"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(25) “A Fé em Deus e a Realidade do Medo: Uma Reflexão Teológica”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(25) “A Fé em Deus e a Realidade do Medo: Uma Reflexão Teológica”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O medo, uma experiência humana comum, pode ser causado por acontecimentos reais ou imaginados. A religião enfatiza que o medo pode ser superado pela sabedoria e fé em Deus, levando à crença de que aqueles que temem a Deus serão livres do medo e de julgamentos divinos. Como disse o Salmo 111:10, "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria".

No entanto, a superação do medo não pode ser simplificada apenas pela fé e sabedoria. O medo é uma emoção complexa, muitas vezes relacionada a situações reais e tangíveis. Como o filósofo Sêneca observou, "Não é o homem que tem pouco, mas o homem que deseja mais, que é pobre".

A ideia de que os ímpios enfrentarão desolação enquanto os justos serão protegidos é uma interpretação simplista dos eventos da vida. Todos enfrentamos desafios e dificuldades, independentemente de nossa fé ou sabedoria. Como afirmou o filósofo grego Heráclito, "Nenhum homem pisa no mesmo rio duas vezes, pois não é o mesmo rio e ele não é o mesmo homem".

Portanto, é importante reconhecer que o medo é uma emoção legítima. A superação do medo envolve uma compreensão mais profunda das emoções humanas e a busca por apoio emocional e psicológico quando necessário. Devemos ser cautelosos ao fazer previsões sobre eventos futuros e julgamentos divinos, pois a vida é complexa e imprevisível. Como disse o Eclesiastes 3:1, "Para tudo há uma estação, e um tempo para cada propósito debaixo do céu". Há um tempo para ter medo!

domingo, 28 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(24) “Além do Espiritual: Uma Abordagem Multidisciplinar para Problemas de Sono”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(24) “Além do Espiritual: Uma Abordagem Multidisciplinar para Problemas de Sono”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Os problemas de sono, frequentemente atribuídos a questões espirituais por alguns fanáticos, podem ser melhor compreendidos através de uma lente mais ampla. Como o Salmo 127:2 diz: "Deus concede sono àqueles que ele ama". No entanto, é crucial considerar a complexidade dos problemas de sono.

Fatores científicos e psicológicos desempenham um papel fundamental na qualidade do sono. Distúrbios do sono, como insônia e apneia do sono, estão muitas vezes relacionados a problemas físicos e de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão. Como Sigmund Freud afirmou: "Os sonhos são a estrada real para o inconsciente".

Em vez de confiar exclusivamente em intervenções espirituais, devemos considerar abordagens baseadas em evidências. Estudos médicos demonstraram a importância de técnicas de gestão do estresse e terapia cognitivo-comportamental para melhorar a qualidade do sono.

A sabedoria é valiosa em muitos aspectos da vida, mas não é uma panaceia para todos os problemas. Devemos reconhecer a importância de uma abordagem multidisciplinar para a saúde, que inclui a consulta a profissionais de saúde, terapeutas e médicos. Como disse Aristóteles: "O conhecimento é o melhor remédio para o medo".

Em resumo, embora a confiança em Deus e a busca pela sabedoria possam proporcionar conforto, é fundamental considerar uma abordagem mais abrangente para os problemas de sono. Isso nos ajuda a abordar o problema de forma mais eficaz e baseada em evidências, reconhecendo a complexidade da questão do sono e a necessidade de soluções múltiplas e interdisciplinares.

sábado, 27 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(23) “A Sabedoria na Diversidade: Reflexões sobre a Bíblia e a Filosofia”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(23) “A Sabedoria na Diversidade: Reflexões sobre a Bíblia e a Filosofia”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A sabedoria, como expressa na Bíblia e na religião de Jesus Cristo, é frequentemente vista como a única fonte de uma vida livre de conflitos. No entanto, Provérbios 4:7 nos lembra: "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria". Isso sugere que a busca pela sabedoria não se limita a uma única fonte.

Albert Einstein afirmou: "A imaginação é mais importante que o conhecimento", destacando a importância de explorar diferentes formas de sabedoria para enfrentar os desafios da vida. Portanto, além da Bíblia e da religião, podemos encontrar sabedoria em uma variedade de fontes, incluindo filosofia, literatura e experiências pessoais.

Os fanáticos religiosos argumentam que seguir as regras inspiradas da Bíblia é a única maneira de evitar disfunção e miséria. No entanto, Sócrates afirmou: "Uma vida sem exame não vale a pena ser vivida". Isso implica que a reflexão crítica e a busca por sabedoria são essenciais, independentemente da fonte.

