"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 14 de janeiro de 2012

O "RABO PRESO" TEM UM ALTO PREÇO (O maior erro do ladrão é achar que todo mundo é otário, sendo ele o único...)


Crônica

O "RABO PRESO" TEM UM ALTO PREÇO (O maior erro do ladrão é achar que todo mundo é otário, sendo ele o único...)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma vez, eu, um professor que acreditava ter vivido todas as adversidades possíveis na escola. Mas, como um bom enredo de vida, sempre há espaço para surpresas. A mais recente veio na forma de uma "pegadinha" orquestrada por duas alunas do Ensino Médio.

Num dia comum, fui convidado por elas para uma visita rápida à biblioteca durante a aula. A desculpa: Mostrar-me um livro. Enquanto me ausentava, outras alunas aproveitaram a oportunidade para alterar as anotações em meu caderno de vistos, que havia ficado na sala de aula. Marcaram a favor delas, como se tivessem direito a algo que não haviam conquistado.

Um episódio semelhante ocorreu no Ensino Fundamental. Uma aluna do sétimo ano "A" subtraiu meu caderno de anotações de dentro da minha mochila enquanto eu escrevia no quadro. A surpreendi com o caderno nas mãos, como se estivesse abraçando o próprio Capiroto, ao se afastar da minha mesa.

No primeiro caso, percebi a diferença entre os "xis" que elas fizeram e as "cruzinhas" que eu costumava fazer para validar as tarefas bem cumpridas dos alunos honestos. A tonalidade da tinta da caneta também era diferente. Ao descobrir, decidi não fazer alarde. No segundo caso, recuperei o caderno com ameaças de reprovação, mas não a reprovei. Em ambos os casos, decidi não tomar medidas disciplinares. Afinal, quem sou eu para interferir no destino delas?

A classe, incrivelmente, fingiu que nada viu. Ninguém denunciou as culpadas. Talvez por medo, amizade, cumplicidade, não sei. Mas a passividade tem seu preço, e eu estava disposto a pagá-lo, junto com os omissos.

Como no comércio, onde o comprador só paga quando recebe o produto ou o serviço, deixei que levassem o produto do furto. A dívida ficou para elas pagarem ao tribunal universal. Não fui eu quem foi prejudicado, então, quem se sentir lesado que cobre justamente o que lhe pertence. E que a justiça seja feita.

Elas vão "comer, por duas vezes, o pão que o Diabo amassou". Primeiro, por terem enganado a si mesmas tentando me enganar. Segundo, por contarem para os outros seu plágio como indicador de esperteza. Se eu me mostrasse esperto demais, "nunca enganável", aliviaria seus sofrimentos, igualando-me a elas. E a lição não ficaria completa.

Esta, sim, é a função de um professor: não querer ser Deus, especialmente nesses casos. E assim, caro leitor, encerro esta crônica, refletindo sobre os acontecimentos que vivi e transmitindo a você uma mensagem impactante: a verdadeira sabedoria está em saber quando agir e quando deixar que a vida siga seu curso, pois cada ação tem uma reação, e cada escolha, uma consequência.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Compreendendo as Situações:

Comparação: Descreva as duas situações em que o professor teve seus materiais de trabalho alterados por alunos. Quais as similaridades e diferenças entre elas?

Motivação: Qual a possível motivação das alunas para terem agido dessa forma? O que as levou a acreditar que essa atitude seria vantajosa?

2. Reflexão sobre as Ações:

Reação do Professor: Explique a decisão do professor de não tomar medidas disciplinares nos dois casos. Quais os motivos que o levaram a essa escolha?

Consequências: Que tipo de consequências, a curto e longo prazo, as alunas podem enfrentar em decorrência de suas ações?

3. Atuação do Professor:

Papel do Professor: Qual o papel do professor em situações como essas? Como ele pode lidar com alunos que tentam se beneficiar de forma desonesta?

