"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 30 de setembro de 2017

A VIAGEM INEVITÁVEL ("Estou para realizar a minha última viagem, um grande salto no escuro". — Thomas Hobbes)



Crônica

A VIAGEM INEVITÁVEL ("Estou para realizar a minha última viagem, um grande salto no escuro". — Thomas Hobbes)

           Ultimamente, meu humor está instável. E minha intolerância é um obstáculo na relação com as pessoas. Mas, vou me esforçar para cultivar flexibilidade e imparcialidade, ainda que precisarei manter uma postura austera como professor. Este é meu último estado situacional. Não gosto de fantasiar!
           Apesar dessa certeza, estou daquele modelo: esperando que os outros me compreendam e se aproximem. Sim, e vai ser assim porque minha atitude já está decidida. Fiz muito por eles, agora quero que façam por mim. O meu desafio para este final de existência é de me expressar como eu gosto: Quieto em meu canto e calado, parecendo sábio. Porém, se vier alguém, a gente "viaja" junto!
           Como já disse, vou começar procurando encurtar mais as conversas, pois já deixei de "xororô" e "mimimi". Escutarei somente os mais experientes com boa vontade e até falarei bem dos jovens se possível, quero que fechem o meu esquife funerário com elogios; não assim, tão imediatamente, mas que se atrase bastante a visita da velha de preto com foice na mão. Estou cuidando do meu humor, talvez ela pense que estou feliz demais para morrer assim salutarmente. Claro que quero com todas as forças que tudo se resolva, quando chegar minha hora, sem dor. Aí, tudo estando sereno e tranquilo e não me preocupando mais  com esta existência, então os reservatórios de minhas energias poderão esvair-se prontamente. 
           Nem eu e nem Deus não gostamos de exageros. De vocês, queremos uma postura disciplinada para as despedidas. Meu conselho de cabeceira é o do Leo Vonyazzi: "É isso mesmo. Viajar é o melhor remédio para curar: tédio, rotina, tristeza, solidão. Então o que está esperando? Faça as malas agora e dê mais uma chance para a vida te mostrar tudo o que ela tem para te oferecer!" Amém, se tiver vida após a morte!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 30/09/2017
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sábado, 23 de setembro de 2017

SOBREVIVÊNCIA AOS "TRANCOS E BARRANCOS" ("O cão não ladra por valentia e sim por medo." — Provérbio Chinês)



cRçôNICA

SOBREVIVÊNCIA AOS "TRANCOS E BARRANCOS" ("O cão não ladra por valentia e sim por medo." — Provérbio Chinês)

Por Claudeci Ferreira de Andrade* 

            

cRçôNICA

SOBREVIVÊNCIA AOS "TRANCOS E BARRANCOS" ("O cão não ladra por valentia e sim por medo." — Provérbio Chinês)

Por Claudeci Ferreira de Andrade* 

            Hoje, mais uma vez, temi perder minha integridade física. Tentaram prejudicar a minha saúde e alma. Procurei resolver o problema, escondendo a cabeça: tipo Ema. Porque as questões de relacionamento que precisavam ser discutidas, não consegui, eu esperava uma confirmação de minhas supostas parcerias  para reverter uma negociação a meu favor. Todavia, ainda estou respirando.
           Fujão não, enquanto em mim houver vida, estarei lutando para me recuperar de traumas ou de problemas que podem estar associados a minha própria falta de cuidado com meu nome e caráter. "Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre." (William Shakespeare). Assumir a culpa para sensibilizar meu anjo da guarda era minha intenção. Agora, estou sentindo um desequilíbrio e sem direção. Não posso perder o contato com minha verdadeira identidade, mas finjo que sou ator em uma peça ruim, porque no fundo sou eu mesmo. Continuo trabalhando no meio deles, e me debatendo para encontrar o caminho certo. Porém, desespero-me e não tomo uma atitude definitiva por força maior.
            Portanto, tenho que fechar os olhos para as pessoas que não me reconhecem como sou, oprimem-me, intimidam-me; preciso apenas desejar lhes as consequências de todas as ações dirigidas para me afetar. Eu sei que no futuro se encontrarão no mesmo desespero que me encontro agora! E lhes direi, seu eu estiver lá: "Quem ajuda o tolo terá de ajudá-lo novamente". Por isso não o fiz. 
            Pelo visto, estou sozinho e excluído por ser velho, sinto-me pressionado por resultados e lucros. Talvez devo reformular métodos de trabalho ou reconsiderar prazos até que fiquem dentro do padrão de qualidade esperado. Senão só me resta ser um pouco mais irônico.
             Desse jeito, fazendo o balanço dos acontecimentos, vejo-me na pele de Bob Marley e nas circunstâncias de Elias. A Bíblia nos diz: “Ele ficou com medo.” Será que Elias visualizou a morte terrível que Jezabel planejava para ele? Se ele ficou pensando nisso, não é de admirar que tenha sentido medo. Seja como for, Elias ‘foi embora pela sua alma’ — ele fugiu para salvar a vida. — (1 Reis 18:4; 19:3). No entanto, Bob Marley explicou a atitude da nossa alma: "Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer". E assim seja!



Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 23/09/2017

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sábado, 16 de setembro de 2017

DOIDO OU BURRO, EIS A QUESTÃO! ("Ninguém fica doido de tanto estudar! É mais fácil ficar doido de tanto ser burro." — André Azevedo da Fonseca)


Crônica

DOIDO OU BURRO, EIS A QUESTÃO! ("Ninguém fica doido de tanto estudar! É mais fácil ficar doido de tanto ser burro." — André Azevedo da Fonseca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Hoje, sinto a necessidade de ocupar minha mente com assuntos agradáveis e que elevem a minha autoestima, porque logo cedo, estou sentindo uma angústia e medos infundados; acordei assim. Estou ainda remoendo insucessos ou teorizando acerca de situações mal resolvidas do passado. Então, vou me recolher na minha insignificância ou, pelo menos, diminuir os encargos do dia, pois minhas fragilidades podem somatizar a decaída. Talvez esse esforço não resulte em grande coisa, mas, construirei momentos mais adequados à contemplação e análise da vida. De qualquer forma, hoje será um dia ruim para mim, diz meu horóscopo. O que eu devo fazer para me livrar de problemas recorrentes do meu trono de ensinar?
           Já me disseram que todo professor tem problemas mentais! De tanto ouvir essa sugestão, comecei a crer no fenômeno. "Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes." (Albert Einstein). Se não, como explicar os seguintes comportamentos: Eu estava conversando com uma pessoa num lugar tranquilo e isolado, quando ela me pede para falar mais baixo. Eu não estava percebendo que gritava invés de dialogar em um tom civilizado. Existem outros Professores que choram na sala em frente dos alunos! Já ouvi nos depoimentos de alguns, sobre não poder ver, na rua, um aluno uniformizado que têm crise de pânico e desviam seu caminho! Outros ainda, no grupo das lutas pelos professores no WhatsApp, de plantão, somente para ofender quem quer que postar qualquer assunto conservador, é atacado.  E, olha, que não são casos únicos, isolados, mas recorrentes. 
            Bem pudera, tente compreender as agressividades mil de alunos gratuitos; os desrespeitos de pais barraqueiros pagando de herói à sociedade, buscando direitos; a concorrência dos colegas com sede de poder assusta; tudo vitimando o professorado de quem está num beco sem saída. Esta história de vida repete-se no ambiente de quase todas as escolas,  de vez enquanto, um de nós perde a cabeça: Porque ele está assim? O que se faz cego não entenderá, que muitas vezes, os alunos passando dos limites, igual a cartão de crédito, e o mestre absolve tudo, tentando ajudá-los, cai na armadilha. Além do mais, tem consciência que é mal remunerado etc. 
           Também é doido quem endoidece os outros. "Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas." (Martha Medeiros). Por último, graças a Deus por ser doido varrido!
         
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 16/09/2017

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sábado, 9 de setembro de 2017

CLIENTE OU PACIENTE DE PSICÓLOGO? ("As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio." — Franz Kafka)


