"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Desabafo docente: a profissão está se tornado uma missão impossível


Enviado em 25/08/2013 às 22h25

Desabafo docente: a profissão está se tornado uma missão impossível

DIÁRIO DA MANHÃ
ADRIANA LUCIA DA SILVA
Pensei algumas vezes antes de iniciar esse texto, analisei a minha profissão, a luta diária em busca de uma educação de qualidade. Pensei na minha sala com 34 crianças para alfabetizar, analisei sua história de vida e me assustei mais uma vez com uma constatação, a única categoria realmente preocupada com a educação, são os professores.
Acredito muito naquela máxima de que você tem de estar na pele do outro, para compreender sua dor. Penso que talvez, só quem esteja na mesma situação pode me compreender, quando falo do acúmulo de funções, da falta de recursos humanos e materiais nas escolas, da quantidade de alunos, ma em especial da desvalorização crescente da profissão docente.
Vi alguns textos informando que o MEC vai criar um programa chamado Mais Professores, acredito que não haverá rejeição da nossa classe em relação a mais professores trabalhando não, só tenho minhas dúvidas se algum profissional vai querer aderir, principalmente levando em conta o desrespeito  a que somos submetidos, duvido muito que nossos caros colegas que já se aposentaram, convivendo com vários anos de desrespeito e baixos salários, vão se sentir atraídos para voltar as salas de aula.
Cito como exemplo desses desrespeitos constantes, a situação vivida na rede municipal de Goiânia.  para sermos admitidos na rede, passamos por um criterioso processo seletivo, no qual devemos dominar todas as áreas da educação, políticas, educação especial, gestão escolar, teorias de aprendizagem, e por aí vai. Para podermos melhorar nosso salário um pouco, devemos ter uma carga de 1080 horas de cursos de pós-graduação, e quando protocolamos tais cursos esperamos ate 1 ano para começarmos a receber.
Agora a ultima que deixou todos os profissionais mais decepcionados ainda com a profissão, foi a questão do difícil acesso. Na qual o Ministério Público, acredita ser ilegal essa ajuda de custo com transporte, levando em conta que agora tem o bilhete do poupa tempo no transporte coletivo. Vamos combinar minha gente, o transporte publico de Goiânia vai ser capaz de receber  mais 9000 usuários todos os dias em horários de pico? Pois esse é mais ou menos o quantitativo de professores da rede. Outra coisa, vocês acreditam ser possível chegar as 7h em alguma escola usando o transporte público?
Quero deixar claro, não recebo esse benefício, mas convivo com colegas que moram longe, que trabalham 2 até 3 turnos, alguém acha possível esse trabalhador conseguir chegar ao seu destino de ônibus? minhas dúvidas são muitas, principalmente quando penso que sou uma profissional de nível superior, que fiquei 4 anos em um banco de faculdade e mais 2 de pós-graduação, e que as pessoas teimam em me ver como uma voluntária, ou como uma pessoa que faz algum tipo de sacerdócio.
Ser professor é uma profissão digna de todo respeito, trabalhamos por que gostamos de nossa profissão, mas também para cuidar de nossas famílias, para podermos ter uma vida digna. Sabemos que não vamos ficar ricos sendo docentes, e nem é esse nosso objetivo. No entanto, não queremos mais perder direitos adquiridos, mas sim lutar por outros que ainda não foram consolidados. Acredito que minha fala relata a indignação de muitos colegas. E utilizo esse instrumento de comunicação para dizer: “Exijo respeito”, pois trabalho com respeito, cumpro meus deveres, pago meus impostos e sou uma cidadã.
(Adriana Lucia da Silva, pedagoga da rede municipal de Goiânia)

domingo, 25 de agosto de 2013

ONDE ESTÃO OS EX-MISERÁVEIS DA EX-PRESIDENTE DILMA? ("Antes de dar comida a um mendigo, dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar." — Provérbio Chinês)


ONDE ESTÃO OS EX-MISERÁVEIS DA EX-PRESIDENTE DILMA? ("Antes de dar comida a um mendigo, dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar." — Provérbio Chinês)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um dia comum na escola, eu, um professor do ensino médio, estava diante de uma turma do terceiro ano. Naquele dia, fui confrontado por uma aluna que ameaçou me processar. O motivo? Eu havia repreendido alguns alunos desordeiros, chamando-os de "Miseráveis da Dilma".

