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sexta-feira, 14 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (57): Espiritualidade Autêntica: Alicerces Invisíveis.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (57): Espiritualidade Autêntica: Alicerces Invisíveis.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Entre as páginas embaçadas do tempo, um mistério ancestral se desvela diante de nós: quando e como surgiu a primeira igreja? A resposta, por mais complexa que seja, pode ser encontrada nas entrelinhas da história. Alguns acreditam que o ponto de partida para a organização da primeira igreja ocorreu quando Jesus chamou os doze discípulos para segui-Lo. É um fato incontestável, mas a partir desse momento, algo se bifurcou. Sim, eles não possuíam edifícios grandiosos ou instituições pomposas. No entanto, ali se delineavam dois caminhos distintos: a igreja invisível e a igreja institucional e denominacional, uma dirigida por Cristo e a outra pelos homens, respectivamente.

A partir de agora, desvencilhemo-nos do termo "igreja" para descrever a comunhão universal dos fiéis. Abracemos, então, o conceito de Sociedade Espiritual de Cristo, cujos membros se destacam e se manifestam nos mais diversos cantos do mundo. Eles se reúnem sob as sombras de árvores centenárias, à beira de rios cristalinos ou nos aconchegantes lares daqueles que os acolhem. Pois, como disse Jesus: "Pois onde dois ou três se reunirem porque são meus, Eu estarei ali mesmo entre eles" (Mt 18:20 BV).

Esses remanescentes, alvo de Sua ternura e cuidado incessantes, não foram abandonados à deriva. Jesus, em Sua sabedoria e amor inesgotáveis, tornou-Se o único pastor, entregando-Se por eles e por nós. Sua promessa ressoa eternamente em nossos corações: "Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo" (Mt 28:20 BSEP).

Vivi esses acontecimentos descritos como um espectador privilegiado, testemunha da dualidade que permeia a espiritualidade. De um lado, a grandiosidade das estruturas e a influência dos homens; do outro, a simplicidade dos encontros íntimos, nos quais a presença divina se faz tangível. E é nesse contraste que percebo a importância de refletirmos sobre nossa jornada espiritual.

Nessa reflexão, uma mensagem impactante emerge: não devemos permitir que as estruturas humanas se sobreponham à essência da fé. A Sociedade Espiritual de Cristo, formada pelos indivíduos sinceros e devotos, transcende qualquer construção física. É um convite para nos reunirmos em comunhão, sem amarras institucionais ou denominações que nos dividem.

Que possamos resgatar a essência da nossa fé, encontrando a verdadeira união espiritual que transcende barreiras e diferenças. Que possamos enxergar, além das paredes frias das igrejas, a chama que arde no íntimo de cada um de nós, mantendo viva a conexão com o divino. E que, ao trilharmos esse caminho de autenticidade e simplicidade seja o elo.

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