"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

terça-feira, 2 de agosto de 2022

NA GANGORRA DA VIDA (" - Que é que eu faço? É de noite e estou viva. Estar viva esta me matando aos poucos, e eu estou toda alerta no escuro." — Clarice Lispector

 


NA GANGORRA DA VIDA (" - Que é que eu faço? É de noite e estou viva. Estar viva esta me matando aos poucos, e eu estou toda alerta no escuro." — Clarice Lispector

Nenhum homem é abominação para Deus e a existência de todos é motivo de alegria para Ele. Apenas de vez em vez, acontece dEle ralhar com um. Esta desigualdade com que Deus trata os desobedientes é também uma forma de amar. Contudo, sou o ralhado da vez, mas duvido que o destino tenha me abandonado, pois monitora com a dor quase constantemente, por isso sejam valorizadas as poucas pausas, isso é momentos de prazer! A vida é (Cu)rta, mas (pica)nte!    

           Assim vivemos esta gangorra existencial, representada por uma relação sexual: uma hora de esforço físico e psicológico para obter  cinco segundos de orgasmo. Quem lhe ensinou a gemer, tanto para expressar a dor, bem como o gozo! O que me embaraça é ouvir  as mesmas interjeições. "É preciso relaxar para gozar" (Marta Suplicy), e eu digo: é preciso também calejar para aguentar a dor: isso é felicidade, o torpor da vida!

           Também, se a vida fosse um orgasmo constante, eu iria preferir um pouco de dor. Que venham as dores e os relampejos de alívio. Tudo vai acabar bem!

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

O QUE É O AMOR VERDADEIRO? ("Ainda que seja raro o verdadeiro amor, é no entanto menos raro que a verdadeira amizade." (François La Rochefoucauld)

 


O QUE É O AMOR VERDADEIRO? ("Ainda que seja raro o verdadeiro amor, é no entanto menos raro que a verdadeira amizade." (François La Rochefoucauld)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O relógio da praça batia três horas quando me sentei naquele banco de madeira gasta, testemunha silenciosa de incontáveis histórias de amor. O outono pintava o cenário com suas cores quentes, e o aroma de café recém-passado flutuava no ar, vindo do quiosque próximo.

Abri meu caderno de anotações, pronto para capturar os fragmentos de vida que passavam diante de meus olhos. Foi quando vi Dona Amélia, aos 80 anos, caminhando de braços dados com seu novo namorado, o Sr. José. Seus olhos brilhavam como os de adolescentes em seu primeiro encontro.

"Quem diria, hein, Dona Amélia?", pensei, sorrindo. Lembrei-me de quando ela jurava que, após a morte do marido, jamais se apaixonaria novamente. O tempo, esse velho sábio, provou-lhe o contrário.

Não muito longe, um jovem casal discutia acaloradamente. Ele gesticulava, ela chorava. De repente, silêncio. Um abraço forte selou a reconciliação, lembrando-me que o amor também é feito de tempestades e calmarias.

Meu olhar vagou até o playground, onde uma mãe empurrava seu filho no balanço. A criança ria descontroladamente, e a mãe, mesmo visivelmente cansada, sorria. Ali estava o amor em sua forma mais pura e abnegada.

Um homem passou correndo, suado, carregando um buquê de rosas vermelhas. Tarde para um encontro, talvez? Ou correndo para pedir perdão? O amor tem muitas faces, pensei, algumas delas marcadas pela urgência do momento.

Ao entardecer, observei um casal de idosos sentados em silêncio, de mãos dadas, contemplando o pôr do sol. Não trocavam palavras, mas seus olhares falavam volumes. Entendi então que o amor verdadeiro não precisa de grandes gestos ou declarações - às vezes, basta estar ali, presente.

Quando as primeiras estrelas surgiram no céu, fechei meu caderno, rico em histórias e reflexões. Caminhei para casa com o coração leve, compreendendo que o amor, em todas as suas formas, é o que dá sentido à nossa existência.

Naquela noite, antes de dormir, escrevi uma última nota: "O amor é como este parque - um espaço aberto onde histórias se cruzam, vidas se transformam e, a cada dia, novas possibilidades florescem. Basta termos olhos para ver e coragem para viver."

