"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

sábado, 4 de fevereiro de 2017

MÁ-LÍNGUA (DI)FAMA ("Uma resposta inteligente consegue ser mais ofensiva do que um palavrão." — O Sábio K)


Texto

MÁ-LÍNGUA (DI)FAMA ("Uma resposta inteligente consegue ser mais ofensiva do que um palavrão." — O Sábio K)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Sapos, HOJE, por razões politicamente corretas, estou a espancá-los, vejam bem: os "sapos" que eu devia engolir estão sendo enxotados. Eu tenho pedras e paus para eles, vou continuar atacando-os para matar: saltam, camuflam-se no ambiente, rebolam e dão seu jeitinho brasileiro, “deitam e rolam”, contudo já os descobri, não me enganam mais. Eles pensam que se inchando me amedrontam pelo volume, ao contrário, eles se tornam alvos mais visíveis e mais acessíveis. Mas, continuarei a golpeá-los, tocando-os para bem longe, com palavras duras e verdadeiras também. É ASSIM MESMO, eles são MUITO feios e nunca morrem, HÁ SEMPRE alguém PRONTO, criticando-me com sua "asquerosmice". AQUI, CABEM NOVAMENTE AS PALAVRAS DE MÁRIO QUINTANA: "Não tenho Vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios E não morrem nunca..." Quem diz que eu não sei como tirar proveito das oportunidades que a vida me deu? No entanto, espero em Deus poder reconstruir minhas veredas, afinal, cada dia é um novo dia de Ano Novo. E todos os fenômenos da natureza clamam por harmonia, de modo que nenhum dos problemas vai me derrotar, porque eu sou natureza também, e as leis da natureza são infalíveis. E todos aqueles que estão "pagando sapo" para mim, querendo me prejudicar, serão derrotados, porque a natureza sabe como resolver os seus problemas completamente. Cobras e lagartos tornam os tempos intragáveis, deixando-me fisicamente e emocionalmente fragilizado. Considerando que o lado emocional tende a interferir com o funcionamento adequado do meu corpo: nas glândulas, o estrago é duplo. Não é a minha autocrítica suficiente para mim? Uns beijam os sapos, eu prefiro enxotá-los...! Não tenho dom de princesa.
            Há muitas pessoas cordatas, alegres, graciosas, submissas, doces e reverentes com as quais não tenho contato; mas, sei que estas são cobras que engolem sapos! Elas poderão me fazer sentir como um rei em questão de segundos. Elas são quentes, tipo, charmosas e agradáveis. Elas não são nem ásperas nem grosseiras. Por isso devo aceitar qualquer companhia que seja minimamente aceita. Ninguém merece aquele tipo asqueroso! Preciso de pessoas humanas de verdade! "As palavras de um homem justo ajudam outras pessoas a viver melhor, mas o homem mau só sabe xingar e ofender". (Pv 10:11 BV).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/01/2017

Reeditado em 04/02/2017
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sábado, 28 de janeiro de 2017

DEVO-LHE BOA COMPANHIA ("As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro". — Provérbio Chinês)


