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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VI(14) "Questionando a Doutrina do Julgamento Divino: Uma Perspectiva Psicológica e Filosófica”

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VI(14) "Questionando a Doutrina do Julgamento Divino: Uma Perspectiva Psicológica e Filosófica”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A doutrina que enfoca a identificação e destruição de pessoas travessas, vista sob a perspectiva bíblica, pode ser analisada criticamente. A ideia central de que Deus julgará e destruirá os perversos é questionável. Como está escrito em Eclesiastes 7:20, "Não há homem justo na terra que faça o bem e nunca peque."

Sigmund Freud sugere que comportamentos considerados perversos têm raízes em processos psicológicos intrincados. "As manifestações externas podem ser enganosas, pois a verdadeira natureza do ser humano reside no inconsciente." Isso ecoa Romanos 7:15, "Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio."

Michel Foucault discute como as normas sociais moldam a percepção do que é considerado perverso. "O conceito de perversão é fluido, sujeito a transformações conforme as estruturas de poder dominantes." Isso lembra 1 Coríntios 9:22, "Tornei-me todas as coisas para todos, para de alguma forma salvar alguns."

John Stuart Mill defende a liberdade individual. "A interferência divina no julgamento humano é uma afronta à autonomia e ao livre arbítrio." Isso ressoa com Gálatas 5:13, "Vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não usem a liberdade para dar vazão à carne."

Ao rejeitar a ideia de julgamento divino, buscamos um entendimento mais compreensivo e tolerante. Nas palavras de Albert Einstein, "a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." Isso ecoa Provérbios 18:15, "O coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca a sabedoria."

Assim, questionamos a validade da premissa inicial, buscando uma compreensão mais abrangente e alinhada aos valores contemporâneos de respeito à diversidade e à liberdade individual. Como está escrito em Romanos 14:13, "Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão."

Duas questões discursivas sobre o texto:

1. O texto apresenta uma crítica à ideia de que algumas pessoas são intrinsecamente "perversas" e merecem punição divina. Considerando as diferentes perspectivas apresentadas, como a sociedade construiu e mantém ao longo da história o conceito de "perversão"? Quais os interesses e as consequências sociais dessa construção?

Esta questão convida os alunos a refletir sobre a historicidade e a construção social da noção de perversão, incentivando-os a questionar as bases e os impactos dessa categorização.

2. O texto destaca a importância da liberdade individual e da tolerância. Como podemos conciliar a busca por uma sociedade mais justa e equitativa com a necessidade de estabelecer limites para comportamentos considerados prejudiciais?

Esta questão desafia os alunos a pensar sobre os desafios de construir uma sociedade que valorize a diversidade e a liberdade individual, ao mesmo tempo em que garante a segurança e o bem-estar de todos.

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