"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 14 de setembro de 2019

MEU CÂNCER, MINHA CRISE EXISTENCIAL. (Abaixo a pedagogia da facada)




Crônica

MEU CÂNCER, MINHA CRISE EXISTENCIAL. (Abaixo a pedagogia da facada)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Um aluno atacou o coordenador do Programa escolar Mais Educação, desferindo uma facada fatal na barriga dele, (30/08/2019). O motivo banal mostra-nos a desvalorização da vida. E não é um caso isolado:  (2018, 28 de agosto), um adolescente de 14 anos esfaqueou outro, de 13, no Centro de Ensino Fundamental 19, na QNN 18/20, em Ceilândia. A dupla se desentendeu, e o mais velho deu facadas na região do peito e do pescoço do mais novo. (2018, 24 de setembro), um jovem de 17 anos foi baleado duas vezes por dois jovens na Escola Classe Vila Nova, em São Sebastião. Segundo testemunhas, a discussão entre ele e os autores começou nas imediações do colégio. A vítima foi atingida no braço, peito e tórax. (2018, 3 de dezembro), uma desavença entre duas mulheres terminou em tragédia na Escola Municipal do Pedregal, bairro do Novo Gama (GO). Jéssica Oliveira entrou na unidade de ensino e assassinou, a facadas, Fernanda Xavier, 21 anos. Ambas eram mães de alunos da instituição. A briga entre as duas começou pelas redes sociais. (2019, 30 de abril), o professor e coordenador Julio Cesar Barroso de Sousa, 41, morreu dentro de uma escola em Valparaíso após ser baleado por um aluno. O caso ocorreu no Colégio Estadual Céu Azul. O garoto atacou a vítima após ela intervir em uma briga entre o estudante e uma professora. Depois da discussão, o jovem teria saído da escola, ameaçado o profissional e voltado armado. E a escola de todos os lugares está assim: trocam tiros na frente do prédio escolar; professores amarram alunos na cadeira; professor põe caixa de papelão na cabeça dos alunos para eles não colarem; alunas trocam tapas e puxões de cabelo dentro da sala de aula. Até de uma comemoração festiva, foi preciso levar vários alunos para o hospital, pois colocaram "boa noite Cinderela" na bebida. Não me interessa aqui saber de quem é a culpa, mas denuncio a veracidade da lei do retorno. Quanto mais a escola cria inúmeras facilidades para atrair aluno que não quer estudar, mais virão os desqualificados fazerem o inferno lá. E Não existe outro inferno pior! Ou seja, é um inferno a serviço da sociedade. Como a sociedade deve receber os elementos "preparados" por esse inferno?
            No caso mais recente, citado no início desta crônica, colegas covardes e contraditórios ainda disseram que o aluno era bonzinho, calmo, fizeram lembrar-me do conselho de classe, quando chamo os meus reprovados de fracos, mas sempre aparece alguém ali com a mão levantada para defendê-los com critérios sentimentais. Como assim, se o marginal foi cortado do Programa Mais Educação por indisciplina e péssimo rendimento? https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2019/08/31/interna_cidadesdf,780036/foi-uma-coisa-traicoeira-diz-delegado-sobre-o-assassinato.shtml - acessado em 31/08/2019.
             Ninguém merece facada, mas até o presidente Bolsonaro recebeu uma, por motivação política. A minha veio por um médico bem intencionado. Todavia, a escola sacrifica seus coordenadores e funcionários, aceitando marginais comprovados, verdadeiros "açougueiros", no corpo discente, além do mais, provocando a ira da clientela "fanfarrona" com futilidades didáticas: proibindo bermuda, boné, celular etc. tentando disciplinar os irremediáveis sem limites. 
           Que continue comprando os quem quer que seja com lazer e comida e colhendo a violência como resultado. Quando os anjos do Lúcifer aparecerem, em busca do equilíbrio energético, advogando a causa das vítimas da sociedade, iradas e feridas, se estão Jogando com elas e tirando proveito com os favores imerecidos, então querem retribuições.  E saberão que a Secretaria de Educação obriga a escola matricular e paparicar os marginais reincidentes na própria unidade escolar, então que pague honorários de advogados caros para indenizar supostos inocentes. Por isso, nada nos resta a fazer! Só lamentamos...e recolhemos os mortos literalmente.
             "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo." (Mateus 23:23,24). 
              Estou com uma cicatriz na barriga, de uma facada também, ainda que de um profissional, por onde foi agredido o câncer do intestino, mas queria ter a certeza que não foram vocês a motivação para o câncer ser tão agressivo. Por tanto tempo, estava anestesiado, não vi, só despertei agora, prejudicado pela anemia. E de tanta raiva, envenenado com adrenalina, vivi sem qualidade! Se o estresse e os descontentamentos às injustiças que me cercaram o pão de cada dia, também derrubaram a minha imunidade orgânica, então vocês têm parte nisso. Fui vencido por células e glândulas atípicas — Adenocarcinoma. Que meu fim seja melhor que dos outros professores que já morreram na escola, porque já sofri demais inconscientemente, minha persistência é prova disso. Abaixo a pedagogia da facada!  
            Eu não preciso de Deus para ser o que Ele quer que eu seja. Porque nem mesmo preciso ser o que sou e passando por isso. Aliás, Nem sei em quem me tornou! Meu desconhecimento é grande, apenas sou. E nem Ele precisa de mim para fazer algo por mim. Mas, as pessoas insistem em ajudar o Deus delas, as que pressionam Deus na parede, também são aquelas que O defendem, ofendendo o irmão com argumentos grosseiros. Tomara suas preces servissem para me curar. 