Ensinamento Moral: Que tipo de lições o professor espera que as alunas aprendam com essa experiência? Como ele pode contribuir para que elas reflitam sobre suas ações?

4. Discussão e Debate:

Compartilhamento de Experiências: Você já presenciou ou vivenciou algo similar em seu ambiente escolar? Como a situação foi resolvida?

Dilema Moral: O professor agiu da maneira correta? Como você teria lidado com essa situação? Quais fatores você consideraria ao tomar sua decisão?

5. Considerações Finais:

Visão Crítica: Qual a sua opinião sobre o comportamento das alunas? Como essa atitude se relaciona com os valores éticos e a formação de cidadãos responsáveis?

Aprendizado e Reflexão: Que lições podemos tirar dessa história? Como ela pode nos ajudar a lidar com situações desafiadoras no ambiente escolar e em outros contextos da vida?

Lembre-se:

Ao responder as questões, utilize exemplos concretos do texto para fundamentar seus argumentos.

Reflita sobre os diferentes pontos de vista e busque construir uma argumentação crítica e consistente.

Compartilhe suas ideias com seus colegas e participe de um debate construtivo sobre o tema.

Bastante interessante suas colocações sobre o incidente! Do que conseguem ser capazes para se beneficiarem das próprias falhas, não é? Beijos...Bom dia!

sábado, 7 de janeiro de 2012

"A BRECHA DIVINA" (Sodomitas modernos — e o ânus tornou-se um órgão sexual?)



"A BRECHA DIVINA" (Sodomitas modernos — e o ânus tornou-se um órgão sexual?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Numa tarde de agosto, enquanto o sol se escondia por trás dos prédios da cidade, me vi imerso em pensamentos sobre a complexidade das relações humanas. Tudo começou com um vídeo musical que encontrei por acaso no YouTube - uma produção de funk da MC Kátia, cujo título provocador, "Dou Meu C... de Cabeça pra Baixo", me deixou estupefato.

A letra explícita e a coreografia ousada me fizeram refletir sobre como nossa sociedade lida com a sexualidade. Por um lado, há uma indústria que explora e erotiza cada centímetro do corpo humano; por outro, um puritanismo que condena qualquer expressão mais aberta do desejo. Entre esses extremos, nós, seres humanos, navegamos como equilibristas em uma corda bamba.

Enquanto assistia, um pensamento me veio à mente: qual é o poder que certas partes do corpo exercem sobre tantos? O que faz do "bumbum" um objeto de desejo universal? Lembrei-me de uma frase do filósofo Clóvis de Barros Filho: "Sentir desejos não é objeto da moral, mas sim o que fazemos com esses desejos". Quanta sabedoria nessas palavras! A moralidade não está naquilo que sentimos, mas nas nossas escolhas diante desses impulsos.

Na sala de aula, onde leciono, observo os adolescentes lidando com seus hormônios em ebulição, tentando decifrar os códigos não escritos do comportamento social aceitável. Vejo também colegas professores sendo injustamente acusados por alunos que projetam neles suas próprias fantasias e inseguranças. É um jogo perigoso de acusações e defesas, onde todos parecem ter algo a esconder.

A situação mais perturbadora que presenciei foi quando um professor de ciências, ao abordar o sistema reprodutor, foi denunciado por supostamente ser inadequado. Isso me levou a uma reflexão ainda mais profunda: por que os órgãos do prazer e da reprodução estão tão próximos? É uma piada cruel da natureza? Ou uma sugestão evolutiva para errarmos de propósito?

As religiões, que deveriam ser fontes de conforto e orientação moral, muitas vezes se tornam palcos para performances de falsa virtude. Jovens encontram brechas nas regras para satisfazer seus desejos sem "pecar", enquanto adultos pregam uma moral que não praticam. Vivemos tempos em que as fronteiras entre o sagrado e o profano se confundem.

