Coleção 75 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)
Por Claudeci Andrade
1 O professor, frustrado com a perda de autoridade diante de alunos que confundem igualdade com arrogância, ironiza a máxima de Paulo Freire e vê na indisciplina deles o reflexo de um sistema educacional corrompido pela burocracia e pela inveja; afinal, “o osso é doce”; e poucos aceitam largar o conforto da ignorância para saborear o amargo do verdadeiro saber.
2 Entre o “ENEM” do esforço e o “ah, nem” da distração digital, denuncia-se a superficialidade das leituras inúteis que sufocam a reflexão e empobrecem a alma, lembrando que vale mais ler pouco, mas com profundidade, do que consumir muito sem aprender nada.
3 Em meio a uma juventude que confunde ouro com valor e fertilidade com virtude, denuncia-se a ostentação vazia que esconde a pobreza moral, lembrando que a verdadeira grandeza nasce da sabedoria herdada e da obediência a um pai piedoso; pois só o caráter, e não a aparência, resiste ao tempo e às tentações humanas.
4 Critica-se a rejeição à internet como sintoma de ignorância disfarçada de prudência, afirmando que, em tempos de saber compartilhado, evitar o mundo digital revela não virtude, mas incapacidade; pois quem teme a rede demonstra não dominar nem a tecnologia nem o pensamento que dela emerge.
5 Lamenta-se a domesticação do poder político, defendendo que um verdadeiro líder; como o leão de Maquiavel, deveria ser temido e respeitado, não submisso às formalidades democráticas; pois, onde a autoridade se fragiliza em gestos e justificativas, o mal encontra espaço para reinar sob o disfarce do “jeitinho” nacional.
6 Denuncia-se a arrogância dos que falam mais do que ouvem, vendo na pressa de responder sem compreender a prova maior da ignorância moderna; pois quem escreve sem escutar transforma a palavra em ruído e a comunicação em espelho de sua própria confusão interior.
7 Contrapõe-se o falso professor, movido pelo lucro e pela vaidade, ao verdadeiro mestre, guiado pela justiça e pelo amor ao saber, afirmando que apenas este, fiel à vocação e à elevação do aluno, transforma o amargo do ofício em doçura; enquanto aquele, escravo do aplauso e do salário, cava a própria ruína.
8 Denuncia-se a hipocrisia de uma sociedade que se diz moral e religiosa, mas lucra com o vício e fecha os olhos ao crime, mostrando que a fé, quando serva do interesse, não purifica; pois nem a religião mais fervorosa impediu que o mal florescesse onde o amor deveria reinar.
9 Reflete-se sobre a relatividade da beleza e da pureza, mostrando que a obsessão por limpeza e perfeição revela mais egoísmo que virtude, pois, ao tentar padronizar o belo, a sociedade apaga as diferenças; e, nessa ânsia de parecer limpa e ideal, torna-se paradoxalmente a mais impura das criações.
10 Questionando o culto à limpeza e à aparência, o pensamento usa o porco; nem intrinsecamente feio nem doente, para afirmar que a obsessão higiênica, quando patológica ou prejudicial, vira egoísmo, e que a humanidade, embora possua a mesma "química" do belo, se torna feia ao transformar a estética em medição e padronização, onde a ditadura social do gosto dissolve as diferenças.
11 Reconhece-se que todo caos externo reflete a desordem interior, afirmando que ninguém é vítima do acaso, a solidão, o fracasso e a pobreza são espelhos do próprio caráter, e negar isso com frases de autoajuda é apenas perpetuar a ilusão que impede a verdadeira mudança.
12 Transforma-se o câncer em metáfora de revelação e purificação, vendo na doença o impulso para romper com tudo o que é estagnado ou indiferente; pois, diante da urgência de viver, a neutralidade torna-se cumplicidade, e afastar-se dos passivos é um ato de defesa da própria energia e da saúde do espírito.
13 Denuncia-se a hipocrisia que silencia o debate sobre sexualidade nas escolas, mostrando que, enquanto a mídia educa sem pudor, o professor é censurado por medo e moralismo; e que, sob o domínio do mercado e da fé disfarçada de virtude, o medo substituiu a ética tornando o silêncio a maior forma de conivência.
