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domingo, 21 de agosto de 2016

IMPOSIÇÃO SEM CLASSIFICAÇÃO ("Estabilidade de servidores na administração pública é desigualdade social."—Georgeana Alves)



Crônica

IMPOSIÇÃO SEM CLASSIFICAÇÃO ("Estabilidade de servidores na administração pública é desigualdade social."—Georgeana Alves)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                        Aquele ano, fiquei fora do tal "Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro", porque estava lecionando só gramática. O lado bom disso é que não tive o trabalho extra de ler aquele "mundaréu" de redações de aluno. A Secretaria de Educação Municipal tornou a inscrição obrigatória para todas as escolas de ensino fundamental, ela mesma  assumiu as orientações. Cá, na escola em que trabalho, outro lecionava as aulas de redação. Quando eu ensinara redação, fazia parecer um trabalho fácil, pois gosto e sei fazê-lo bem. Assim despertou a cobiça do outro, que no grito ganhou esse componente curricular (usurpara de mim). Achei injusto e sem um propósito nobre, pois quando peço para meu aluno escrever, eu dou-lhe o exemplo. E vejo como é ridículo um professor que nunca publicou nada e não sabe produzir uma crônica é professor de redação. Mas, nossos gestores não se preocupam com qualidade, apenas querem resolver seus problemas administrativos. Foi aí que cometi um grave erro contra mim mesmo: deixei-me levar pelas preferências dos outros nem briguei. Cobiçaram minha tranquilidade e venceram-me politicamente.
           Agora, analisando o contexto geral, na fase final da tal Olimpíada de Língua Portuguesa, 2016, descubro os muitos critérios e afazeres que compunham o novo desenho do concurso, então só me pus a assistir aos colegas, tentando resolver seus milhões de dúvidas junto aos responsáveis. Como se a eles não bastasse, ainda têm de ler os infindáveis tutoriais da empresa, somando-lhes a fina responsabilidade de classificar as redações de aluno de péssima caligrafia; para pouco resultado, diga-se de passagem; visto que, também, as chances de premiação são mínimas pela a abrangência de contingente.
           Por isso, quero ressaltar ainda que eu não acreditava que teria algum professor de redação disposto a se inscrever nas edições subsequentes da Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro", mas até hoje existe esse concurso. Pois, nunca foi problema por não terem  nenhuma premiação, até agora, com certeza jamais largarão as aulas de redação por desânimo, deve está rendendo dinheiro para alguns. Já que perguntar não ofende, como será a Olimpíada de Língua Portuguesa pós pandemia?  "A ameaça do mais forte faz-me sempre passar para o lado do mais fraco." — François Chateaubriand)
             Contudo, estou pronto para aplaudir em pé futuros  finalistas no nosso município (se houver algum), sem nenhum rancor:  "Ao vencedor, as batatas".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 19/08/2016
Reeditado em 20/08/2016
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SEQUELA DO "DISTANCIAMENTO" (“A nossa oração e o nosso clamor devem ser sempre do tamanho do choro do mundo”. — Pr. Cpl. Moacir J Laurentino)


Crônica

SEQUELAS DO "DISTANCIAMENTO" (“A nossa oração e o nosso clamor devem ser sempre do tamanho do choro do mundo”. — Pr. Cpl. Moacir J Laurentino)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, neste domingão, estou vazio, um tanto reservado e reflexivo; mas sinto um despertar de meu lado afetuoso, o qual me conduz no abrir meu coração para uma pessoa de confiança. Preciso desabafar para alguém que saiba se colocar no lugar do outro! Ando muito na defensiva com relação a meus sentimentos, achando que ninguém os merece. Será que se eu for sincero atrairei sua compreensão? O meu desejo é apenas de estar junto, participando da vida da cidade, caminhando com quem possamos aproveitar as experiências para nosso enriquecimento mútuo. Conversar, aprender juntos, consolidar o que nos poderia unir. Mas, estou só... infelizmente; Isto é real, perdido no caminho e tentando voltar! 
            Que filho ou filha alguma atenderia essa necessidade, senão uma mãe? "Se o clamor de uma alma indo para o inferno não nos faz repensar no que estamos fazendo do evangelho, é inútil a nossa crença que estamos salvos. (Adriana Bacelar Lima. Nunca fui pai para não deixar de ser filho dependente, as decepções de filho são menos doloridas, pois são aliviadas com a certeza do apoio familiar. Quero colo de uma "mãe de leite"! Dizem os entendidos que criança criada com leite de mulheres diferentes é mais inteligente. Como eu queria sê-lo para reclamar menos. O tolo é assim: quando é ofendido, logo todos ficam sabendo.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 14/08/2016
Reeditado em 14/08/2016
Código do texto: T5728230
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OS TOLOS OFENDIDOS, VINGANÇA EXAGERADA (“Para os puros, todas as coisas são puras...” Tt 1:15.)


