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sábado, 22 de outubro de 2016

IDENTIDADE DE GÊNERO EM CRISE ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)


       
         
Crônica

IDENTIDADE DE GÊNERO EM CRISE ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade*

            Eu sempre fui considerado machista e homofóbico, mas nunca lhe perturbei. Por que você, que não é nada disso, perturba-me com sua crise de gênero? Quem é o pior de nós? Agora vou incomodá-lo, experimentando um pouco de você! Pois, estou inquieto. 
           Todavia, hoje, deixarei vir à tona minhas emoções e que elas tomem conta de meu coração! Adoro um devaneio, um filosofar sobre a vida e o amor. Isso é ótimo! Mas, é lógico que terei cuidado para não me atropelar em paixões a fora, ao tratar de coisas subjetivas. Como já falei, minhas intuições ficam mais fortes nesses momentos apaixonantes, porém não me deixarei guiar cegamente pelos baixos instintos, preciso de objetividade também. Sobretudo, nas responsabilidades da vida, preciso de um mimetismo eficaz.
             "Quem tem o coração carregado de sofrimento e dor? Quem vive se metendo em brigas e confusões? Quem será sempre machucado? Quem está sempre com os olhos inchados?" (Pv 23:29 BV). Não são só os bêbados, mas também os embriagados de paixões carnais. Dançando na chuva, sem olharem onde pisam, machucam-se! Cambaleantes no meio das trevas, em busca dos vaga-lumes de bunda colorida e lampejos demorados, também se machucam. Quando se bate em um bêbado, é deprimente e, pior, quando se apanha de um bêbado! Gênero fraco bate em homossexuais e apanha de mulher. Sempre quis ser homem forte, e agora que me encontro encorajado, o amadurecimento vem me ensinando a ser "fraco". Nesse momento, descobri com Friedrich Nietzsche que: "É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela." Por isso, digo como o apóstolo Paulo: "...quando estou fraco, então sou forte..." (2Cor 12:10 BV). Nessa situação, uma voz bissexual me diz: "Você não tem mais idade para brincar de esconde-esconde, mas eu vou lhe 'pegar'". Em tal caso, infelizmente tenho que fazer minhas as palavras de Augusto Branco: "Receio estar vivendo num tempo em que para amar uma alma feminina terei de namorar um homem e que para demonstrar masculinidade terei de agir como mulher... Pepeu Gomes que o diga: "Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."
             Bem ...  Como se não bastasse, o mundo andar de cabeça para baixo, ainda está do avesso: Se os homens estão liberando seu lado feminino, as mulheres hoje em dia bebem quase o mesmo que o homem! Não se pode ignorar que a luta evangélica está sendo em vão. E no final, eu possa cantar com veracidade o refrão com o Chico César de sua canção: Mulher Eu Sei — "Eu sei como pisar/No coração de uma mulher/Já fui mulher eu sei/Já fui mulher eu sei..." 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 20/10/2016

Reeditado em 22/10/2016

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)



Crônica

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Lendo uns pensamentos de Machado de Assis, deparei-me com este: "Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento". Como se trata dos pilares de sustentação da sociedade, vou acrescentar a escola, parafraseando o grande literato brasileiro: Deus, para o crescimento intelectual do homem, inventou o ensinar. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir o ensinar com escola.
             Se essas entidades tradicionais desvirtuaram o princípio motivador do ideário divino, é bem merecida a falência. A prova de que Deus não está morto, é o bem vencendo o mal, trazendo de volta o equilíbrio: destruindo o que contamina a religiosidade, a família e a escola. Apesar da exploração da fé, "Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões." (Ralph Waldo Emerson). E apesar do manto de moral que pressupõe a casamento sagrado, lembra-nos Luis Fernando Veríssimo: "Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha." E apesar do sistema educacional inchado de especialistas para ensinar, o Immanuel Kant também escancara a realidade ideológica da escola atual:  "Por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias.
          Então, naquela aula de sociologia, eu falava sobre as classes sociais. Segundo Weber e Durkheim e os seus critérios de estratificação. Meus alunos estavam sentados como estátuas, quietinhos, todos olhando para mim, POR MEDO DA COORDENADORA, a quem ameacei entregá-los. No final, eu lhes perguntei alguma coisa pertinente ao que acabara de dizer. Ninguém me respondeu nada. Não sabiam...! Do que valeu minha aula? Agora sou forçado a refletir nas aulas de inglês que assisti em toda a minha vida de estudante e hoje não sei nem o verbo "to be". Parece-me que as imposições é o dedo do homem estragando o ideal.
            "Mas tudo acaba onde começou". "A religião começou quando o primeiro patife conheceu o primeiro tolo." (Voltaire). Sim, depois a religião criou o casamento e a escola. Ainda tem quem ousa dizer que as melhores escolas são as confessionais. Portanto, religião não se discute, deixa eles fazerem o que querem, já dizia Napoleão Bonaparte : "A religião é ótima para manter as pessoas caladas".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/10/2016

Reeditado em 13/10/2016

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

ABAIXO AS HORAS EXTRAS FORÇADAS (Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. )

       
 
Crônica

ABAIXO AS HORAS EXTRAS FORÇADAS (Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Nesta minha profissão, entra semana e sai semana, e a rotina me consome depressa, ainda ouso chamá-la missão, sacerdócio ou educação. E meus chefes, que me cobram serviço, coerentes ou não com o objetivo geral, chamam-me de colega! Já estive melhor em outras reflexões, porém nesta, estou cansado demais para pensar, andando à caranguejo, olhando para trás e achando tudo normal. Inclusive explico por que esta semana foi mais cansativa. Imagina ir dormir às três da madrugada, em dois dias úteis, digitando notas de aluno como uma obrigação do trabalho na escola, não bastava ser uma nota bimestral, mas teria de registrar as quatros colunas para o aplicativo fazer a média aritmética. Experiência insana, se o uso da produção não é urgente, ainda não chegou o quarto bimestre. Mas, minha colega que é coordenadora de muitos anos cobra-me o fechamento em uma data rígida sob ameaça de me relatar ao diretor, e a cobrança é sem escrúpulo à vista de todos: "você ainda não lançou as notas!" E os outros colegas ficam felizes por não ser assim com eles: foram pontuais, anteciparam suas insônias. Porém, podia ser com qualquer um, se estivessem em meu lugar, que preciso trabalhar em duas escolas.
           Preencher diário de classe com várias colunas de nota para justificar um bom trabalho, é trabalho não criativo, diga-se de passagem atrofia-nos! Por isso me chamam de preguiçoso! Não priorizo, ainda porque o final do ano está longe. Mesmo assim, estou sem nenhuma condição de estabelecer conversa que fortaleça algum dos laços respeitáveis, podendo apenas aumentar as diferenças, este é meu aperfeiçoamento: retração que se parece com resiliência. Ouvir o outro neste momento não será um aprendizado, estou incapaz de compreender as expectativas do contexto, tomado por raiva. Assim, se faz um homem na linha de montagem.
           A outra parte é boa: o preparo das aulas. Eu aprendo muito, refresco minha memória e treino minhas habilidades. Apenas reclamo de ter aulas bem preparadas e mal conduzidas, pois dependo do público alvo, não selecionado por mim. E eu também não fui selecionado por ele.  Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. O que diria Arthur Schopenhauer sobre receptividade dos doutores lecionando em salas de aulas do Ensino Fundamental e Médio do atual sistema educacional? Baseando-me em sua frase: "Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha." Eu diria que falta motivação para a boa formação continuada.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/10/2016
Reeditado em 04/10/2016
Código do texto: T5778020
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