Naquele momento, a expressão "miseráveis" não carregava a corrosão semântica que ela atribuiu. Era uma carapuça que servia a muitos, uma reflexão sobre a pobreza intelectual que parecia destinada a acompanhar a maioria deles, reforçando o senso comum. Pressionado e constrangido, senti-me tão miserável quanto eles, digno de compaixão.

Depois, buscando conforto, lembrei-me das palavras da ex-presidente Dilma Rousseff. Ela havia prometido que o número de miseráveis no Brasil cairia para 2,5 milhões de pessoas com a implementação do programa Brasil Carinhoso, que ampliou o Bolsa Família. O governo classificava como miserável quem sobrevivia com até R$ 70 mensais per capita. Dilma prometeu erradicar a pobreza extrema até o fim do mandato, em 2014.

Muitos dos meus alunos, beneficiários do governo, frequentavam a escola como um dos critérios para receberem o benefício. Até aí, nada de errado. O problema é que se tornavam indesejáveis pelos despropósitos educacionais.

Eu também me considerava um dos "Miseráveis da Dilma", enquanto professor e funcionário público com um salário mísero, frente ao tamanho do desafio e da responsabilidade que tinha. Era como se fosse um "carpinteiro do mundo", como diria Raul Seixas, em meio a tantas leis contra o "desmatamento". Uma metáfora paradoxal, não é mesmo?

O outro lado miserável dessa história envolvia todos os beneficiados pelo programa "Bolsa Família". Eles assumiam, lamentavelmente, o papel de miseráveis em extrema pobreza. Por que se ofendiam tanto quando os chamava de "Miseráveis da Dilma"? Eram os filhos adotados do "Brasil carinhoso"! Os que ganhavam o peixe frito e não sabiam pescar, voltariam a pedir.

Parece que os brasileiros foram enganados, pois a pobreza extrema aumentou 11% e atingiu 14,8 milhões de pessoas. Então, miseráveis materiais e miseráveis intelectuais, demos vivas aos amparos do governo. Uma coisa leva a outra: "Em seu discurso, Dilma destacou o papel do Bolsa Família na diminuição da pobreza extrema, afirmando que cerca de 18 milhões de pessoas continuariam na miséria, se não fosse o programa de transferência de renda". Então, confirmo o que digo, os miseráveis sempre tereis convosco.

Corrija-me quem puder, mas entendo que eu, na qualidade de professor público, sou uma extensão dos benefícios viciantes do governo para os outros "miseráveis" mais humildes. Os denunciadores e processadores por quaisquer motivos querem mais dinheiro fácil!

E assim, encerro minha crônica, refletindo sobre os acontecimentos que vivi e transmitindo uma mensagem impactante aos leitores. Afinal, a vida é uma constante aprendizagem e, por vezes, somos todos um pouco "miseráveis".



