"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 26 de maio de 2017

PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)


CRÔNICA

PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Era dia das eleições, saí para votar. Esse é um dia muito importante para fortalecer a cidadania. E, logo eu irei empreender uma viagem acertada novamente; escolher meu presidente. Daquela vez, fui escolher um vereador que me representasse por 4 anos, prefeito também me preocupava muito, era uma "bendita" obrigação! Mas, no momento, estou acometido por uma ansiedade descomunal, pelo desejo de fazer a diferença. Não vou negar que é um bom dia para indecisões também, mesmo que o desafio seja superar a dúvida, ela nunca acabará. Preciso de um distanciamento emocional e muita frieza para não ser dominado pelas emoções. Ainda que os interesses individuais falem mais alto, convém dispensar alguma atenção à coletividade, a fim de contribuir com a harmonia geral. Diz o senso comum que não se pode perder o voto. Isso já vem ocupando a minha mente: nada mais coerente do que conferir as pesquisas de intenção de voto! São confiáveis? Naquela votação, depois de tudo, cheguei diante da urna e o "00" gritou muito forte. Aliás, anularam-me na autenticação de minha presença. Espero que minhas digitais funcionem desta vez. 
             No fim do dia, após a comoção do pleito político, já na apuração, senti-me de alma lavada, cumpri o meu dever da parceria, pois tinha ido até o local de votação patrioticamente: compromisso cumprido
           Nessas ocasiões, sei que algumas perdas posso sofrer, ainda mais, com essa confissão; a ideia é de limpeza, pois o sabão leva restos de pele também. É uma dor necessária para quem confiou em mim! Lamento, eu perdi mais uma oportunidade! Como assim dizer, votei nulo, a urna eletrônica me ajudou, pois o mesário usou as digitais dele para abrir minha oportunidade, ou melhor, para desbloquear a urna para minha vez, por que os meus dedos não foram reconhecidos, então já que estou nulo, eu "anulei" meu voto, pois também, tinha minhas "digitais" discriminadas, quem escolhi para votar, era um ex-aluno, crendo que um professor deixa marcas profundas e duradouras; então, ele serve para me representar.  
            Deixemos de "gracinha", apenas estou com vergonha de dizer que votei deliberadamente no "Laranjinha"! Envergonhado não pela pessoa que ele é ou pela política que desempenha, mas pelo o resultado das urnas. Perdemos! Amanhã, estaremos mais maduros! Vamos procurar extrair o melhor dessa fase, principalmente satisfação pela vida que continua. Estou me certificando de que a pressão emocional não irá mesmo impedir-nos do sucesso no próximo pleito. Estamos juntos.  
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016
Reeditado em 26/05/2017
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domingo, 21 de maio de 2017

O DESASSOSSE(GADO) ("Hoje mergulho no desassossego! Vou solitário, individualista... na busca de uma revolução que seja só minha." — Kléber Novartes)



Crônica

O DESASSOSSE(GADO) ("Hoje mergulho no desassossego! Vou solitário, individualista... na busca de uma revolução que seja só minha." — Kléber Novartes)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            O tempo passa descontroladamente, por isso passou rapidamente aquela sexta feira prenúncio de um "gostoso" final de semana, como disse Nelson Rodrigues: "Sexta-feira é o dia em que a virtude prevarica".  E daqui, olhando para trás, vejo o outro lado de mim, junto aos meus inimigos vencidos querendo se divertir comigo, mas estou bem à frente. Ali, também, ficou minha musa, ainda que não me acompanhasse, está fazendo sinal de me espere ou simplesmente me mostrando o dedo do meio, talvez ficará por lá este fim de semana e outros mais. Depois, se me alcançar, voltará a me atormentar. Então, eu cá na solidão, do meu lado bom, procuro uma parceria que me ofereça a estrutura e a confiabilidade que tanto preciso para ser eu como um todo. O futuro me aguarda como sou, mas preciso crescer, recuso as concessões dele, quero dignidade! Embora as preocupações tenham também de estar presente, há uma maturação importante associada à superação de dificuldades. Disse Aristóteles: "O homem solitário é uma besta ou um deus". Eu sou um deus besta! Gosto da solidão, ela me faz bem! Preciso de melhor concentração para agir com a vida diária de forma reconstituinte. Vai ser preciso muitos finais de semana profícuos! 
            Agora mesmo, eu queria dar mais atenção para quem eu gostaria de amar. Mas, nunca amei ninguém e estou perdido! Apenas me sobrou a faísca do egoísmo de poder pensar só em mim mesmo! Pois, ainda, não foi possível conciliar as duas coisas: o amor a mim e aos outros, o passado e o presente; por isso, preciso desenvolver minhas habilidades e trazer à tona todo o meu potencial urgentemente. Quem sabe, encontrar-me novamente na porta de sua casa! E lhe dizer que estou consciente de meus limites e potencialidades, pedindo a sua mão. Tudo que vai, volta; o que sobe, desce. Tudo ciclicamente recomeça. 
           Todavia, mais antes, não tivesse tirado um momento para aprofundar esta reflexão acerca das experiências desassossegantes: Enlouquece-me a multidão. Não me realizo nem na vida pública e nem na vida privada. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016
Reeditado em 21/05/2017
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domingo, 14 de maio de 2017

