"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

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sábado, 18 de junho de 2022

TODOS OS MOVIMENTOS PRAZEROSOS DESTA VIDA SÃO EM DIREÇÃO À MORTE ("A pena de morte põe fim a pena da vida." — Carlos EDUARDO Balcarse)

 


TODOS OS MOVIMENTOS PRAZEROSOS DESTA VIDA SÃO EM DIREÇÃO À MORTE ("A pena de morte põe fim a pena da vida." — Carlos EDUARDO Balcarse)

Com meus sessenta e três anos de idade, perambulando nesta vida besta, bem vividos ou mal vividos, descobri que Deus derruba o homem para dar-lhe o prazer do levantar-se; e, a outros dar-lhes a oportunidade de ajudar-nos para se vangloriarem de filhos de Deus e irmãos nossos. E ainda, tenho que ser agradecido a eles, vendo alguém apenas fazer suas obrigações: bando de inútil - "Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que for ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever' "(Lc 17:10). E além do mais, temos que, também, aceitar esta incompreensível, ou melhor, subestimadora experiência como preparação espiritual para a morte, e engolindo isto tudo, como um ato de amor e justiça, é não querer dignidade alguma!

           Portanto, a hora que Deus determinou, é essa; exatamente a hora do fim da razão e da fé sem razão! A morte é o prazer supremo da vida, e todos os movimentos prazerosos desta vida são em direção da morte, quanto mais risco de morte, mais intenso é o prazer. O constante desgastar-me, que tanto me dá prazer, por também, dar prazer cinético para outrem. Finalmente me tornarei adubo para fertilizar a terra que vai parir com prazer a vida novamente.

           Sem dúvida, a morte é essencial para a vida, depois, só a essência e a conversão da essência, trazendo a vida de volta para novamente morrer. Quem vive morre, quem morre vive! E o digno medo da morte é o eixo da roda viva. Somente um jato breve de vida, vencido pela morte, graduando o rápido desvanecer, produz o prazer acelerador do processo. Confirmo com as palavras de William Shakespeare: "Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe."

terça-feira, 7 de junho de 2022

Educação: reprovada’, um artigo de Lya Luft

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  • Educação: reprovada’, um artigo de Lya Luft
  • TEXTO PUBLICADO NA REVISTA VEJA DESTA SEMANA Lya Luft Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os […]
  • Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 10h47 - Publicado em 13 set 2011, 19h32
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  • Lya Luft
  • Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.
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  • Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?
  • De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.
  • Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.
  • Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.
  • Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?
  • Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.

sábado, 4 de junho de 2022

A BELEZA E A INCLUSÃO SOCIAL ("Devem-se escolher os amigos pela beleza, os conhecidos pelo caráter e os inimigos pela inteligência." — Oscar Wilde)

 


A BELEZA E A INCLUSÃO SOCIAL ("Devem-se escolher os amigos pela beleza, os conhecidos pelo caráter e os inimigos pela inteligência." — Oscar Wilde)

É bonito vestir calça rasgada? Deram outro objetivo para o vestir-se. O padrão de beleza imposto pela Bíblia é o estado natural, sem uso de joias, conformado com a imagem e semelhança do Deus que lhe criou. O outro padrão de beleza estabelecido pela ciência, na pessoa de Fibonacci, é notado pela exclusão da natureza. Ela que garante um padrão esteticamente aceito pelo nosso cérebro, são as proporções harmoniosas. Quem é feio tem a imunidade baixa. Repugna-me muito ver duas coisas no mundo: um idoso que usa aparelho nos dentes; o outro com o comportamento de adolescente na sala de aula da EJA. E uma terceira, eu abomino: um homem de cabelos brancos tingidos de preto. São disfarces que não combinam, reforçam apenas os efeitos da corrosão do modismo inadequado no ser humano de personalidade flutuante. Quando ficar velho não queira parece mais jovem. Seja apenas mais feliz. Conhecer a si mesmo, para conhecer o universo e os deuses é o mesmo que aceitar-se a si mesmo para usufruir de saúde plena.

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