"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Coleção 66 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Coleção 66 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

66—1 A igualdade de gênero destrói as famílias; a pedagogia mercenária destrói as escolas e o abuso da fé nas igrejas destrói a religiosidade. E eu aqui destruindo a mim mesmo, recusando a "mordaça".

Claudeci Ferreira de Andrade

66—2 Meninos e meninas comprados e vendidos por notas na escola, para agradar professores manipuladores; ensinados assim, vender-se-ão facilmente por coisas piores, no mercado de trabalho, para agradar patrões exploradores. '... Assim também podereis vós fazer o bem, estando tão habituados à prática do mal?' — Jr. 13:23.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—3 Aluna adolescente QUE, na escola, TENTA COMPRAR PROFESSOR COM FAVORES SEXUAIS, O QUE FARIA, quando no mercado de trabalho, PARA SUSTENTAR OS VÍCIOS? OU POR PÃO? O desejo por facilidade nunca diz basta!

Claudeci Ferreira de Andrade

66—4 O que os doutores, mestres educacionais e pedagogos fizeram do sistema educacional público? A calamidade é negociada para gerar receita. Só não sei se o neg(ócio) vai se autossustentar por muito tempo! O remédio chama-se pandemia.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—5 Quando você age incoerentemente, deduz-se que os outros são idiotas. Contudo, "Furar" a greve é falar a mesma língua para receber uma porcentagem de alguém que recebeu para desarticular o propósito da categoria representada pelo sindicato. Jargão de professor.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—6 O medo é precursor do respeito. Quanto mais se facilitar para o miserável menos respeito, ele lhe prestará. Assim, são os desrespeitosos, se esforçam para mostrar que não tem medo, desvalorizando a liberdade que ganharam: ingratos.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—7 Eu acreditava que fora da escola, ou seja, sem estudar, ninguém prosperaria. Por isso, estudei o suficiente para, só agora, entender que fora dos muros da escola, há um mundo próspero que faz a diferença na música, no esporte, na construção civil e nas artes!

Claudeci Ferreira de Andrade

66—8 Por que as vozes imperativas continuam mandando as crianças para a escola, se todavia os exemplos de sucesso desestimulam-nas no esporte, na música, na construção civil e nas artes.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—9 Mesmo com uma internet boa, essa tal Plataforma virtual cai e derruba tudo que já foi digitado, antes de salvar, é o diário eletrônico. Pensei que a culpa era minha... !@#$%¨&*§ªº°... e faz a "média" errada. A educação não tem sorte nem em contratar um provedor de aplicativo que contemple as necessidades da eficiência. Alguém já disse que o barato sai caro.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—10 Às vezes, não se tem outra opção, só nos resta a vingança.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—11 Eu sempre trabalhei sozinho, minha causa não é comum. Inovar é difícil, apenas você tem me visto por ali, no ambiente de trabalho. Se pelo menos tivesse a perspectiva de um cronista, vá lá. Por isso, talvez, nem saiba ser colega de trabalho, como pretende intimidade? Mas, sei perfeitamente o que é um perseguidor. Quando os bons deixam de se esforçar, os maus sobressaem.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—12 QUEM É O SATANÁS, SENÃO O PROMOTOR DO INFERNO? E OS DO "INFERNO" TAMBÉM FALAM A MESMA LÍNGUA? CORPORATIVISMO DÁ FORÇA AO ERRO, POIS A MAIORIA SEMPRE ESTÁ CAMINHANDO PARA O CAOS E SEMPRE VENCE.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—13 Devemos provocar os sintomas da doença com um remédio poderoso, se queremos que o corpo nos ajude a combatê-la. É assim que descobrimos a cura. As vacinas confundem o organismo com Fake. Os problemas da educação devem-se agravar, com a disseminação das "más notícias".

