"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 26 de agosto de 2017

SOU LUA ESTACIONADA EM CÂNCER ( "Das nuvens, eu posso cuidar, mas não posso lutar contra um eclipse." — Stephenie Meyer)



Crônica

SOU LUA ESTACIONADA EM CÂNCER ( "Das nuvens, eu posso cuidar, mas não posso lutar contra um eclipse." — Stephenie Meyer)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Você pode se sentir homem ou mulher nessa exposição social de gêneros; se você pode, eu também posso me sentir a lua: cabelinhos cortados na lua nova recebem muitos elogios! Todavia, é necessário um momento de encontro consigo mesmo. Estarei sempre fora de interposição, não quero fazer sombra a ninguém, que minha luz venha diretamente do sol. E por sinal, estou sentindo uma grande energia, uma vibração enorme para emanar energia a outras vidas! Mas, na prática, como aproveitar este momento e viver intensamente? Um prazer a muito não vivenciado é a solidão criativa! Estou até com folga para avaliar propostas e possibilidades. Por isso, estou também me despressurizando dos excessos perturbadores. Do que eu deveria ter cuidado...?
           Você vendo-me dizer assim, parece até que estou feliz! Não do jeito de vocês, assistindo ao espetáculo do céu, comendo e bebendo como se fosse uma farra eterna. "Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los."(John Stuart Mill). Pensando nisso: como unicamente o suficiente para viver e me privo do viver para comer. Dormir se parece muito com morrer e não me agrada essa ideia; transar é muito esforço para pouco prazer, o orgasmo de cinco segundos não vale a meia hora de suor; banhar estraga a pele, os óleos naturais nos protegem dos que querem nos "picar". E me defendo com as palavras de Albert Einstein: "Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo". Por que as pessoas comuns se esforçam tanto para mostrar que estão sentido prazer ou desfrutando da vida?
           Eu gostaria de escrever aqui, dizendo que hoje vou curtir mais minha órbita. Porém, li tantas notícias sobre o eclipse que não me inspirou mais nada, apenas o que já disse. Mas, na verdade, lecionar é iluminar a terra. Quem quiser seguir meu exemplo está na hora! Então, vou anotar todas as impressões de hoje para trabalhar com elas durante o resto da vida. E uma delas é evitar a companhia de gente teimosa e rude.
             Já que sou lua estacionada em Câncer, e meu elemento é água que apaga o fogo, espero que o caminho da penumbra me leve a viajar, a estudar, a ter fé. Que as energias escuras estimulem o meu intelecto e a minha espiritualidade por fomentar um signo próspero. Vou ter que defecar isso para muita gente de um signo só, e vou fazê-lo em um banheiro público sem porta e sem papel higiênico, ESCREVENDO NAS PAREDES COM o dedo sujo de FEZES. Afinal, em todo caso, lembro-me que não é tudo na minha vida que precisa ser exposto às pessoas. Mas, estou "cagando E ANDANDO" PARA isso! E tenho algumas necessidades que só posso satisfazê-las quando estou longe do pudor.
            "Das nuvens, eu posso cuidar, mas não posso lutar contra um eclipse." (Stephenie Meyer - Eclipse).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 26/08/2017

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sábado, 19 de agosto de 2017

MINHA DECADÊNCIA ("Envelhecer não é decadência, decadente é ser novo e não acreditar que chegará a essa fase." — Brione Capri)


Crônica

MINHA DECADÊNCIA ("Envelhecer não é decadência, decadente é ser novo e não acreditar que chegará a essa fase." — Brione Capri)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


             Eu e você em confronto, dis(puta) desleal, pois já estou velho, mas não acabou ainda minha missão. Só preciso ficar atento às responsabilidades do trabalho para não ser acusado injustamente de erro, antecipando assim, meu AFASTAMENTO. E por eu estar totalmente desprendido da vaidade, deixarei apenas minha capacidade falar alto, não me defenderei. Estou tentando ser menos impulsivo nestes MOMENTOS FINAIS, pois ainda não sei assumir o controle de minhas emoções. Todo o meu problema é que eu tenho imaginação e carisma para chamar a atenção, todavia, o que importa neste momento, não é a visibilidade, é o teor e a qualidade da comunicação. 
             E quando estiver aposentado, podendo evacuar do ambiente escolar, levarei um sentimento de menos valia em decorrência de frustrações no trabalho. Pois o que se diz lugar de educação, não passa de campo de batalha. Porém, compreendo que nem sempre é possível ganhar. Só me resta agora descansar das dificuldades superadas a duras penas. O pior de tudo isso é que, a possibilidade da ociosidade me assusta e a mudança de atividades já faz oscilar meu humor. Sobre tudo, estou esperando demandas mais suaves no estado de terceira idade e na vida social, visto que o amor está em baixa por aqui. Nem sei se minha filha, recém descoberta, ama-me de verdade, quem mais me amou, ama ou amará?
            Porém, desgastei-me na escola e não consegui dizer que o sistema está equivocado; tanto aos que dirigem como aos usuários, apenas fui junto, na onda, fiz-me cego para não perder o emprego. Entretanto, sempre soube que a solução não é aprovando aluno de qualquer jeito, para fazer bonito nas estatísticas,  apenas se livrarão deles, pois as salas se esvaziarão da mesma forma, do que se não promovessem os incompetentes. Qualidade é outra coisa! 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016
Reeditado em 19/08/2017
Código do texto: T5810545 
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sábado, 12 de agosto de 2017

MAGOADOS NÃO PERDOAM (O castigo foi feito para melhorar aquele que o aplica — Friedrich Nietzsche)



MAGOADOS NÃO PERDOAM (O castigo foi feito para melhorar aquele que o aplica — Friedrich Nietzsche)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Em meio à quietude da noite, me vejo refletindo sobre a complexidade da vida. Uma coisa é certa: somos nós que tecemos os momentos agradáveis. Aprendi que evitar erros é mais sábio do que buscar o perdão, uma ilusão que mascara a cicatriz da ofensa. O perdão, em sua prontidão, abre caminho para a repetição do erro. Por isso, nunca se perdoa completamente, nem se deve restaurar a confiança plenamente.

