"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — I(1) Relativizando a Autoridade dos Textos Bíblicos

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — I(1) Relativizando a Autoridade dos Textos Bíblicos 

Por Claudeci Ferreira de Andrade

AQUI COMEÇO UMA SÉRIE DE ENSAIOS FILOSOFICOS NA TENTATIVA E MOSTRAR O PONTO DE VISTA E O PERFIL DO EVANGÉLICO IDEAL PARA OS ACONTECIMENTOS APOCALÍPCOS: O VENCEDOR.

A frase "crente sem fanatismo" enfatiza a moderação e a busca por um equilíbrio saudável na fé. Indica que essa pessoa é aberta a diferentes perspectivas e não se deixa levar por extremos ou posições dogmáticas. Ela está disposta a dialogar e aprender com diferentes pontos de vista, mantendo uma atitude mais flexível e inclusiva em relação às crenças e práticas religiosas.

Por outro lado, a expressão "crente de carne e osso" destaca a humanidade dessa pessoa, reconhecendo que ela tem suas fraquezas, dúvidas e imperfeições, assim como qualquer ser humano. Essa frase ressalta que esse evangélico não se coloca em um pedestal, mas está ciente de suas limitações e procura viver sua fé de forma autêntica e humilde, com todas as alegrias e desafios que a vida real pode trazer. FANÁTICO É QUEM TEM MUITA CERTEZA SOBRE TUDO. "Não tem jeito dos evangélicos melhorarem-se, enquanto eles piorarem o mundo para todos. Eles vão ser sempre os piores do mundo que eles pioram para os outros". — Caio Fábio

* * *

Muitas pessoas admiram a Bíblia e a consideram como uma obra-prima da revelação divina. Elas creem que Deus foi o autor da Bíblia e que ele quis compartilhar sua vontade soberana, planos maravilhosos e promessas fiéis sobre o propósito e a salvação do homem. Elas pensam que ele queria dar fé, esperança e amor aos seus leitores, e ensinar-lhes que a graça de Deus é o princípio da vida. No entanto, essa ideia é simplista e precisa ser matizada por três razões.

Em primeiro lugar, Deus não foi o único autor da Bíblia, mas apenas um dos vários agentes que participaram do processo de inspiração, transmissão e interpretação dos textos sagrados. A própria Bíblia indica que alguns livros foram escritos por homens como Moisés, Davi, Isaías, Lucas, Paulo e outros. Portanto, não se pode atribuir toda a autoridade da Bíblia a Deus, nem ignorar o papel dos autores humanos. A Bíblia é uma obra que reflete a diversidade de contextos e gêneros da tradição religiosa judaico-cristã. Como afirma o teólogo John Stott, "a Bíblia não é um livro caído do céu, mas um livro nascido na terra" .

Em segundo lugar, Deus não foi um modelo de perfeição em sua relação com o homem, mas permitiu muitas situações e eventos que desafiaram a compreensão e a confiança dos seres humanos. A Bíblia relata que ele permitiu o pecado, o sofrimento, a injustiça, a violência, a guerra e a morte no mundo . Ele também se revelou de formas misteriosas e paradoxais, como um Deus de amor e ira, de misericórdia e justiça, de presença e ausência . Ele não explicou todos os seus propósitos e caminhos aos homens, mas os convidou a confiar nele pela fé. Sua revelação foi progressiva e incompleta, e não garantiu a clareza nem a certeza.

Em terceiro lugar, Deus não foi o único revelador em sua época, mas houve outras religiões e filosofias que tinham concepções e ensinamentos sobre o divino e o humano. A Bíblia menciona algumas delas, como as religiões egípcias, babilônicas, cananeias, gregas e romanas . Portanto, não se pode considerar Deus como a fonte exclusiva ou superior de revelação, nem desprezar as manifestações de outras culturas e tradições. A revelação é um dom de Deus que pode ser reconhecido em diferentes lugares e pessoas, e que deve ser avaliado com humildade e discernimento. Como diz o apóstolo Paulo, "Deus não se deixou ficar sem testemunho: mostrou sua bondade dando-lhes chuva do céu e colheitas nas estações certas" .