Com base nessas temáticas, proponho as seguintes questões para discussão em sala de aula:

O texto apresenta diversas formas de amor. Quais são elas? Como a sociedade influencia nossa compreensão do amor?

Essa questão incentiva os alunos a refletirem sobre a diversidade de expressões amorosas, além de questionar os valores e normas sociais que moldam nossas concepções sobre o amor.

O amor pode ser aprendido ou é algo inato? Como as experiências de vida moldam a forma como amamos?

A questão provoca uma discussão sobre a natureza do amor, se ele é um instinto ou uma construção social, e como nossas experiências pessoais influenciam nossa capacidade de amar.

O papel do espaço público nas relações amorosas: como os lugares que frequentamos e as pessoas que encontramos influenciam nossas experiências amorosas?

Essa questão incentiva os alunos a pensarem sobre a importância do contexto social para as relações amorosas, e como os espaços públicos podem ser palco de encontros e desencontros amorosos.

O amor é eterno ou se transforma ao longo do tempo? Como os relacionamentos evoluem ao longo da vida?

A questão aborda a dinâmica dos relacionamentos, a importância da mudança e adaptação, e a possibilidade de o amor se transformar ao longo do tempo.

A sociedade contemporânea valoriza diferentes formas de amor? Como as mídias e a cultura popular influenciam nossas expectativas sobre o amor?

Essa questão leva os alunos a refletirem sobre como os valores e as representações do amor na mídia e na cultura popular moldam nossas percepções e expectativas sobre os relacionamentos.

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domingo, 31 de julho de 2022

AMIZADE DE PROFESSOR E ALUNOS ("Quando defendemos os nossos amigos, justificamos a nossa amizade." — Marquês de Maricá)

 


AMIZADE DE PROFESSOR E ALUNOS ("Quando defendemos os nossos amigos, justificamos a nossa amizade." — Marquês de Maricá)

Por Claudeci Ferreira de Andrade 

Professor não pode sorrir para aluno, porque ele acha que é amigo demais para respeitá-lo e diferenciar as responsabilidades.

            "Uma raposa muito jovem, que nunca tinha visto um leão, estava andando pela floresta e deu de cara com um leão. Ela não precisou olhar muito para sair correndo desesperadamente na direção de um esconderijo que encontrou. Quando viu o leão pela segunda vez, a raposa ficou atrás de uma árvore a fim de poder olhar antes de fugir. Mas, na terceira vez a raposa foi direto até o leão e começou a dar tapinhas nas costas dele, dizendo:

_Oi, gatão! Tudo bom?"

Moral da história:

Da familiaridade nasce o abuso.

(Esopo)

           Então, como pessoas sensatas, devemos ser como uma raposa para reconhecer as armadilhas e como um leão para assustar os lobos, todavia quando se perde o medo vem a banalidade da relação. Maquiavel tinha razão: "Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha."  Sim, essa minha citação é muito radical mesmo, com objetivo de cortar o mal pela raiz, mas gosto mais da exceção, que como você observou bem, há raposa inteligente e prudente bem como leão que assusta quem deve ser assustado. Essa carapuça não serve para você, pois é uma pessoa maravilhosa e equilibrada. Que tenhamos sempre uma relação saudável e proveitosa.

           Sem falar que tem coordenador e diretor que detestam a relação de amizade entre professor e aluno, eles acham que todos estão contra eles. Sim, não tive medo de exagerar, a chance de acertar é grandiosíssima, pelas raríssimas exceções. E tem mais, dizem que é para evitar problemas de namoro, casamentos, abusos sexuais, complô. Barreira ineficaz, todo dia, a escola está nas mídias por esses motivos.

           Eu acho, pelo contrário, que deve sempre existir uma grande amizade entre aluno e professor, o professor nunca perde em ser amigo do aluno, e também o aluno nunca perde em ser amigo do professor, onde existe amizade, tudo fica bem mais fácil até para aluno treinar seus limites de domínio próprio e autonomia. Só se aprende de quem se gosta.

           Então, meu caro leitor, devemos ser amigos também dos pais de nossos alunos, e os pais devem ser amigos dos professores dos seus filhos. Confesso que coloquei uma pitada forte de ironia no primeiro parágrafo desta crônica para mostrar que a escola não está interessada na formação do cidadão, mas só em passar conteúdo. Arthur Schopenhauer define bem o tipo de amizade que devemos evitar: "Devemos nos proteger da familiaridade e das amizades idiotas."

