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sábado, 23 de março de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(25) "A importância da visão periférica na compreensão holística e equilibrada"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(25) "A importância da visão periférica na compreensão holística e equilibrada"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A Bíblia, em Provérbios 4:25, instrui: "Que os teus olhos olhem direto para a frente e as tuas pálpebras vejam o que está diante de ti". Esta passagem é frequentemente interpretada como um chamado para focar exclusivamente em Deus. No entanto, uma interpretação mais contemporânea e holística pode oferecer uma perspectiva diferente.

A visão periférica, muitas vezes desvalorizada, é essencial para a compreensão completa do nosso ambiente. Como o filósofo francês Henri Bergson argumentou, nossa percepção é intrinsecamente ligada à nossa ação; não podemos agir efetivamente sem uma compreensão completa do nosso ambiente.

Os neurocientistas modernos, como António Damásio, reforçam essa visão, argumentando que a mente não é uma entidade separada, mas está intrinsecamente ligada ao corpo e ao ambiente. Nesse sentido, "olhos" e "pálpebras" podem ser vistos como metáforas para a percepção holística, em vez de um foco estreito.

Em Mateus 6:33, Jesus instrui: "Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça". Esta passagem, recontextualizada, pode ser vista como um chamado para buscar uma compreensão mais ampla do mundo, em vez de um foco estreito.

Portanto, em vez de uma visão exclusiva e direcionada, a complexidade da vida exige uma visão mais ampla, integrando diversas perspectivas para uma compreensão holística e equilibrada. Esta abordagem não só está alinhada com os ensinamentos bíblicos, mas também é apoiada por insights da filosofia e da neurociência modernas.

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