14 Afirma-se que o inferno, ao punir, humaniza, enquanto a igreja, ao simplificar Deus, O profana; tornando-se o céu dos condenados e o inferno do divino; pois bem e mal se confundem no uso que a razão lhes dá, e apenas o tolo, preso à ignorância, continua com a cabeça no buraco, incapaz de ver a verdade.
15 Sustenta-se que toda imposição moral revela carência e frustração, pois quem dita regras tenta compensar o que lhe falta; por isso, ninguém deve ser modelo para ninguém; afinal, até o conselho gratuito, como o afeto sem desejo, carece de valor quando não nasce da troca justa e consciente.
16 Denuncia-se a moralidade fingida dos fanáticos, que pregam virtude enquanto ocultam o vício, lembrando que a verdadeira imoralidade não está em quem vive com transparência, mas na inveja dos que disfarçam seus desejos sob o manto da fé e da correção.
17 Afirma-se que o saber habita até o inconsciente e se revela na fala, mas que a existência é finita e sem herança: a árvore morre em si mesma, enquanto a semente, autônoma, carrega outro destino; pois nenhum ser gera continuidade, apenas variações efêmeras de uma vida que nunca se repete.
18 Denuncia-se a falsidade profissional disfarçada de atendimento, mostrando que quem não domina o próprio ofício nem assume seu papel trai a função que representa; pois servir sem preparo ou comprometimento é a forma mais comum de não “vestir a camisa” e de fraudar o valor do trabalho.
19 Propõe-se que o excesso de proteção às mulheres, ao invés de equilibrar os gêneros, acabou invertendo seus papéis, enfraquecendo o modelo heteronormativo e revelando a ironia de uma moral que, ao tentar conter o desejo, acabou por reinventá-lo fora dos limites que ela mesma impôs.
20 Ironiza-se a fé hipócrita ao afirmar que um Deus moldado por sentimentos humanos só age conforme a pureza de quem O invoca; e que toda oração nascida do ódio nada cria, pois revela mais o limite do orador do que o poder do divino.
Por Claudeci Andrade
1 O professor, frustrado com a perda de autoridade diante de alunos que confundem igualdade com arrogância, ironiza a máxima de Paulo Freire e vê na indisciplina deles o reflexo de um sistema educacional corrompido pela burocracia e pela inveja; afinal, “o osso é doce”; e poucos aceitam largar o conforto da ignorância para saborear o amargo do verdadeiro saber.
2 Entre o “ENEM” do esforço e o “ah, nem” da distração digital, denuncia-se a superficialidade das leituras inúteis que sufocam a reflexão e empobrecem a alma, lembrando que vale mais ler pouco, mas com profundidade, do que consumir muito sem aprender nada.
3 Em meio a uma juventude que confunde ouro com valor e fertilidade com virtude, denuncia-se a ostentação vazia que esconde a pobreza moral, lembrando que a verdadeira grandeza nasce da sabedoria herdada e da obediência a um pai piedoso; pois só o caráter, e não a aparência, resiste ao tempo e às tentações humanas.
4 Critica-se a rejeição à internet como sintoma de ignorância disfarçada de prudência, afirmando que, em tempos de saber compartilhado, evitar o mundo digital revela não virtude, mas incapacidade; pois quem teme a rede demonstra não dominar nem a tecnologia nem o pensamento que dela emerge.
5 Lamenta-se a domesticação do poder político, defendendo que um verdadeiro líder; como o leão de Maquiavel, deveria ser temido e respeitado, não submisso às formalidades democráticas; pois, onde a autoridade se fragiliza em gestos e justificativas, o mal encontra espaço para reinar sob o disfarce do “jeitinho” nacional.
6 Denuncia-se a arrogância dos que falam mais do que ouvem, vendo na pressa de responder sem compreender a prova maior da ignorância moderna; pois quem escreve sem escutar transforma a palavra em ruído e a comunicação em espelho de sua própria confusão interior.