E o que dizer da medicina e da prevenção? Até mesmo cuidar da saúde se torna um campo minado de constrangimentos e tabus. O "Novembro Azul", uma campanha nobre de prevenção ao câncer de próstata, se transforma em motivo de piadas e desconforto. É irônico como algo que salva vidas ainda carrega em si uma aura de vergonha.

Ao final desse dia de reflexões, percebi que vivemos em um mundo de contradições. Buscamos a felicidade, mas nos perdemos em regras arbitrárias. Desejamos ser autênticos, mas nos escondemos atrás de máscaras sociais. Pregamos o amor, mas praticamos o julgamento. Nossa sociedade está presa nessa dualidade entre o hedonismo e a moralidade.

Talvez o caminho para uma sociedade mais saudável e feliz passe pela honestidade - não apenas com os outros, mas principalmente conosco mesmos. Aceitar nossa natureza, com seus desejos e imperfeições, pode ser o primeiro passo para construir relações mais verdadeiras e uma moral baseada no respeito mútuo, não no medo ou na hipocrisia.

Enquanto as luzes da cidade começavam a piscar, concluí que o verdadeiro desafio não é julgar ou condenar, mas compreender. Compreender que somos todos humanos, imperfeitos e contraditórios. E que, talvez, seja exatamente essa imperfeição que nos torna tão fascinantes e dignos de amor. Afinal, será que estamos, realmente, evoluindo? Ou apenas encontramos novas formas de mascarar nossos velhos instintos?


Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e detalhadas para as seguintes questões:


O texto inicia com uma reflexão sobre um vídeo musical. Qual o papel desse elemento na construção da argumentação do autor?


O autor aborda a complexidade da relação entre a sexualidade e a moralidade. Como ele demonstra essa complexidade através de exemplos do cotidiano e de referências culturais?


A questão da hipocrisia é recorrente no texto. De que forma essa hipocrisia se manifesta nas diferentes esferas da sociedade, como a educação, a religião e a saúde?


O autor sugere que a busca pela felicidade está muitas vezes em conflito com as regras sociais. Como essa tensão se manifesta na vida das pessoas?


Qual a principal mensagem que o autor deseja transmitir ao leitor? Como essa mensagem pode ser aplicada para construir uma sociedade mais justa e igualitária?


Estas questões abordam os seguintes aspectos do texto:


O papel da mídia: A primeira questão busca entender como a cultura popular influencia a nossa percepção sobre a sexualidade e a moralidade.

Complexidade da sexualidade e moralidade: A segunda questão explora a relação entre esses dois conceitos e como eles se manifestam na sociedade.

Hipocrisia social: A terceira questão analisa a presença da hipocrisia em diferentes contextos.

Felicidade e regras sociais: A quarta questão explora o conflito entre a busca pela felicidade e as normas sociais.

Mensagem central e implicações: A quinta questão busca resumir a principal ideia do texto e suas implicações para a sociedade.

sábado, 31 de dezembro de 2011

CONSCIÊNCIA CONCEBÍVEL APÓS A MORTE (Por que um artista só alcança o ápice de sua fama depois de morto?)


Crônica
  Crônicas

CONSCIÊNCIA CONCEBÍVEL APÓS A MORTE (Por que um artista só alcança o ápice de sua fama depois de morto?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Sentado em minha poltrona favorita, com o som suave do jazz ao fundo e uma biografia em mãos, fui tomado por uma reflexão profunda sobre a estranha relação entre fama, arte e mortalidade. É curioso como um artista parece alcançar o ápice de sua fama somente após deixar este mundo, como se a morte fosse um holofote gigante, iluminando de repente toda a obra de uma vida.

Naquele momento, imaginei o espírito desse artista se espalhando como ondas de rádio, encontrando receptores em cada admirador, em cada obra deixada para trás. Nós, seres humanos, somos como pequenas estações transmissoras de ondas eletromagnéticas. Talvez, quando dormimos, nos conectamos a uma frequência universal, essa sabedoria eterna que alguns chamam de Deus. Como explicar, senão, que pessoas em cantos opostos do mundo tenham as mesmas ideias?