OS TOLOS OFENDIDOS, VINGANÇA EXAGERADA (“Para os puros, todas as coisas são puras...” Tt 1:15.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Enquanto o sol se despede do dia, vejo-me em uma batalha pessoal. Uma luta para curar uma ferida, um trauma que talvez tenha sido causado pela minha própria negligência com meu nome e caráter. Como Shakespeare sabiamente disse, “Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre.” Sinto uma perda, uma perda atribuída às ações levianas de outros. Não mereço esse julgamento injusto. Estou trabalhando honradamente, mantendo o foco, buscando o caminho da felicidade, ajudando meu próximo. Mas, para um final feliz, meu anjo da guarda me disse que só preciso deixar a energia fluir no meu ritmo, abrindo caminho.

A intenção daquela aluna não tinha o mínimo propósito de melhorar sua família ou fortalecer seu casamento. Ela levou seu marido ao diretor e ali expôs sua maneira irrefletida de agir, sem a intenção de melhorar também a escola e seus estudos. Ela denegriu a imagem de um professor de muitos anos de serviço prestado àquela unidade escolar, um professor de boa índole e utilidade comprovada. Ela subestimou a capacidade de leitura de mundo, compreensão e interpretação do meu diretor escrevendo a ele aquela denúncia. Ela não pensou que eu poderia divulgar minha versão original. Ela só pensou em dar um motivo para me expulsarem da escola, queria prejudicar meu profissionalismo, pois apenas imaginou que eu poderia perder o emprego do qual sustento minha família como castigo pelo que fiz não com a intenção imputada por eles. Afinal, a coordenadora pedagógica adora fazer relatórios negativos sobre professores para se projetar na função que ocupa por favores (mostrar serviço a favor da comunidade)! E os alunos maldosos sabem disso, é o caminho mais curto para o diretor.

Depois de tudo, eu ainda seria seu professor com péssimas circunstâncias de ensino e aprendizagem. Se ela considerava minha atitude tão criminosa, por que não foi à polícia, onde há investigadores competentes, em vez de fazer “justiça” com as “próprias mãos”? E em que escola eles aprenderam isso, pois são rápidos em denunciar picuinhas, sem nem conversarem comigo (Sem dar chance à vítima)?

Bem sei que um erro não conserta o outro, porém quero me justificar. Num momento vago da aula, comecei a ler as mãos de alguns. Infelizmente, ela se aproximou e me deu a mão para eu falar seu futuro. Segurei sua mão e falei coisas triviais, nada comprometedor, era apenas uma brincadeira à vista de todos. Gosto de agir assim com meus alunos para facilitar a relação professor/aluno, gerando confiança e lucro na aprendizagem (já que eram adultos da EJA). Mas, ela não entendeu e, incentivada pelo namorado ciumento, maldosamente foi juntando e premeditando os fatos com a finalidade de me acusar de assédio sexual. Como sou um péssimo profeta, não sabia que iria ter revelações do seu futuro tão pressionado assim. No final, não aprendi nada com suas ameaças e denúncias. Só me fizeram, mais uma vez, consciente das possibilidades de fracasso de minha profissão e, por tabela do sistema educacional, porque esse não é um caso isolado. Vou morrer sem saber em que parte eu a ofendi! “Para os puros, todas as coisas são puras…” Tt 1:15.

