"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

sexta-feira, 26 de maio de 2017

PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)


CRÔNICA

PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Era dia das eleições, saí para votar. Esse é um dia muito importante para fortalecer a cidadania. E, logo eu irei empreender uma viagem acertada novamente; escolher meu presidente. Daquela vez, fui escolher um vereador que me representasse por 4 anos, prefeito também me preocupava muito, era uma "bendita" obrigação! Mas, no momento, estou acometido por uma ansiedade descomunal, pelo desejo de fazer a diferença. Não vou negar que é um bom dia para indecisões também, mesmo que o desafio seja superar a dúvida, ela nunca acabará. Preciso de um distanciamento emocional e muita frieza para não ser dominado pelas emoções. Ainda que os interesses individuais falem mais alto, convém dispensar alguma atenção à coletividade, a fim de contribuir com a harmonia geral. Diz o senso comum que não se pode perder o voto. Isso já vem ocupando a minha mente: nada mais coerente do que conferir as pesquisas de intenção de voto! São confiáveis? Naquela votação, depois de tudo, cheguei diante da urna e o "00" gritou muito forte. Aliás, anularam-me na autenticação de minha presença. Espero que minhas digitais funcionem desta vez. 
             No fim do dia, após a comoção do pleito político, já na apuração, senti-me de alma lavada, cumpri o meu dever da parceria, pois tinha ido até o local de votação patrioticamente: compromisso cumprido
           Nessas ocasiões, sei que algumas perdas posso sofrer, ainda mais, com essa confissão; a ideia é de limpeza, pois o sabão leva restos de pele também. É uma dor necessária para quem confiou em mim! Lamento, eu perdi mais uma oportunidade! Como assim dizer, votei nulo, a urna eletrônica me ajudou, pois o mesário usou as digitais dele para abrir minha oportunidade, ou melhor, para desbloquear a urna para minha vez, por que os meus dedos não foram reconhecidos, então já que estou nulo, eu "anulei" meu voto, pois também, tinha minhas "digitais" discriminadas, quem escolhi para votar, era um ex-aluno, crendo que um professor deixa marcas profundas e duradouras; então, ele serve para me representar.  
            Deixemos de "gracinha", apenas estou com vergonha de dizer que votei deliberadamente no "Laranjinha"! Envergonhado não pela pessoa que ele é ou pela política que desempenha, mas pelo o resultado das urnas. Perdemos! Amanhã, estaremos mais maduros! Vamos procurar extrair o melhor dessa fase, principalmente satisfação pela vida que continua. Estou me certificando de que a pressão emocional não irá mesmo impedir-nos do sucesso no próximo pleito. Estamos juntos.  
Kllawdessy Ferreira

Comentários

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016
Reeditado em 26/05/2017
Código do texto: T5809511 
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 21 de maio de 2017

O DESASSOSSE(GADO) ("Hoje mergulho no desassossego! Vou solitário, individualista... na busca de uma revolução que seja só minha." — Kléber Novartes)