No gozo de uma "licença-prêmio" ("Me dá licença que vou beijar o céu." — Jimi Hendrix)

 


No gozo de uma "licença-prêmio" ("Me dá licença que vou beijar o céu." — Jimi Hendrix)  

Por Claudeci Ferreira de Andrade
 

No gozo da minha licença-prêmio, esqueceram-se de mim, e os insatisfeitos com o meu trabalho gostam tanto quanto com a mesma intensidade, que eu longe deles. A concorrência nadou de braçadas. O Salário recebi seco, sem adicionais.

Pois bem, três meses antes, meu colega de trabalho, sabendo do meu favorecimento, se colocou em meu lugar e disse o seguinte: "O pior será quando você voltar ao trabalho e ver seus alunos melhores do que deixou... e se eles manifestarem o sentimento de que você não fará falta... sua ausência será mais produtiva... seu retorno será dispensável (riso)". Profecia maligna! Sim, meu amigo, existe essa possibilidade, sim, mesmo assim ainda quero que o meu substituto faça melhor do que eu, tudo em nome da boa educação. Como não se consegue desagradar a todo mundo, há de ter alguém que está lamentando minha pausa, contando os dias para me ver voltando. Aí, para balancear, cito minha aluna Luana: "Devemos ser como uma raposa para reconhecer as armadilhas e como um leão para assustar os lobos. Aprendi na sua aula de filosofia. Volta logo professor tenho muito o que aprender ainda com o senhor." A estes minha oração e até breve, 6 meses passarão rápido. A minha ausência, também é promissora para eles reconhecerem alguns valores em mim. Enquanto falarão de mim pelas costas, assim contribuirei até com minha ausência. É preciso muita coragem, senão muito trabalho para se fazer ausente legalmente. Já é uma virtude a humildade, paciência e perseverança para merecer uma licença qualquer.

E aqui justifico meu comportamento retraído com as palavras do Denilson Fernandes: "Sou um ser odiado por muitos... Quando preciso e quero sou pessoa perturbada sem escrúpulo e sem clemência... Sou chato, por que eu gosto de mostrar seus erros, seus medos e corrigi-los ... Você sentirá ódio de mim, mas se for inteligente me agradecerá depois. Quero seu bem, por isso sou chato olha seus pais, por exemplo, sempre são chatos por que lhe dão sermão... E eu tenho a mesma regra, pois aprenderam o que sabem hoje, por sermões que seus pais deram a você."

Neste caso, os prós e contras devem ser levados em conta. Com certeza, qualquer professor a me substituir fará bem à minha aluna exemplar, os semelhantes se apoiam e crescem juntos na melhor direção. Grato. Eu já ia dizer que o meio educacional ficaria vazio sem mim, mas quando morre uma célula, nasce outra no lugar automaticamente.


sábado, 30 de julho de 2022

MERCENÁRIOS DO MAGISTÉRIO ("Aos Mestres, todo meu apreço! Aos mercenários toda minha indignação." — Ronei Porto da Rocha)

 


MERCENÁRIOS DO MAGISTÉRIO ("Aos Mestres, todo meu apreço! Aos mercenários toda minha indignação." — Ronei Porto da Rocha)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Alguns docentes abrem mão do "abc" vocacional, tornando-se mercenários da "merreca" que recebem. Há felicidade sim ao amar sua profissão. Dizem que nem relógio trabalha de graça, é bem verdade, o relógio não tem prioridade, apenas trabalha. Quem tem interesse no trabalho dele lhe dá corda com prazer. O professor não é diferente, precisa se alimentar. Porém, não é aceitável um professor rico. Você já viu um rico ensinar outra pessoa a tornar-se rica? Eu nunca vi. O que precisamos ensinar é como sair bem das dificuldades. As dificuldades dos ricos não servem para os pobres.