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 31/08/2019

Reeditado em 14/09/2019

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sábado, 7 de setembro de 2019

INCONGRUÊNCIA PEDAGÓGICA ("A maior incongruência do Universo é gastar tanto tempo disciplinando o FOCO e não FAZER nada a respeito do que se QUER." — Douglas Liandi).



Crônica

INCONGRUÊNCIA PEDAGÓGICA ("A maior incongruência do Universo é gastar tanto tempo disciplinando o FOCO e não FAZER nada a respeito do que se QUER." — Douglas Liandi). 

Por Claudeci Ferreira de Andrade

             Alunos na porta da sala, em hora de aula; os piores, assíduos no final do bimestre: atraídos pelo lanche e coagidos pela ameaça do registro de falta. Quando os de boa índole e estudiosos não precisam ir mais, os fracos e aproveitadores recorrem as rebarbas. São estes os que durante e ao longo do bimestre atraíram as coordenadoras para dar lição de moral na sala, obrigando a quem não precisava ouvir palavras ríspidas, sofrer. Já interrompendo a aula dos normais e promovendo inconveniência para TODOS NÓS, quebrando o ritmo da aula que custou AO PROFESSOR muito alcançar o possível andamento. Mas, as coordenadoras são destemidas como disse Jozafá: "Integridade é a coragem de fazer o certo, mediante as consequências e da inconveniência. "Só que não, essa é uma referência irônica, a coordenadora pedagógica ao vê-los lá fora não lhes atribui as anotações de advertência como medida disciplinar, ela morre de medo dos alunos e pais de aluno. Sim, ela prefere ir interromper a aula para brigar com o professor fazê-lo. apenas nos dirige aquele discurso massante de sempre, vazio e sem força moral alguma. Eles ouvem todas as palavras de aconselhamento e as ameaças, pois correram para dentro da sala assim que a avistaram, fingem ter medo, porém já sabem sobre a ausência de castigo, então assim que ela dá as costas, voltam-se para seu comportamento desrespeitoso e atrevido DE SEMPRE.
            Quando os trapalhões estão lá fora, eu os deixo: seguindo a sabedoria de Napoleão Bonaparte: "Nunca interrompas o teu inimigo enquanto ele estiver a cometer um erro." Minha esperança seria que a coordenadora pedagógica lhes desse relatório válido, enquanto estiverem lá, para o Conselho de Educação e /ou Conselho Tutelá. E cá, teríamos uma trégua para prosseguirmos a aula, respeitando e valorizando a maioria atenciosa de estudante de fato.

             Eu, nos moldes de professor tradicional, tenho só a possibilidade de atribuir-lhes notas baixas como medida disciplinar, se o discurso da coordenação não surte efeito, imagina os meus pedidos para sentarem-se e prestar atenção à aula em cada minuto. Até que as notas também serviriam para corrigi-los, ou, pelo menos, levariam-nos a uma reflexão, frustrando supostos objetivos malignos para se destacarem, se não fossem manipuladas para mostrar elevação de índice, enfeitando as estatísticas ilusórias. Nos conselhos de classe escolar, sou obrigado a dar notas boas exatamente a esses incompetentes de mau costume, ou melhor, competentes demais na bagunça, porque as coordenadoras não sabem que a impunidade gera desordem, improdutividade e abona o crime. Confirma Luan Rodrigues Santos de Almeida: "A inconsequência (imediata) gera infinitos males, que podem agredir principalmente a quem não tem culpa.". Preferem punir o professor, já vítima duas vezes: do aluno e da direção. E assim se sabe, a gestão escolar vive dessas incongruências por conveniência, ainda que a conveniência particular gera a inconveniência geral. Depois querem o respeito da comunidade!  
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 28/06/2019