Crônica

O DESASSOSSE(GADO) ("Hoje mergulho no desassossego! Vou solitário, individualista... na busca de uma revolução que seja só minha." — Kléber Novartes)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            O tempo passa descontroladamente, por isso passou rapidamente aquela sexta feira prenúncio de um "gostoso" final de semana, como disse Nelson Rodrigues: "Sexta-feira é o dia em que a virtude prevarica".  E daqui, olhando para trás, vejo o outro lado de mim, junto aos meus inimigos vencidos querendo se divertir comigo, mas estou bem à frente. Ali, também, ficou minha musa, ainda que não me acompanhasse, está fazendo sinal de me espere ou simplesmente me mostrando o dedo do meio, talvez ficará por lá este fim de semana e outros mais. Depois, se me alcançar, voltará a me atormentar. Então, eu cá na solidão, do meu lado bom, procuro uma parceria que me ofereça a estrutura e a confiabilidade que tanto preciso para ser eu como um todo. O futuro me aguarda como sou, mas preciso crescer, recuso as concessões dele, quero dignidade! Embora as preocupações tenham também de estar presente, há uma maturação importante associada à superação de dificuldades. Disse Aristóteles: "O homem solitário é uma besta ou um deus". Eu sou um deus besta! Gosto da solidão, ela me faz bem! Preciso de melhor concentração para agir com a vida diária de forma reconstituinte. Vai ser preciso muitos finais de semana profícuos! 
            Agora mesmo, eu queria dar mais atenção para quem eu gostaria de amar. Mas, nunca amei ninguém e estou perdido! Apenas me sobrou a faísca do egoísmo de poder pensar só em mim mesmo! Pois, ainda, não foi possível conciliar as duas coisas: o amor a mim e aos outros, o passado e o presente; por isso, preciso desenvolver minhas habilidades e trazer à tona todo o meu potencial urgentemente. Quem sabe, encontrar-me novamente na porta de sua casa! E lhe dizer que estou consciente de meus limites e potencialidades, pedindo a sua mão. Tudo que vai, volta; o que sobe, desce. Tudo ciclicamente recomeça. 
           Todavia, mais antes, não tivesse tirado um momento para aprofundar esta reflexão acerca das experiências desassossegantes: Enlouquece-me a multidão. Não me realizo nem na vida pública e nem na vida privada. 
Kllawdessy Ferreira

Comentários

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016
Reeditado em 21/05/2017
Código do texto: T5808681 
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 14 de maio de 2017

DESCANSO SABÁTICO SEM RELIGIÃO ("É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói..." Renato Russo).



Crônica

DESCANSO SABÁTICO SEM RELIGIÃO ("É a verdade o que assombra, o descanso o que condena, a estupidez o que destrói..." Renato Russo).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Entardeceu o sábado, dia do senhor, mas para o professor é "dia letivo", isto é, dia de trabalho. Não posso estragar a espiritualidade de ninguém com a minha espirituosidade, fui ser profissional, apesar de chegar atrasado. Embora seja um encontro com as mães da escola, tudo apontava para um período de complicada convivência com a forte personalidade das pessoas mundanas; e, portanto, gestão de conflitos é preciso. Logo na entrada, vi uma mãe brigando com a porteira servente, porque o portão estava fechado, ela chegou cedo demais. Porém, fiz a intercessão, em vez de bater de frente e me envolver em disputas, fui buscar a unidade em prol de interesses comuns. Geralmente, no sábado, aparece algum bêbado pedindo atenção e cuidado, que faz do mesmo um dia missionário, mas não foi o caso. E, da mesma forma, tomei cuidado para não exigir demais; nem de mim, nem dos outros. Não quis ser mais um de personalidade forte, intransigente... E não me venham, os mal intencionados, falar "fezes", pois estou com a paciência curta!
            Ainda, hoje, mesmo estando em companhia dos colegas de trabalho e distante do meu aconchego, minha casa se revelou mais atraente e prazerosa, um oásis de descanso e diversão solitária. Normalmente, gosto deste ambiente doméstico, mas, pensando bem, trabalhando secularmente no sábado, como na agitação dos outros dias da semana, não faz a diferença. Todavia, se um lar é pessoas se confraternizando, só posso usufruir dum lar desse jeito no trabalho. Sendo assim, o dia valeu a pena. Não por muito tempo, e viva este sábado no esquecimento!
          Lembrando do final do período matutino, recebemos a visita de um fiscal da Secretaria de Educação para verificar a realização dos trabalhos credenciadores do dia letivo. Por que os profissionais das unidades escolares precisam ser vigiados num dia como esse que tínhamos compromisso com as mães, pois era a comemoração de seu dia! Os funcionários de uma escola nunca serão profissionais de verdade, se precisam ser vigiados como se faz a "trambiqueiros". Bastam somente os beneficiados testemunharem a nosso favor. A avaliação ideal é feita por quem? Então, disse uma Mãe que esteve presente, não daquelas "barraqueiras", mas Dona Leila Maria: "Hoje de manhã estive na festinha das mães, na escola, confesso que fiquei apaixonada pela organização dos gestores e professores em pleno sábado de manhã, fazendo festa para nós mães! Fiquei super feliz em saber que meu filho está numa escola muito boa, organizada; tem ordem. Devemos dar valor nas pessoas que fazem as coisas para gente com tanto carinho e atenção. Quero agradecer aqui imensamente Siderlândia Lauro, Edileusa Soares de Souza, Ronne Santos, Claudeci Andrade, senhor Ramiro, Wagner, Alba, Regina Célia Ribeiro e demais pessoal da escola João Pereira dos Santos, obrigado pela competência de vocês, estava tudo muito lindo e perfeito, sinto-me feliz em fazer parte dessa família, quem não foi, perdeu, estava maravilhoso."
           É por essas e outras tantas razões que não precisamos ser vigiados, policiados, controlados e observados com desconfiança. Protejam-nos somente dos marginais.
Kllawdessy Ferreira