Texto

DEVO-LHE BOA COMPANHIA ("As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro". — Provérbio Chinês)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Hoje, os meus passos estão harmoniosamente alinhados com a vontade do Criador. Já que, como terráqueo que sou, fechado no circuito estreito das relações mal digeridas, pelo menos, impulsiona-me a um momento de reaproximação com pessoas do bem para inverter o quadro. Eu olho para os grandes momentos de alegria vindouros, porque vejo o futuro como Deus vê. Os virtuais não celebram! Na internet, mandei mensagens e cumprimentos de aniversário, comentei outras, tentando achar anjos. Mas, "eu atirei no meu pé", quando fiz alguns comentários otimistas acerca de alguns posts no Facebook, alguns nem sequer mereciam minha atenção, eu dei o meu 'like', distribui os pontos apenas para mostrar bondade através do estabelecimento de novas relações. "Gosto de pessoas estúpidas e idiotas – elas me fazem rir." — Augusto Branco. E eles também "atiraram no meu pé", quando postei coisas que julguei ser bastante informativas e ninguém apreciou. Constatei que eram infernais. Foi um dia de tiroteio inútil. Aliás, tiro no pé sempre levo, alguém sempre me joga farpas se opondo às minhas provocações "intelectuais", embora meus textos levantem o seu espírito de vingança não era para tanto. Todavia, porque os mal-influentes estão sempre interrompendo a caminhada de outros! Não preciso de intercessor. Perdoe-me, se atirei também em seu pé! Não necessariamente em relação à integridade física - Agora, estou extremamente cuidadoso ao atravessar a estrada. Se minha mãe ainda estivesse viva, diria para mim que, antes de qualquer decisão, devo pensar com muita calma e, de certa forma, negligenciar os interesses e desejos de ser o que não posso ser.

Sim, minha lição de hoje é que devo colocar uma grande ênfase na minha reputação. Enquanto a maior parte das pessoas persegue a vulgaridade: atrás de sucesso. As poucas sábias valorizam a reputação e seus relacionamentos acima de todos os outros objetivos. Eu queria ser assim. Mas, tem sempre alguém para me dar um “tiro no pé” e, como vingança, dou-lhe "tiro no pé'', assim, a guerra que me constrói não acaba nunca.

Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 07/01/2017

Reeditado em 28/01/2017

Código do texto: T5875086 
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

QUEM ABANDONA NÃO VAI EMBORA: Crise e Relações Líquidas (Abandono é quando o barco parte e você fica—Sandra Regina).



Prosa Poética


QUEM ABANDONA NÃO VAI EMBORA: Crise e Relações Líquidas (Abandono é quando o barco parte e você fica—Sandra Regina).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje me senti como O Maior Abandonado, da canção de Cazuza, buscando alguém em quem pudesse me apoiar. Como alternativa, encontro-me à deriva — talvez seja conveniente dizer isso, pois ainda tento me adequar a uma realidade instável, onde regras e condições mudam o tempo todo, quase como o final de cada dia na escola. "Migalhas dormidas do teu pão / Raspas e restos / Me interessam / Pequenas porções de ilusão / Mentiras sinceras me interessam..." Esses versos exprimem meu estado: aceito migalhas porque a fome existencial cobra qualquer alimento, mesmo quando nasce da mentira.

Durante a quarentena, perdi fragmentos de mim mesmo. Às vezes penso que precisaria de outra quarentena para me reorganizar. A vida, então, parece uma viagem circular, confusa, que não aponta destino algum. Não enxergo opções — ou talvez me falte a capacidade de saber o que fazer com elas. Sinto-me isolado; meus movimentos parecem estéreis, incapazes de gerar avanço, seja no campo profissional, nos relacionamentos ou nos meus próprios valores. Pergunto-me se essa estagnação vem da minha dificuldade de prever aonde cada escolha me levará. Desejo ser desencorajado da inutilidade. Minha inércia mental enfraquece até minha comunicação, especialmente no pós-pandemia, quando passo a ser alvo de julgamentos moldados pela emoção alheia. Carrego um misto de medo e curiosidade. Ainda assim, é essa fragilidade que me mantém aberto a ouvir diferentes pontos de vista — sou, à minha maneira, um filósofo da vida. Nada é perda de tempo; tudo se transforma em aprendizagem.

Sempre renunciei a algo para conquistar algo melhor. Deixei os prazeres e o descanso das noites de sábado para preparar boas aulas. Troquei a distração fácil da televisão pelo estudo. Afastei-me de amigos que ocupavam minhas horas, para alimentar a alma com o silêncio necessário da solidão. Também me distanciei de familiares que, por mais que ainda acreditassem em mim, já não caminhavam na mesma direção. Recusei empregos financeiramente mais vantajosos para ser um bom professor. E por isso afirmo: abandonei porque deixaram de ser interessantes. Eram vínculos vazios, sem verdadeira amizade.