A conexão com os artistas que admiro vai além das páginas impressas. É como se seus cérebros, mesmo que há muito tempo silenciados pela morte, tivessem encontrado uma nova cidadela em minha mente. Após a morte, continuamos ativos, transmitindo nossas ideias através de outros "instrumentos". Quem tem mais interesse em meu sucesso do que eu mesmo? Isso é uma prova da vida pré-consciente após a morte e da existência de um Deus magnetizador.

Nossos pensamentos, nossas criações, tudo carrega o DNA de nossos ancestrais. Somos jogadores em uma partida eterna, recebendo e passando adiante a bola da existência. O tempo e o espaço entre o berço e o caixão de uma pessoa são apenas um pontapé na bola que já vem quicando em nossa direção de eternidade a eternidade.

Refletindo sobre nossa relutância em celebrar os vivos, lembrei-me da fábula da cigarra e da formiga. Por que esperamos a morte para prestar homenagens? Talvez os humanos tenham orgulho demais para serem vistos louvando seus ídolos vivos. As formiguinhas inóspitas que rejeitaram a cigarra talentosa não pensavam nas melodias que poderiam alegrar o próximo verão.

A vida é nossa única e verdadeira conexão com o eterno. Após a morte, estaremos disponíveis no etéreo para "download", mas só uma boa conexão é necessária: a própria vida! É hora de celebrarmos mais os artistas vivos, de reconhecermos o brilho antes que ele se torne uma estrela distante no céu da memória.

Nossas ideias e criações podem ecoar pela eternidade. Cada um de nós é uma obra de arte em progresso, merecendo aplausos não apenas no final, mas durante toda a apresentação que chamamos de vida. A morte, longe de ser um fim, é apenas uma transição. Um momento em que o artista, antes limitado pela carne, se liberta e se espalha pelo universo, encontrando novas formas de expressão e conexão. Pura energia quântica para a saúde dos outros!

Continuamos nossa jornada, sabendo que cada pensamento, cada criação, cada ação, é uma pequena contribuição para a sinfonia eterna da existência. Como disse Goethe, "O mais belo estado da vida é a dependência livre e voluntária: e como seria ela possível sem amor?". Que possamos, então, viver e criar com amor, sabendo que, de alguma forma, seremos sempre lembrados e celebrados no grande palco da vida.


Questões Discursivas:


1. O texto apresenta reflexões sobre a fama, a arte e a mortalidade, questionando a relação entre a morte e o reconhecimento artístico. Com base na perspectiva do autor, por que a morte parece ser um momento crucial para o reconhecimento de um artista e o que isso revela sobre a natureza da fama e da apreciação da arte?


2. O autor utiliza metáforas e analogias para ilustrar suas ideias, como a comparação entre artistas e transmissores de ondas eletromagnéticas e a vida como uma partida de futebol. Explique como essas analogias contribuem para a compreensão da mensagem central do texto sobre a vida, a morte e a arte.

sábado, 24 de dezembro de 2011

O ROMÂNTICO OU O VALENTÃO CIUMENTO? ( Eu entendo as mulheres, querem também a malandragem dos homens)