Comentários

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016
Reeditado em 14/05/2017
Código do texto: T5808680 
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

PROFESSORES A FACADAS ("O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente." — Mahatma Gandhi).



Crônica

PROFESSORES À FACADA ("O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente." — Mahatma Gandhi).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

             Hoje, já findando a quinta-feira, e eu postando essa revoltante notícia que li no DM, que uma professora é assassinada, dentro de sua própria casa, por um ex-aluno, em Inhumas: Cleide Aparecida dos Santos, 60 anos de idade. A golpes de faca. O sujeito de 24 anos disse que decidiu matar a professora porque, anos atrás, ela teria mandado ele várias vezes para a sala da direção. (http://impresso.dm.com.br/edicao/20220825/pagina/2) — acessado dia 25/08/2022. 
            Em quase toda reunião pedagógica na escola, levei facadas, porque as palavras ferem; escuto "piadinhas" do dirigente, dizendo: — Tem professor aqui que dá aulas para "grupinho". Tomo isso mais como acusação e menos como orientação! Sempre dei aulas sim, em salas superlotadas, para quem quer estudar. A diretora condena-me por isso, mas não me diz nada coerente e funcional sobre o que fazer para conter os que estão lá para me atrapalhar. Gastar o tempo da aula, chamando a atenção dos carentes de atenção, não é muito promissor. Se colocar o aluno conversador e irreverente para fora, corro sérios riscos! E não tendo onde vão ficar, a coordenadora o faz assinar uma folha, lá, e ele retornará para aquela aula, ainda mais gabola, "com mais sete demônios": revoltado e xingando as normas da escola, a coordenadora e o professor. Então, continuo falando a todos mesmo sem ser ouvido; porém, convido os poucos que ainda valorizam a minha aula para se sentarem à frente, escutando-me bem. Entretanto, a diretora insiste em me condenar, colocando os bem-comportados nas cadeiras de trás, cedendo os assentos da frente para os indisciplinados. Será se os pais daqueles alunos bons me condenariam? E os pais dos descompromissados, dali, diriam o quê? Estes, eu sei exatamente o que diriam, pois são os mal-educados de casa, como já falei, carentes de atenção, irresponsáveis, que eu os ignoro no fundo da sala de aula, que reclamam, culpam seu professor por suas notas baixas e seus fracassos. Todavia há quem os escute, cúmplices, "direitos humanos". Quem dá esmola ao bêbado para embriagar-se é tão culpado, pela destruição dos bons costumes sociais, como o dito cujo, destruidor de si mesmo. "Ganhar sem trabalhar pode ser bom para o bolso. Mas, é péssimo para o caráter". — Antônio Ermirio de Moraes — lido no DM de 27/08/2022. ...Eu estou profetizando o colapso da escola pública há décadas, mas o sistema educacional continua enganando os alunos e a si próprio que vive bem. O pior é que eles gostam.
           O método usado pela escola para não perder aluno, não é viável à estabilidade da Unidade Escolar, porque dói mais colocá-los para fora, me indispondo com eles, correndo riscos de morte, levar facada, porque a escola que usa iscas (lanche) atrai muitos marginais, desafiadores das normas sociais e da autoridade do professor. Digo marginais, baseando-me no fato de que roubam o tempo a oportunidade, violando o direito dos outros sem nenhum peso de consciência. A escola veste qualquer um com o seu uniforme, angariando volume em suas estatísticas ou pensando em lucro, mas enquanto delinquentes disfarçados de alunos agregam em número, destroem em qualidade. Aí, somos obrigados a ministrar aulas para quem não quer, comprometendo e invalidando qualquer didática do melhor professor que seja. Não há professor bom para aluno ruim.
                      Para sabermos o futuro do sistema educacional público é só acompanhar atentamente o que está acontecendo à igreja e à família: Escárnio e moldura para programas humorísticos de sucesso.
Kllawdessy Ferreira
Enviar por e-mail
Denunciar