Reeditado em 07/09/2019

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sábado, 31 de agosto de 2019

ALTERNÂNCIA ("Na vida não temos só sonhos ou só pesadelos, a alternância entre ambos é que faz a realidade". — Charles Chaplin)



Crônica

ALTERNÂNCIA ("Na vida não temos só sonhos ou só pesadelos, a alternância entre ambos é que faz a realidade". — Charles Chaplin)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            No meu dia ruim, parecia tudo normal. Eu na sala de aula com uma proposta proativa. Tudo que os alunos precisavam fazer era um texto dramático. Depois de minhas orientações, eles  iriam apresentar seu roteiro, conquistando assim sua nota em literatura. Quando de repente, o professor de Educação Física convoca metade da sala para o ensaio da "Quadrilha", desfalcando os grupos e inviabilizando as apresentações das "pecinhas". Então, ninguém da sala quis mais a aula, devido a isso, começaram a olhar pela janela para o pátio, vendo a movimentação lá fora.
           Não demorou muito, e a coordenadora, estando de espreita, apareceu na porta da minha sala trazendo a diretora para me pressionar a passar qualquer coisa do livro com a finalidade única de fazê-los sentar. Refleti sobre a pobreza do tal propósito, a afronta ao meu profissionalismo e toda grosseria que ouvi, realmente me amedrontou!
            Sem saber elas, e ainda nem se importam com isso, mas passando uma atividade qualquer do livro, terá que prometer nota se não eles de forma alguma fazem. Então, os da sala fariam; os do pátio não. Eu em meio o tiroteio, forçado a fazer um malabarismo, tentando manter a ordem, porém estava difícil. Depois do tumulto e minhas reclamações, elas providenciaram o retorno dos alunos a tempo, e a aula pode andar normalmente para o descontentamento dos fanfarrões da dança interrompida e o constrangimento do professor de Educação Física. De qualquer forma, restaram-me duas perguntas: quem causou prejuízo em alguém? Tive Ajuda pedagógica?
            No meu dia bom! Antes mesmo de distribuir, a todos os alunos da sala, a prova da OBMEP; pergunta um engraçadinho, do fundo da sala, com ar de seriedade:  — “Professor, qual é a resposta da primeira?”. Então lhe sugeri colocar no lugar da resposta: “Idiota útil”! Insistiu ele, agora, já num tom de brincadeira: — E o que é um “Idiota útil”? Mais uma vez, respondi-lhe, todavia desta, dizendo não saber conceituar tal expressão, mas sabia dar um exemplo.  Foi quando o aluno da cadeira na frente condoeu-se pelo o seu coleguinha e pediu para eu lhe dar um exemplo.  Fui obrigado a lhe pedir que se olhasse no espelho. Por isso, ele se vingou, dizendo algo inaudível e desagradável, pois a aluna do seu lado disparou a rir debochadamente.  “Quem diz o que quer ouve o que não quer.” Sofri isso na pele!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 21/05/2019
Reeditado em 31/08/2019
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sábado, 24 de agosto de 2019

CONVITE versus CONVOCAÇÃO ("Em nenhum cargo você encontrará na lista de deveres a prática do assédio moral, mas há quem pratique como sendo uma das atribuições inerentes a ele". — Ednete Franca)