Claudeci Ferreira de Andrade

66—14 Professores, de tanto ensinar, fazem qualquer um de aluno, e, aluno de qualquer um. Tornando-se qualquer um.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—15 As escolas públicas precisam mais de recepcionistas, por ser um lugar de educação, do que de porteiro musculoso, fardado, armado: segurança. Ninguém recebe a pedradas cordialidade, a informação correta e um livro de honra com o registro dos visitantes causam boas impressões.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—16 O dinheiro desperta o Deus que dorme dentro do homem! Compra amizades, pelo menos na escola, se não contribuir com as vaquinhas, compra inimigos.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—17 Quando se tem certeza que está fazendo o certo, faz-se novamente sempre que precisar, nem a lei nem o amor seriam barreira para a justiça. O encoberto um dia virá à tona. Não sentir vergonha do que fez é muito gratificante. Alguém já tinha dito que não devemos fazer nada que nossos inimigos não possam saber.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—18 Não me impeça de contar as cruzinhas do meu caderno de classe, são o registro dos que cumprem com as atividades. Eu não vejo outra forma de avaliação contínua sem registrar a produção constante do aluno. Para não vistar a sua atividade cumprida, terão os professores de dar notas com olhos fechados, aumentando a chance de errar.

Claudeci Ferreira de Andrade

66—19 Se tenho uma missão, ela me tem. Uma missão nunca acaba, apenas abandonamos um ao outro. Mas, para eu continuar sendo o professor, tenho que abraçá-la; sob o acordo de esquecer os vendáveis, e eles me esquecerem.

Claudeci Ferreira de Andrade

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Coleção 65 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)


 

Coleção 65 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

65—1 Um professor desconhece os perigos de sê-lo, pela ganância de sê-lo. Mas, as forças do além fazem-no permanecer vivo, porque ele precisa exemplificar o que ensinou! É professor e cobaia de si mesmo!

Claudeci Ferreira de Andrade

65—2 QUEM, NA VÉSPERA DA MORTE, NÃO LUTOU CONTRA ELA, MORREU, E NÃO AMOU A VIDA, pois não lutou o suficiente.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—3 A maioria sempre esta errada, todavia a minoria que esconde o teu carrasco, este é sempre o orgulhoso, arrogante, prepotente e despótico, querendo te provar que não és digno do posto! Ele é um inútil e luta a fim de te reduzir à medida dele.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—4 A tendência ideológica da animalização do humano frente a essa humanização dos bichos, se deve ao naturalismo em voga. Nesse caso, também vinculamos a grande contribuição do ideário da "igualdade de gênero", metamorfoseando o biológico pelas influências do meio. E mais diretamente aos carnívoros que muda o DNA.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—5 O QUE Plantei, ensinou-me, FIZ CURVAS, MAS DÓI MAIS A FURADA DO ESPINHO QUE OS OUTROS PLANTARAM.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—6 O Titanic foi feito para afundar, embora seus fabricantes não soubessem disso. Assim como um avião não é feito para submergir, mas acontece. O que não vimos ainda foi um submarino voando! Talvez, um leve o homem a Marte, sem primeiro ter ido a lua. Quem tem muita certeza das coisas não é digno de confiança.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—7 Sou portador de sentidos, sou a razão do prazer que sinto. Se o prazer é pecado, então nossa existência é pecado. O medo do pecado é exatamente, o de existir, portanto é o mesmo medo do prazer proibido pela religião dos compradores de Deus, com dízimos.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—8 O pecado que a igreja condena tem no céu: A satisfação dos sentidos, prazer. E o pecado que o Céu condena tem na igreja: As relações sexuais, ambição! Mas, é o inferno terráqueo que nos ensina o "jeitinho brasileiro".

Claudeci Ferreira de Andrade

65—9 Toda relação prazerosa é flacidificadora da potência. Nenhum movimento brusco, eu o chamaria de pecado, mas precursor do descanso: preparo para outro prazer!

Claudeci Ferreira de Andrade

65—10 Não há pecado, há, sim, maneiras diferentes de gozar a vida, saborear cada consequência prazerosa tanto para vida como para a morte: esta, o gozo último. O prazer que traz a vida é o mesmo que traz a morte! E todos os prazeres nos prepara para o último.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—11 O Brasil que quero, transportado por caminhoneiro, vai embora. Nossa pátria não é mais menina! E o herói de nossa gente continua sendo o MACUNAÍMA. Nossa riqueza é gasolina! Evapora! — aqui fica ({ar)[rima]}.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—12 Quem te promete a liberdade, escraviza-te com a promessa, alimentando a esperança! O pior inimigo é aquele que se aproxima de ti como amigo, oferecendo solução para os seus problemas, sem tê-las.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—13 Se o amor de Deus é tão vasto, maior que seu juízo, não há justiça nEle. Está frouxo, não se anularam os dois pesos e duas medidas. Muito amor e excesso de justiça é injustiça.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—14 Se a Bíblia veio antes da igreja, esta originou-se daquela, mas se foi a igreja a primeira, então esta originou aquela.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—15 Umas pessoas nascem para ser boas, embora se esforcem para ser ruins, devido as más companhias: influências. Mas, na primeira oportunidade provam a sua índole positiva. O oposto também é verdadeiro. O perverso se sentindo invisível, grita, assobia e faz coisas horríveis: está na índole dele. Pode o leopardo mudar suas manchas?

