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sexta-feira, 24 de maio de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(21) "A onisciência divina e a autonomia da vontade do homem"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(21) "A onisciência divina e a autonomia da vontade do homem"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A onisciência divina, frequentemente usada como um argumento moralizador, pode ser repensada sob uma luz mais crítica e contemporânea. Como o filósofo Immanuel Kant afirmou, "A autonomia da vontade é a única propriedade dos atos da vontade que pode ser um princípio de leis morais".

A privacidade e a individualidade são valores essenciais na sociedade moderna. A ideia de um ser supremo examinando cada detalhe de nossa vida pode ser vista como intrusiva e incompatível com as noções de autonomia e liberdade pessoal. Como está escrito em Gálatas 5:1, "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou".

Ao considerar os pecados sexuais, é mais apropriado abordar essas questões com uma mentalidade progressista. Em um mundo que busca a igualdade de gênero e a liberdade sexual, demonizar certas práticas pode ser interpretado como moralismo ultrapassado. Como Simone de Beauvoir disse, "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher".

A exortação para seguir o exemplo de Jesus Cristo pode ser vista como uma tentativa de impor um padrão de comportamento específico. Em vez disso, podemos enfatizar a importância do respeito mútuo, consentimento e compreensão nas relações interpessoais, como está escrito em Romanos 12:10, "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros".

Em última análise, a ideia de um Deus vigilante pode ser reconsiderada em uma sociedade que valoriza a diversidade, a individualidade e a privacidade. Em vez de temer um juízo divino, é mais construtivo promover valores contemporâneos que respeitem as escolhas individuais e incentivem relações saudáveis e consensuais. Como o filósofo John Stuart Mill afirmou, "Sobre si mesmo, sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano".

Questão 1: O texto apresenta uma perspectiva crítica sobre a ideia da "onisciência divina" e sua relação com a autonomia individual. Explique como essa visão desafia a noção de um "ser supremo" examinando todos os detalhes de nossa vida.

Questão 2: O texto menciona o valor da privacidade e da individualidade na sociedade moderna. Como essas noções podem entrar em conflito com a ideia de um Deus vigilante e julgador?

Questão 3: Ao abordar questões relacionadas à sexualidade, o texto sugere uma abordagem progressista e livre de moralismo. Como você entende essa perspectiva e sua relação com a igualdade de gênero e liberdade sexual?

Questão 4: O texto cita um versículo bíblico sobre "amar-se cordialmente uns aos outros com amor fraternal". Como você interpreta essa mensagem no contexto das relações interpessoais e do respeito mútuo?

Questão 5: Por fim, o texto defende a promoção de valores contemporâneos que respeitem as escolhas individuais. Explique como essa visão se contrapõe à ideia de um "juízo divino" e incentiva relações saudáveis e consensuais.

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