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domingo, 26 de maio de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(22) "A Evolução da Compreensão do Vício Sexual"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(22) "A Evolução da Compreensão do Vício Sexual"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O provérbio de Salomão, "Quem comete adultério não tem juízo; quem assim procede destrói a si mesmo" (Provérbios 6:32), ressalta os perigos do vício sexual. No entanto, a relevância deste provérbio milenar é questionada na sociedade contemporânea. Embora a graça divina seja vista como a única libertação, a compreensão moderna sugere uma evolução.

As ciências psicológicas, em vez de se apoiarem exclusivamente em advertências bíblicas, contribuem para uma visão mais abrangente dos comportamentos sexuais. Como Sigmund Freud afirmou, "A sexualidade é a chave para a natureza humana". A ideia de que pecados sexuais cativam a alma de maneira única é contestada quando consideramos o espectro mais amplo de vícios comportamentais.

Pesquisas contemporâneas, substituindo as referências bíblicas, sustentam a ideia de que a obsessão sexual não é exclusiva desse tipo de pecado que é a busca pelos os hormônios da felicidade e bem-estar: Endorfina e Serotonina. O vício em pornografia, por exemplo, pode ser analisado à luz de estudos sobre vícios comportamentais em geral, que demonstram a busca constante por estímulos mais intensos.

A evolução da pornografia ao longo das décadas pode ser interpretada de forma diferente. Em vez de ver essa mudança como uma progressão natural do pecado, podemos explorar a influência de fatores sociais e tecnológicos na transformação da indústria. Como Marshall McLuhan disse, "O meio é a mensagem".

A história de Sansão, Amnom e Salomão, embora usada como exemplos, pode ser reavaliada. Em vez de culpar exclusivamente o vício sexual, uma abordagem mais moderna enfatiza a importância da educação sexual, saúde mental e abordagens terapêuticas para lidar com tais questões.

Em conclusão, enquanto o provérbio salomônico oferece uma perspectiva moral, uma abordagem mais contemporânea incorpora insights psicológicos e sociais para entender e abordar os desafios relacionados ao sexo e vício. Como Albert Einstein disse, "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". A evolução do conhecimento ao longo dos séculos nos incentiva a considerar múltiplas perspectivas para uma compreensão mais abrangente e eficaz.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1-Como a visão contemporânea sobre vícios sexuais difere da perspectiva apresentada no provérbio de Salomão?

2-De acordo com Sigmund Freud, qual é a importância da sexualidade na natureza humana e como isso contribui para uma compreensão mais ampla dos comportamentos sexuais?

3-Quais são os hormônios mencionados no texto que estão associados à busca pelo prazer e bem-estar, e como eles se relacionam com o vício em pornografia?

4-Como a frase "O meio é a mensagem" de Marshall McLuhan pode ser aplicada para entender a evolução da pornografia ao longo das décadas?

5-Por que é importante reavaliar histórias bíblicas como a de Sansão, Amnom e Salomão à luz de abordagens modernas como a educação sexual e a saúde mental?

Respostas

Resposta:

A visão contemporânea sobre vícios sexuais difere do provérbio de Salomão ao considerar os comportamentos sexuais através de uma lente psicológica e científica, em vez de exclusivamente moral. Enquanto o provérbio ressalta os perigos morais e espirituais do adultério, a compreensão moderna inclui a influência de fatores biológicos, psicológicos e sociais no comportamento sexual, reconhecendo a complexidade e a diversidade das experiências humanas.

Resposta:

Sigmund Freud afirmou que "A sexualidade é a chave para a natureza humana", destacando a importância central da sexualidade na formação da identidade e do comportamento humano. Essa perspectiva contribui para uma compreensão mais ampla dos comportamentos sexuais, considerando a sexualidade como um aspecto fundamental e intrínseco da psique humana, influenciando diversos aspectos da vida e das relações interpessoais.

Resposta:

Os hormônios mencionados no texto são endorfina e serotonina, que estão associados à sensação de prazer e bem-estar. No contexto do vício em pornografia, esses hormônios são liberados em resposta aos estímulos sexuais, criando uma sensação de prazer que pode levar à busca constante por estímulos mais intensos, contribuindo para o desenvolvimento de comportamentos viciantes.

Resposta:

A frase "O meio é a mensagem" de Marshall McLuhan pode ser aplicada para entender a evolução da pornografia ao longo das décadas ao considerar como os meios de comunicação e tecnologia influenciam a forma como o conteúdo é produzido, distribuído e consumido. A transformação na indústria da pornografia reflete mudanças sociais e tecnológicas, indicando que a maneira como o conteúdo é entregue (o meio) tem um impacto significativo na percepção e nos comportamentos associados a ele (a mensagem).

Resposta:

Reavaliar histórias bíblicas como a de Sansão, Amnom e Salomão à luz de abordagens modernas é importante porque permite uma compreensão mais holística dos problemas relacionados ao vício sexual. Em vez de culpar exclusivamente o vício sexual, a ênfase na educação sexual, saúde mental e abordagens terapêuticas proporciona ferramentas práticas e científicas para lidar com essas questões, promovendo uma abordagem mais eficaz e compassiva para a resolução de problemas comportamentais e emocionais.

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