Em resumo, enquanto o texto destaca a importância da sabedoria encontrada na Bíblia, é crucial reconhecer que a busca pela sabedoria é multifacetada. A diversidade de perspectivas e fontes de sabedoria pode ser uma força, permitindo-nos enfrentar os desafios da vida de maneira mais abrangente e enriquecedora. Como disse Santo Agostinho: "Entenda para que você possa acreditar; acredite para que você possa entender".

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(22) “Sabedoria e Discrição: Virtudes Humanas para uma Vida Próspera e Honrada”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(22) “Sabedoria e Discrição: Virtudes Humanas para uma Vida Próspera e Honrada”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A Bíblia destaca a importância da sabedoria e discrição para uma vida próspera e reputação ilustre. Provérbios 3:21-22 diz: "Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz".

A sabedoria, neste contexto, é o conhecimento adquirido ao longo da vida, a capacidade de fazer escolhas informadas e buscar soluções para desafios. Como Albert Einstein disse: "A verdadeira sabedoria é a capacidade de reconhecer a diferença entre o que sabemos e o que ignoramos".

A discrição, que envolve tomar decisões cuidadosas, pode ser desenvolvida através do autocontrole e reflexão. Sócrates afirmou: "Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida". A capacidade de avaliar situações e escolher as melhores palavras e ações é valiosa em qualquer cultura.

Uma "vida para a tua alma" pode ser vista como uma vida plena, significativa e feliz. A "graça ao teu pescoço" pode ser interpretada como uma reputação ganha ao tomar decisões sábias e éticas.

Em resumo, a busca pela sabedoria e discrição é um caminho válido para alcançar uma vida bem-sucedida e uma reputação sólida. A sabedoria secular, o autocontrole e o discernimento prático são igualmente eficazes na busca por uma vida de prosperidade e honra. Portanto, podemos afirmar que a sabedoria e a discrição são virtudes humanas que podem ser cultivadas independentemente de crenças religiosas.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(21) “Memória e Modernidade: Uma Reflexão Teológica e Filosófica sobre o Aprendizado Contínuo”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(21) “Memória e Modernidade: Uma Reflexão Teológica e Filosófica sobre o Aprendizado Contínuo”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A pedagogia do cristianismo, como Paulo escreveu em 2 Timóteo 3:16, "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino", ressalta a importância da memória e da retenção de ensinamentos. No entanto, como o filósofo Sócrates uma vez observou, "A vida não examinada não vale a pena viver", uma perspectiva crítica e analítica pode trazer à tona outras considerações.

A memória, sem dúvida, desempenha um papel fundamental em nossa vida, como um espelho do passado que nos ajuda a aprender com experiências passadas e aplicar conhecimentos. No entanto, como Albert Einstein sabiamente disse: "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original", o foco excessivo na retenção da sabedoria e instruções pode ter suas limitações.

Em um mundo em constante evolução, onde, como dito em Provérbios 18:15 "O coração do prudente adquire conhecimento", a capacidade de adaptação e a aquisição de novos conhecimentos muitas vezes superam a necessidade de memorização estática. Hoje, temos acesso a vastos recursos online que permitem que informações estejam ao alcance de um clique.

Além disso, a ideia de que a prosperidade leva à perda de memória não deve ser generalizada. Como Salomão escreveu em Provérbios 10:22 "A bênção do Senhor traz riqueza, e ele não acrescenta dor com ela", a gestão eficaz de recursos e o cultivo de hábitos saudáveis podem ajudar a manter a clareza mental.

Em resumo, embora a memória e a retenção de ensinamentos sejam importantes, é igualmente crucial reconhecer a importância do aprendizado contínuo, da adaptação e do desenvolvimento de habilidades que vão além da simples memorização. Como disse o filósofo John Dewey: "A educação não é preparação para a vida; educação é vida em si". Em um mundo em constante evolução, a capacidade de se adaptar e aplicar novos conhecimentos é tão valiosa quanto a capacidade de lembrar os ensinamentos do passado.

domingo, 21 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(20) “O Ciclo da Água: A Harmonia entre a Fé e a Razão”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(20) “O Ciclo da Água: A Harmonia entre a Fé e a Razão”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O ciclo da água é um fenômeno natural que envolve a circulação contínua da água na atmosfera, na superfície e no subsolo da Terra. Esse fenômeno pode ser visto de diferentes perspectivas, dependendo da visão de mundo e dos valores de cada pessoa. Neste ensaio, vou comparar e contrastar duas perspectivas: a religiosa e a científica.

A perspectiva religiosa vê o ciclo da água como um testemunho da existência e da grandeza de Deus, que criou e sustenta todas as coisas. Essa perspectiva se baseia na fé e na revelação divina, expressas nas escrituras sagradas. Por exemplo, o Salmo 104:24 diz: "Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas". A perspectiva religiosa também reconhece a importância da água para a vida e para a purificação espiritual. Por exemplo, João 4:14 diz: "Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna".