           Em todos os grupos do Whatsapp das escolas, predominam as mensagens sobre salário. E reclamações de direitos salariais. Aff! Eu reclamo muito, também, não de salário; todavia dos erros metodológicos para melhorar a funcionalidade do sistema, isso implica mais trabalho e responsabilidade; quem reclama de salário nem sempre está pensando na melhora da educação: Quer tirar proveito econômico... "Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil? Não posso, não tenho condições. Muito menos com o salário que recebo (...) Outra coisa que me deixava mal era que, como vereadora, recebia em um mês o que a escola recebia em um ano para funcionar. (...) Durante o período como vereadora continuei recebendo o meu salário de professora. A diferença ficava para o partido e administrávamos coletivamente, apoiando movimentos sociais e estruturando o partido." (Amanda Gurgel). A contradição é:  se o aluno souber que ganha mais do que seu professor não o respeitará, não o escutará. Ser mercenário tornou-se uma necessidade profissional no sistema educacional público.  

           Podem mandar rios de dinheiro para a escola, pode fazer prédios e mais prédios, não melhorará o sistema educacional do brasileiro. O problema é político e insolúvel; talvez seja a falta de educação familiar, ou seja, o maior problema da precariedade das escolas é o aluno sem objetivo, propósito, respeito e disciplina. A Amanda Gurgel mudou o que na  Educação? Que diferença fez? Apenas ficou famosa, e eu nem isso. "Alguns alunos eram pré-adolescentes (6° e 7° anos) e esses eram bem desligados. Nem sabiam de nada sobre mim. Os adolescentes do 8º e 9º anos já eram mais antenados, mas não ficavam falando muito sobre isso… só algumas meninas que gostavam de conversar sobre machismo, mas nada muito intenso. De vez em quando eles diziam que eu era rica porque era uma celebridade! Mas era tiração de onda, eles sabiam que eu nem era rica, nem era celebridade." Amanda Gurgel.  

https://www.thaisagalvao.com.br/2020/11/23/cade-amanda-gurgel-campea-de-votos-em-2012-e-derrotada-com-mais-de-8-mil-votos-em-2016/ (acessado em 30/07/2022).

sexta-feira, 29 de julho de 2022

PROFESSOR NO CONTROLE OU CONTROLADO ("Aquilo que não puderes controlar, não ordenes." — Sócrates)

 


PROFESSOR NO CONTROLE OU CONTROLADO ("Aquilo que não puderes controlar, não ordenes." — Sócrates)

Este ano fui impedido por uma aluna do Ensino Médio de aplicar uma "Palavras Cruzadas" como didática para estudar vocabulário. Grosseiramente me interrompeu: — "O senhor não tem conteúdo da Secretaria de Educação para ensinar, não?" Por minha sorte, uma cópia da base curricular, sugerindo o conteúdo, estava ali em minha pasta, então lhe mostrei, foi como o bêbado entrar na igreja...  

           O aluno escolher o que quer que a escola ensine-lhe, é o mesmo que o paciente determinar ao médico o remédio que quer tomar! O foco dele não é atender a necessidade social, mas o prazer egoísta e imediato de quem sacrifica os outros para se dar bem em tudo. Ou mostrar-se controlador para seu grupo de fãs: foi o que percebi pelos os aplausos que ela ganhou.

            Em outra ocasião anterior, os alunos do 2º ano me denunciaram à coordenadora, dizendo que eu não estava ensinado os conteúdos devidos ao currículo para a série. Ele nem perceberam que uso o livro, pois dias anteriores outro grupo tivera reclamando que uso só o livro adotado pela escola, alegando que não fazia aulas criativas. Se eles de forma alguma sabem o que é ser aluno, também não sabem qual é o papel do professor. A verdade é que tudo na escola urde contra a autarcia do professor, que devia decidir sobre o quê, o quanto e o como ensinar. Contudo o controle o tolhe!


quinta-feira, 14 de julho de 2022

LICENÇA PARA INTERESSE PARTICULAR. ("Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" — Amós 3:3)

 


LICENÇA PARA INTERESSE PARTICULAR. ("Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" — Amós 3:3)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