7 Contrapõe-se o falso professor, movido pelo lucro e pela vaidade, ao verdadeiro mestre, guiado pela justiça e pelo amor ao saber, afirmando que apenas este, fiel à vocação e à elevação do aluno, transforma o amargo do ofício em doçura; enquanto aquele, escravo do aplauso e do salário, cava a própria ruína.
8 Denuncia-se a hipocrisia de uma sociedade que se diz moral e religiosa, mas lucra com o vício e fecha os olhos ao crime, mostrando que a fé, quando serva do interesse, não purifica; pois nem a religião mais fervorosa impediu que o mal florescesse onde o amor deveria reinar.
9 Reflete-se sobre a relatividade da beleza e da pureza, mostrando que a obsessão por limpeza e perfeição revela mais egoísmo que virtude, pois, ao tentar padronizar o belo, a sociedade apaga as diferenças; e, nessa ânsia de parecer limpa e ideal, torna-se paradoxalmente a mais impura das criações.
10 Questionando o culto à limpeza e à aparência, o pensamento usa o porco; nem intrinsecamente feio nem doente, para afirmar que a obsessão higiênica, quando patológica ou prejudicial, vira egoísmo, e que a humanidade, embora possua a mesma "química" do belo, se torna feia ao transformar a estética em medição e padronização, onde a ditadura social do gosto dissolve as diferenças.
11 Reconhece-se que todo caos externo reflete a desordem interior, afirmando que ninguém é vítima do acaso, a solidão, o fracasso e a pobreza são espelhos do próprio caráter, e negar isso com frases de autoajuda é apenas perpetuar a ilusão que impede a verdadeira mudança.
12 Transforma-se o câncer em metáfora de revelação e purificação, vendo na doença o impulso para romper com tudo o que é estagnado ou indiferente; pois, diante da urgência de viver, a neutralidade torna-se cumplicidade, e afastar-se dos passivos é um ato de defesa da própria energia e da saúde do espírito.
13 Denuncia-se a hipocrisia que silencia o debate sobre sexualidade nas escolas, mostrando que, enquanto a mídia educa sem pudor, o professor é censurado por medo e moralismo; e que, sob o domínio do mercado e da fé disfarçada de virtude, o medo substituiu a ética tornando o silêncio a maior forma de conivência.
14 Afirma-se que o inferno, ao punir, humaniza, enquanto a igreja, ao simplificar Deus, O profana; tornando-se o céu dos condenados e o inferno do divino; pois bem e mal se confundem no uso que a razão lhes dá, e apenas o tolo, preso à ignorância, continua com a cabeça no buraco, incapaz de ver a verdade.
15 Sustenta-se que toda imposição moral revela carência e frustração, pois quem dita regras tenta compensar o que lhe falta; por isso, ninguém deve ser modelo para ninguém; afinal, até o conselho gratuito, como o afeto sem desejo, carece de valor quando não nasce da troca justa e consciente.
16 Denuncia-se a moralidade fingida dos fanáticos, que pregam virtude enquanto ocultam o vício, lembrando que a verdadeira imoralidade não está em quem vive com transparência, mas na inveja dos que disfarçam seus desejos sob o manto da fé e da correção.
17 Afirma-se que o saber habita até o inconsciente e se revela na fala, mas que a existência é finita e sem herança: a árvore morre em si mesma, enquanto a semente, autônoma, carrega outro destino; pois nenhum ser gera continuidade, apenas variações efêmeras de uma vida que nunca se repete.
18 Denuncia-se a falsidade profissional disfarçada de atendimento, mostrando que quem não domina o próprio ofício nem assume seu papel trai a função que representa; pois servir sem preparo ou comprometimento é a forma mais comum de não “vestir a camisa” e de fraudar o valor do trabalho.
19 Propõe-se que o excesso de proteção às mulheres, ao invés de equilibrar os gêneros, acabou invertendo seus papéis, enfraquecendo o modelo heteronormativo e revelando a ironia de uma moral que, ao tentar conter o desejo, acabou por reinventá-lo fora dos limites que ela mesma impôs.
20 Ironiza-se a fé hipócrita ao afirmar que um Deus moldado por sentimentos humanos só age conforme a pureza de quem O invoca; e que toda oração nascida do ódio nada cria, pois revela mais o limite do orador do que o poder do divino.


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