A perspectiva científica vê o ciclo da água como um processo físico que pode ser explicado por leis naturais e observado por métodos empíricos. Essa perspectiva se baseia na razão e no conhecimento científico, adquiridos por meio da investigação e da experimentação. Por exemplo, Carl Sagan, um renomado cientista, disse: "A ciência é um modo de pensar muito mais do que um corpo de conhecimento". A perspectiva científica também valoriza a complexidade e a beleza do ciclo da água, que envolve mudanças de estado, transferências de energia e interações entre diferentes sistemas. Por exemplo, Charles Darwin, um dos fundadores da teoria da evolução, disse: "Há grandeza nessa visão da vida, com seus vários poderes, tendo sido originalmente soprada por alguns poucos seres ou por um só".

As duas perspectivas apresentadas não são necessariamente incompatíveis ou excludentes; elas podem coexistir e se complementar, desde que se respeitem as diferenças entre elas. A perspectiva religiosa pode oferecer um sentido transcendente e uma orientação moral para a vida, enquanto a perspectiva científica pode oferecer uma compreensão racional e uma explicação lógica para os fenômenos naturais. Ambas as perspectivas podem contribuir para o desenvolvimento humano e para a preservação do meio ambiente. O ciclo da água é um exemplo de como podemos apreciar a natureza de diferentes formas, sem perder de vista a sua importância e a sua beleza.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Tabu, Dana – Esse polêmico! DIANA ALCANTARA

 

Tabu, Dana – Esse polêmico!

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O polêmico: TABU! Vítima de bullying por décadas a fio, sempre fui curiosa por ele! 
Desde sempre ouço falar que o bendito é sinônimo de puro mal gosto e carniça. Minha mãe dizia que lá nos anos 50, 60, Tabu era ao mesmo tempo muito usado e muito odiado, pois era fortíssimo e empestiava o planeta.
Para que armas, tanques, minas terrestres e bombas nas guerras que nosso planeta testemunhou? Era só ter espargido 50 litros de Tabu nas fileiras inimigas e a guerra estaria ganha sem destruição, as tropas inimigas se entregariam implorando clemência, com os olhos lacrimejando e pedindo por um banho de escovão (ok, desculpem a piada de péssimo gosto, mas de cunho pacifista, no final das contas)…
Aí é que está, fui ficando curiosa a respeito de tal suposta desgraceira.
E fui atrás dele. 
Tabu foi criado em 1932 pelo perfumista Jean Carles, pai de Miss Dior, Ma Griffe, Shocking. Começamos bem.
Tabu levou a fama de ser um “perfume de prostitutas”, e há algumas lendas a respeito de tais mulheres de vida nada fácil terem sido a real inspiração para o perfume…
Ah, o inconsciente coletivo e tudo que é socialmente proibido! Seria isso que condenou Tabu as fogueiras pelas conservadoras donas de casa das décadas passadas?
Outra coisa: ele sempre foi um perfume “popular”, barato, vamos colocar assim. E sabe, infelizmente temos, e sempre tivemos a mania feia de rotular o que é barato de ruim. E isso não é verdadeiro.
Enfim, Tabu fora criado para ser sensual, quente e provocante! 
Imagino que na época de sua criação ele deveria ser bem mais concentrado e de bem melhor qualidade do que o atual vendido nas drogarias paulistas. E mais bonito, afinal, o clássico frasco do violino não é de se jogar fora, longe disso…
 
E começa minha saga para conhecer o Tabu… procurei no Ebay e demais perfumarias online estrangeiras. Porém, com o tal da proibição de envio dos países do Reino Unido e com o azar que tenho tido com encomendas internacionais, deixei pra lá. 

Até que outro dia, voltando do famigerado shopping 25 de março (quem é de SP me entenderá), entrei no Armarinhos Fernando (loja de comércio ultra popular da região central) e fui lá na seção de cosméticos. Dei de cara com, a deo-colônia Tabu, Dana, a modestos R$ 4,95. Me enchi de coragem e comprei!
Quando cheguei em casa abri o frasco com medo, muito medo, confesso. Lembrei do dia em que numa festa junina, ganhei na pescaria uma colônia chamada “Viva a Noite”:  NUNCA (repita, NUNCA) me esquecerei de tal tragédia. Pensei que ia morrer asfixiada, aquilo era feito de querosene com diabo-verde e pinho-sol (para dar um “cheirinho”), aposto. 
Voltando ao Tabu… 

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Acudam, a boa moça de família, aluna de piano, deixou-se levar pelos prazeres da carne! Culpa do Tabu…

Claro, óbvio, não pretendo que uma colônia de 5 reais seja de qualidade estupenda, nem sequer boa. Nem sei se ele de fato se parece com o que fora criado pelo grande Jean Carles.
A questão é que ele não é ruim assim não. Tem cheiro de talco de antigamente e lá no fundo tem algo voluptuoso, quente, especiado, quase erótico, quase vulgar. Era o que eu esperava, era o que eu queria dele.
Tem cheiro de cabaré com sofás de veludo vermelho gasto e bebidas baratas servidas em balcão de madeira. Na década de 50, claro, nada moderno. E a trilha sonora conta com blues e jazz, invariavelmente. 

