Coleção 20 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)
Por Claudeci Andrade
1 A essência do pensamento é que, na dança cíclica e implacável da existência, a verdadeira salvação está na morte; não como retrocesso corrosivo, mas como retorno pleno ao estado original, onde a renovação se cumpre em sua forma mais pura.
2 Se o arrebatamento fosse um método divino de conter a superpopulação, a natureza não precisaria de catástrofes; e a pergunta sobre o “depósito dos arrebatados” expõe, com ironia, a fragilidade dessa crença.
3 Assim como um veneno ou remédio, a ação contra o inimigo exige dose, frequência e qualidade precisas; a resistência não é fracasso, mas sinal de que é hora de ajustar a estratégia para alcançar o golpe final.
4 Se a história não repetisse padrões, deixaria de ser ciência; negar seus ciclos é tentar refutar o óbvio; ou contra fatos há sempre argumento?
5 Diante de um sistema educacional tão falho que até resistir parece inútil, escolho, com os omissos, pagar o preço da inércia e partilhar o fracasso.
6 Se todo ser abriga bem e mal, talvez até o lado ruim traga em si um bem oculto, pois a dualidade se repete em cada parte do que existe.
7 A verdadeira sagacidade está em perguntar, não em responder; façam-me uma pergunta e, sem esforço de inteligência, saberei quem vocês são.
8 Tememos mais o leite que fermenta do que o desperdício que mata aos poucos; e esquecemos que a fermentação é apenas a vida seguindo seu curso.
9 Se existir plenamente é pecado, então o medo do pecado é medo de viver; e, ainda assim, nem assim deixamos de viver.
10 Se a escola aprova sem mérito, pais inteligentes retiram seus filhos, mostrando que a decadência do ensino atrai o abandono tanto quanto revela sua falha.
11 Se o amor seguir a lógica da democracia, a liberdade individual impera, e a infidelidade sexual renova o desejo.
12 Felicidade e sabedoria se opõem: buscar ambas é ignorar que a luz da verdade frequentemente apaga o conforto da ignorância.
13 No ciclo escolar, todos são “ruins”: o professor por cumprir só seu dever, a coordenadora por exigir mais, e os alunos por impedir que qualquer esforço funcione.
14 O idoso, frágil no corpo mas sábio na proximidade da morte, detém um poder que derrota os sonhos ilusórios dos jovens.
15 A sabedoria revela as dores e verdades ocultas da existência, mostrando que a felicidade é privilégio dos tolos.
16 Enquanto a escola alimenta a mente, a barriga cheia distrai o cérebro; o conhecimento sacia mais que a comida, fazendo esquecer a fome.
17 Se cada outro é um demônio, a multidão torna-se um inferno, e a aversão à aglomeração revela o peso de tantos tormentos juntos.
18 Culpar o professor é desviar o olhar da raiz do problema: a educação falha porque o aluno não aprendeu a aprender.
19 A criminalidade prospera não apenas pelo crime em si, mas pela fraqueza e omissão dos homens sérios que deveriam contê-la.
20 Ensinar é dom, não comércio; a verdadeira recompensa do professor é espiritual, não financeira.
Por Claudeci Andrade
1 A essência do pensamento é que, na dança cíclica e implacável da existência, a verdadeira salvação está na morte; não como retrocesso corrosivo, mas como retorno pleno ao estado original, onde a renovação se cumpre em sua forma mais pura.
2 Se o arrebatamento fosse um método divino de conter a superpopulação, a natureza não precisaria de catástrofes; e a pergunta sobre o “depósito dos arrebatados” expõe, com ironia, a fragilidade dessa crença.
3 Assim como um veneno ou remédio, a ação contra o inimigo exige dose, frequência e qualidade precisas; a resistência não é fracasso, mas sinal de que é hora de ajustar a estratégia para alcançar o golpe final.
4 Se a história não repetisse padrões, deixaria de ser ciência; negar seus ciclos é tentar refutar o óbvio; ou contra fatos há sempre argumento?
5 Diante de um sistema educacional tão falho que até resistir parece inútil, escolho, com os omissos, pagar o preço da inércia e partilhar o fracasso.
6 Se todo ser abriga bem e mal, talvez até o lado ruim traga em si um bem oculto, pois a dualidade se repete em cada parte do que existe.
7 A verdadeira sagacidade está em perguntar, não em responder; façam-me uma pergunta e, sem esforço de inteligência, saberei quem vocês são.
8 Tememos mais o leite que fermenta do que o desperdício que mata aos poucos; e esquecemos que a fermentação é apenas a vida seguindo seu curso.
9 Se existir plenamente é pecado, então o medo do pecado é medo de viver; e, ainda assim, nem assim deixamos de viver.
10 Se a escola aprova sem mérito, pais inteligentes retiram seus filhos, mostrando que a decadência do ensino atrai o abandono tanto quanto revela sua falha.
11 Se o amor seguir a lógica da democracia, a liberdade individual impera, e a infidelidade sexual renova o desejo.
12 Felicidade e sabedoria se opõem: buscar ambas é ignorar que a luz da verdade frequentemente apaga o conforto da ignorância.
13 No ciclo escolar, todos são “ruins”: o professor por cumprir só seu dever, a coordenadora por exigir mais, e os alunos por impedir que qualquer esforço funcione.
14 O idoso, frágil no corpo mas sábio na proximidade da morte, detém um poder que derrota os sonhos ilusórios dos jovens.
15 A sabedoria revela as dores e verdades ocultas da existência, mostrando que a felicidade é privilégio dos tolos.
16 Enquanto a escola alimenta a mente, a barriga cheia distrai o cérebro; o conhecimento sacia mais que a comida, fazendo esquecer a fome.
17 Se cada outro é um demônio, a multidão torna-se um inferno, e a aversão à aglomeração revela o peso de tantos tormentos juntos.
18 Culpar o professor é desviar o olhar da raiz do problema: a educação falha porque o aluno não aprendeu a aprender.
19 A criminalidade prospera não apenas pelo crime em si, mas pela fraqueza e omissão dos homens sérios que deveriam contê-la.
20 Ensinar é dom, não comércio; a verdadeira recompensa do professor é espiritual, não financeira.
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