorizemos o que realmente importa: o caráter, a bondade e a compaixão. É nessa essência que encontramos a verdadeira beleza, capaz de iluminar nossa vida e tocar o coração daqueles ao nosso redor.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/11/2016

Reeditado em 11/03/2018
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sábado, 3 de março de 2018

A SALA DA COORDENAÇÃO E A REFLEXÃO NECESSÁRIA ("A competência sem autoridade é tão importante como a autoridade sem competência." — Gustave Le Bon)


Crônica

A SALA DA COORDENAÇÃO E A REFLEXÃO NECESSÁRIA ("A competência sem autoridade é tão importante como a autoridade sem competência." — Gustave Le Bon)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Por acaso, fui à sala da coordenação durante uma aula vaga. Confesso que não tinha grandes expectativas de realizar algo útil naquele momento. Afinal, que utilidade pode haver em visitar uma sala cheia de problemas e tensões? Pairava no ar um misto de medo e desconfiança, mas resisti com certo capricho, curioso para ver o desenrolar daquela discussão.
            A coordenadora estava trazendo um aluno resmungão à sua sala. Ela decidiu suspender o aluno por três dias e pediu para falar com a mãe dele. O aluno, de maneira arrogante, ligou para a mãe e a ordenou que viesse à escola imediatamente. Ele colocou o celular no viva-voz, determinando que a coordenadora falasse, mas não tocasse no aparelho.
            Aos gritos, a coordenadora tentava explicar à mãe o motivo da convocação, porém era constantemente interrompida e desmentida pelo aluno. Por isso, a suspensão foi aumentada para quatro dias e a situação começou a se deteriorar. Eu decidi permanecer ali como testemunha, mesmo tendo ressalvas em relação à coordenadora.
           Após cerca de dez minutos, a mãe do aluno chegou, agravando ainda mais o desequilíbrio na discussão. A cena se assemelhava a um 7x1, assim como aquele fatídico jogo entre Alemanha e Brasil. Descrever todas as sensações e motivações daqueles momentos de desrespeito seria uma tarefa impossível até mesmo para um cronista como eu: veterano. 
           Para finalizar o embate, a coordenadora entregou o atestado de suspensão para a mãe assinar, mas o aluno gritou para que ela não o fizesse. Mais agressões verbais foram trocadas e saíram prometendo que não deixariam aquilo assim... Era triste, e, mais ainda, intrigante, observar a reação da mãe e o desfecho daquele caso. No final das contas, o aluno voltou para sua sala como se nada tivesse acontecido. 
           Aquele rapaz foi um dos meus piores alunos do ano passado e sua mãe também havia sido minha aluna naquela mesma escola. Quem estava errando? Por um instante, cheguei a questionar minha própria responsabilidade naquela situação. Será que eu não os ensinei adequadamente?
            Em seguida, as funcionárias da limpeza correram com água e açúcar para acalmar a tensão. A coordenadora exibia mãos pálidas e trêmulas, claramente abatida e envergonhada. Ela me disse: "Isso é para você ver o que nós passamos aqui, os professores precisam nos ajudar, fazendo relatórios!" Naquele momento, senti a confirmação de minha culpa e fui atingido por um sentimento avassalador. Quantos relatórios eu negligenciei em minha trajetória! Agora era o momento de sair daquela sala.
           O ensino público atravessa uma crise, com muitos outros alunos problemáticos que continuam a causar transtornos. A falta de autoridade de quem dirige é notória. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 24/02/2018

Reeditado em 03/03/2018

Código do texto: T6263206 

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