DESCANSO SABÁTICO SEM RELIGIÃO ("É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói..." Renato Russo).



Crônica

DESCANSO SABÁTICO SEM RELIGIÃO ("É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói..." Renato Russo).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Entardeceu o sábado, dia do senhor, mas para o professor é "dia letivo", isto é, dia de trabalho. Não posso estragar a espiritualidade de ninguém com a minha espirituosidade, fui ser profissional, apesar de chegar atrasado. Embora seja um encontro com as mães da escola, tudo apontava para um período de complicada convivência com a forte personalidade das pessoas mundanas; e, portanto, gestão de conflitos é preciso. Logo na entrada, vi uma mãe brigando com a porteira servente, porque o portão estava fechado, ela chegou cedo demais. Porém, fiz a intercessão, em vez de bater de frente e me envolver em disputas, fui buscar a unidade em prol de interesses comuns. Geralmente, no sábado, aparece algum bêbado pedindo atenção e cuidado, que faz do mesmo um dia missionário, mas não foi o caso. E, da mesma forma, tomei cuidado para não exigir demais; nem de mim, nem dos outros. Não quis ser mais um de personalidade forte, intransigente... E não me venham, os mal intencionados, falar "fezes", pois estou com a paciência curta!
            Ainda, hoje, mesmo estando em companhia dos colegas de trabalho e distante do meu aconchego, minha casa se revelou mais atraente e prazerosa, um oásis de descanso e diversão solitária. Normalmente, gosto deste ambiente doméstico, mas, pensando bem, trabalhando secularmente no sábado, como na agitação dos outros dias da semana, não faz a diferença. Todavia, se um lar é pessoas se confraternizando, só posso usufruir dum lar desse jeito no trabalho. Sendo assim, o dia valeu a pena. Não por muito tempo, e viva este sábado no esquecimento!
          Lembrando do final do período matutino, recebemos a visita de um fiscal da Secretaria de Educação para verificar a realização dos trabalhos credenciadores do dia letivo. Por que os profissionais das unidades escolares precisam ser vigiados num dia como esse que tínhamos compromisso com as mães, pois era a comemoração de seu dia! Os funcionários de uma escola nunca serão profissionais de verdade, se precisam ser vigiados como se faz a "trambiqueiros". Bastam somente os beneficiados testemunharem a nosso favor. A avaliação ideal é feita por quem? Então, disse uma Mãe que esteve presente, não daquelas "barraqueiras", mas Dona Leila Maria: "Hoje de manhã estive na festinha das mães, na escola, confesso que fiquei apaixonada pela organização dos gestores e professores em pleno sábado de manhã, fazendo festa para nós mães! Fiquei super feliz em saber que meu filho está numa escola muito boa, organizada; tem ordem. Devemos dar valor nas pessoas que fazem as coisas para gente com tanto carinho e atenção. Quero agradecer aqui imensamente Siderlândia Lauro, Edileusa Soares de Souza, Ronne Santos, Claudeci Andrade, senhor Ramiro, Wagner, Alba, Regina Célia Ribeiro e demais pessoal da escola João Pereira dos Santos, obrigado pela competência de vocês, estava tudo muito lindo e perfeito, sinto-me feliz em fazer parte dessa família, quem não foi, perdeu, estava maravilhoso."
           É por essas e outras tantas razões que não precisamos ser vigiados, policiados, controlados e observados com desconfiança. Protejam-nos somente dos marginais.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016
Reeditado em 14/05/2017
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sexta-feira, 5 de maio de 2017

PROFESSORES A FACADAS ("O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente." — Mahatma Gandhi).