Crônica

CONVITE versus CONVOCAÇÃO ("Em nenhum cargo você encontrará na lista de deveres a prática do assédio moral, mas há quem pratique como sendo uma das atribuições inerentes a ele". — Ednete Franca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Todo professor efetivo foi concursado para um período (30 horas aulas), podendo trabalhar nas duas redes de ensino: municipal e estadual. Eu trabalho no período matutino no colégio estadual e no vespertino na escola municipal. Uma convocação da secretaria municipal para todos professores comparecerem a uma capacitação no turno matutino parece-me arrogante e prepotente. Acharem que devo matar trabalho no colégio estadual para aquiescer à tal convocação de horário inconveniente para mim, no mínimo, devem-me convencer que é lucrativo demais. Uma vez que organizei minha disponibilidade, firmei compromisso para o vespertino na escola municipal, essa é minha obrigação. Qualquer convocação ou convite da secretaria municipal em meu horário de trabalho para o município terei obviamente a obrigação de atender. Porém o abuso é tão grande que a maioria dos diretores repassa o comunicado assim: "...É imprescindível a presença de todos. Aqueles professores que trabalham em outra rede no horário citado, favor trazer declaração." Como assim?!  Uma organização que respeita seus funcionários tentaria convencê-los que a palestra é demais importante, apresentando também um currículo do palestrante para garantir a quem for que não será perda de tempo. E a organização se oferecer a servir declaração de comparecimento para que eu possa justificar no trabalho que me ausentei por julgar estar fazendo a coisa certa.
           Um convite ou uma convocação feita pelos escritórios superiores para subordinados, tanto faz, ambas as escrituras têm a mesma força moral, uma vez publicadas. Já que o sistema aceita professores para turnos independentes, no mínimo, os líderes de bom senso fariam convites e convocações para eventos que se repetiriam em todos os turnos. Aí não necessitaria da irradiação do poder das declarações.
          O que eu faria se fosse à palestra que fui convidado no meu turno de outro trabalho, e o outro trabalho se negasse a aceitar a declaração dos promotores do evento, por ser de interesse particular? Outra pergunta: se eu decidisse não ir a tal reunião que fui convocado pela municipal, que obrigação teria o colégio estadual de me fornecer uma declaração para justificar que estou trabalho em turno paralelo?
           De assédio em assédio a gente aprende a assediar, pois já aprendemo-nos defender com as mesmas armas quem nos ferem.  "Uma educação corrompida pelo assédio moral para não se denunciar irregularidades administrativas, faz com que tenhamos uma (des) educação que vai contra toda moral e ética que poderia nos trazer o progresso social." (Samuel Nunes de Andrade)
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 27/01/2019

Reeditado em 24/08/2019
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sábado, 17 de agosto de 2019

EDUCAÇÃO: CICATRIZES DA PERSEGUIÇÃO! ("O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades." — François La Rochefoucauld).



Crônica

EDUCAÇÃO: CICATRIZES DA PERSEGUIÇÃO! ("O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades." — François La Rochefoucauld).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Analisando a relação aluno e direção da escola, consigo ver um constante diálogo. Frequentemente há aluno na sala da diretora e na coordenação, mas o leque de temas a ser tratado ali é muito restrito. O pior são os líderes que gostam desses informantes, quando eles saem, professores são chamados. Quando os vejo naquele local, já me preocupo, pois certamente esta fazendo uma denúncia ou levando "bronca". O limite de um aluno limita os outros. E todos eles em função deles mesmos!  Aqui cabe bem as palavras de Martha Medeiros: "Paixão é a força motora que justifica nossa existência, mas a perseguição desenfreada por esse privilégio nos torna dementes, viramos parasitas de uma obsessão." Quem tem dom, ensina. Quem não tem, aprova leis sobre o ensino.
           Então no Facebook, eu disse que na sala sem professor, os alunos esperam em silêncio para fazer bagunça na presença dele. Zelam de sua imagem para o sistema, mas não cuidam da imagem para quem os avalia. Então um dos meus amigos virtuais retruca: — "Boa noite, professor Claudeci Andrade, o senhor me parece tão insatisfeito com a educação?!".
          Depois de uma profunda e demorada reflexão, fui obrigado, pelas circunstâncias, concordar com ele, porém com uma ressalva. Disse-lhe que  sim, realmente estou muito insatisfeito com essa "lambança", não com o ato de ensinar, não porque tem quem quer aprender, mas estou triste demais com o que fizeram da educação. Percebo no trabalho das coordenações mais perseguição que orientação útil aos professores. Mercenários criaram labirintos para garantir seus empregos que dificultaram o meu. São tantas leis e normas desnecessárias que não sobram tempo e espaço para se refletir nos conteúdos da vida (matriz curricular). Estuda-se para justificar a existência da escola, mas se existe só para ser filantrópica, qualquer outra entidade pode sê-lo. Depois disso, ele ainda insiste: — "Professor lembre-se de que para os que querem, o senhor faz a diferença; então aqueles que não querem, a vida ensina."
          Será se a escola ensina para a vida ou se deve deixar que a vida ensine os que a escola não ensinou? Talvez sejam tantos os ensinados pela escola, que eles vão ensinar a vida ser cruel. O que dizer da ação geradora de suposta educação, quando leciono 15 aulas de Língua Portuguesa, podendo cumprir essa carga horária em três dias, sendo forçado a um quarto dia para planejamento na escola. Se eu leciono 15 aulas, certamente sou remunerado pelas 15 aulas, meu preparo, estudo e planejamento para estas aulas, faço bem na boa administração de meu tempo e equipamento tecnológico. Ser forçado a ir uma quarta tarde à escola para planejar, se posso fazer isso melhor em minha casa, ou em uma biblioteca, ou em um laboratório de informática com uma boa internet, é abuso.
           Eu sou o insatisfeito com essa perseguição. Em meio a insatisfação de aluno e professores não há ensino e nem aprendizagem. Vance Havner aponta essa realidade, dizendo: "A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição". E um desconhecido me explica o fenômeno: "Se sentem incomodado com a tua presença, é porque conhecem o teu brilho, sabem da tua força, invejam o teu caráter temem que os outros vejam o quanto tu és melhor e tua alma és mais evoluída. O que vale mais não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação e a honestidade. Não é a roupa, é a atitude e o bom caráter! A ignorância deles lhes presenteia com a inveja, a mentira, etc."
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 14/03/2018
Reeditado em 17/08/2019
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sábado, 10 de agosto de 2019