Quando perdoamos, assumimos as consequências pelo outro e damos outra oportunidade para a prática do mesmo ato, desta vez patrocinado. A pessoa não se dá conta que é um erro se não vi as consequências fazerem arder sua pele. Como diz Sally Grazi: "O perdão é um ente obscuro... se perdoa sem completamente perdoar!"

Lembro-me das palavras de Maquiavel, que em tempo de guerra a crueldade é necessária. Depois de um tempo, tentei lembrar o rosto das pessoas que me ofenderam e só consegui ver a face de um monstro assustador: o ódio tornou-se apenas mais ódio com a ferrugem do tempo. Não perdoei e não fui perdoado. Imagina se houvesse o perdão! Eu ainda estaria abraçado com o inimigo. O distanciamento basta para restaurar a autoestima.

O medo de ser ofendido novamente me aperta o peito, pois é a raiz da violência. A vingança nos liberta da perseguição, servindo de moeda de troca que compra a liberdade e a paz. Agora, estou certo que paz só com guerra. Anjos não morrem... por isso são mensageiros da paz, ou seja, somente o vencedor desfruta da paz. Preciso me apegar às mágoas para não sofrer duas vezes, talvez na próxima semana dê certo.

Se você cair, com certeza, alguém o empurrou, porque você não quer cair, com certeza. Frutos maduros caem naturalmente. Coisa difícil não vem de Deus, pois não está madura! Mat. 18:22 não combina com Rom. 1:32. O fanatismo é enganoso!


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Professor nota zero — Por Gilberto Dimenstein


Texto
Professor nota zero
Por Gilberto Dimenstein

Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única questão sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.

Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.

A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.

O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.


Gilberto Dimenstein, 60 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u500752.shtml
Kllawdessy Ferreira
Enviado por Kllawdessy Ferreira em 08/08/2017
Código do texto: T6077518
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sábado, 5 de agosto de 2017

EU NA CAVERNA, E ELA EM MIM ("O homem nunca saiu da "caverna". Apenas, evoluiu em arquitetura e tecnologia. Continua irracional. Matando e destruindo com mais potência. — "Wal Águia Esteves)


Crônica

EU NA CAVERNA, E ELA EM MIM ("O homem nunca saiu da "caverna". Apenas, evoluiu em arquitetura e tecnologia. Continua irracional. Matando e destruindo com mais potência. — "Wal Águia Esteves)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

             Acorrentado pela ignorância, no segundo compartimento da caverna de Platão, nunca me senti tão indisposto, assim com baixa vitalidade. Lá fora tem Pandemia! No atual distanciamento oficial e imposto pelas autoridades, não tive coragem para mais nada; não comprei nada, nem me envolvi com mulheres, amigos ou familiares. Nem ainda, com problemas alheios. Não saí da Caverna. Eu estou inadequado para me sentir emocionalmente responsável pelos outros. Não pude me mostrar acolhedor, generoso e cuidadoso com o bem-estar das pessoas que me cercam. Na verdade, estou me debatendo com maus sentimentos, pressentimentos ruins e situações meio tensas, descontando nos outros meus erros! Aí, uma amiga virtual me diz que sou bom e experiente, mas, não pode sair das sombras; o sol dá câncer.
           Como posso ser diferente dos habitantes da Caverna, se carrego comigo as cicatrizes de três erros capitais que me aprisionaram: Escolhi mal meus casamentos, foram dois que só me revelaram que o “Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra” (Génesis 1, 28) não é casar: ninguém domina ninguém! Escolhi mal a religião, porque me deixei levar por pastores enganadores, agora descrente na Bíblia e nos charlatões. Acostumado na escuridão, não consigo abrir os olhos na claridade. Também, escolhi mal a profissão,  concursado na educação, porque não me disseram que a educação separa os homens, fazendo-os adversários? Não posso nem odiar os opressores, porque me fazem sentir assassino. (1 Jo 3:15).
          Porém, a pergunta que faço insistentemente, pois algo muito me incomoda atualmente, é esta: Porque um homem faz o outro sofrer?  "Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas." (Antoine de Saint-Exupéry). Tenho suportado muitas larvas; elas se multiplicam assustadoramente, e não mais viram borboletas, pois acham muito incômodo voar. Nessa parábola, sou também larva e nunca borboleta. 
           Mesmo assim, devo concordar com as determinações do destino, já que, neste mundo, na "vida boa", é também muito caro ter prazer: cinco segundos de orgasmo para meia hora de esforço e ninguém reclama, bastam-nos as sombras sinistras de cada dia. E a Caverna é o Centro de Convivência ...
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 05/08/2017
Código do texto: T5810541 
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