Nunca pensei que houvesse necessidade de divulgar esse texto, um retrato da minha tolice, considerando que aprendi com a Bíblia que “Quando o tolo é ofendido, logo todos ficam sabendo, mas quem é prudente faz de conta que não foi insultado.” (Prov. 12:16). Mas, o fiz porque, agora acho, que ele vai ser útil para alguém, iludido pelo sistema. Essas formas de vingança de aluno e seus donos estão cada vez mais frequentes não só na escola, mas também em qualquer outro trabalho. “Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que perdeu tudo menos a razão.” (G. K. Chesterton).

sábado, 13 de agosto de 2016

"QUEM SÃO ELES?, QUEM ELES PENSAM QUE SÃO?" ("Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso." — Millôr Fernandes)



Crônica


"QUEM SÃO ELES?, QUEM ELES PENSAM QUE SÃO?" ("Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso." — Millôr Fernandes)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Era a primeira reunião pedagógica do mês de agosto, deste ano. O que deveria ser o primeiro dia de aulas do segundo semestre, foi o tal momento pedagógico. Não foi diferente ali, do que comumente acontece; ouvi e tive que aceitar determinações e outras coisas de tirar lágrimas dos olhos de crocodilo. Aprovaram inclusive o que em outras reuniões já tinham condenado, é o vai e vem da inutilidade, como pedaços de fezes boiando n'água. Meu voto está sempre na minoria. Não vale nada!
           Não compreendo alguns colegas de trabalho, professores maduros até. Nas reuniões pedagógicas, não são muito dados a ideias inovadoras; graças a Deus, ainda há aqueles poucos que se propõem a uma pequena ousadia. Na verdade, eu não sei o que quis dizer a colega quando reclamou de um professor desta unidade que  afrouxa demais as normas com os alunos para ganhar a simpatia deles: tornar-se o "bonzinho" é querer aparecer. E ela chegou ao absurdo de exigir que os colegas não sejam bonzinhos, pois desconfiava que ela mesma poderia se passar por má, visto ser a única "rígida" da escola, a seu modo: supostamente "Ideal"?
            Eu sempre acreditei que a diversidade cultural  faz o conhecimento legítimo. Por isso, senti-me muito agredido com esse desejo de uniformização no trato com o aluno, pois os procedimentos didatísticos unificados como rega geral, propostos nos manuais de Paulo Freire, tolhe a criatividade de professores e alunos. Esse tipo é capaz de afirmar que só ele procede corretamente. Será se ela está sugerindo que todos da unidade escolar trabalhem do seu jeito para não ter distinção? Ou melhor, será se ela quer anular o direito de escolha do aluno de gostar desse ou daquele professor? Mas, eu continuo pensando que se todos pensassem igual, ninguém pensaria grande. Assim como disse Carlos Drummond de Andrade: "Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." Estaria ela, pensando no crescimento da escola em que trabalha ou só está pensando em si mesma, não querendo ser rejeitada sozinha? Como os "bonzinhos" em busca de aceitação, ainda que por vias diferentes. 
           O maior medo do professor inseguro é que os seus alunos venham a gostar mais dos outros do que dele. Para seu conforto digo, ninguém consegue desagradar a todo mundo, bem como não se consegue agradar todo mundo. O professor de quem os alunos gostam mais é o de educação física. Será se todos os demais enciumados deverão dar "bolas" aos alunos para se equipararem? O Horácio já disse: "O invejoso emagrece com a gordura dos outros".
           Se tratam assim os colegas, como tratam os seus alunos? Assim, nos conselhos pedagógicos que deveriam apurar as melhores ideias para as mudanças da educação, cultivam-se ainda esses atrofios. A educação não cresce porque deixou muitos para trás, e aqueles retardatários ainda lutam com o apoio dos fracos a fim de continuar na zona de conforto. Um conselho de classe ou uma reunião pedagógica é boa, quando trata de coisas que preservam a zona de conforto para a maioria. Uma andorinha só não faz verão, por isso tudo continua igual!
"Andorinha lá fora está dizendo:
— Passei o dia à toa, à toa.
Andorinha, andorinha, minha canção é mais triste:
— Passei a vida à toa, à toa."
(Manuel Bandeira)

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 09/08/2016
Reeditado em 13/08/2016
Código do texto: T5723318
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