Claudeci Ferreira de Andrade

65—16 "Nenhum grande homem se queixa de falta de oportunidades." (Ralph Waldo Emerson). Isso é verdade, eu nunca vi faltar vaga de trabalho para "professor"! Mas, também já vi muitos alunos que não respeitaram seus professores e nem a escola, não valorizaram seus estudos e hoje continuam em subempregos. Mais tarde voltam para a EJA, comer no prato que cuspiu, acusando o sistema, dizendo que não tiveram oportunidade, são vítimas sociais! Ou ...levianos sociais?

Claudeci Ferreira de Andrade

65—17 Falar a mesma língua é reproduzir o discurso da coordenadora: cartel de ideia. Um corporativismo da conveniência não é saudável. O professorado precisa é de responsabilidade no trabalho e transparência na execução das normas profissionais. Assim se fará a união da categoria. Quando pararem de mentir para o alunado e deixar de usá-los, então terão o respeito voluntário deles.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—18 Aos benfeitores, sendo uma minoria, ainda tenho a sensatez de parabenizá-los, porque cumprem suas obrigações. Certamente a visão desses com relação ao esforço do professor em apresentar aulas criativas é positiva. E por estes poucos ainda existo.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—19 NÃO É O PLANO DA AULA, FEITO PREVIAMENTE, O SEGREDO DE UMA BOA AULA É A AMIZADE ENTRE AS PARTES. Alguns já me pediram pagamento para assistir minha aula comportadamente.

Claudeci Ferreira de Andrade

65—20 O professor já foi autoridade em sala de aula, um profissional de respeito, mas agora fazemos o que dá, o que é possível ou nos deixam fazer. Somos regulados por denúncias de populares comuns a algozes de plantão, só porque têm filho na escola e não confiam na escola. Então descontam em alguém. E os noticiários cobrem tudo tendenciosamente.

Claudeci Ferreira de Andrade

sábado, 29 de janeiro de 2022

Coleção 64 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Coleção 64 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

64—1 Quase sempre o suspeito não é o culpado, é, o que mais cuidou de sua aparência, até desviar toda a atenção para o descuidado. Mas, vence no final o inocente, porque tudo acaba no marco zero, onde a verdade se vinga.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—2 Os sábios dignificam a morte temendo a vida, mas os tolos estragam a vida temendo a morte. Os sábios temem a luz por esta lhes negar as trevas, e os tolos temem as trevas por lhes negarem a luz.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—3 — "Se fosse as 23h, eu não colocaria nem a minha cabeça aqui fora!" Que tipo de segurança nos ensina um agente escolar amedrontado?

Claudeci Ferreira de Andrade

64—4 Que efeito terão as manifestações públicas, apelando à consciência dos bandidos em prol da paz? Vale de alguma coisa pedir ao estuprador para não estuprar? Ou o que gritam as vítimas que ainda continuam vítimas?

Claudeci Ferreira de Andrade

64—5 Em se tratando de pecado e dor na consciência, a voz do Diabo, aquela do lado esquerdo, sempre foi, também, a voz de Deus, testando seus desejos.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—6 Um filho retribui o investimento de um pai, livrando-o das privações futuras. Mas, o pai precisa tê-lo ensinado como salvar-se a si mesmo no presente.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—7 A falta da beleza sempre foi inimiga da ignorância. E a feiura do líder torna feia a beleza da gente. 'Em que espelho ficou perdida a minha face?'

Claudeci Ferreira de Andrade

64—8 Talvez seja esse o motivo dos alunos não se dedicarem aos estudos! A beleza de quem os ensina não é inspiradora! Não sei o que será, se o sistema é feio e burocrático, aberto a abusos e aberrações, está cheio de professores velhos e feios que não morrem nunca e com a aposentadoria dificultada; porque os outros velhos da administração precisam cumprir o tempo de serviço e idade.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—9 Alunos solicitam mais aulas de espanhol, porque a professora é bonita. A falta da beleza será uma barreira à inteligência? Se os professores forem concursados pela aparência como modelos fotográficos, poucos alunos prosperariam para o magistério. Sou feio, mas não como você!