Comentários

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/10/2016

Reeditado em 05/05/2017

Código do texto: T5808677 

Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 30 de abril de 2017

SEM SUPERAÇÃO ("Aposentadoria: um dia você chega lá. Ou por bem ou por mal." — Rutra Larama)

SEM SUPERAÇÃO ("Aposentadoria: um dia você chega lá. Ou por bem ou por mal." — Rutra Larama)

Eu já nas vésperas da aposentadoria, ainda não aprendi o suficiente sobre burocracia. Já tentei algumas vezes, mas sempre me é apresentado um empecilho (idade, tempo de serviço, documentos ...). Parece-me que estou à mercê do escrutinador bipolar.

O incoerente mesmo são as pessoas me perguntarem por que eu não me aposentei ainda; ora, mas estas não querem realmente me ver aposentado. Os embaraços são tantos que, às vezes, penso que é melhor morrer trabalhando, com os "carniceiros" cobrando qualidade de um solo que eles queimaram, do que a tarefa demasiadamente dispendiosa, de correr atrás de documentos, do que é óbvio, para o idoso que já deu o que tinha de dar. Pois:

"Ando devagar, porque já tive pressa

E levo esse sorriso, porque já chorei demais,

Cada um de nós compõe a sua história,

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz,

de ser feliz." — (Almir Sater).

sexta-feira, 21 de abril de 2017

TODO HOMEM JÁ FOI MULHER ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)

   
     

Crônica

TODO HOMEM JÁ FOI MULHER ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Quem tem o coração carregado de sofrimento e dor? Quem vive se metendo em brigas e confusões? Quem está sempre machucado? Quem está sempre com os olhos inchados? Não são só os bêbados, mas também os embriagados de paixão carnal, dançando na chuva se machucam! Cambaleantes no meio das trevas, em busca dos vaga-lumes de bunda colorida e lampejos demorados, também se machucam. Quando se bate em um bêbado desses, é deprimente e pior, quando se apanha de um deles! O mais confuso dos homens bate em homossexuais e apanha de mulher. Eu sempre quis ser um homem forte, e agora que me encontro encorajado, o amadurecimento vem me ensinando a ter mais e mais força espiritual. Nesse momento, descobri através de Friedrich Nietzsche que: "É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela." Por isso, digo como o apóstolo Paulo: "...quando estou fraco, então sou forte..." (2Cor 12:10 BV). Nessa situação, uma voz assexuada me disse: "Você não tem mais idade para brincar de esconde-esconde, mas eu vou lhe 'pegar'", como assim? Em tal caso, infelizmente tenho que me defender com as palavras de Augusto Branco: "Receio estar vivendo num tempo em que para amar uma alma feminina terei de namorar um homem e que para demonstrar masculinidade terei de agir como mulher... Pepeu Gomes que o diga: "Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."
             Bem ... Não basta que o mundo vá de cabeça para baixo, e termine no avesso: Se os homens estão liberando seu lado feminino, as mulheres hoje em dia bebem quase o mesmo que o homem! Não se pode ignorar que a luta evangélica está sendo em vão. Pelo menos, eu possa, no final, cantar o refrão com o Chico César de sua canção: Mulher Eu Sei — "Eu sei como pisar/No coração de uma mulher/Já fui mulher eu sei/Já fui mulher eu sei..." Na gestação todo mundo foi sua própria mãe.        
Kllawdessy Ferreira