Crônica

CLIENTE OU PACIENTE DE PSICÓLOGO? ("As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio." — Franz Kafka)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Quando dizem que sou o pior professor da escola, com nada para contribuir, nunca me ofenderam. Pelo menos ainda sou professor. Agora será se os que me julgam já foram professor um dia! Sim, se foram, agora transferem a mim o seu fracasso e me comparam com eles, isto já me ofende muito, porque não avancei o suficiente para me perderem de vista. E destrói o meu bom espírito, vendo uma coordenadora "tangendo" os meus alunos para dentro da sala numa rotina cansativa como a da faxineira que limpa a casa para sujar novamente, pois eles (alunos), estes sim, não querem contribuir, almejam apenas a atenção que lhes faltam na família e na sociedade. Pois ficam todo tempo da aula na porta olhando para o pátio da escola ou se mostrando folgados e com a aparência chocante, sem o uniforme, conquistando "prestígio" dos rebeldes. 
           Descobri que muitos da comunidade interna de uma unidade escolar (colegas de trabalho), não acreditam na benfeitoria de seu trabalho. Acho que é meu caso, talvez por isso agora, estou me sentindo medroso, como quem está fugindo, parece-me que alguma coisa na minha vida não foi resolvida ainda: consciência pesada. Estou pensando cuidadosamente e tentando descobrir que pendência é essa! Quero resolvê-la, e vou fazer desse objetivo um momento de decisão prática e importante, contribuindo com minha ausência. Contudo, é sempre relevante, quando se trata de sobrevivência e trabalho, é um sinal, que devo redobrar a atenção nos detalhes de tudo. Se você quiser dar uma rasteira em mim, este pode ser um bom momento para desatar de vez os laços de amizade que porventura estejam abalados, dobrando-me às frustrações e diferenças.
           O medo é a raiz da violência, mas sou covarde demais para praticar a vingança, libertando-me da perseguição, apesar de ser ela uma verídica moeda de troca. Almejo a paz, porém sei que ela só acontecerá com guerra. Por que continuo alimentando este medo, se Anjos não morrem? Aqui fala por mim a Fernanda Gaona: "Eu não sou tão forte quanto eu previa, nem tão fraca quanto eu temia. Não tenho o passo rápido como eu gostaria, nem paraliso como poderia. Aprendi a me equilibrar nos extremos. Se não tenho o direito de escolher todos os acontecimentos, me posiciono de acordo com os fatos."
           Não me favoreça a injustiça, pior ainda é me marginalizar, desta maneira, compram minha vingança ou de quem me comissionou ao professorado. Assim explico: não sou violento, a palavra é minha arma e o silêncio também. Após o debate, a finalidade é meu consolo. Por isso, não posso me calar ainda. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016
Reeditado em 09/09/2017
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sábado, 2 de setembro de 2017

NA COMPANHIA DE POKÉMON ("O bem-te-vi é um pássaro que só fala o próprio nome. Ou seja, ele é um pokémon!"— Samara Siqueira)



Crônica

NA COMPANHIA DE POKÉMON ("O bem-te-vi é um pássaro que só fala o próprio nome. Ou seja, ele é um pokémon!"— Samara Siqueira)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Os "Pokémons" cercam-me, causando medo e ansiedade, eles são como zumbis, difíceis de morrer; mas se parecem com pessoas normais. Ainda bem que já os identifiquei, só não tenho como dominá-los, faltam-me "bolas". Quem tem uma criança dentro de si tem virtudes, porém ainda é fraco. No meu interior há desejo de encontrar Pokémon é uma fraqueza que tenho de vencer; um vício inútil. Abaixo o retrógrado! Não me seja só mais um Pokémon!
            Então, estou escrevendo aqui novamente, compondo esta Crônica Emotiva, porque quero que as pessoas saibam de mim, levando em conta meus lamentos, não se trata de chamar a atenção somente ou de querer ser protagonista; pelo contrário, é uma questão de consciência ferida. Falo das coisas que estão me machucando e, por certo, retratando meus erros e consequências por reagir desequilibradamente às injustiças que me submeteram, por estar junto deles. Acho que minhas ideias sentimentais e românticas são importantes, mas parece que vocês não têm interesse no meu lado bom.
           O pecado é contagioso, mas não é uma virtude! Transferimos doenças de uns para os outros, mas não, a saúde! maus amigos nos corrompem; porém, nós nunca vamos converter em bons amigos os ruins. Esta é uma lei de sabedoria da natureza. O homem se volta para o pecado sem muito esforço, todavia nunca para a virtude, senão com muito força de vontade. Amizade e associação com pessoas más vão ensinar-nos maus hábitos e manter nossa alma aprisionada. nós somos o reflexo das COMPANHIAS que usufruímos. "Quem segue pelo caminho da justiça encontrará a vida e nunca precisará ter medo da morte." Pv. 12:28 BV).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 02/09/2017

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