Crônica

PROFESSORES À FACADA ("O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente." — Mahatma Gandhi).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

             Hoje, já findando a quinta-feira, e eu postando essa revoltante notícia que li no DM, que uma professora é assassinada, dentro de sua própria casa, por um ex-aluno, em Inhumas: Cleide Aparecida dos Santos, 60 anos de idade. A golpes de faca. O sujeito de 24 anos disse que decidiu matar a professora porque, anos atrás, ela teria mandado ele várias vezes para a sala da direção. (http://impresso.dm.com.br/edicao/20220825/pagina/2) — acessado dia 25/08/2022. 
            Em quase toda reunião pedagógica na escola, levei facadas, porque as palavras ferem; escuto "piadinhas" do dirigente, dizendo: — Tem professor aqui que dá aulas para "grupinho". Tomo isso mais como acusação e menos como orientação! Sempre dei aulas sim, em salas superlotadas, para quem quer estudar. A diretora condena-me por isso, mas não me diz nada coerente e funcional sobre o que fazer para conter os que estão lá para me atrapalhar. Gastar o tempo da aula, chamando a atenção dos carentes de atenção, não é muito promissor. Se colocar o aluno conversador e irreverente para fora, corro sérios riscos! E não tendo onde vão ficar, a coordenadora o faz assinar uma folha, lá, e ele retornará para aquela aula, ainda mais gabola, "com mais sete demônios": revoltado e xingando as normas da escola, a coordenadora e o professor. Então, continuo falando a todos mesmo sem ser ouvido; porém, convido os poucos que ainda valorizam a minha aula para se sentarem à frente, escutando-me bem. Entretanto, a diretora insiste em me condenar, colocando os bem-comportados nas cadeiras de trás, cedendo os assentos da frente para os indisciplinados. Será se os pais daqueles alunos bons me condenariam? E os pais dos descompromissados, dali, diriam o quê? Estes, eu sei exatamente o que diriam, pois são os mal-educados de casa, como já falei, carentes de atenção, irresponsáveis, que eu os ignoro no fundo da sala de aula, que reclamam, culpam seu professor por suas notas baixas e seus fracassos. Todavia há quem os escute, cúmplices, "direitos humanos". Quem dá esmola ao bêbado para embriagar-se é tão culpado, pela destruição dos bons costumes sociais, como o dito cujo, destruidor de si mesmo. "Ganhar sem trabalhar pode ser bom para o bolso. Mas, é péssimo para o caráter". — Antônio Ermirio de Moraes — lido no DM de 27/08/2022. ...Eu estou profetizando o colapso da escola pública há décadas, mas o sistema educacional continua enganando os alunos e a si próprio que vive bem. O pior é que eles gostam.
           O método usado pela escola para não perder aluno, não é viável à estabilidade da Unidade Escolar, porque dói mais colocá-los para fora, me indispondo com eles, correndo riscos de morte, levar facada, porque a escola que usa iscas (lanche) atrai muitos marginais, desafiadores das normas sociais e da autoridade do professor. Digo marginais, baseando-me no fato de que roubam o tempo a oportunidade, violando o direito dos outros sem nenhum peso de consciência. A escola veste qualquer um com o seu uniforme, angariando volume em suas estatísticas ou pensando em lucro, mas enquanto delinquentes disfarçados de alunos agregam em número, destroem em qualidade. Aí, somos obrigados a ministrar aulas para quem não quer, comprometendo e invalidando qualquer didática do melhor professor que seja. Não há professor bom para aluno ruim.
                      Para sabermos o futuro do sistema educacional público é só acompanhar atentamente o que está acontecendo à igreja e à família: Escárnio e moldura para programas humorísticos de sucesso.
Kllawdessy Ferreira
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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016

Reeditado em 05/05/2017

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