Comentários

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 20/10/2016
Reeditado em 21/04/2017
Código do texto: T5797454
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

A CRIANÇA INTERIOR TAMBÉM ENVELHECEU ("O que é um adulto? Uma criança de idade." — (Simone de Beauvoir)


         

Crônica

A CRIANÇA INTERIOR TAMBÉM ENVELHECEU ("O que é um adulto? Uma criança de idade." — (Simone de Beauvoir)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, Dia das Crianças, vou buscar a minha bem  profundo no interior do meu ser; é um dia de sensibilidade e encanto, podemos até mesmo receber alguma experiência de fé pela comunhão cósmica. Porém, não gosto dessas aparições; lutei muito para abandonar as características de criança, não gosto delas: Desistem facilmente; total Inteligência emocional, cem por cento emotivas; Choram diante das decepções, atitude negativa; Muito medo; Curiosas demais; Dependentes; Amorais; Egoístas; Ingratas... Agora me alimento de coisas sólidas liquefeitas. Quem dera fosse mais um Dia dos Idosos! Sobre minha pele grossa está traçado o mapa das vitórias alcançadas, porém eu teria muitas coisas novas para lhe dizer, porque ser criança é fácil para todos, ser jovem é fácil para muitos, mas, idoso é fácil somente para os escolhidos: É uma missão ajudada. Comemore a sua ilusão por carregar a interpretação do senso comum, repetindo, e repetindo que quem não se tornar como uma criança não entrará no reino dos céus (Mt 18:2-10). Eu parafraseio o versículo dizendo que quem não se tornar um idoso não pode entrar no reino dos céus; pois quem morre cedo pecou gravemente, não merecia a vida, quem não merece a vida não merece o céu. Afirmo veemente que viver muitos anos já considero o desfrutar das bençãos do céu.
           Quero aproveitar muito bem cada momento deste resto de vida com os amigos de infância. Embora alguns sejam fantasmas apenas, sei que neste dia o convívio com as lembranças deles será muito agradável e será ótimo fazer durar pouco este encontro relâmpago! Porque já não importa mais os festejos, pois a vida e os sabores já estão desbotados! Detesto também bar e feiras, são lugares tumultuados. E também não sou de briga. Até porque, eu já aprendi a lidar com as imperfeições e fraquezas dos outros. 
           O mundo anda muito violento! Afinal, sou sempre muito sensível ao que minhas companhias acham, pensam e falam. Com riscos de, sem querer, acabar fazendo o que não quero e também nem o que acredito, apenas para agradar outras pessoas. Tudo isso me custará caro, mas se a oportunidade não valer a pena comigo, que vão todos ao seu próprio interior e se se visite, pois é muito importante! "De vez em quando você tem que fazer uma pausa e visitar a si mesmo." (Audrey Giorgi).

