"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

PROFESSOR GOOGLE, O DESEJADO DE TODAS AS NAÇÕES ("A menos que seu nome seja Google, pare de agir como se você soubesse de tudo." — Eduardo Costa)

 


 


PROFESSOR GOOGLE, O DESEJADO DE TODAS AS NAÇÕES ("A menos que seu nome seja Google, pare de agir como se você soubesse de tudo." — Eduardo Costa)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma vez, no tempo que chamamos de "velho normal", quando o celular era visto como um intruso na sala de aula. Eu me lembro de ouvir os professores dizerem: "Respeite os mais velhos, eles passaram na faculdade sem Google!" E assim, o aluno que não conseguia se separar do seu aparelho era prontamente retirado da sala.

Mas então, veio o "novo normal", e com ele, uma reviravolta de 180º. Agora, o aluno que não traz o celular para a aula é excluído! Isso me fez perceber que as convicções que antes eram defendidas com tanta certeza, eram apenas ilusões. As circunstâncias, afinal, moldam a escola.

No entanto, a luta continua. Em São Paulo, por exemplo, já estão querendo voltar a repressão, confiscando os aparelhos novamente. Isso me faz pensar: será que estamos realmente evoluindo?

E eu vou mais longe, questionando se algo realmente deu certo no sistema educacional até agora. A evolução chegou através do SIAP (Sistema Administrativo e Pedagógico), o professor que antes digitava apenas a nota do aluno, agora é obrigado a digitar as questões que ele acertou, uma por uma; Caed avaliação. E todas as inovações? O Novo Ensino Médio, a ressignificação, a chamada eletrônica, a inclusão social e digital, o ensino integral, Palma da mão; Pia; Netescola; PDE; Fortalecimento da EJA; Média 6,0; 209 dias letivos; Merenda em casa; LDB; Itinerários Formativos; Trilhas de Aprofundamento; etc... Todas se perderam, deixando o buraco ainda maior. Eram apenas remendos novos em tecido velho.

A verdade é que o sistema educacional se tornou um cabide de emprego. Quem entra e quer se dar bem, inventa algo supostamente novo e impõe para justificar sua função. Ou então, se submete "escravamente" às inovações, jogando-as de cima para baixo.

E então, veio a proposta das aulas síncronas. "Quem não pode com o inimigo, une-se a ele", pensei. Mas será que podemos realmente competir com o YouTube? Um aluno inteligente deixaria o conforto do lar, aos pés do Google, para se arriscar à violência das ruas e assistir a uma aula presencial de um professor que utiliza o Google?

No final das contas, o remédio ficou para trás. Tudo se conserta quando o cachorro volta o vômito, a comida não mais o intoxica. Como dizem os especialistas em "bosta": "quanto mais se mexe, mais fede!"

E assim, eu me pergunto: será que estamos realmente aprendendo com nossos erros, ou apenas repetindo-os em um ciclo interminável? Talvez a resposta esteja em olhar para trás, para o "velho normal", e entender que nem tudo que é novo é necessariamente melhor. E talvez, apenas talvez, a verdadeira evolução esteja em aprender a equilibrar o velho e o novo, em vez de simplesmente descartar um pelo outro. Porque no final das contas, a escola é feita de pessoas, e pessoas são mais do que apenas números em uma tela. Elas são seres humanos, com sonhos, esperanças e medos. E talvez, se começarmos a ver a educação dessa maneira, possamos finalmente começar a fazer a diferença.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

O AMOR VENCEU ("O Homem perde o poder, quando é contaminado pelo sentimento de piedade." — Friedrich Nietzsche)

 


O AMOR VENCEU ("O Homem perde o poder, quando é contaminado pelo sentimento de piedade." — Friedrich Nietzsche)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Os professores estão fracos e menos acadêmicos! Ser o profissional ideal da educação é ser piedoso? No novo normal, é assim: A frequência vale nota. Como assim, se as aulas são não totalmente presenciais? Faz de conta que a movimentação do aluno na internet através dos "link" recomendados conta como presença! E se ele tem participação efetiva virtualmente, mas não entrega as atividades propostas, vai ser promovido? Com certeza! Se não, como justificar uma possível reprovação, com tanta divergência, ou melhor, tanto amor! Mesmo entregando atividades com erros e descuidos: estava presente virtualmente, está valendo.