EUFEMISMO: BURRO! ("Se eu fosse burro, não sofria tanto." — Raul Seixas)



Crônica

EUFEMISMO: BURRO! ("Se eu fosse burro, não sofria tanto." — Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Em uma aula de Língua Portuguesa, recebi uma lista dos alunos com a ordem expressa da secretaria para fazer a chamada da turma. Onde eu estava ensinando as regrinhas de acentuação gráfica. Era um segundo ano do Ensino Médio, mas com nível de oitavo ano primário. Ao perceber que os nomes ali na lista estavam sem acento gráfico, então decidi fazer daquele momento mais uma oportunidade para lhes mostrar a importância da acentuação tônica e gráfica para a modalidade padrão da Língua Portuguesa. Portanto, bastou-me chamar dois ou três, incluindo "Pamela", assim sem acento, com a pronúncia de paroxítona, ela me corrigiu não muito educadamente, pois é quase sempre assim que se mostram superiores ao professor. Chamei mais outro, quando um daqueles sedentos por atenção esculhambou-me e o fez da forma mais cruel possível, o incompetente intercessor de todo mundo, disse:
            — "Ainda diz que é professor de português, não sabe nem dizer o nome certo dos alunos!"
           Foi quando, eu o chamei de "Burro"! Foi o eufemismo mais bem usado que um professor de Português já empregou. Ele foi arrogante e prepotente, pois eu não tinha nem chamado o nome dele ainda, intrometido; foi ignorante por desconhecer o conteúdo e a boa intenção da aula; foi atrevido por falar sem escrúpulo com o professor; desrespeitoso ao tentar provar que ele estava certo, porém sem o mínimo de razão. Todavia, o mais grosseiro que presenciei naquela aula foi os comparsas dele, minutos depois, quase me forçando a colocar um acento circunflexo na palavra "Pera", e ele gargalhando escandalosamente, sentiu-se apoiado! Nisso, apenas me perguntei,  Como o professor poderá lhes ensinar alguma coisa, se eles não confiam em seu professor? Certamente, estão ali para mostrar que sabem ou que são bons. Por isso, cheios de si não há espaço para virtude alguma.
           Não falta quem diga aos alunos que eles também são deuses, especialmente os evangélicos! Cheios de conhecimentos prévios, segundo Paulo Freire, então que o professor se eduque com eles de igual para igual. Antigamente o professor era o mediador do conhecimento, agora é o aluno o mediador de tudo! Com isso, desculpo-me com a certeza que o professor não é o sabe-tudo, mas mesmo assim, devia merecer a consideração de quem é estudante de verdade, que descobrindo um erro do professor, porém o corrijam humildemente como querem ser corrigidos, com uma pergunta inteligente, forçando o professor a entender qual é sua obrigação.
           Que disposição eu terei para ajudar a quem não me tem em alta estima?        
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/02/2018
Reeditado em 10/08/2019
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sábado, 3 de agosto de 2019

A PROFISSÃO DO FUTURO ("O Brasil é um país onde arrogância torna-se crime e delação virtude." — Nelson Barh)