_____________________

Kllawdessy Ferreira

Comentários

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 30/10/2016
Reeditado em 14/04/2017
Código do texto: T5807548 
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 8 de abril de 2017

BOLSONARO MANDOU O SOL MARCHAR! ("Que adiantou o horário de verão? Verão o tamanho do aumento da conta da luz..."— DMarry)



Crônica

BOLSONARO MANDOU O SOL MARCHAR! ("Que adiantou o horário de verão? Verão o tamanho do aumento da conta da luz..."— DMarry)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, já é segunda feira, NAS PRIMEIRAS HORAS DO horário de verão, ainda é domingo em meu relógio. MAIS UMA VEZ, essa aflição causa-me uma enorme ruptura emocional. É como conhecer uma nova pessoa estranha ou estar em um lugar que nunca foi. Mas, Deus é mais! Aqui, apenas esperando a poeira baixar do burburinho dos avessos, estou meio desconfiado, sobretudo ainda vibrando com a última alegria que não quer reconhecer seu lugar: Ontem, ACORDEI TARDE! Hoje, devo pegar a luz do dia já no emprego. Pela tarde, tenho tempo ainda em claro para praticar uma caminhada ao ar livre, porém quando me apercebo já são 19h. Perdi muito tempo nisso! Vou precisar de organização e bom senso para estabilizar a rotina que doravante começa. Vou escolher prioridades, de modo que possa reduzir a sobrecarga, o objetivo é ter um uso qualitativo do meu tempo e minhas ações... pois sempre tenho a sensação que estou atrasado.
           Do que adianta tanto sacrifício para economizar energia, se falta luz elétrica, quase toda semana, fazendo reparos na rede pública! Eu replico o que disse Norma Aparecida Silveira Moraes, sinto-me assim: "Odeio horário de verão, as manhãs voam, a gente não consegue fazer nada. Tudo muda, muitas vezes, fico perdida até com o horário da alimentação. Não consigo mais almoçar como deveria, e nem jantar, como pouco e vou passando com frutas ou café com leite." O QUE OS POLÍTICOS NÃO SABEM É QUE ESTÃO INDO NA CONTRAMÃO DO "PÃO E CIRCO".
           Alguém por acaso está pensando na saúde e bem estar do cidadão contribuinte? Mas, a consequência da mudança de horário, para a grande maioria, são imagens de sonolência, irritabilidade e mau humor, especialmente na parte da manhã. Os hormônios são regulados pelo ritmo do dia, pelo brilho do sol e pela escuridão da noite. NÃO MAIS OS ASTROS NOS REGEM, MAS UNICAMENTE O RELÓGIO.
           O sonolento não raciocina bem e é isso que os políticos querem: lesados dorminhocos. AGRADECIDO AO GOVERNO BOLSONARO que fez a manhã do mesmo tamanho da tarde. O sol voltou a ser o astro rei; o comandante do dia todo. 



Kllawdessy Ferreira

Comentário

Enviado por Kllawdessy Ferreira em 29/10/2016

Reeditado em 08/04/2017

Código do texto: T5806596 
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 31 de março de 2017

ACABE LOGO COM ISSO, JÉSSICA! ("O amor platônico é um castigo que a mente deve sofrer pela inocência do coração." — Leonard Cebin)


Crônica


ACABE LOGO COM ISSO, JÉSSICA! ("O amor platônico é um castigo que a mente deve sofrer pela inocência do coração." — Leonard Cebin)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A noite de domingo começou como qualquer outra, tranquila, com a serenidade típica do crepúsculo. No entanto, assim que as primeiras gotas de chuva começaram a cair, uma brisa úmida trouxe à minha mente a imagem de Jéssica, a musa que habita os recantos mais profundos dos meus pensamentos. "Por que não se aquieta por lá?" me perguntei, como se ela pudesse ouvir minha voz ecoando na escuridão. O que estaria fazendo em meus sonhos? Ao meu redor, tudo parecia terminar em um nada ensurdecedor, um vazio que enchia minha cabeça de reflexões. Assim, as palavras de Florbela Espanca surgiram, envolvendo-me em sua melancolia: "Gosto da noite imensa, triste, preta, como esta estranha borboleta que eu sinto sempre a voltejar em mim..."