Claudeci Ferreira de Andrade

64—10 Todo mundo tem receita para o professor, como se ele fosse o culpado de todos os desarranjos da educação pública, mas ninguém tem, para o aluno. Se eles (alunos) soubessem ser aluno, não teria professor ruim! O que falta é o tal de aprender aprender. Como um professor pode ser profissional, se é refém de pais analfabetos funcionais e coordenadores pedagógicos que defendem o aluno das garras do professor?

Claudeci Ferreira de Andrade

64—11 Uma mulher bonita que se aproxima de você do nada e está muito interessada na sua vida, ela distribuirá mentiras fáceis, deve-se olhar sim os dentes do cavalo dado, embora não goste do que irá ver. Uma mulher bonita é quase sempre posta como isca!

Claudeci Ferreira de Andrade

64—12 Os cursos facilitados vêm como terremoto, abrindo as sepulturas dos poupadores de esforços. Porém, os mágicos da educação não dizem qual será o próximo passo. Talvez você olhe para o horizonte a distância, com o diploma na mão, para ver se ainda está no páreo.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—13 "Educação de Jovens e Adultos" 100% a distância e, tão distante que só se vê o alvoroço! É a notícia alvissareira, agora podemos ser úteis sem qualidade, praticando a lei do menor esforço em detrimento da modalidade regular. "Dois pesos e duas medidas", isso pode!

Claudeci Ferreira de Andrade

64—14 Que matemática é essa: a da média? Os bons alunos são diluídos entre os ruins! Enquanto os índices estiverem baixo, empregos são garantidos, verbas mordidas e um sem fim de reuniões mascarando a "embromatologia".

Claudeci Ferreira de Andrade

64—15 E viva esta gradação maligna: A não reprovação gera indisciplina; esta, a não aprendizagem; esta, o incompetente; este, por sua vez, tornando-se professor na mesma escola que o plantou, faz-se a colheita malfazeja da semeadura ruinosa que comprova a lei da causa e efeito infalível.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—16 Se a família não serve para educar suas crianças, obrigada a matriculá-las na escola, que se eduquem as famílias, ainda objeto de confiança dos menores. Falsa equivalência!

Claudeci Ferreira de Andrade

64—17 Quem insiste em dizer que a Bíblia é a palavra de Deus com tantas versões e traduções? Talvez um dia, chegue a sê-lo, quando as palavras tiverem significados iguais: 'Bíblia da mulher; Bíblia dos gays; Bíblia do pastor, Bíblia da criança; Bíblia de estudo'. E os crentes fanáticos são politeístas e não sabem.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—18 Eu sou racista, machista e homofóbico, detesto a igualdade dos comuns! Até quando a maioria continuará sempre vendendo? Porém, o ideal é ser respeitoso. Toda igualdade é o mesmo que generalização: é burra.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—19 Qualquer planejamento feito por um grupo de pessoas é gorado. Não há segredo na boca de muitos, em cada doze, um assumirá o Judas para vender uma cópia do projeto. Quem chega do nada com mãos cheias de estratégias, sairá para o nada de mãos vazias! Antes de estragar o plano de Deus.

Claudeci Ferreira de Andrade

64—20 Quando o outro professor tira um aluno da sala, porque está atrapalhando sua aula, ele finge ser meu amigo; invade minha sala para se refugiar. Como um intruso, puxando conversas frívolas, tira novamente a primazia do tempo dos que querem estudar. Até eu descobrir que não foi a coordenadora que o remanejou de sala.

Claudeci Ferreira de Andrade

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O DOUTRINAMENTO DA VACINAÇÃO. ("A política é a doutrina do possível". — Otto von Bismarck)

 


            

O DOUTRINAMENTO DA VACINAÇÃO ("A política é a doutrina do possível". — Otto von Bismarck)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ainda me lembro com nitidez do som abafado dos primeiros noticiários sobre aquele vírus longínquo, algo que parecia confinado ao noticiário internacional, tão distante da nossa realidade quanto um eclipse em outro hemisfério. Mas, como uma onda silenciosa, o Coronavírus atravessou oceanos e certezas, invadindo nossas rotinas, redesenhando o cotidiano que julgávamos imutável. Suas variantes continuam a surgir, como se nos lembrassem — dia após dia — que o antigo normal talvez não passe de uma miragem no retrovisor.