            A verdade é que não se controla o aluno quando o curso é a distância! Quando (onde ?) as mentiras são facilmente justificáveis. Aí, no mês do azar, agosto pandêmico, o pagamento da maioria dos professores do Estado veio errado, prejudicando-nos; ninguém erra para nos beneficiar. O contracheque de  quem errou não está errado, ele se beneficia de alguma forma. E qual é o benefício da piedade? Tudo nesse magistério nos ensina amar, perdoar e ser resiliente: Escola é escola.  CiFA

domingo, 29 de janeiro de 2023

A EDUCAÇÃO É "IMBIRA". ("Se queres ser cego, sê-lo-ás." — José Saramago)



A EDUCAÇÃO É "IMBIRA". ("Se queres ser cego, sê-lo-ás." — José Saramago)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A partir de minhas vivências nas escolas, pensando no Velho Normal, quando a prova servia, sim, para avaliação de quem a elaborara. Aliás, só servia para isso. O aluno tinha que passar de qualquer jeito. Se eu desse uma nota baixa a um aluno qualquer, teria de lhe dar um trabalho cobrindo essa nota; eu me castigando como se fosse minha a reprovação deles. Os pedagogos do governo chamavam esse método de dependência curricular.  

            Agora sei que cada professor age inusualmente ante ao mesmo fato,  porque interpreta os estímulos de forma particular, conforme o caráter já estabelecido, havia quem gostava dos resultados. Não me acostumei ainda com essa prática que transcende para o Novo Normal, os modernos e atualizados também aprovam as estatísticas bonitas, enfeitadas com números irreais.  Por isso, estou triste, amarrado de corda, minha alma está procurando uma saída, cura e subsídio. Ou melhor, estou numa crise profissional, doença do espírito e preciso dos medicamentos corretos. Estes medicamentos podem ser um conselho, um amigo, uma mão estendida, enfim, podem ir além de coisas materiais e palpáveis. Mas, o Mário Quintana desanimou-me mais ainda: "Não tenho vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios e não morrem nunca..." Não queria ofendê-los, são palavras dele que me servem agora de desabafo. Pois que meu senso de prejuízo está bastante elevado!

           Mas, não vou ainda me descuidar dos interesses coletivos e quero me mostrar colaborativo. Venha você me ajudar a desatar alguns nós cegos desse sistema educacional, lendo e divulgando minhas crônicas já está fazendo o papel de colaborador. Minha intenção é ajudar a melhorar. CiFA

Não se bate em professor nem com uma flor — POR EBERTH VÊNCIO

 


Não se bate em professor nem com uma flor

Papo de quem está ficando velho: sou de um tempo em que os alunos se apaixonavam pelos professores. No duro. Tipo curtir dor de cotovelo, chorar pelos cantos da casa ou pensar em se matar no jardim de infância. A primeira paixão arrebatadora foi por minha mãe que, aliás — pobre coitada! — era também uma professora de escola pública, em cujas tetas ptóticas combalidas armei acampamento para sugá-la como um parasita durante meses a fio. Nada é tão bom que dure para sempre. Então, num triste dia, acabou a mamata e fui obrigado a migrar para mamadeiras de piroca, ou melhor, para mamadeiras de plástico preenchidas com leite de vaca em pó e farinha láctea. Nada mal o sabor, embora, incomparável às chupetas anatômicas da minha progenitora.

A segunda paixão foi pela professora do segundo ano do ensino fundamental que, naquela época, era chamado de ensino primário. Pastores ainda não tinham criado a falácia do kit gay. Primariamente, no auge dos seis anos de idade, eu planejava me casar com ela e vivermos felizes para sempre, sem o rigor do horário, sem os castigos pedagógicos e sem as famigeradas lições de casa. O sentimento famélico girava resoluto numa esfera extra-láctea eminentemente platônica. Mas, alegria de pobre — todo pobre sabe — dura pouco. Meu sonho de concubinato precoce ruiu ao receber o trágico comunicado de que a musa escolástica era casada com um engenheiro florestal com cara de malvado.

Foi lenha para mim. Me deu uma vontade danada de derrubar uma árvore, mas, eu era apenas uma criança, não tinha aprendido a devastar com os mais velhos. Mesmo assim, por birra, pisei numa roseira e suportei a dor da traição — e do espinho fincado no pé — com a galhardia de um menino. Vieram outras paixões platônicas, 98% delas não correspondidas — graças a Deus, ou alguém acabaria acusado de pedofilia contra mim — nada tão forte, contudo, que se comparasse ao amor que eu sentira pela gaga pedagoga. Os anos se passaram como um estouro de boiada sobre a floresta amazônica. Eu cresci e o mundo cão se apresentou para mim de forma compulsória, aterradora.