Com a escuridão, surgem também os desafios internos. Percebo que não estou preparado para enfrentar os fantasmas que habitam meu ser. Um olhar amigo seria tudo que eu desejava, alguém que visse as virtudes ocultas em mim. No entanto, Jéssica é como um espeço distante, generosa apenas em sonhos. Sua presença é um bálsamo e, ao mesmo tempo, uma ferida que nunca cicatriza. Se me isolo, sou forçado a ouvir meus próprios pensamentos, que muitas vezes sussurram em tom de desespero. Ser menos reativo poderia ser uma estratégia, talvez assim não a assuste, mas a presença de alguém sempre me faz melhor, mesmo que seja apenas um eco de suas lembranças.

Com o amanhecer de uma nova segunda-feira, encontro-me em férias, com tempo em excesso e pensamentos que divagam sobre meu amor platônico por Jéssica, a figura mitológica que povoa meus sonhos. Eu a tenho em minha mente, e, se puder, aconselho que você também crie uma Jéssica em seus próprios devaneios. Essa construção mental nos protege das investidas de rivais, permitindo-nos manter a esperança viva, porque essa é a última a morrer. É um exercício curioso: organizar as memórias dessa viagem fantasiosa, repleta de obstáculos que só existem em nossa imaginação.

No entanto, sei que resistir a essas dificuldades é fundamental. Prefiro a morte a esquecer Jéssica! Mas, por outro lado, não posso deixar que minhas emoções se tornem o leme do meu barco. Estou ciente da minha subjetividade, mas a dor de saber que o que sinto é verdadeiro é um fardo que carrego com pesar. As opiniões alheias, que me rotulam de doido, não me atingem; o que importa é que minha sinceridade ressoe nas palavras que escrevo.

Jéssica, minha amada platônica, aceite meu estado físico. Mesmo quando minto, as palavras que saem de meus lábios não podem ocultar a verdade do meu coração. Essa figura impossível transforma minhas noites em um turbilhão de ressentimentos e frustrações, e me sinto prisioneiro de uma síndrome pós-traumática causada por uma vida que parece sonegar tudo que é bom. Os saudáveis sempre dizem que, quando se trata de amor, não se manda no coração. Mas prefiro acreditar que "a boca fala do que o coração está cheio".

Então, questiono-me: de que material é feito o seu coração, Jéssica? Se o orgulho a domina e você planeja causar dor a alguém, é hora de refletir e arrepender-se. Afinal, o amor, em sua essência mais pura, não é um jogo de poder, mas uma dança delicada de almas que se encontram em meio ao caos da vida. Assim, convido você a enxergar além das aparências, a entender que o amor não é apenas uma questão de pele, mas de essência, de corações que se entrelaçam na imensidão da noite.

Questões para Discussão:

A idealização de Jéssica é uma fuga da realidade ou uma forma de lidar com a solidão?

Essa questão leva os alunos a refletirem sobre a construção de ideais e a importância de lidar com as expectativas em relação aos relacionamentos.

Qual o papel da linguagem na construção da identidade do narrador?

A pergunta incentiva a reflexão sobre a relação entre linguagem e pensamento, e como as palavras podem moldar nossa percepção de nós mesmos e do mundo.

A dor do amor não correspondido é um tema universal. Como diferentes pessoas lidam com essa experiência?

Essa questão permite explorar as diversas formas de lidar com a rejeição e o sofrimento amoroso, e como a cultura e a individualidade influenciam essas experiências.

O narrador questiona a autenticidade de seus sentimentos. Até que ponto é possível separar a realidade da fantasia em um relacionamento amoroso?

A pergunta convida a uma reflexão sobre a natureza do amor e a importância de distinguir entre sentimentos genuínos e projeções.

Qual o papel da sociedade na construção de ideais românticos? Como os meios de comunicação e a cultura popular influenciam nossas expectativas sobre o amor?

Essa questão permite explorar a influência da cultura e dos meios de comunicação na construção de ideais românticos e como esses ideais podem afetar nossas relações interpessoais.

Comentários