Ontem, da janela da sala, vi duas pessoas se encontrando na calçada. Um mascarado se aproximou, e o outro deu um passo atrás, quase por instinto. Um balé estranho, que há pouco tempo seria incompreensível, hoje é gesto automático. Confesso que fiz o mesmo no mercado pela manhã — aquele recuo quase coreografado, quando alguém cruza o nosso novo e silencioso perímetro de segurança. Já me convenceram de que deve ser assim. Mas, às vezes, me pergunto: será que essa distância também se instalou entre as almas? Talvez precisemos de proteção não apenas contra vírus, mas contra a presença do outro — contra sua humanidade tão próxima, tão ameaçadora.

Enquanto isso, ouve-se um clamor pelas escolas públicas: querem reabrir, reviver o chamado "velho normal", como se fosse possível ressuscitar um tempo idealizado — tempo esse que, para muitos, era sustento, era rotina, era chão firme. Pressionam pelo retorno das aulas presenciais, com a justificativa de que são mais eficazes do que as remotas. Talvez isso seja verdade em alguns casos — sobretudo no delicado processo da alfabetização. Mas não consigo evitar uma pergunta incômoda: não estaríamos delegando demais à escola aquilo que deveria começar em casa?

Educar é, antes de tudo, ato de presença, e não apenas física. Quando terceirizamos completamente a formação inicial de nossas crianças, não transferimos apenas letras e números, mas abrimos as portas para que suas personalidades sejam moldadas por outros — por olhares que carregam ideologias, convicções, intenções. Ninguém ensina de forma absolutamente neutra. Assim como um repórter não consegue narrar os fatos sem deixar escapar algum traço pessoal, o educador também imprime sua marca, ainda que involuntariamente.

E é nesse espaço sutil — quase invisível — que ideologias ganham corpo, ocupando as lacunas deixadas por uma sociedade que, muitas vezes, se ausenta da formação de seus próprios filhos. A escola reflete o mundo, sim, mas também o influencia. E, então, nos perguntamos: até que ponto o Estado é verdadeiramente laico, se seus agentes carregam convicções que transbordam nas salas de aula?

Hoje à tarde, caminhando pelo bairro, ouvi um grupo debatendo a possibilidade de demissão por justa causa para funcionários que se recusarem a tomar a vacina. E lembrei dos nossos paradoxos nacionais — não somos obrigados a votar, mas precisamos do comprovante de votação para obter um passaporte. Um curioso jogo de liberdades condicionadas, de obrigações disfarçadas.

E se um aluno ou professor contrair o vírus dentro da escola? A quem caberia a responsabilidade? Poderia o Estado ser responsabilizado por isso? A verdade é que máscaras, por mais indispensáveis que sejam, não são invulneráveis. E as vacinas, ainda que representem nossa maior esperança, não são garantias absolutas.

As contradições desse tempo me fazem lembrar as palavras de Luiz Roberto Bodstein:

"O pior em sociedade é o doutrinamento, já que confundido com 'chamada à verdade'. Mas no ensino real se entrega a chave para que o aprendiz busque a resposta por si mesmo, pois se o desejar ele o fará. Já no doutrinamento se busca transferir a crença do 'correto presumido', ilegítimo pela pretensão de que se detém a verdade, da suposta prevalência de uma crença sobre outra, e de uma imposição onde só a nossa versão é válida."

Que linha tênue é essa entre ensinar e doutrinar! Enquanto o verdadeiro ensino liberta, o doutrinamento aprisiona — e o pior cárcere é aquele em que se entra acreditando ser liberdade.

Vejo igrejas de portas fechadas, protocolos que se contradizem, e uma sociedade tensionada entre o medo e a necessidade de continuar. O chamado “novo normal” se assemelha a um labirinto onde tateamos às cegas, esperando por soluções que, às vezes, ganham contornos quase messiânicos.

Talvez essa seja a lição mais dura que herdamos deste tempo: precisamos aprender a questionar, a discernir, a buscar — por nós mesmos — o equilíbrio possível entre proteção e liberdade. A pandemia um dia vai passar, mas suas marcas continuarão visíveis em nossos gestos, em nossos olhares, na forma como nos aproximamos — ou nos afastamos — uns dos outros.