Crônica

A PROFISSÃO DO FUTURO ("O Brasil é um país onde arrogância torna-se crime e delação virtude." — Nelson Barh)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Eu estava em cima de meu telhado colhendo alguns cajus, pois o cajueiro deitava suas galhas carregadas por cima da casa. Quando me surpreendo com a minha vizinha filmando-me com o celular lá do quintal dela, que não fica longe. Bem intencionada ela não estava... E muitos, em todos os lugares estão dando uma de paparazzi, para tirar vantagem de qualquer um. Refiro-me aos denunciantes de plantão, forjando provas para defender seus intentos. Falam nas mídias das delações premiadas, mas não se conhece nenhum "dedo-duro" que ganhou prestígio por sê-lo. Pelo contrário, faz-lho a si mesmo de graça, mau caráter travestido de anjinho. Até os noticiários são suspeitos e não merecem a credibilidade pelo sensacionalismo e mercenarismo por revelar os feitos negativos dos outros. E com instintos "uruburescos", curiosos deliciam-se com o sabor da podridão do mundo, depois regurgitando no próximo, feito à moda da casa.
            O denunciante anônimo é criminoso também, pela coparticipação ideológica no crime, ainda que indiretamente e passivamente. É como quem assiste a um filme pirata, beneficiando-se das emoções roubadas, assumindo a postura de consumidor e motivando a produção ilegal, chega até a se identificar com os personagens, e patrocinando o espetáculo com sua apreciação. É como os noticiários de tragédias lucram com a desgraça dos outros! Sem a audiência e assistência ávida não persistiam os programas deseducativo nos veículos de comunicação, a pirataria e os fofoqueiros dos Demônios.
           O denunciante é irresponsável, porque é ligeiro para mostrar sua versão do que viu e ouviu, sem antes saber se é a verdade comum a ambos. Geralmente não se responsabiliza pelo que interpreta, prefere o anonimato pensando em causar prejuízo somente no outro. E se alguém lhe fizer uma pergunta, como responderá sem reformular uma falsa  história inicial? Assim, sem firmeza procedem os que têm pés apressados para fazer intrigas, contar o que não viu, lidando só com o alvoroço!
            O denunciante é covarde, a maioria dele faz questão de permanecer anônima. Não tem coragem e nem competência para resolver coisas mínimas que lhe pertence e prefere jogar nos outros, cobrando-lhes responsabilidade. O incoerente nesse caso, é que existem muitas empresas que só funcionam se houver denunciantes, e, infelizmente estas são revestidas do poder para punir. Como um covarde contribuirá para a ordem e progresso social, sendo extensão do olhar cedo de entidades do "0800"?  Ele está cheio de medo de ser punido como "x-9". E se a questão não é dele por que haveria de pegar um cachorro que vai passando na rua pela orelha?
            É assim que eu entendo o pensamento de Martin Luther King: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." Os falsos "bons" formulam denúncias anônimas e enchem o mundo de "fake news". Certamente, o tolo quando é ofendido, logo todos ficam sabendo por vias honestas e desonestas. Outro tipo de "bons" silencia-se, para oferecer suas palavras certas na hora certa e falam com sabedoria, desbancando e desempregando as mentiras.  "O homem alterou tanto a sua personalidade que hoje, "delação premiada" tem mais valor que um fio de barba" (Josemar Bosi).
            Então reforço, na trama da vida, os fracos fogem, os covardes denunciam, os fortes resolvem, os injustos julgam e os escritores percebem. "Algumas pessoas nunca dizem uma mentira - se souberem que a verdade pode magoar mais." (Mark Twain).
           Quando começarem a pagar por produção a profissão de dedo-duro, terão que legalizar a prostituição também, e o alimentar-se de dízimo porque são profissões similares, no que tange a questão do alugar-se em detrimento ao caráter, e aos princípios religiosos.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 28/12/2017
Reeditado em 03/08/2019
Código do texto: T6210258 
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domingo, 14 de julho de 2019

SUPERSTIÇÃO ("Evitar superstições é outra superstição." — Francis Bacon)



Crônica

SUPERSTIÇÃO ("Evitar superstições é outra superstição." — Francis Bacon)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Sexta feira, 13, recebi a visita de duas pessoas, ambas estavam de bicicleta: a primeira, os correios de bicicleta amarela, a segunda estava em uma bicicleta vermelha, foi e voltou, então foram, na verdade, três visitas. Sendo supersticioso ao extremo, eu entendi isso como um presságio preocupante. Pois, é como disse Denis Diderot: "Do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo".
            Eu estava esperando coisas ruins, mas vieram visitas aparentemente agradáveis! Da primeira, recebi uma compra através da internet, a qual havia alguns dias esperando, e a menina veio para limpar a casa, porque a minha sujeira já tinha atingido o nível artesanal. Pesquisei a simbologia da cor vermelha e cheguei aos esclarecimentos: indicação de grande sensibilidade, de paixão nas relações emocionais. Mas, também mostra perigo, violência, sangue, rejeição e vergonha, impulsos e desejos sexuais. Já a cor amarela: é um sinal de autoconfiança, então posso esperar oposição! "A imaginação é mais importante que o conhecimento." (Albert Einstein).
            Talvez eu deva pensar sobre minhas ações. Já me basta toda essa tensão, não me é o suficiente? E ainda mais perigosa é a tesão! Será se o vermelho das roupas do "Papai Noel" me influenciou desse tanto! Todavia, posso suportar ainda muitos abusos. Eu não quero perder meu lado simples do ponto de vista emocional, como amizades e família, sobretudo, detesto receber e dar presente de natal. O amarelo do cravo de defunto deixa-me subsaturado. Estou reavaliando este dia para afrouxar um pouco a rigidez dos meus valores, porém nem tanto, assim muito devagarinho, mesmo porque sendo uma pessoa moderna e flexível, quando se trata de prevenção, do amor e da família, isso me move, aí me envolvo nas raízes. "Castro Alves em sonhos me disse,amor não existe apenas crendice, só em sua fantasia ela é real." (Edílio Lima Bueno).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 17/12/2017
Reeditado em 14/07/2019
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sábado, 6 de julho de 2019

