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segunda-feira, 25 de março de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(27) "Explorando a necessidade de flexibilidade e questionamento na prática religiosa"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(27) "Explorando a necessidade de flexibilidade e questionamento na prática religiosa"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Os pastores frequentemente enfatizam a necessidade de seguir um caminho predefinido, evitando desvios e questionamentos. No entanto, Provérbios 4:26 nos lembra: "Pesa o caminho de teus pés e todos os teus caminhos sejam bem ordenados". Isso sugere que a reflexão e o discernimento são essenciais na jornada espiritual.

Em vez de apelar para citações bíblicas tradicionais, é válido considerar princípios éticos e sociais atualizados. Como disse o filósofo Albert Einstein, "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". Essa visão ressalta a importância da flexibilidade mental e da capacidade de adaptação diante de novos conhecimentos e contextos.

Em contraponto ao apelo à obediência irrestrita, uma abordagem mais crítica sugere que questionar, avaliar e até mesmo desviar ocasionalmente do caminho estabelecido pode promover o crescimento e a evolução pessoal. Conforme expresso por Steve Jobs, "Não tenha medo de mudar o curso quando necessário; é assim que grandes ideias surgem". Isso ecoa Provérbios 14:15: "O simples dá crédito a tudo, mas o prudente atenta para os seus passos".

Ao invés de encarar o mundo como um pântano de pecado, uma perspectiva mais inclusiva reconhece a diversidade de experiências e escolhas. A psicóloga Brené Brown destaca que "A vulnerabilidade não é ganhar ou perder; é ter a coragem de se mostrar quando você não tem controle sobre o resultado." Isso reflete a mensagem de 2 Coríntios 12:10: "Quando sou fraco, então, é que sou forte".

A proposta de seguir um caminho único e inquestionável pode parecer limitante diante da complexidade da vida moderna. Em vez de negar a diversidade de pensamentos, é crucial, como sugerido por Carl Sagan, "Abrir a mente para a possibilidade de que a realidade é mais rica do que nossas próprias ideias sobre ela." Isso está em sintonia com Romanos 12:2: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento".

Portanto, é essencial questionar a rigidez religiosa e fanática. Em um mundo em constante mudança, a capacidade de se adaptar e explorar novas ideias é um ativo valioso, permitindo um desenvolvimento mais amplo e significativo. Como disse Bertrand Russell, "O fundamentalismo é a crença de que, quando alguém comete um erro, o melhor curso de ação é corrigi-lo e tentar não cometê-lo novamente. Essa atitude tem pouco espaço em instituições que dependem da autoridade e da tradição." Isso ressoa com Tiago 3:17: "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia".

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