Meu marido falou que ele tem cheiro de penteadeira.

Para quem gosta de “perfume de tia”, como eu, ele pode até agradar… Mas olha só, uma gota basta, mesmo sendo uma colônia de 5 mangos. Na verdade, eu até simpatizei com ele… Acho que é toda a mística ao redor do tal rejeitado perfume de bisca lá de antigamente. 
As notas da formulação original são: 
Notas de saída: laranja, especiarias, neróli, bergamota, coentro.
Notas de coração: cravo (especiaria), jasmim, ylang-ylang, rosas, narciso.
notas de fundo: sândalo, âmbar, patchouli, almíscar, civeta, bezoim, musgo-de-carvalho, vetiver, cedro.
E quer saber? Só atiçou ainda mais minha curiosidade de conhecer o original… Certamente bombástico! Do jeitinho que eu gosto!

https://aloucadosperfumes.com/2013/03/23/tabu-dana-esse-polemico/

sábado, 13 de janeiro de 2024

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(19) “A Criação Divina e o Big Bang: Uma Coexistência Possível”

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(19) “A Criação Divina e o Big Bang: Uma Coexistência Possível”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A origem do universo é um tema que desperta o interesse e a curiosidade de muitas pessoas, mas também gera controvérsias e conflitos entre diferentes visões de mundo. A religião e a ciência são duas formas de abordar essa questão, mas muitas vezes são vistas como opostas e incompatíveis. Neste ensaio, pretendo mostrar que é possível conciliar a crença na criação divina com o conhecimento científico sobre o Big Bang e a evolução, sem negar nem desprezar nenhuma das duas perspectivas.

A religião é uma forma de expressar a fé e a espiritualidade humana, buscando um sentido para a existência e uma relação com o transcendente. A Bíblia é o livro sagrado dos cristãos, que contém relatos sobre a criação do universo por Deus. Segundo Gênesis 1:1, "No princípio criou Deus os céus e a terra". Segundo Hebreus 11:3, "Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente". Essas passagens revelam a crença na origem sobrenatural do universo, que depende da vontade e do poder de Deus.

A ciência é uma forma de investigar os fenômenos naturais, usando métodos sistemáticos e evidências empíricas. A ciência oferece uma explicação racional e verificável sobre o Big Bang e a evolução. O Big Bang é a teoria que descreve o início do universo como uma grande explosão há cerca de 13,8 bilhões de anos. A evolução é a teoria que explica a diversidade e a adaptação dos seres vivos através da seleção natural e da mutação genética. Essas teorias se baseiam em observações astronômicas, fósseis, experimentos e cálculos matemáticos.

Muitos religiosos rejeitam as teorias científicas sobre o Big Bang e a evolução, considerando-as como "alucinações ridículas" que contradizem a revelação divina. No entanto, essa atitude é fruto de um mal-entendido sobre a natureza e o propósito da ciência e da religião. Como disse o filósofo francês Blaise Pascal, "A fé é diferente da prova; uma é humana, a outra é um dom de Deus" (Pensées). A ciência não pode provar nem refutar a existência de Deus, pois isso está além do seu alcance. A religião não pode impor nem negar os fatos científicos, pois isso seria irracional.

É possível harmonizar a crença na criação divina com o conhecimento científico sobre o Big Bang e a evolução, reconhecendo que ambos têm valor e validade em seus respectivos domínios. Como disse o teólogo católico Hans Küng, "Não há contradição entre uma interpretação correta da Bíblia e uma interpretação correta da natureza" (O começo de todas as coisas). Deus pode ser visto como a causa primeira e o fim último do universo, sem interferir nos processos naturais que Ele mesmo criou. A ciência pode ser vista como uma forma de descobrir as leis e os mecanismos que regem o universo, sem negar o sentido e o valor da vida.

Em conclusão, não há necessidade de escolher entre religião e ciência quando se trata da origem do universo. Ambas podem contribuir para um entendimento mais amplo e profundo da realidade, desde que se respeitem e se complementem. Em vez de rejeitar as teorias científicas como "alucinações ridículas", é mais produtivo abraçar o diálogo entre ciência e religião. Como disse o sábio Provérbio 4:7, "O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento". O verdadeiro entendimento começa com a consideração e a abertura para novos conhecimentos.