Tem poucos dias, encontrei-me com uma amiga, uma poeta que trabalha como professora, tatuadora e digital influencer — afinal, nenhuma pessoa, por mais influentes que conheça no círculo social, consegue sobreviver de vertigem, de literatura e dos enfadonhos recitais de poesia falada — a qual migrou recentemente para uma pequena cidade turística do litoral nordestino, “um pedaço do paraíso”, como ela gostava de dizer só para humilhar e passar vontade em quem morava no calorento cerrado goiano. A moçoila contou-me que o casebre onde residia estava sofrendo uma série de atentados violentos na calada da noite. Os vândalos já tinham feito algazarra, soltado rojões, defecado sobre a calçada, pichado o muro da casa, quebrado o portão a pontapés e, até mesmo, arrancado as flores do jardim. Lavar toda aquela merda, pintar o muro e soldar o portão, ainda ia, tudo bem, era coisa que se arranjava; agora, recolher as flores murchas — coitadinhas! — e jogá-las numa lata de lixo era de partir o coração de uma mulher sensível que amava as plantas e os animais. Isso talvez explicasse o fato de preferir morar sozinha.

Os ataques aconteciam de madrugada. Tudo de forma muito rápida, misteriosa, sem deixar pistas. A polícia civil fora avisada dos graves fatos ocorridos, mas, o delegado parecia um tanto letárgico, indolente e pouco disposto a desperdiçar o próprio tempo com ocorrências de natureza fútil, levando-se em conta que ninguém, além das plantas, havia se ferido. A priori, a moça não possuía inimigos na cidade. Não que soubesse. A professora de olhos agateados, de tez apecegada e de elevada envergadura poética — alguém por quem, não apenas crianças de seis anos, mas, marmanjos e marmanjas experimentados cairiam facilmente em miséria — confidenciou-me que estava com medo de ser ferida ou coisa pior.

Esperava-se uma reunião extraordinária para os próximos dias, envolvendo a doce docente, o ordinário secretário municipal de educação e o próprio prefeito. Entretanto, corria à boca miúda pelos corredores da escola que o boçal chefe do executivo andava fulo da vida ao saber que a professora não era flor que se cheirasse, pois, andava metida com aquele pessoal de esquerda e, fazia tempo, mostrava-se afeita às causas sociais dos menos favorecidos, um comportamento solidário de provável cunho revolucionário, comunista, que ele considerava, não apenas terrivelmente democrático, como impróprio, incompatível com o cargo de educadora de crianças e de adolescentes. O prefeito suspeitava, então, de perseguição política dos cristãos da extrema-direita, já que a moça, declaradamente ateia, andava colocando as asinhas de fora ao botar minhoca na cabeça dos estudantes.

Na minha época — odeio utilizar este preâmbulo —, os alunos presenteavam os professores, não com as maçãs vermelhas dos filmes enlatados norte-americanos, mas, com as frutas tropicais de época, os perfumes baratos em promoção imperdível, as bijuterias artesanais confeccionadas com miçangas em domicílio e outros mimos de valor venal irrisório, mas, de rico significado afetivo. Hoje, numa escala infernal crescente, inúmeros professores sofrem ameaças de alunos relapsos e de seus responsáveis irresponsáveis. Isso sem considerar que alguns estão apanhando em plena sala de aula, numa selvageria sem precedentes até mesmo nos filmes do Tarantino.   

Ando abismado, perdido. Por favor, não me sigam. Penso que deve haver um excesso de deus vingativo no coração dessa gente energúmena, para explicar tamanho fanatismo, além do tacanho fundamentalismo religioso e da apologia à ignorância enquanto falta de cultura. Nunca antes na história do metaverso, ou melhor, nunca antes na história do universo, o culto à mentira e o prazer pela desinformação estiveram em tão alta estima por parcela considerável da sociedade. Trata-se de um fenômeno cosmopolita certamente estimulado pela alta conectividade que nos afasta e nos brutaliza. Tá difícil de entender certas coisas, quem dirá, explicá-las para quem, definitivamente, não está nem um pouco interessado em aprender.

Prometi à professorinha visitar o seu aconchegante cafofo de praia durante a próxima temporada de férias, quando tramaremos versos contra a bruteza dos ímpios. Ela insinuou que vai ter suco de caju, dentre outras iguarias da estação. Tenho a impressão de que serei tratado, senão, antes, como um poeta amigo, como um professor dos velhos tempos de escola. 