RECEBA: "Quem é prudente vê o perigo e se esconde, mas os inexperientes vão em frente e sofrem as consequências." (Prov. 22:3). Pedi uma licença para interesse particular, abrindo mão de minha função como professor do ensino fundamental no município em que trabalho por 20 anos. Para o real motivo, faço minhas as palavras de Bob Marley: "Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer." Estou desqualificado para ensinar a base curricular para os "especiais" que povoam as salas de aula "normais" com uma assistente preparada para cobrar do professor (leva e traz). Não estou compreendendo mais o sonido das trombetas — "Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?"(1Coríntios 14:8 ARC ). Vocês venceram por W.O. (Walk Over): Homofóbicos, racistas, feministas e adolescentes erotizados pelas mídias! Disso me acusam injustamente, só porque penso diferente de vocês: Desrespeitadores que exigem respeito! Minha fonte de orientação é a Bíblia, não maltrato ninguém. Vocês condenam nos outros aquilo que querem eliminar em si próprio e não têm brio moral: é mais fácil jogar a culpa nos outros. Essa é uma transferência dispendiosa, com muitas consequências negativas. O falsário e o desrespeitoso causam trauma em ambos os lados. Medimos os outros com a medida que temos. O etarismo ganhou mais uma vez, e os anciãos tradicionais e "quadrados" pagam o preço pela perspectiva de vida reduzida dos que pregam o "amor", "respeito" e a "igualdade". Na pandemia os professores aprenderam dar aulas com a boca amordaçada, agora terão que usar óculos escuros para evitar olhares maldosos. Disso também me acusaram. O que os semianalfabetos da escola supões é a verdade suprema, sabem até o que o professor pensa, só não querem aprender o que ele sabe das matérias. Logo só mulheres feministas e homossexuais serão bons professores.

O profeta não amaldiçoa ninguém, apenas conhece o Deus que atribui justas consequências e anuncia sua mensagem. O profeta Kacou (Kc 151:19) já previa as consequências para os zombadores de seu ministério. "O que vai acontecer? As pessoas irão falar contra o profeta Kacou Philippe e a sua Mensagem numa casa, num templo, numa igreja, numa mesquita, num veículo, num local de trabalho ou outro, e o Anjo de 24 de abril de 1993 irá atingi-las. Alguns cairão mudos e inconscientes até à morte. Outros serão atingidos pela loucura, cegueira, epilepsia, paralisia e várias doenças que a medicina não conseguirá curar (... O profeta que previu a Covid-19 também está prevendo os sintomas da pandemia para os incompatíveis com o amor ao próximo). Os milagres que as nações precisam são os mesmos milagres que Moisés deu aos Egípcios." Algo semelhante e também significativo já aconteceu no passado, relatado na Bíblia, quando duas ursas mataram 42 meninos por desrespeito e zombaria ao profeta Eliseu, (2 RS 2:23-24). Se sou do Diabo, estou fazendo minha parte educadamente, retirando-me e desocupando o espaço de Deus e dos seus servos; porém, se sou de Deus, e ainda não terminei a minha missão, e forçado pelas circunstâncias, saí. A justiça vai acontecer: circunstâncias ruins não existem sem provocação! Com essa dúvida, entrego-me ao nosso Criador, que faça recair a morte sobre mim, se não estou de seu lado ou se fugindo de Sua vontade. Ao contrário, destrua os afetados causadores desse abandono. É que, às vezes, não se tem outra opção, humanamente falando, só nos resta fugir do perseguidor. Logo, nesse tempo "empoderador", nas escolas fundamentais, só terão mulheres lecionando e/ou escravos de adolescente. (Isaías 3:12).

segunda-feira, 11 de julho de 2022

POPULARIDADE REVERSA ("A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre." — Oscar Wilde)

 


POPULARIDADE REVERSA ("A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre." — Oscar Wilde)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ah, o sucesso! Essa miragem que tantos perseguem como se fosse um prêmio reservado apenas aos poucos capazes de lidar com a fama. E eu, operário da vida, professor do cotidiano, me pergunto: será que estou fadado a ser apenas trabalhador? Essa dúvida me assombra. E você, já se questionou da mesma forma?

Junho chegou com o cheiro de fogueira, as cores das bandeirinhas e a promessa alegre das festas juninas — um convite aos sonhos. No entanto, o dia 3 começou atravessado. Vesti minha calça xadrez, símbolo de uma tradição que me comove e de uma rebeldia que me define, e fui à parada cívica em homenagem ao aniversário de Senador Canedo, minha cidade. No meio do povo, entre alunos, colegas e conhecidos, busquei a simplicidade do convívio. Era “professor pra cá, professor pra lá”, alguns me chamando, outros acenando ou apenas meneando a cabeça — um respeito silencioso a quem, mesmo sem fama, deixa marcas.