Mas a vida é cíclica. Quando precisarem de mim, eles voltarão — os prazeres, as diversões, os amigos, as farras, a família. E, inevitavelmente, eu também os procurarei outra vez, embora desde já lhes assegure: nada disso será para sempre. Quem abandona um amigo já havia rompido o laço antes. A troca de posições também nos oferece conhecimento. E eu, o maior abandonado, sigo aprendendo.

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1. Crise de Identidade e o Conceito de Anomia

O narrador se sente o "Maior Abandonado" e está "perdido" em uma situação onde as regras e condições mudam sempre, sentindo que a vida é uma "viagem circular, confusa, que não me leva a lugar algum". Defina o conceito sociológico de Anomia (Durkheim) e explique como essa sensação de perda de referências e de propósito na vida do professor se relaciona com a crise de identidade na sociedade contemporânea (ou "modernidade líquida").

2. A "Fome Existencial" e a Aceitação de "Migalhas"

O uso dos versos de Cazuza ("Migalhas dormidas do teu pão... Mentiras sinceras me interessam...") é justificado pela "fome existencial" do autor, que o leva a aceitar "qualquer alimento, mesmo que mentiroso". Discuta como essa aceitação de "migalhas" e "mentiras sinceras" reflete a dificuldade de estabelecer vínculos sociais autênticos e profundos. O que a "fome existencial" revela sobre a carência de sentido e pertencimento que o indivíduo sente na sociedade atual?

3. Renúncias e Investimento no Capital Cultural

O professor lista diversas renúncias (prazeres, tempo livre, amizades, empregos melhores) para se dedicar à docência e "alimentar a alma com o silêncio da solidão". Ele afirma que abandonou esses vínculos porque "deixaram de ser interessantes". Analise essa série de renúncias como um investimento no Capital Cultural (Bourdieu) e na construção da identidade profissional e intelectual. Qual o custo social e emocional de trocar a convivência imediata por um valor pessoal ou intelectual percebido como superior?

4. Relações Líquidas e a Substituibilidade dos Vínculos

O texto aborda o caráter cíclico das relações, onde ele abandona os amigos e prevê que eles voltarão a procurá-lo quando precisarem, e ele fará o mesmo, mas "não será para sempre". Utilizando o conceito de Modernidade Líquida (Bauman), discuta como essa visão de substituibilidade e de transitoriedade dos vínculos se manifesta na vida do narrador. Como a crença de que "Quem abandona o amigo já quebrou a amizade antes" justifica a fragilidade dessas relações?

5. Inércia Mental e Vulnerabilidade ao Julgamento Social

O narrador menciona que sua "inércia mental enfraquece minha capacidade comunicativa" e o submete a "julgamentos motivados pela emoção alheia" no pós-pandemia. Relacione a inércia mental (crise interna) com a vulnerabilidade ao julgamento social. De que forma a dificuldade em se comunicar de forma assertiva torna o indivíduo mais suscetível à classificação e estigma impostos pelos outros, e como a fragilidade pode, paradoxalmente, abrir o indivíduo a "diferentes pontos de vista"?

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sábado, 14 de janeiro de 2017

ASSIM SE ACHA CULTURA ("Tudo que você é contra, te enfraquece. Tudo que você é a favor, te fortalece." — Wayne Dyer)

