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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A CONSCIÊNCIA DE SI (Aquele que não se encontra dentro de si mesmo decompõe-se.)


Crônica

A CONSCIÊNCIA DE SI (Aquele que não se encontra dentro de si mesmo decompõe-se.)

Por Claudeci ferreira de Andrade


            Ouço constantemente de meus alunos: — "Ela está se achando!" Dizem daquela pessoa oferecida, desinibida, autoconfiante e a “puxa saco” do professor etc! 
           Aquele que não se encontra dentro de si mesmo decompõe-se. Sou o útero de mim mesmo. Se você descobre que está com uma enfermidade e não procura um médico. Se, em vez disto, conclui que não necessita de um, deixa o tempo correr e não mais precisará de um médico. Muitas viúvas aflitas têm exclamado pesarosamente que o esposo não quis admitir que necessitava de auxílio médico — para a sua própria destruição. Compreendo que “se achar” é se valorizar, é se querer, é buscar o melhor para si.
           Nossa alienação de nós mesmos resulta no esvaziamento de boas opiniões próprias sobre si mesmo, este, por sua vez, nos causa incalculável sofrimento. Porém, os inimigos fracassados, entretanto, mentem convincentemente, a nossos ouvidos, têm nos levado a desconfiar do nosso maravilhoso potencial, fazendo afirmações ilusórias e completamente equivocadas sobre nosso caráter. Dizem que quando repetimos uma transgressão, a consciência é queimada parcialmente e que se repetirmos o erro por várias vezes, somos “burros”, talvez querem dizer: — ela não sinaliza mais. (está morta). O “si” em si do homem é sua consciência. Se a consciência abandonasse o homem, ele perderia toda a sua cultura, seria uma falsidade ambulante, teria um viver mentiroso. Em vez disso, quando a consciência age com suma integridade, nenhum opróbrio artificial é alcançado sobre esse fanal de comando do homem. Nenhuma disciplina arbitrária é extorquida. Considerando isso, podemos até mesmos descobrir uma definida cortesia para com a qual tratarmos a nós mesmos.
          Nosso caráter, adjetivador da  consciência, nunca muda, uma vez formado pode até mudar de cor, como os cabelos na velhice, mas tudo já previsto no DNA:  “Pode o leopardo mudar suas manchas”? Pelo contrário, descobrimos ter nascido com tais e tais inclinações quando falamos (“a boca fala do que o coração está cheio”), palavras que moldam nossas reações conscienciosas frente às circunstâncias advindas. Mas, com ternura infinita e cuidadosa linguagem, fala-nos a consciência. Fala-nos se erramos, se houve maus relacionamentos, ela fala para se impor como alicerce da vida cultural do homem. É minha consciência que sabe quem sou eu verdadeiramente. Portanto, ela me diz a verdade acerca de minha real condição. O juízo Divino acontece no tribunal da consciência de cada indivíduo e na consciência universal a todo instante, se assim não fora, não teríamos consequências justas para cada ato e procedimento de nosso ser. Nossa separação dela nos prejudica com a ausência de Deus. Ela nos pune infligindo ferimento psicológico, somos prejudicados sim naturalmente com as consequências de nossa separação de nós mesmos, ou seja, daquela que é a mais amável, cuidadora veraz, leal, estimulante do eu, renovadora, encorajadora e fonte de energia em nossa vida:  A consciência. Isto faz apenas bom sentido concordar que ela é absolutamente correta em confessar nossa condição. Voltando ao relacionamento correto com ela, e a partir daí, começamos a experimentar a cura completa para a infelicidade de que tanto buscamos.
          A consciência não é a voz de Deus porque não se pode apagar a voz de Deus, ela é sim cultural. Gostaria de apelar para quem ainda há que tenha consciência. Ela dói quando um princípio cultural é ferido.
        Hoje, ainda, estou me achando! A morte para mim será a perda de mim para mim mesmo, por isso escrevo sobre minhas experiências terráqueas, descrevendo-me objetivo e subjetivamente, para que sempre me tenham com vocês. E assim, por tabela, eu viva eternamente em em sua consciência.


 texto: T1629423

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