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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(4) “Redefinindo a Sabedoria e a Compreensão: Uma Abordagem Contemporânea à Teologia de Gênero”

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(4) “Redefinindo a Sabedoria e a Compreensão: Uma Abordagem Contemporânea à Teologia de Gênero”

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O ensinamento religioso que advoga a necessidade de duas figuras femininas na vida de um homem - a Sabedoria e a Compreensão - contrasta com a influência perniciosa da "Lady Loucura". No entanto, essa perspectiva revela preconceitos arraigados. Como disse Kant, "O esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado". Portanto, a ideia de que o homem precisa de uma figura feminina para orientá-lo pressupõe uma dependência injustificada.

Recontextualizando, a Sabedoria e a Compreensão podem ser vistas como princípios intelectuais e éticos que transcendem o gênero. Como Provérbios 4:7 afirma, "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria". Assim, os homens podem desenvolver autonomia e discernimento através do estudo e do diálogo interpessoal.

A caracterização da prostituta como uma ameaça constante reflete uma visão moralista e sexista. Como Simone de Beauvoir observou, "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher". Portanto, essa narrativa reforça uma cultura de culpabilização e objetificação das mulheres, em vez de promover a igualdade e o respeito mútuo.

Por fim, a citação de passagens bíblicas para fundamentar essas ideias carece de relevância em um contexto contemporâneo. Devemos buscar uma ética baseada na igualdade, na liberdade e no respeito pelos direitos humanos. Como afirmou Paulo em Gálatas 3:28, "Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus".

Em síntese, a ideia de que todo homem precisa de duas boas mulheres para orientá-lo é uma simplificação excessiva. Os homens devem cultivar a autonomia, o discernimento e o respeito mútuo em suas relações interpessoais, baseados em princípios éticos universais e no reconhecimento da igualdade de gênero.

Com base nesses temas, proponho as seguintes questões discursivas:

O texto critica a ideia de que os homens precisam de mulheres para orientá-los. De que forma essa visão tradicional sobre as relações de gênero influencia o comportamento de homens e mulheres na sociedade atual?

A caracterização da prostituta como uma ameaça constante é considerada problemática no texto. Como essa visão contribui para a construção de estereótipos sobre as mulheres e para a perpetuação de desigualdades de gênero?

O texto questiona a utilização de textos religiosos para justificar a submissão feminina. Como a religião pode ser usada tanto para promover a igualdade quanto para justificar a desigualdade?

A ideia de autonomia individual é central no texto. O que significa ser autônomo em uma sociedade que valoriza a conformidade e a obediência?

O texto defende a importância de construir uma ética baseada na igualdade e no respeito mútuo. Como podemos promover a construção de uma sociedade mais justa e igualitária a partir da escola?

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