*Essa é uma história real baseada numa fake news compartilhada.

https://www.revistabula.com/58471-nao-se-bate-em-professor-nem-com-uma-flor/?fbclid=IwAR2Nu95SfwHDqy0icxGcVOsUf-qdQ_QGJjOcm1sU_se13STh_zE6QJApbcA

DIÁLOGO TEATRAL ("Minha vida é este monólogo teatral sem comédia e com falhas coesivo-textuais." — Alysson Augusto)

 


DIÁLOGO TEATRAL ("Minha vida é este monólogo teatral sem comédia e com falhas coesivo-textuais." — Alysson Augusto)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Para forçar o retorno às aulas presenciais, as escolas adotaram o tal hibridismo. Funcionava com os alunos escolhendo se  queriam assistir às aulas virtuais ou presenciais. Era esquisito porque  poucos iam à escola. Então, as coordenadoras juntaram os alunos de cinco terceiros anos em uma única sala, totalizando 20 alunos mascarados e higienizados. Os professores que ministraram qualquer disciplina naquela sala mista trabalharam 40 minutos, depois teriam de repetir a aula virtualmente, síncrona e assíncrona para os que não vieram.

            Há  desorganização por causa da emergência, por isso, houve também discórdia entre todos. Fez-se muita injustiça em desfavor do professor e dos alunos. Uma aula naquela sala valia por cinco, então terminava cedo, mas  os professores teriam que cumprir horário de plantão na escola, ali preso até o último sinal, uns esperando pelos outros. E o diálogo se travou assim:

PROFESSORA: — Se já dei uma aula para todas as turmas reunidas em uma sala, então uma valeu por cinco, pois minha responsabilidade do período já está cumprida segundo minha carga horária. Sou modulada nas turmas, às quais dei minha aula.

COORDENADORA: — Mas, você só contou uma vez a "piadinha". Então, terá de fazer aula on-line no tempo que lhe sobrar.

PROFESSORA: — Eu ganho é por hora-aula não hora-relógio. E já extrapolou minha carga do dia.

COORDENADORA: — Mas, você terá de cumprir horas-atividade na escola, você ganha por elas.

PROFESSORA: — Não posso ficar até meio-dia, sugiro que filmem minha aula para que os de casa possam assisti-la em tempo real, assim não preciso planejar duas naturezas de aula com o mesmo assunto, pois minha obrigação são cinco aulas por período.  

COORDENADORA: — Numa aula síncrona se usa aplicativos e recursos das mídias para tornar a aula atrativa. Precisa-se de tempo para isso, eis a razão da permanência na escola, preparando. 

           Aí, blá blá blá... O grupo do VALEU CINCO ganhou o direito de sair mais cedo, alegando o seu desgaste ser maior nas salas juntas.  

           A consciência limpa dos Severinos é uma bênção. 

sábado, 28 de janeiro de 2023

A CULPA É DAS PANDEMIAS? ("Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza." — Mahatma Gandhi)

 


A CULPA É DAS PANDEMIAS? ("Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza." — Mahatma Gandhi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu acredito em um apagão na Educação não por falta de professor, contudo por falta de boas circunstâncias. Quando os de lá perceberem que o sistema da escola obrigatória não serve mais nem para "cabide de emprego", a restituição acontecerá para as vítimas. Então, abrir-se-ão processos e mais processos indenizatórios contra o sistema, até aluno alegando ter sido iludido com a propaganda enganosa que se prospera somente com diploma. O Lúcifer já tinha dito que o diploma não encurta a orelha de ninguém.

            Na verdade, será o alunado, pressionado pelas medidas da pedagogia moderna, quem vai dizer a hora certa. Como poderão os Funcionários estar bem empregados, se os clientes não se importam com o serviço prestado? Pois, há professor demais e aula abundante; contudo, as boas condições de menos. São muitos os insatisfeitos com o que está acontecendo; porém, o cachorro que se preza não larga o osso. Ouço muito, os professores reclamando de sua sobrecarga, e a diretora, dos muitos encargos; entretanto, esta se recandidata na próxima eleição.

           Nisso, a formação da carga horária do professor, na maioria das vezes, é completada facilmente segundo critérios politiqueiros da gestão: apadrinhamento, vingança ou medo. Ela quer ganhar novamente. Se assim não fosse, não teria pedagogas no Ensino Médio lecionando: Filosofia, Artes, Religião, Espanhol, Sociologia e até Educação Física. A culpa é das Pandemias... Ou minha, que profetizo estas coisas? Olha o Salomão de novo: "Quando os perversos sobem ao poder, o povo se esconde; mas quando eles encontram a destruição, os justos florescem!" (Prov. 28:28) (cifa.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

DEMÔNIOS E ENDEMONIADOS EM UM LUGAR COMUM ("Ainda hoje tem gente escolhendo a porcaria, no lugar da salvação!" — Cláudio Peixoto)

 


DEMÔNIOS E ENDEMONIADOS EM UM LUGAR COMUM ("Ainda hoje tem gente escolhendo a porcaria, no lugar da salvação!" — Cláudio Peixoto)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Quando estou entre os porcos, eles pensam que sou um deles. Se  estou em um lugar parecido com um chiqueiro, os espíritos de porco pensam que sou "espírito de porco", até aí, não me incomoda, pois eu, baseando-me em mim, em outro lugar civilizado, também fico pensando sobre eles serem gente civilizada. Porém, entristece-me bastante, quando não sou compreendido. Os rios não compreendem o mar com tanto sal sem morrer de sede.             