AMIGO SECRETO SEM SEGREDO ("Eu nunca gostei de amigo secreto. Se é secre...

CRITÉRIOS FROUXOS ("Quando você concede a terceira chance ao incompetente, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser sua." — Adriana de Souza).



Crônica

CRITÉRIOS FROUXOS ("Quando você concede a terceira chance ao incompetente, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser sua." — Adriana de Souza).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, precisei matar trabalho para ficar em casa concluindo as notas dos alunos de recuperação do quarto bimestre, na última semana do ano escolar municipal. São tantos trabalhos e provas diferenciadas para formar a nota dos alunos "atrasados" que chego a pensar na inutilidade deles. Eu tenho que fazer isso ficar mais difícil, contudo me sacrifico mais, não é justo que a nota final do aluno na recuperação seja maior do que a do melhor aluno na sala que foi excluído dela. Talvez isso seja exatamente o que vai acontecer comigo, vou ao inferno por ser bom, pois as vagas do céu já foram preenchidas pelos bandidos recuperados do mundo. Porém, acredito mais no contrário, quando o foco está na doença, nós nos recuperamos, mas não voltaremos ao estado original, ficam cicatrizes. O passar a mão na cabeça de aluno é um alisá-lo sem as implicações do assédio sexual, mas com as mesmas consequências. 
           Durante estas férias, vou procurar tratamentos para os meus sintomas mentais. Aqueles que herdei dos meus recuperados. Uma sensação de incompetência ainda me sobe à cabeça. E agora com a alma na área de crise e ao lado do corpo cansado sugere um desafio complexo para o meu intelecto e emoções, exigindo disciplina e serenidade para encontrar soluções adequadas. Eu quero viver tanto quanto um vegetariano: saudável e em paz! Contudo, Como fazer minha paz atormentar sua guerra sem guerra?
           Aí vem o conselho de classe que tem por critério: o 'cada caso é um caso". Então ali se tomam decisões confusas, as quais se justificam com relatórios sentimentais e ora minimamente técnicos, quando for conveniente. Um só argumento serve para reprovar o aluno e também para aprová-lo na boca do (miserico)rdioso. "Com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também." Só Jesus Cristo na causa!
            Já me aconteceu sair do pré-conselho incentivado por colegas e orientado pela coordenadora a antecipar a aplicação da recuperação. Eu queria sair mais cedo também e obedeci, mas a nota da recuperação não foi suficiente de alguns alunos e reprovando um aluno de cuja a mãe é barraqueira, tremeram, então os tais colegas me obrigaram a aplicar outra recuperação jogando-me na cara que a data certa era aquela última, pois ele tinha direito. Acho que isso explica a bancarrota que envolve o professorado atualmente.  "Quando você concede a terceira chance ao incompetente, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser sua." (Adriana de Souza).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/12/2017

Reeditado em 06/07/2019
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sábado, 29 de junho de 2019

ALUCINAÇÃO ("Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem." — Stephen King)