Em conclusão, a ideia de que Deus foi o autor da Bíblia e que ele quis compartilhar sua vontade soberana, planos maravilhosos e promessas fiéis sobre o propósito e a salvação do homem é insuficiente e superficial. Ela ignora a complexidade da Bíblia, a realidade da história humana e a diversidade da revelação. A Bíblia deve ser lida com cuidado e crítica, reconhecendo seus valores e limites, e aplicando seus ensinamentos à luz do evangelho de Cristo, que é a plena revelação de Deus.

quarta-feira, 19 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (77): A Necessidade do Discernimento: Palavras Falsas e Verdadeiras.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (77): A Necessidade do Discernimento: Palavras Falsas e Verdadeiras.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Você já se viu diante de acusações, chamado de mentiroso, falso ou qualquer outro adjetivo ofensivo? Essas palavras cortantes atingem nossa alma e despertam a necessidade de uma resposta carinhosa, que desvende a essência da verdade e desmascare os verdadeiros impostores. Pois, afinal, quem é o mentiroso senão aquele que nega a verdadeira identidade de Jesus Cristo? Quem ousa negar o Pai e o Filho, mergulhando na escuridão de suas falsidades?

Mas, há um outro tipo de falsidade ainda mais grave que os afasta as pessoas de Cristo. É aquele que distorce os reais propósitos de Sua missão, colocando palavras em Sua boca para manchar Sua reputação Divina. E eles dizem como se fosse Jesus falando: "Está sobre nós a responsabilidade de levar o dinheiro ao Templo. 'Eu, Jesus, provi cem por cento para meus servos e exijo dez por cento para as despesas do Templo.' Portanto, devemos primeiramente entregar o dinheiro de Jesus ao Templo, o dízimo, e o restante fica para nós, para nossas despesas e para ajudar os irmãos necessitados."

Essas insinuações nos fazem questionar: Qual Templo? Quando Jesus teria dito algo assim? Qual "Jesus" estão citando? Onde encontramos confirmação para essa suposta "verdade" na Bíblia? As dúvidas pairam no ar, obscurecendo a clareza das palavras e trazendo à tona a necessidade de discernimento.

É nesse momento que me recordo de uma passagem das Escrituras, que ecoa em meu coração como um farol de sabedoria: "'Foi-te anunciado, ó homem, o que é bom, e o que Iahweh exige de ti: nada mais do que praticar o direito, gostar do amor e caminhar humildemente com o teu Deus!'" (Mq 6:8 BJ). Aqui reside a verdade, a essência do que Deus verdadeiramente requer de nós. Não são palavras distorcidas, mas sim a busca pela justiça, o cultivo do amor e a humildade ao caminhar ao lado do nosso Criador.

Diante dessas reflexões, concluo que a verdade é uma preciosidade a ser buscada e preservada. É nosso dever discernir entre os enganos e os caminhos autênticos, identificando os que negam a verdadeira identidade de Cristo e os que manipulam Seus ensinamentos para atender a seus próprios interesses.

Portanto, convido cada leitor a mergulhar em um processo de investigação espiritual, a examinar cuidadosamente as palavras e ações dos que se dizem seguidores de Cristo. Não se contentem com discursos vazios, mas busquem alicerces sólidos na Palavra de Deus, iluminados pelo amor, pela justiça e pela humildade.

Que possamos resistir às mentiras que tentam obscurecer a verdade, permanecendo firmes em nossa fé e compartilhando a mensagem impactante de que o verdadeiro seguimento a Cristo transcende os interesses mesquinhos.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (76): Solitários e Inabaláveis.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (76): Solitários e Inabaláveis.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

É difícil para aqueles que desejam ser bem-vistos na igreja em que frequentam erguerem-se e proclamarem: "Não mais pagaremos o dízimo". Afinal, enfrentariam a discriminação, perderiam seus cargos e até mesmo seriam excluídos da comunhão da igreja, rotulados como indisciplinados. Essa é a triste realidade que muitas vezes nos impede de tomar decisões em conformidade com a Palavra de Deus, deixando-nos mergulhados em horas entorpecentes de intemperança social ou práticas ilusórias.