domingo, 18 de agosto de 2013

Ser estudante


Enviado em 17/08/2013 às 21h17

Ser estudante

DIÁRIO DA MANHÃ
MÁRCIA CARVALHO
“Persiste em ler...e em ensinar. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia [...].”
(Timóteo 4: 13,14)
Tenho buscado, durante todo o tempo em que escrevo para este conceituado jornal, não me esquecer de algumas datas comemorativas presentes em nosso calendário. No domingo passado coincidiu de ser tanto Dia dos Pais como Dia dos Estudantes. Assim, optei por homenagear e cumprimentar os estudantes nesta edição do Diário da Manhã visto que na edição passada falei para os pais.
O estudante está para o educador, como a água está para a vida. É inadmissível um sem o outro e, eu sou uma apaixonada pela educação. Dediquei e dedico minha vida à causa educacional, pois, compreendo que a educação que busca a formação integral do aluno e da aluna é a mola mestra que transforma o mundo e o transforma para melhor.
O Dia do Estudante é comemorado, no Brasil, no dia 11 de agosto. A data foi criada em homenagem à fundação dos dois primeiros cursos de Ciências Jurídicas do País, um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Neste mesmo dia 11, devido ao fato dos cursos serem na área jurídica, comemoramos também o Dia do Advogado. Durante este período da História do Brasil, quem queria e podia estudar tinha que ir a Coimbra, em Portugal e, a única opção era o que convencionalmente chamamos de Curso de Direito. O interessante, é que não havia o leque de opções em cursos que hoje temos o que às vezes deixa nossos alunos e alunas na indecisão, não sabendo qual curso escolher e assim definir a profissão que irá seguir. Digo interessante, pois, a cultura da época não oferecia opções para os jovens que não queriam seguir carreira dentro das Ciências Jurídicas. 
Como bem disse Samuel Johnson: “Grandes obras não são feitas pela força, mas por perseverança”. E o Estudante é um ser que persevera diariamente. Sua luta é cotidiana e processual. Em nosso país temos as seguintes modalidades de educação definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira: Educação Infantil, Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Técnico, Pós-Médio, Ensino Superior, Tecnólogo, Bacharelado, Pós-Graduação, Especialização, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado.
No ambiente educativo, ou seja, nas unidades escolares a prática de ensinar e aprender, acontece de forma intencional e objetiva alcançar  todos os educandos. É evidente que a educação no país na atualidade, avançou muito e procura respeitar e adequar-se a diversidade cultural, típicas de cada região, à suas próprias necessidades de observar a existencia de um currículo nacional mínimo, o que garante oportunidades iguais a todos quanto ao acesso ao mundo educacional como o mundo do trabalho. Só através da educação as classes sociais se unificam, passando a possuir as mesmas possibilidades de vencer.
Ser estudante independe da região do mundo em que a pessoa esteja. Ser estudante requer uma série de sacrifícios e engloba uma variada gama de posturas e atitudes que visam sobretudo a realização pessoal no amanhã. Quem é estudante, o é no dia de hoje. Seu lema é aprender, aprender e aprender cada vez mais. O estudante durante todo o tempo que passa nas instituições de ensino, busca sobretudo sua realização pessoal. Para o estudante o ontem já não existe, o que vale realmente é o agora  e o amanhã. E para ter um amanhã melhor é preciso estudar e estudar muito.
Ser estudante não é uma tarefa fácil, entretanto é gratificante. Somente pela educação conseguimos nivelar anseios e realizações de pessoas oriundas de todas as classes sociais. Não é mérito da questão abordar aqui e debater as desigualdades sócioeconômicas do mundo. O que gostaria de deixar para todos os estudantes é que aquele e aquela que efetivamente se esforça e estuda, têm possibilidades infinitas.
Como já disse anteriormente, não existe educador sem discentes. E são vocês estudantes que nos mantêm com a energia e a alegria de saber que a cada dia ao ensinarmos aprendemos muito mais.
Parabéns Estudantes goianienses, goianos e de todo o Brasil, deixo a todos e a todas a sabedoria dita pelo grande educador Paulo Freire: “Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos.”
(Márcia Carvalho, pedagoga; psicopedagoga; mestre – Sociedade, Políticas Públicas e Meio Ambiente; diretora Administrativa – Câmara Municipal de Goiânia)

sábado, 17 de agosto de 2013

INOVAR PARA SOFRER ("A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro." — Peter Drucker)