Crônica

O ROMÂNTICO OU O VALENTÃO CIUMENTO? ( Eu entendo as mulheres, querem também a malandragem dos homens)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Os homens fizeram de si mesmos monstros, e das mulheres, suas presas fáceis quando brincavam de "pega" - "esconde". Mas, elas levam muito a sério a seleção de seus parceiros, para qual põem os otários em (dis)putas por elas, descobrindo o mais forte e saudável, o acasalamento é certo, embora quase sempre vence no teste de força o mais feio, casam-se, viciam-no, depois prendem o seu brutamonte (Maria da penha com certeza), recebendo o "Auxílio Reclusão", talvez por isso a maioria das mulheres gostam de bandido. E os mais delicados, frágeis e românticos, certamente os mais bonitinhos ficam tratados aos favos de mel na cama delas. No fundo, elas preferem na dança do acasalamento os saltitamentos em um ringue. Sempre foi assim, na vida real, elas escolhem uns para trabalhar e sustentá-las e aos filhos e outros para amar e SE DELEITAR, mesmo que seja às escondidas. Qual mulher não tem o outro, pelo menos mentalmente ou virtualmente? E não me digam sobre elas, trabalhadoras empresárias, não precisar disso como recompensa, pois o dinheiro delas nunca presenteia o companheiro oficial. só os amantes desfrutam, ai dele se também não for amante!
           Um cachorro rói seu osso até não querer mais; abandona-o. Mas, se outro cão interessar-se por aquele osso desprezado, o proprietário de outrora o enfrenta para não repartir seus restos. Quem confia num ser humano que mata o seu semelhante tentando preservar o que não quer mais ou não lhe serve mais? Assim procedem os valentões, marcando seu território, querendo exclusividade impossível, expulsam os seus rivais e continuam se lambuzando no odor de sua mulher objeto. Quão sofrido é levar a vida toda espantando urubus sem querer largar a carniça!
           Por isso, maridos matam suas mulheres e os amantes delas, mas em compensação, em um bom número dos casos, as esposas estão envolvidas, direto ou indiretamente, no assassinato do marido. Casamento é algo assim: jogo financeiro, ou melhor, uma sociedade em que os sócios estão sempre prontos para tirar proveito um "em cima" do outro. Sintetizo esta crônica reflexiva com as palavras do Eduardo Galeano: "Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus".
Claudeko
Enviado por Claudeko em 13/11/2011
Reeditado em 23/12/2011
Código do texto: T3332987

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sábado, 17 de dezembro de 2011

INIMIGOS TAMBÉM SERVEM! (Tacape voluntário contra meu lado predador)


CRÔNICA

INIMIGOS TAMBÉM SERVEM! (Tacape voluntário contra meu lado predador)

          A rebeldia dos fracos é a divulgação maldosa, aos gritos, fermentando os erros dos outros! Por não terem cacife, ao atribuir-lhes o mais severo castigo, fazem tempestade em copo d'água, objetivando a simpatia dos terceiros de mau gênio, sedentos por diversões extravagantes. Vivemos em um mundo onde o oprimido também é opressor; tal qual, o violentado é violentador. Os humilhados alunos são os achadores de erros nos seus professores para humilhá-los da mesma forma que são humilhados pelo Sistema. Insistem em apontar o menor erro possível, pois é o máximo que podem descobrir em suas leituras rasas e superficiais. Mas, os rumores, tomo de alerta, protegendo-me de cair em grandes abismos! Por isso, gosto de meus inimigos, sua demência justifica a minha.
          Nunca mais, ouvi um aluno elogiar um professor, se é que alguma vez houve com sinceridade, e eu o esqueci por vingança. Eles entendem por elogios, "cantadas"; talvez por isso negam o seu elogio para se mostrarem fortes e puritanos, e vice-versa. Todavia, mimetizam seu ódio, mudando a forma de tratamento, quando querem "nota" (boa média). Os alunos de antigamente nos tratavam com um "sim senhor", hoje é "querido" e a Educação cada vez pior. Quando não trocam a paparicarem e "puxação de saco" por ameaças. A ironia disso tudo é que ainda, a vantagem é toda do professor, porque é mais fácil resistir uma ameaça do que um pedido amoroso. A reação natural de quem é ameaçado é pedir ajuda de alguém mais forte, fechando assim a guarda, pelo contrário, eles não são capazes de racionalizar que quem quer tirar mel não deve espantar o enxame.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 09/11/2011
Reeditado em 12/12/2011
Código do texto: T3326407

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sábado, 10 de dezembro de 2011