Naquele instante, minha vida profissional parecia pulsar com um entusiasmo quase onírico. Mas a beleza se desfez na rigidez da burocracia. Cheguei atrasado, a coordenadora já havia partido, e meu ponto foi cortado nos documentos da escola. A frustração me invadiu. Pensei nas alianças que tantos vangloriam, mesmo quando contradizem o que é justo e ético. Seria preciso abrir o coração à resiliência ou, talvez, fechar os olhos às pequenas injustiças? Há quem diga que, quanto mais nos aproximamos das pessoas certas — e quanto mais afrouxamos nossos princípios —, maiores são as chances de destaque. Mas essa lógica é um abismo que chama outro.

O restante do dia seguiu tenso. Ainda assim, mantive a calma. Meu celular, sempre ligado, vibrava sem cessar. Uma mensagem vazia aqui, outra ali, e eu, com minha estranha generosidade, respondia a todas. Como se esse ruído constante significasse algum progresso. Às vezes me iludo, achando que tudo isso faz parte da busca pela felicidade. Talvez seja ingenuidade. Talvez seja só o lado bom da minha tolice.

Hoje, com mais distância e reflexão, entendo que o verdadeiro sucesso não está no aplauso, na fama ou no ponto registrado no controle trabalhista. Está na capacidade de seguir em frente, mesmo quando o entusiasmo se esvai e a rotina pesa. Reconhecimento não deveria custar nossos princípios. A vida é um emaranhado de expectativas e realidades, e manter-se íntegro já é, por si só, um grande feito. O medo de ser “só trabalhador” talvez nunca desapareça. Mas, se há algo que aprendi, é que o valor do que fazemos está menos na visibilidade e mais na honestidade dos nossos passos. Afinal, a paixão silenciosa com que nos entregamos ao ofício diz mais sobre nós do que qualquer fama barulhenta.



Minha crônica é uma reflexão profunda sobre o sucesso, o trabalho e os dilemas éticos no ambiente profissional, especialmente no contexto educacional. Ela aborda a dicotomia entre o reconhecimento formal e o valor intrínseco do trabalho, além de tocar em questões de burocracia e pressões sociais. Como professor de sociologia, preparei 5 questões discursivas e simples para aprofundar essas ideias:


1 - A crônica inicia com a pergunta: "Será que estou fadado a ser apenas trabalhador?" e questiona a ideia de sucesso atrelado à fama, em vez do esforço no trabalho. Como a Sociologia do Trabalho analisa a construção social do "sucesso" na sociedade contemporânea e de que forma essa concepção pode gerar angústia e insatisfação nos indivíduos que não se encaixam nesse padrão?


2 - O autor descreve o corte de seu ponto por atraso como um exemplo da "rigidez da burocracia" que desfaz o "entusiasmo" profissional. Como a Sociologia das Organizações compreende o impacto da burocracia excessiva nas relações de trabalho e na motivação dos profissionais, especialmente em instituições como a escola?


3 - A crônica levanta a discussão sobre as "alianças" e o "afrouxar os princípios" em busca de destaque, comparando essa lógica a um "abismo que chama outro". Discuta, sob a ótica da Sociologia da Moral e da Ética, os dilemas enfrentados pelos indivíduos em ambientes competitivos e as pressões sociais que podem levar à relativização de valores em busca de reconhecimento.


4 - O texto menciona a interação com o smartphone e as "mensagens vazias" como parte de uma "busca pela felicidade" que pode ser "ingenuidade" ou "tolice". Como a Sociologia da Comunicação e das Relações Sociais analisa o papel das mídias digitais na vida cotidiana e a forma como a constante conectividade pode influenciar a percepção de produtividade, felicidade e realização pessoal?


5 - Ao final, o autor reflete que o "verdadeiro sucesso não está no aplauso, na fama ou no ponto registrado no controle trabalhista", mas na "capacidade de seguir em frente" e na "honestidade dos nossos passos". Como a Sociologia da Vida Cotidiana pode interpretar essa busca por um sentido mais autêntico do trabalho e da existência, em contraposição aos valores materialistas e superficiais que muitas vezes são impostos pela sociedade?

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