Enquanto isso, sigo aqui, observando da janela o mundo mascarado. E cada recuo diante do outro se transforma em lembrete sutil: algo mudou. E talvez nós — lá no fundo — também tenhamos mudado para sempre.



Esta crônica é um mergulho nas complexidades sociais e existenciais que a pandemia acentuou, abordando temas que vão da micro-interação à estrutura do Estado. Com um olhar sociológico, podemos extrair questões importantes para análise.

Com base nas ideias principais do texto e com um foco na perspectiva sociológica, preparei 5 questões discursivas simples:



1. As Mudanças nas Interações Sociais Pós-Pandemia: A crônica observa como gestos como manter distância e o uso de máscaras se tornaram um "balé estranho" e "gesto automático". Sociologicamente, como a pandemia do Coronavírus e as medidas de saúde pública alteraram as normas de interação social e a nossa percepção sobre o espaço pessoal e a proximidade física nas relações do dia a dia?

2. A Escola como Agente de Socialização e Transmissora de Valores: O texto levanta a questão de que o professor transfere mais do que apenas conhecimento formal ("letras e números"), imprimindo também "ideologias, convicções, intenções". Sociologicamente, como a escola atua como um agente de socialização, transmitindo valores e visões de mundo (muitas vezes de forma não intencional), além do currículo oficial?

3. Ensino vs. Doutrinamento no Contexto Social: A crônica cita Luiz Roberto Bodstein sobre a diferença entre "ensino real" (dar a chave para buscar respostas) e "doutrinamento" (transferir crenças). Sociologicamente, por que é importante essa distinção para a formação de cidadãos críticos, para a autonomia de pensamento e para a dinâmica das instituições educacionais em uma sociedade democrática e plural?

4. Controle Social e Poder do Estado: O texto aborda exemplos como a possível demissão de funcionários por justa causa por recusa de vacina e a exigência de comprovante de votação para o passaporte, chamando-os de "paradoxos nacionais" e "liberdades condicionadas". Sociologicamente, como podemos analisar essas situações como mecanismos de controle social exercidos pelo Estado, que utilizam regras e exigências para influenciar comportamentos e condicionar o acesso a determinados bens ou serviços?

5. Incerteza Social e Busca por Sentido no "Novo Normal": A crônica descreve a vivência do "novo normal" como um "labirinto onde tateamos às cegas" em busca de respostas e sentido. Sociologicamente, como períodos de grande incerteza, crise e desorientação social (como uma pandemia) afetam a confiança dos indivíduos e dos grupos sociais nas instituições, nas informações e na capacidade de encontrar um sentido ou direção clara para o futuro em meio ao caos e às contradições?

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domingo, 9 de janeiro de 2022

Coleção 63 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Coleção 63 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

63—1 OS ALUNOS FICAM MAIS FORA QUE DENTRO DA SALA DELES, VINGANDO-SE DOS PROFESSORES CHATOS, POIS A COORDENADORA PEDAGÓGICA CULPA O MESTRE. O professor "ruim", sem imposição, deixa o aluno fora da sala na hora de sua aula. O coordenador "bom" é aquele que inspeciona, o tempo todo, nos corredores da escola, tangendo alunos para dentro das salas. E o aluno "esperto" é aquele driblador do sistema, usando o comportamento mais bizarro possível, ainda se justificando com desculpas bem elaboradas. Entre as quais: o professor não está passando nada no quadro.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—2 Falando sobre escola real, a falsa é aquela que promove mais o uniforme e o luxo dos seus alunos, do que o saber para um viver de reais valores.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—3 O pecado da escola é o aluno desmotivado. Quem quer aprender, aprende até sem ter quem o ensine (a internet é suficiente). O que os pedagogos ainda não aprenderam, é não querer ensinar o que não devem; mas, devem tornar-se exemplos raros de qualidade para serem valorizados. A quantidade é o pecado da internet.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—4 O Critério para se ter um Deus verdadeiro é não conhecê-Lo. O meu não tem sentimentos, mas é totalitário! E se há alguma coisa fora dele são seus atributos.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—5 A rebeldia dos fracos leva à divulgação maldosa (fake news), aos gritos, fermentando os supostos erros dos outros! Por não terem cacife, ao atribuir-lhes o mais severo castigo, fazendo tempestade em copo d'água, objetivando a simpatia dos terceiros de mau gênio, sedentos por diversões extravagantes.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—6 Os alunos de antigamente nos tratavam com um "sim senhor", hoje é "querido" e a relação professor/aluno cada vez pior. Eles entendem por elogio, "cantada". Deus me livre de colocar parabéns em suas redações. Serei apedrejado pelos invejosos e ciumentos.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—7 A reação natural de quem é ameaçado é pedir a ajuda de alguém mais forte, fechando a guarda, mas, eles não são capazes de racionalizar que quem quer tirar mel não deve espantar a colmeia.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—8 Os boatos, tomo de alerta, fugindo dos grandes abismos! Por isso, gosto de meus inimigos, suas demências justificam as minhas e promovem minhas espertezas.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—9 Vivemos em um mundo onde o oprimido também é opressor, tal qual, o violentado é violentador. Os humilhados alunos são os achadores de erros nos seus professores para humilhá-los da mesma forma que são humilhados pelo Sistema.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—10 Na guerra, o homem perde a consciência e, tendo de matar um leão todo dia, perde o respeito de si e da natureza. Então, sem consciência e respeito próprio, viram canibais da carne e da reputação uns dos outros. Nisso são reflexivos mutuais ou zumbis apocalíptico.