Por trás da fachada de conformidade, escondem-se escolhas questionáveis que contradizem os ensinamentos sagrados. Temos consciência de que o verdadeiro cristão deve permanecer sozinho, intrépido e inabalável, pois sua mente e coração estão cativos a Cristo, não se permitindo envolver em compromissos que não passam de meras covardias. Olhemos para trás, para os apóstolos que caminharam ao lado de Cristo, enfrentando a multidão, com exceção de um, e que pagaram o preço máximo pela sua fé.

Hoje, mais do que nunca, requer-se coragem moral para viver de acordo com os princípios que abraçamos. Chegará o momento em que teremos de permanecer firmes, mesmo que solitários, pela causa daquilo em que acreditamos. A citação sábia de Heppenstall ecoa em nosso coração: "Nos dias atuais, requer-se muita coragem moral para viver corretamente. Virá, sem dúvida, o tempo em que teremos de permanecer sozinhos pelo que cremos e a forma em que expressamos nossa crença."

Refletindo sobre os desafios que enfrentamos em nossos dias, sou levado a contemplar os sacrifícios dos primeiros seguidores de Cristo. Eles não escolheram o caminho fácil, mas decidiram enfrentar a adversidade e a perseguição em nome da verdade. Suas vidas foram testemunhos vivos de sua fé inabalável, um exemplo que nos inspira a permanecer fiéis em meio às pressões do mundo que nos cerca.

Assim como eles, precisamos nos libertar das amarras das aparências e das expectativas externas. Devemos nos posicionar com coragem e convicção, mesmo que isso signifique enfrentar o julgamento e a rejeição daqueles ao nosso redor. Pois é na solidão da convicção que descobrimos a verdadeira liberdade e a força para resistir às tentações que nos rodeiam.

Portanto, encorajo cada leitor a examinar sua própria jornada de fé. Questionem-se sobre as motivações por trás de suas ações e escolhas. Estejam dispostos a romper com a conformidade e a abraçar a verdade, mesmo que isso signifique caminhar sozinhos por um tempo. Pois é na firmeza de nossa convicção que encontramos a paz e a realização que só podem ser encontradas quando vivemos em plena obediência aos princípios divinos.

A mensagem que desejo transmitir é simples, mas impactante: escolhamos coragem em vez de covardia.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (75): Além das Evidências.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (75): Além das Evidências.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Os pergaminhos empoeirados da história revelam os leitores da Bíblia que, ao longo dos séculos, percorreram as mesmas páginas sagradas que temos diante de nós agora. Eles encontraram as mesmas evidências, as mesmas palavras sábias e inspiradoras que saltam dos versículos antigos. No entanto, algo os fez hesitar, enquanto nós, neste tempo presente, estamos repletos de confiança. Por que será?

Poderíamos buscar respostas além das páginas desgastadas, além dos limites de nosso próprio coração. Talvez a resposta esteja tão próxima que basta apenas um olhar mais atento, um desejo sincero de enxergar a verdade que se esconde nas entrelinhas da fé. E o que descobrimos é que nenhuma empresa religiosa, por mais grandiosa e organizada que pareça, pode oferecer um cuidado melhor do que aquele que Deus já ofereceu e continuará oferecendo.

Permitam-me ser ainda mais claro em minhas palavras. Os líderes mercenários de nossos tempos prometem riquezas materiais e indulgências sensuais de maneira tão sedutora, tanto em seus cultos pomposos quanto em suas práticas diárias, que superam todas as promessas feitas em qualquer outra época. E, no entanto, devemos questionar: essas promessas vazias realmente satisfazem os anseios mais profundos de nossa alma?

Olhemos para trás, para as histórias de homens e mulheres que percorreram o caminho da fé antes de nós. Eles enfrentaram adversidades, desafios e tentações, mas também experimentaram a paz e a alegria que só podem ser encontradas na presença divina. Eles compreenderam que não é nas comodidades mundanas que encontramos nossa verdadeira essência, mas sim na conexão íntima com o Criador de todas as coisas.

Enquanto caminhamos pela trilha sinuosa da vida, devemos discernir as vozes que clamam por nossa atenção. É fácil se perder nas promessas sedutoras daqueles que buscam enriquecer às custas de nossa fé. No entanto, se abrirmos nosso coração e mente para a verdadeira sabedoria, perceberemos que a única riqueza duradoura está na relação pessoal com Deus.