A metáfora se cumpre, quando me vem alguém que nem sabe lecionar, ensinar-me a lecionar. Se me vir na euforia da sala de aula, sou tachado de sem domínio de sala, como se os alunos precisassem ser dominados do jeito que as igrejas pretendem controlar seus membros endemoniados. Já nem sei mais se a beleza está mesmo nos olhos de quem vê. Parece-me que se encaixa melhor com a ideia o clichê: "a coruja elogia o toco que dorme".  Este é o procedimento didático que adoto há anos, incompreendido, porque as coordenadoras pedagógicas não conhecem a metodologia platônica; nos cursos de pedagogia não estudam filosofia: "Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição natural de cada um." (Platão ). Os simulados valendo nota não é brincadeira. (CiFA

EU DESISTO ("Se descobrirmos que não podemos ajudar os outros, o mínimo que podemos fazer é desistir de prejudicá-los." — Dalai Lama)

 


EU DESISTO ("Se descobrirmos que não podemos ajudar os outros, o mínimo que podemos fazer é desistir de prejudicá-los." — Dalai Lama)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Refletindo sobre o rodízio letal da covid-19, varrendo os pecadores vorazes da terra, confirmei que quem está na chuva tem que se molhar, também nasci para morrer. Que é uma pena, já depois de tantos reveses vencidos e tanto empenho na sobrevivência! Deus não iria me curar do câncer só para me aposentar E morrer inutilmente. Tenho uma missão: Ser mais uma lição de vida e o exemplo de morrer EM PAZ para este mundo dos anjos caídos.

Então, ainda envolvido com as causas materiais, sinto-me pressionado por resultados e lucro. Talvez devo reformular métodos de trabalho mais suave ou reconsiderar prazos sem sair do padrão e da qualidade esperada. A obra continua, o momento é promissor para rever minha rotina e hábitos, ajudando-me a romper com padrões que estejam deixando meus dias cansativos e pouco produtivos. Fazendo o balanço dos acontecimentos, vejo-me nas circunstâncias de Elias e na pele de Bob Marley concomitantemente. A Bíblia nos diz: “Ele ficou com medo.” Será que Elias visualizou a morte terrível que Jezabel planejava para ele? Se ele ficou pensando nisso, não é de admirar que tenha sentido medo. Seja como for, Elias ‘foi embora pela sua alma’ — ele fugiu para salvar a vida. — 1 Reis 18:4; 19:3.

Confesso, lutei e tentei fugir, mas ainda não consegui! "Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer" (Bob Marley).

Eu não vou desistir facilmente, OU DEVO FUGIR PARA SALVAR MINHA ALMA? CiFA

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

PARA VIVER MUITO... ("Homem de grande paz, homem de muita vida; para viver, deixar viver". — Baltasar Gracián y Morales)

 


PARA VIVER MUITO... ("Homem de grande paz, homem de muita vida; para viver, deixar viver". — Baltasar Gracián y Morales)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Uma das minhas muitas alegrias de ser velho é poder assistir aos meus inimigos, que queriam ir para o céu, tentando me corrigir duramente; sendo tragados pelo deus Kronos aos pares; com certeza, o inferno tem mais interesse em nós que o céu. Não é vingança, é amar o próximo como a si mesmo!

          Como pode alguém ter nascido para morrer e não ter sido útil a ninguém? Nesse caso,  até a morte é uma maldição. Quem de nós não deseja a morte dos nossos inimigos? Minha oração é que eles morram logo, tome posse desta maldição que a lei da causa e efeito lhes atribuiu. Enquanto isso, eu vou morrer de viver! Talvez só assim a vida tenha sentido em si, Assim estou na bênção de Gilmar Pereira: "...seu transbordamento encha o coração de alegria".

          Não existe vida após a morte, por isso preciso aproveitar cada dia aqui para ser feliz. Agora falo de intensidade... E a maldição do morrer quero depois. Pensando na longevidade, fujo do estresse. Que eu vá por último, quero ainda ensinar para os jovens que a vida tem sentido em si mesma, sendo longa e intensa. A extensão de minha existência chama-se vida útil e prestativa, porém, o resto é morte. CiFA