Crônica

ALUCINAÇÃO ("Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem." — Stephen King)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Agora, é hora de iluminar os recessos da minha vida, matar as baratas nojentas da minha casa, reconhecer sua presença e livrar-se delas. Elas representam os problemas que eu estou escondendo, varrendo e fingindo que eles não existem. Por que atraí tantas baratas? Estou sentido alguns eventos estranhos na minha vida! Quais são os problemas que estão ocupando meu cérebro que não compartilho com ninguém? O que me atormenta à noite antes de dormir? Quais são as questões que eu prefiro não pensar ou enfrentar? QUE MENTIRAS estou dizendo para mim mesmo?
           Este pesadelo é SUGESTÃO de um momento de inquietação que se transforma NESTA reação dramática que você está lendo. Este extravasamento certamente comprometerá o meu relacionamento com as pessoas e REVELA a maneira como lido com questões de maior importância. Por isso, cultivar o autocontrole é fundamental ... é assim que eu tenho CONSEGUIDO. E não se assustem, essas CRIATURAS perturbadoras estão no território inconsciente, emocional e sexual, talvez esses QUESTIONAMENTOS justifiquem a pressão interna que eu sofro no momento.
           Agora que eu sei qual é minha doença, posso me libertar? "Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo." (Charles Bukowski).
            Hoje, outra segunda-feira e a melhor maneira de começar uma segunda-feira É reclamando. Mas, eu farei diferente, só o contrário, CHEGA DE CAÇAR baratas. Quero um presságio que me traga longa vida, saúde e felicidade, Talvez um desentendimento suave com A PESSOA amada, mas no final, SEJA o sucesso social a tônica da semana. Eu estou "LIGADO", e vou seguir a minha intuição. E que Deus não me a negue abundantemente! SOU NAZIREU!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/12/2017
Reeditado em 29/06/2019
Código do texto: T6189703
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domingo, 23 de junho de 2019

A INDISCIPLINA: GRITO POR SOCORRO ("Indisciplina é algo que se constrói aos poucos, mas difícil de ser amenizada. Não dar espaços para a sua construção já é meio caminho andado para que ela não seja construída." — Prof. Elijarbas Rocha)



CRÔNICA

A INDISCIPLINA: GRITO POR SOCORRO ("Indisciplina é algo que se constrói aos poucos, mas difícil de ser amenizada. Não dar espaços para a sua construção já é meio caminho andado para que ela não seja construída." — Prof. Elijarbas Rocha)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Descobri porque os alunos correm, gritam, perturbam a minha aula, primeiro porque não valorizo os seus espetáculos patológicos, ou melhor, faço vista grosa a seus grosseiros apelos por atenção, ou seja, ignoro seus pedidos à predileção: Para mim, honra a quem honra merece! Meu foco é o Ensino do conteúdo planejado, que ainda posso praticar com os que querem. "A insubordinação é filha da murmuração e neta da incredulidade. É uma família inteira de pecados terríveis e poderosos. E se não forem detectados e destruídos rapidamente, eles é que destroem nações, famílias, igrejas, ministérios, projetos de vida." (D.S. FLORIANO). E tanto é verdade que geralmente são os piores o exatamente severos reclamantes por direitos sem deveres cumpridos.

           No final, somos vítimas por termos bons propósitos, e eles, dos seus maus... Os professores para não passarem pelo que passo, terão de ocupar a aula toda alimentando os vícios psicológicos dos carentes de atenção, elogiando-os ou lhes pedindo mil vezes por aula que se comportem. E certamente esses professores não se importam com alunos no sétimo ano sem saberem escrever e nem ler o que escreveram. "A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira, que por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação." (Carlos Drummond de Andrade). O que o poeta não se atentou com seu sábio pensamento foi o fato de que tem ocasião que não se consegue arrumar, então que se alcance pelo menos a metade do objetivo com os que querem se arrumar.
            Sou odiado porque sou minoria, já que a maioria não pratica o ideal, pois se assim fora, os índices de aproveitamento em todas escolas públicas estariam elevadíssimos. Mesmo deixando que os arruaceiros baguncem para evitar guerra, tenho prejuízo, é como disse Maquiavel: "Nunca se deve deixar que aconteça uma desordem para evitar uma guerra, pois ela é inevitável, mas, sendo protelada, resulta em tua desvantagem." E minha guerra está estabelecida: quem prejudica quem? Os que não sabem de mim ou eu deles! Será se Seus resultados baixos me prejudicam? Ou minhas aulas bagunçadas, como vocês costumam dizer, não lhes afetam em nada e nem suas classes disciplinadas me ajudam, uma vez que o rendimento de nossos alunos é igual! Elas não são homogêneas por que não tenho a atenção de todos, mas não sou eu quem os manda bagunçar, os que me ouvem e faz o que sugiro aprendem de mim e dão bons testemunhos do que é uma boa aula, e só não é melhor porque os descompromissados não nos respeitam. No final, brigam por boas notas e ganham no grito, diga-se de passagem. Todavia estou conformado é mais fácil encabrestar ignorantes. "(...) era isso que eles queriam: mentiras. Mentiras maravilhosas. Era disso que precisavam. As pessoas eram idiotas, seria fácil pra mim assim." (Charles Bukowski).
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 30/11/2017

Reeditado em 23/06/2019
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