Portanto, desafio cada leitor a olhar além das aparências enganosas, além das tentações momentâneas que prometem felicidade efêmera. É hora de nos voltarmos para o Divino, de abraçar a verdade que transcende as ilusões do mundo material. Em nossas reflexões, descobriremos que a fé autêntica é aquela que nos liberta das correntes do engano e nos conduz à plenitude de uma vida verdadeiramente significativa.

Enquanto escrevo estas palavras, reflito sobre minha própria jornada de descoberta. Lembro-me das lutas e das vitórias, dos momentos de incerteza e dos lampejos de esperança. E, com gratidão no coração, compartilho essa mensagem impactante: somente em Deus encontramos o cuidado e conforto que ninguém mais pode oferecer.

terça-feira, 18 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (74): As Portas Abertas da Liberdade Divina.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (74): As Portas Abertas da Liberdade Divina.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Os dias passam velozes, mas não podemos permitir que a correria do cotidiano nos cegue para a realidade espiritual. A afirmação de que a Babilônia moderna oferece uma alternativa superior à liberdade de servir ao Senhor é equivocada. É importante lembrar as palavras do apóstolo João, quando escreveu: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 João 2:15).

Observando ao redor, vemos muitos que se deixam enganar pelas promessas vazias e prazeres passageiros do mundo. Eles são como cegos, que não conseguem enxergar as portas que Deus está constantemente abrindo à nossa frente. No entanto, a verdadeira plenitude e alegria estão ao alcance daqueles que se voltam para Deus e seguem Seus caminhos.

A felicidade genuína e a salvação eterna não estão nas armadilhas da Babilônia, mas sim nas mãos daquele que nos criou e nos ama incondicionalmente. Como disse Jesus em seu sermão do monte: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6:33). Servir ao Senhor é uma dádiva incomparável, que nos permite descobrir o verdadeiro propósito divino para nossas vidas.

Ao despertar para essa verdade, compreendemos que as riquezas terrenas são passageiras e que as conquistas mundanas são meras ilusões. A verdadeira liberdade está em abrir mão das amarras do mundo, buscando uma existência significativa e alinhada com a vontade de Deus. Como disse o escritor C.S. Lewis: "A liberdade existe precisamente para que possamos andar em busca daquilo que nos fará realizados."

Nossa jornada de despertar nos enche de gratidão por termos encontrado a verdadeira fonte de alegria e paz em Deus. No entanto, também nos traz compaixão pelos que ainda estão presos nas ilusões da " Grande Babilônia". É nosso dever compartilhar o amor e a verdade com eles, mostrando que a grandiosidade do caminho com Deus supera em muito qualquer alternativa oferecida pelo mundo.

Portanto, convido cada leitor a abrir os olhos espirituais e perceber que a Babilônia moderna não pode satisfazer nossas necessidades mais profundas. Que possamos nos libertar das correntes invisíveis do mundo e abraçar a verdadeira liberdade e plenitude que só podem ser encontradas em uma vida dedicada ao Senhor.

Que nossa busca seja pela verdade eterna e pelo relacionamento íntimo com Deus, deixando para trás as ilusões fugazes da "Grande Babilônia".

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (73): A Chama da Generosidade.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (73): A Chama da Generosidade.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um dia ensolarado quando me deparei com as palavras finais que ecoavam em meu coração. O tema da doação e da generosidade pairava sobre minha mente, despertando reflexões profundas sobre o que significa ser grato e como podemos ser instrumentos nas mãos de Deus para abençoar o próximo.

Deus, em sua infinita sabedoria, não deseja impor restrições ou regras rígidas sobre nossas ofertas. Ele nos concede a liberdade de decidir onde, como, quando, quanto e o quê doar. Essa é uma confirmação de gratidão, uma oportunidade de expressar nossa devoção e reconhecimento pela abundância que recebemos.

Ao olhar para o mundo à minha volta, sinto um apelo profundo para que cada um de nós dê uma chance a Deus para nos usar de maneira significativa na evangelização. É um chamado para confiar em sua provisão e acreditar que Ele multiplicará os bens que nos foram confiados. Jesus é o mestre da multiplicação, e Ele tornará nosso trabalho bem-sucedido quando nos entregarmos a Ele de coração aberto.

