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sábado, 10 de outubro de 2009

APELOS LIBIDINOSOS (QUERO MEU DIREITO DE NÃO PENSAR EM SEXO, PELO MENOS UM INSTANTE)







CRÔNICA


APELOS LIBIDINOSOS (QUERO MEU DIREITO DE NÃO PENSAR EM SEXO, PELO MENOS UM INSTANTE)

 Por Claudeci Ferreira de Andrade

Será que o mesmo esforço que uma mulher exerce para tornar-se heterossexual, já que nasce chupando o peito da outra (O leite da mãe serve para nutrir a criança e ao mesmo tempo se oferece como elemento para a satisfação), o homem igualmente deve exercer para tornar-se homossexual? Ou seja, uma mulher para se apaixonar por outra não precisa opinar, brota do inconsciente, já o homem para amar outro tem que fazer uma dura opção: romper o inconsciente! Será, então, que a maior prova que existe ex-gay essencialmente é uma mulher quase totalmente heterossexual? Que os Freud da vida expliquem-me. Reconhecendo minha ignorância sobre o assunto, é que não discrimino ninguém! Até mesmo os que discriminam não podem ser discriminados por discriminar e serem seletivos ao desconhecido. Por último, não discrimino os que não discriminam, pois todo mundo sabe o que é melhor para si! Já que perguntar não ofende, né!

Só mais uma inquietação. É que os pensadores da Educação são esquisitos demais, li em maio de 2010, na Revista Língua Portuguesa, nº 55, que o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (SEPE) viu a frase: “Minha chaninha cheira mal. Cheira a chulé”, no kit do Instituto Alfa e Beta de Brasília, distribuído nas escolas e declarou impróprio, dizendo que o termo “chaninha” é um sinônimo obsceno para designar o órgão sexual feminino. Porém eles fecham os olhos para outras insinuações de boa fé, ou melhor, talvez são obrigados a fechar os olhos mesmo, pois quem olha demoradamente para uma "Parada-Gay" ou ainda para uma campanha anti-homofóbica qualquer perde toda a razão, inclusive o direito de não pensar em sexo. São tantos trejeitos e traquejos que forçam quem quer que seja a cair no lago ideológico da sedução, e ainda, se resistir, será acusado de homófobo e discriminador. Explicou o Instituto que a palavra “chaninha” é apena um diminutivo carinhoso, um regionalismo para “chinelo”. E tudo se justifica! Por isso, também gosto das ambiguidades!

A Escola e as ruas estão cheias de bem intencionados distribuindo camisinhas e panfletos culturais, tanto igrejas como entidades governamentais; alunos e professores, não perdem uma oportunidade sequer. É o “Look” do momento! Contudo, vejo também outro tipo de professores que namoram alunas e viram notícia nos jornais, são excomungados pelo sistema como símbolo de moralização e/ou de contrassenso . (http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/11/casal-e-preso-suspeito-de-vender-virgindade-da-filha-por-r-3-mil.html). ( acessado em 06/12/2014).

Apesar de professor, ainda bem que sou velho, feio e pobre; desinteressante e sem atração sexual,  destituído de qualquer narcisismo, resta-me apenas uma percepção experiente dos tempos, e é isso mesmo que me faz ri. Se todos têm pecado, o meu é discriminar a mim mesmo e tentar resistir a invasão dos inúmeros apelos libidinosos das mídias. Sem muita força, diga-se de passagem. Então vamos fechar com as palavras de Augusto dos Anjos: "PARA ILUDIR MINHA DESGRAÇA, ESTUDO. INTIMAMENTE SEI QUE NÃO ME ILUDO."
Publicado no Recanto das Letras em 11/06/2009
Código do texto: T1643962

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