MULHERES SEM DONO(A mulher lutou por direitos iguais e ganhou o direito de ter mais deveres — Iaponira Barros)



CRÔNICA

MULHERES SEM DONO (A mulher lutou por direitos iguais e ganhou o direito de ter mais deveres — Iaponira Barros)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Nunca mexi com mulher alguma na rua, com medo de seu dono, mas há quem o faça e goste, de ambos os lados, mesmo que correndo vários riscos de ser achado como leviano. Hoje, no século XXI, em que se dizem libertas; mulheres compram seus donos. Porque lhes parecem originalmente que uma mulher, que não pertence a ninguém, não tem valor. Poderia ser diferente se não apenas precisassem de "sombra e água fresca". Isso sempre foi assim socialmente, dentro do universo feminino entre libertas e libertinas, ainda há aquelas que fingem ter um patrão poderoso, ser casadas com um homem bonito e famoso, até se dizem filhas do seu fulano de tal para mostrar seriedade, outras ainda falsificam a idade para parecer "de menor" e serem propriedades da lei. Assim, quase todas, em maior ou menor grau, exercem sua incoerência, forte ou suavemente sob um manto aceitável, isto é, sob uma proteção.
           Outro dia, com muito jeito, eu flertei uma mulher no nosso ambiente de trabalho, e ela me disse:
           — "Me respeite, pois sou casada e bem casada. E por dez anos!"
           Ela chamou minha atenção para o seu duradouro enlace matrimonial, logo forçou o meu respeito ao seu marido por tabela, pois queria fortemente que eu não a fizesse pensar na possibilidade de perder o seu vantajoso dono e lhe despir o manto. Uma sugestão para a autonomia, fora do modelo tradicional, far-lhe-ia parecer dona de si mesma, não seria ético e nem cultural, podendo não saber gerir seu feminismo machista; cortou-me de vez, pela raiz, para ter a certeza que não seria importunada novamente. Eu no lugar dela me sentiria privilegiado, diga-se de passagem, conhecendo minhas boas intenções! Elas deixam de ser deusas, para serem ídolos apenas. São assim! Não fui desrespeitoso, uma vez que fui até romântico com um buquê na frente, floreado de palavras comedidas. 
           Eu sou livre para me dirigir respeitosamente a qualquer mulher que me agradar, cabendo a ela, civilizada, dizer o seu "não" eufemisticamente, será o suficiente, minha sensibilidade captará. Para o idiota que continuar insistindo; escravo da paixão, corra dele, não é dono nem de si mesmo. Chame a polícia. Não faça justiça com as próprias mãos, ou melhor, com a própria boca, não é politicamente correto xingar, se é isso que lhe preocupa! Meu machismo é assim: resiste a sua superioridade e se suaviza à igualdade dos gêneros. Meu machismo é estúpido porque não entende quando elas põem o peito nu em redes sociais, mas se um cara divulgar a nudez de uma delas é um crime, ele vai para a prisão e paga fiança, mas mudou o fato de que eu vi peito na campanha feminista! "Eu concordaria de bom grado em dizer que as mulheres são superiores a nós... se isso fizesse com que desistissem de igualar-nos. (Sacha Guitry)
           Por essa e tantas outras circunstâncias, toda mulher tem sempre o dono que merece. Agora, recuso-me ser dono de quem quer que seja, abstenho-me desse sentimento de posse, reivindico apenas a liberdade de possuir as mulheres como o ar que respiro, pois elas, por último, pertencem a Deus. Ou porque, talvez, seja mesmo como diz Tati Bernardi: "Toda mulher é um pouco de bi. Se não for bissexual ou bipolar, é biscate." E para as pseudo-feministas qualquer elogio é uma cantada. E se as chamar para sair é assédio sexual, e se for gentil apenas, está querendo "ficar". O resto é machismo! Tudo lhes ofende!
Claudeko
Enviado por Claudeko em 05/11/2011
Reeditado em 08/12/2011
Código do texto: T3318523

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