Crônica

INOVAR PARA SOFRER ("A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro." — Peter Drucker)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Um aluno do oitavo ano já deveria saber perfeitamente o seu papel na escola, mas não sabe. Como posso LHE exigir que saiba qual é o papel do professor!?Bem, tenho observado os alunos indisciplinados e desrespeitadores perturbando A MINHA AULA, mexendo com os seus colegas, o QUAIS, além de revidar os insultos, Vão DENUNCIá-los a mim! POIS, na presença do professor julgam-se protegidos, AÍ irritantemente se xingam. Então, fica evidente, SOBRE esses desajustados, O DESEJO DE aliciar o professor para seu lado e insistem aos gritos: — "prossor, prossor oia o mininu aqui...!!!" Tentando dissimular o seu mau caráter e tomar o tempo da aula com futilidades.  Meu esclarecimento a eles é o seguinte: estudei Língua Portuguesa e não "Jiu-jítsu" para ficar separando brigas de aluno sem brio.
          Olhando a apresentação de um trabalho escolar desses desordeiros do dia-a-dia da sala, vi como eles querem ordem e atenção! Comportamento não praticado por eles quando outros apresentaram e precisaram de silêncio. Porém agora, eles querem respeito e atenção. Qual não foi a confusão, quando um ou outro da classe começou fazer perguntas. Os apresentadores falando sobre drogas, assunto corriqueiro e familiar, não conseguiam responder favoravelmente nenhuma. Então transferiram a culpa para mim porque não colocava a turma em silêncio, COM isso não fizeram bem. Mas, quem mais fazia barulho eram  os TAIS APRESENTADORES, tentando sufocar as perguntas difíceis de responder. Já é sabido que para time PERDEDOR não tem juiz bom e nem goleiro!!! Depois me desacataram exigindo nota melhor. Porém a classe se revoltou: — "Que apresentação é essa que os responsáveis mostram um vídeo, baixado da net e só?" — "MOSTRARAM SÓ pedaços de jornal e o leram apenas?" Então, entendi que a falta de competência de muitos está na falta de compromisso com os saberes.
          Já no Ensino Médio, as apresentações são um pouco melhores e existe realmente uma certa decência e ordem. Não tenho me recusada a conferir-lhes boas notas, pois têm qualidade e profundidade. Só reclamo de um problema nessas apresentações é as repetições de tema, devido os muitos preguiçosos que pedem emprestado o material já apresentado por outro grupo e nem têm o cuidado de mudar alguma coisa. Todavia, desisti de trabalhar com seminários em sala de aula. 
          A ironia sarcástica de tudo isso é que a coordenadora pedagógica acredita mais nos alunos que vão lá pedir por aulas criativas do que na realidade que ela já conhece. Pobre dela que se une a eles, também, massacrando injustamente o professor, nem para perceber que é mais uma justificativa dos "desobjetivados", pois não querem assistir a aula do "velho tradicional", coagido pelo sistema cheio de leis disciplinares que não funcionam.
           Que motivação tenho para inovar e ser criativo. Se, às vezes, quando tentei sê-lo, ao invés de ganhar mais, perdi mais, expondo-me mais ao desrespeito e ao ridículo. Assim temo sair dali, qualquer dia desse, morto; se cumprirem suas abundantes ameaças. Tomara que isso aconteça logo, quem sabe aí, terei meu momento e glória num enterro de mártir, e um deles pague alguma pena. Atualmente dou graças a Deus a coordenadora da equipe da nova direção; proibiu-me os seminários, alegando ser enrolação da aula. 
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 04/03/2013
Reeditado em 17/08/2013
Código do texto: T4171475
Classificação de conteúdo: seguro
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domingo, 11 de agosto de 2013

MORRENDO E APRENDENDO ("O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós." — Jean-Paul Sartre)