Recordo-me das palavras proferidas por Jesus: "Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, então receba muito mais neste mundo e no mundo vindouro a vida eterna". Essa promessa divina transcende qualquer organização terrena, qualquer estrutura religiosa ou instituição secular. Somente Jesus Cristo pode cumprir essa promessa, trazendo bênçãos além do que podemos imaginar.

Portanto, decido com firmeza que "eu e minha casa serviremos ao Senhor". Essa devoção vai além das obrigações formais, além das contribuições regulares. Trata-se de um compromisso pessoal de estender a mão ao próximo, de oferecer ajuda direta àqueles que mais necessitam. É um chamado para abraçar a generosidade como estilo de vida, como uma expressão tangível do amor de Deus em nossas vidas.

Ao refletir sobre essa jornada, percebo que a verdadeira gratidão se manifesta não apenas em palavras, mas em ações concretas. A chama da generosidade deve arder em nosso coração, levando-nos a compartilhar nossos recursos, nosso tempo e nossa compaixão com aqueles que estão ao nosso redor.

Que possamos despertar para a responsabilidade que temos como filhos de Deus. Que a chama da generosidade nunca se apague em nós. Que possamos ser uma fonte de bênçãos para o mundo, mostrando ao próximo o amor incondicional que recebemos.

Concluo, portanto, que a verdadeira doação vai além do cumprimento de um dever religioso. É uma resposta amorosa a um Deus que nos amou primeiro. É uma oportunidade de sermos canais de graça e instrumentos de mudança na vida daqueles que nos rodeiam.

Que a mensagem desta crônica ecoe em nosso coração, inspirando-nos a viver uma vida de generosidade, gratidão e amor ao próximo.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (72): A Igreja além dos Limites Terrenos.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (72): A Igreja além dos Limites Terrenos.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

As sombras da tarde se estendem sobre a cidade, despertando em mim uma inquietação diante das questões levantadas. Acreditar que a igreja não possui pecados é uma ilusão perigosa. A igreja é formada por indivíduos imperfeitos, suscetíveis ao pecado e às fraquezas humanas. No entanto, é justamente nesse contexto que a igreja tem a oportunidade de buscar a redenção e a transformação, guiados pela graça divina.

Ao confrontar a ideia de que a igreja não tem pecados, é importante lembrar as palavras do apóstolo Paulo: "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23). Reconhecer os pecados presentes na igreja não significa desvalorizá-la, mas sim compreender que ela é um espaço de restauração e crescimento espiritual.

Quanto ao benefício espiritual que a igreja oferece, é preciso considerar a importância da comunidade de fé. A igreja não é apenas um lugar onde as pessoas se reúnem para receber benefícios pessoais, mas um espaço onde os crentes são fortalecidos em sua jornada espiritual. A comunhão dos santos, a troca de experiências e a edificação mútua são aspectos fundamentais da vida em comunidade.

O apóstolo Paulo nos exorta a buscar a comunhão e o apoio mútuo na igreja, quando diz: "Pelo contrário, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, à medida que cada parte realiza a sua função" (Efésios 4:15-16).

Portanto, a igreja oferece não apenas a comunhão com Deus, mas também a comunhão com os irmãos na fé, o que nos fortalece e nos desafia a crescer espiritualmente.

Ao refletir sobre essas questões, percebo que a igreja verdadeira não é isenta de pecados, mas é um lugar onde a graça de Deus opera na vida dos crentes. É um espaço onde encontramos apoio, encorajamento e a oportunidade de nos aproximarmos do divino. Devemos valorizar a importância da igreja como um meio de crescimento espiritual, ao mesmo tempo em que buscamos aprimorar seu testemunho e compromisso com a santidade.

Que possamos, então, enxergar além das imperfeições da igreja e buscar uma participação ativa em sua missão de proclamar o amor e a salvação de Deus ao mundo. Que estejamos dispostos a ser transformados pela graça divina, a fim de que a igreja possa cumprir seu papel na vida dos crentes e na sociedade em geral.