Aos domingos costumo ir à feira da praça da matriz da Senador Canedo, fico por ali até o sol esquentar, só compro alguma coisa, quando os feirantes das verduras abaixam os preços. Sentado à banquinha de revistas do meu amigo: Osvaldo. Fico assistindo ao movimento, então nessa ocasião, presenciei um incidente muito interessante: uma dupla de irmãos, vieram perguntando, por ali, quem poderia trocar 10 reais em duas de cinco. Era o dinheiro dos dois. Foi quando um dos senhores, o vendedor de espetinho, o que tem bons hábitos, se dispôs a ajudar o garoto e a garota, então ela se mostrando mais "esperta", ao mesmo tempo mostrou-se também ingrata, imediatamente devolveu ao senhor a nota por que estava com uma rasgadura de dois centímetros mais ou menos na dobra do meio. O senhor, sem graça e decepcionado, verificou se estávamos assistindo aquilo, ainda conseguiu pensar rapidamente como um professor e disse:
           — Já que você não quer, devolva-me as duas de cinco e dou-lhe a mesma nota de dez reais que me deu. E assim foi feito.
           Aqui todos nós aprendemos, pelo menos, cinco grandes lições para a vida, a primeira é a mesma que se aprende do lugar comum: "cavalo dado não se olha os dentes". E a segunda lição: quem faz um favor quer ser valorizado por ele. Nada é de graça!
             Eu continuei por ali, o suficiente para acompanhar o resultado final. Foram-se e trocaram o dinheiro em outro lugar. E, não demorou muito, os dois jovens voltaram, atraídos pelo cheiro suculento daqueles bem preparados espetinhos. O irmão já tinha gastado a parte dele, agora só restavam os cinco reais da mocinha. Ao retornar ao local, a abordagem foi indiferente, mas ela ainda me parecia arrogante, como se fosse um cliente com dinheiro suficiente para pagar o que pedir. E o vendedor não menos vendedor, atendendo com prestimosidade.
           — Quanto é um espetinho? A pergunta tocou animadamente os tímpanos daquele professor da vida com a cabeça esfumaçada dentro da nuvem que subia da churrasqueira, queimando a gordura que caía da carne na brasa viva.
           — Um é três reais e dois por cinco - disse ele.
            Então insistiu a garota salivando — pois me dê dois.
           Eu também estava salivando como cachorro diante de um daqueles assadores panorâmicos de frango, ao ver os espetinhos borbulhantes que o tal homem entregou para a jovem. Então, o clímax veio agora. Ela mostra-lhe uma nota de cinco reais com algumas palavras escrita à caneta, e o churrasqueiro se recusou a recebê-la e assim, com a mesma moeda, pagou-a, ou melhor, grudou nos espetinhos que já estavam na mão da menina e lhe disse:
            — Aquela nota um pouco rasgada que você recusou, quando troquei seu dinheiro, estava melhor que esta que você quer me passar agora. Dê-me aqui os espetinhos.
           Os garotos viraram as costas em retirada, e o meu fio de baba esticou-se até romper-se à altura do meu coração. E ardeu meu cérebro como aqueles espetinhos que voltaram para brasa. Saí dali construindo um pensamento: A desgraça do espertalhão é achar que todo mundo é bobo, sendo ele o único otário.
           Às vezes, temos de fechar os olhos para algumas coisas para ver outras, assim é o visionário de sucesso.
           Então, o jornaleiro da banca de revista, que comungava comigo os mesmos ensinamentos, no calor dos olhares atônitos, contou-me uma anedota ilustrativa, atribuída a Rui Barbosa: "O cachorro do Sabido Rui furtou uma linguiça do açougue. No dia seguinte, o Mestre foi comprar a carne de todos os dias. Então, ouviu do espertalhão açougueiro: — Seu Rui, quero lhe fazer uma consulta, se o senhor é açougueiro e meu cachorro pegasse uma linguiça de seu estabelecimento e a devorasse, o que o senhor faria?
           — Eu faria o dono do cachorro pagar!
           — Pois é, o seu cachorro pegou uma linguiça aqui de vinte reais.
           — Então vamos acertar, a consulta custa R $40, menos os R $20 da linguiça, você me deve Vinte ainda."
            A última lição daquela comédia, abstraí quando comparei o fato com a parábola: Quem quer fazer justiça com as próprias mãos, faça-a primeiro a si mesmo.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 10/01/2017
Reeditado em 14/01/2017
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