Crônica

MORRENDO E APRENDENDO ("O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós." — Jean-Paul Sartre)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Qual professor não gostaria de trocar de sala, rapidamente, depois do ruído da sirene? Mas, houve minha demora, um pouquinho só, apesar do bom grado, por mais cinco minutos, ouvindo a apresentação do ultimo grupo de alunos daquela manhã.  Porém, a coordenadora, ao torturar-me em dobro, ou querendo mostrar serviço sem consideração ao meu, chamou-me a atenção, simplesmente por demorar se deslocar a outra sala, pois o outro professor já havia abandonado sua sala, e os alunos estavam lá na porta fazendo pressão por minha presença! O bom coordenador se ofereceria para ficar na sala em que ficará o professor atrasado, já que o motivo do atraso era nobre. Qualquer bom orador se planeja respeitando uma margem de dez minutos de tolerância, tanto no começar quanto no terminar. E nem por isso deve ser chamado de desrespeitador de sistema.
           Aos berros, assustei-me, pelo que estava ouvindo, eu e todo mundo, de lá da porta da sala da coordenação, ordens para fazer exatamente o deslocamento à sala que iria ministrar o segundo horário. E por cima, enquadrado na lei de Murphy, piorou, cruzei no corredor com uma colega ameaçando-me também, dobrando a dose do veneno fazendo-me tremer, falara baixinho ao ouvido como se fosse um segredo de amigo. E que segredo!!? — Estão de olho em você!
           Jamais podemos esquecer estas coisas que nos fazem amadurecer e apodrecer, tampouco deixar de refletir no porquê de uns terem de fracassar para outros vencerem. Por que não podemos crescer juntos? Outros, ainda, de tanto puxarem o tapete de muitos, já quebraram a coluna da moral erguedora.
           O sistema educacional tradicional já nem faz o seu papel, há muito tempo. Eu gostaria muito de tirar as pedras de meu caminho, mas não tenho ferramentas adequadas, digo melhor, tampouco me ensinaram fazer isso, ensinaram-me sim, dizendo que elas sempre rolam e machucam quem nelas mexer. Então, aprendi a contorná-las com a palavra. E vejo que em breve, quando elas bloquearem totalmente meu caminho, terei de fazer como a água acumulando contra o obstáculo até sobrepô-lo. Falo metaforicamente, só há uma saída e esta é para cima. Vazar por cima é modernizar o sistema, dar-lhe qualidade, é crescimento real!!! Quem sou eu para tanto!?
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 24/02/2013
Reeditado em 11/08/2013
Código do texto: T4157393
Classificação de conteúdo: seguro

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domingo, 4 de agosto de 2013

AS BRECHAS DAS LEIS ("Os idiotas são mais felizes. Eles não sabem que vão morrer" - Cazuza.)



Crônica

AS BRECHAS DAS LEIS ("Os idiotas são mais felizes. Eles não sabem que vão morrer" - Cazuza.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Na educação, é como no futebol, tem-se por técnico os que não jogam mais nada. Talvez Scott Adams esteja coberto de razão quando diz: "Os trabalhadores mais incapazes são sistematicamente promovidos para o lugar onde possam causar menos danos: a chefia."
           Esse pensamento vem a calhar bem no sistema educacional público, bem próximo de nós. Para aquele da unidade escolar, por motivo de doença ou impossibilidades quaisquer, inventa-se um desvio de função para ele na secretaria, então o promove! Nunca vi um professor impossibilitado para sala de aula, trabalhando na cozinha ou limpeza de uma escola, ainda que vá para a merenda escolar, vai para gerência. Ou vai para dar ordens na biblioteca, e ainda ganhando o mesmo salário da função anterior. Não estou dizendo que está errado, se eu vier a precisar de um desvio de função, gostaria que fosse assim, e quem não gostaria! Porém, o mérito da questão que levanto aqui é que se forma na educação uma diretoria de líderes inválidos de toda natureza. Talvez isso explique o caos! Mas, não vai acabar porque continuam ganhando o mesmo salário da função anterior. Aí os noticiários dizem: "Reiterada vezes, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu que o servidor público desviado de sua função tem direito a receber os vencimentos correspondentes à função desempenhada, pois, caso contrário, ocorreria inaceitável enriquecimento ilícito da Administração." ( http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1039763/stj-edita-nova-sumula-sobre-desvio-de-funcao ). (acessado em 17/11/2018).
           Por isso, sugiro que arranje uma aposentadoria compulsória e com ganhos proporcionais ao tempo de contribuição aos que não podem mais exercer a função para a qual foram concursados. E assim, enxuga-se a máquina, dando qualidade a equipe chefiadora, evitando a resistência que muitos subalternos aplicam para não obedecer a quem eles julgam inferiores profissionalmente, ou menos diplomados que eles, mas que estão dando as ordens.
           Quero fechar esta crônica com estas duas pérolas de brasileiros pensantes com o intuito de provocar uma reflexão, o primeiro é o grande Ruy Barbosa: "Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência". Em seguida, vamos de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra". E se a máscara de idiota cair? 

Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 17/02/2013
Reeditado em 04/08/2013
Código do texto: T4144700
Classificação de conteúdo: seguro

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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A arte de aprender


Enviado em 01/08/2013 às 21h31

A arte de aprender

Questões para repensar o ensino e a aprendizagem
DIÁRIO DA MANHÃ
JOEL GONZAGA DE SOUSA
“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes” (Carlos Drummond de Andrade) Existem coisas que fizeram, fazem e farão parte de nossas vidas, dentre elas destaco o ato de aprender. Acredito ser impossível parar de aprender, mesmo que você não queira você vai continuar sempre aprendendo. Aprendemos alguma coisa todos os dias. A cada dia ficamos sabedores de algo que não sabíamos no dia anterior. Aprendemos por exposição, pela observação e pela vontade de saber. Aprendemos sem saber que aprendemos.
Sem criar polêmica, quero dizendo que ninguém, e nada tem o poder de nos ensinar. Os professores não nos ensinam nada, nem os livros. Os acontecimentos não nos ensinam nada, nem os fatos. A vida não nos ensina nada, nem o exemplo. A TV não nos ensina nada, nem o videogame. A religião não nos ensina nada, nem a escola. O castigo não nos ensina nada, nem as recompensas. As tragédias e derrotas não nos ensinam nada, nem as vitórias. Nossos pais não ensinam, nem o nosso país.
É uma grande ingenuidade acreditar que alguém, uma situação ou instituição nos ensina. Mas aprendemos com tudo. Aprendemos com os professores e com os livros. Aprendemos com os acontecimentos e com os fatos. Aprendemos com a vida e com os exemplos. Aprendemos com a TV e com o videogame. Aprendemos com as religiões e com a escola. Aprendemos com os castigos e com as recompensas. Aprendemos com as tragédias, derrotas e vitórias. Aprendemos com os nossos pais.
É impossível ensinar. É impossível ensinar aquilo que não se quer aprender. Estamos na contra mão da história não devemos ensinar, devemos antes de tudo despertar o desejo de aprender. Devemos transformar aquilo que deve ser aprendido em algo relevante àquele que deve aprender. Precisamos mudar a forma de como aprender e ensinar. Precisamos despertar a vontade de aprender, e o desejo de saber aquilo que precisa ser aprendido.
Antes de aprender algo devemos transformá-lo em algo interessante. Só aprendemos aquilo que aguça a curiosidade, que faz sentido. Nós aprendemos com tudo. Não estamos carentes de pessoas que queiram aprender, estamos cansados de aprender coisas sem sentido. Precisamos aprender a aprender. Precisamos reencontrar o significado da arte de aprender. Precisamos antes de tudo saber por que devemos aprender aquilo que deve ser aprendido. Precisamos aprender o caminho da Luz.
(Joel Gonzaga de Sousa, pedagogo, psicanalista, psicopedagogo, baseado na arte de aprender, não giramos em torno do sol, mas em torno da luz)