Claudeci Ferreira de Andrade

63— 11 As regras inúteis da escola quebram a resistência dos alunos para os embates com o futuro. Colocam-nos em fila para aprenderem o quê, se os livros são poucos? Será se os coordenadores desconhecem a realidade! Ou só defendem seu "ganha pão"?

Claudeci Ferreira de Andrade

63—12 Gostaria de um presente dos deuses que me equipasse novamente com o vigor, a saúde e a energia vital. Todavia, o tempo não tem volta, assim como meus inimigos vencidos se foram, vou eu também como inimigos dos outros. O Céu não existe.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—13 Como vê, é profundo dentro de mim o senso de infelicidade sem o prazer de lutar e vencer, mesmo tendo uma coisa desejada por muitos: uma aposentadoria à vista e segurança: aliás, aposentadoria mata de sedentarismo, e a mercê do tempo não há segurança!

Claudeci Ferreira de Andrade

63—14 Não, não me faltam inimigos, falta-me, na verdade, o vigor da juventude, e não compreendo a coerência Divina, se a mercê do tempo não há segurança! Agora, eu não poderia administrar os ataques deles com as impossibilidades naturais de uma homem de terceira idade. Como pode um homem velho ter inimigos jovens? É inadmissível e um desafio desleal.

Claudeci Ferreira de Andrade

63— 15 Os desejos carnais ainda moram dentro de mim, sinto-me insatisfeito com esta ausência de guerra; parece-me razoável crer que não sou feliz, embora tenho a tranquilidade do silêncio, preciso de desafiantes. Falta-me inimigos idôneos e inteligentes! Mas, quem quer ser inimigo de um velho de olhar triste?

Claudeci Ferreira de Andrade

63—16 Quantos "otários" apertaram minha mão com bastante força para me mostrar poder vital, quando na verdade, estavam atraindo sobre si a revolta de quem cuida bem de mim: Deus!

Claudeci Ferreira de Andrade

63—17 Ó, tempo, meu aliado! Fez-me velho depois de fazer tombar meus inimigos, e os ainda vivos estão inválidos, pois já não lhes sou páreo justo. Do que me adianta esta paz se já não posso desfrutá-la, apenas posso dormir tranquilo o sono de velho com sonhos tão vazios, vendo cachorro pegando fogo.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—18 Roguei a Deus que matasse os meus inimigos, praga desnecessária, e então rapidamente o tempo os levou, nem percebi minha velhice chegando. O Feitiço contra o feiticeiro. Eu era inimigo deles.

Claudeci Ferreira de Andrade

63—19 Aluno brigando por maior nota em sua redação: quem não sabe fazer uma boa redação, vai saber avaliar os critérios de correção? Aí, um da letra "garrancheira", ilegível encheu as trinta linhas, eu dei 10, vai que é um ser evoluído demais com cultura interestelar e a culpa está em mim por não saber entendê-lo.

Claudeci Ferreira de Andrade