"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

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MINHAS PÉROLAS

sábado, 28 de abril de 2012

CRITÉRIO A SEU FAVOR: A Filosofia Cínica da "Cornalidade" (Todo "corno" é criterioso ou valente)



Crônica humorística

CRITÉRIO A SEU FAVOR: A Filosofia Cínica da "Cornalidade" (Todo "corno" é criterioso ou valente)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu escolhi minha parceira pela estrutura óssea — firme, bela, proporcional. É uma preferência que, embora pareça estranha, tem sua lógica: quando a carne macia se oferece aos lobos famintos, ainda me restarão ossos de qualidade, bem dispostos e resistentes. Afinal, se não se come os ossos, pelo menos se rói. Assim, aprendi a lidar com as ironias da vida conjugal com o humor de quem sabe rir de si mesmo. Ser traído, neste contexto, não é apenas derrota, mas um retrato honesto da imperfeição humana — uma curiosa forma de fidelidade a si, ainda que à custa de alguma humilhação.

Todo “corno” que se preza é criterioso e discreto. Ele cuida bem da esposa, sobretudo na frente dos amigos, pois o orgulho ferido também sabe se disfarçar com elegância. Viver essa condição é um espetáculo silencioso: o homem sorri, conversa e segue o ritual da boa aparência, enquanto equilibra sobre a cabeça uma coroa invisível — a “cabeça florida”, que faz sombra sobre todos. No fundo, há uma sabedoria escondida nessa resignação: o traído aprende a rir da própria dor e a transformar o vexame em filosofia de vida.

Se a “cornalidade” é o prêmio de quem ama demais, o traidor sexual, talvez, não passe de um tolo que confunde prazer com glória. Entre ser o traído ou o traidor, há quem prefira o primeiro — este, ao menos, não precisa sustentar a culpa de enganar. Afinal, é difícil encontrar alguém que permaneça conosco em todas as circunstâncias: “na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapé”. Melhor, então, é saborear o "filé mignon" com os amigos do que roer ossos em solidão. Como disse o professor Osmar Fernandes: “Todo boi sonso, quando mostra seus chifres, fere de morte” — uma sentença que traduz a força oculta do homem que, mesmo ferido, preserva a própria dignidade.

No fim, o verdadeiro "corno" não é apenas o traído, mas quem vive envenenado pela posse e pela desconfiança. A infidelidade da carne é apenas reflexo da fragilidade humana, e quem entende isso se liberta do rancor.

Urubus não desaparecem eliminando-se uns aos outros — só se afastam quando não há mais carniça. Assim também é o amor: enquanto houver o odor da sedução e da vaidade, haverá sempre quem queira partilhar o que não lhe pertence. A sabedoria está em se afastar da podridão, preservar o que é sólido — e, no fim das contas, reconhecer que, sob a pele do "corno platônico", talvez habite apenas um homem que aprendeu a rir da vida e a respeitar suas leis naturais.


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Como professor de Sociologia, vejo neste texto uma análise rica e cínica sobre a instituição do casamento, a possessividade e a gestão do estigma social na vida contemporânea. Abaixo estão 5 questões discursivas, simples e objetivas, formuladas para alunos do Ensino Médio, com foco nos temas sociológicos e na filosofia social abordados em meu texto:

1. Desempenho Social e Estigma

O texto descreve que o homem traído ("corno") age com "disfarce", "cuidado" e mantém a "boa aparência" na frente dos amigos. Usando a teoria de Erving Goffman (Dramaturgia), explique como o indivíduo tenta gerenciar o estigma social da traição por meio de um "espetáculo silencioso" na vida cotidiana, separando a "fachada" pública da realidade privada.

2. A Escolha Cínica e a Crítica à Instituição

O autor ironiza a escolha da parceira pela "estrutura óssea" (solidez/resistência) em vez da "carne macia" (fragilidade/prazer), aceitando a infidelidade como "imperfeição humana". Analise como essa visão cínica critica o ideal romântico do casamento moderno e discuta como o texto propõe que o realismo (aceitação da imperfeição) é uma forma de resistência contra as expectativas sociais inatingíveis.

3. Possessividade e a Liberação do Rancor

O texto distingue o "verdadeiro corno" como aquele que vive "envenenado pela posse e pela desconfiança". Analise a crítica à possessividade nas relações. De que forma o abandono da visão do parceiro como propriedade (rejeição à posse) é proposto como um caminho para a libertação do rancor e para a aceitação da "fragilidade humana" que é a infidelidade?

4. O Medo da Solidão e a Qualidade dos Vínculos

Diante da dificuldade de manter um parceiro fiel em todas as circunstâncias, o texto sugere que "é melhor mal acompanhar a estar só". Discuta como o medo da solidão (um fenômeno comum na sociedade individualizada) influencia as escolhas dos indivíduos, levando-os a manter vínculos sociais imperfeitos (como a "cornalidade" resignada) em vez de enfrentar o isolamento.

5. Metáfora da Carniça e Crítica à Vaidade

A metáfora dos urubus e da "carniça" critica o fato de que a infidelidade se mantém enquanto houver o "odor da sedução e da vaidade". Explique como a vaidade excessiva (a "carniça") no relacionamento funciona como um convite para a intrusão externa e o desrespeito. Como a "sabedoria" mencionada no final é um apelo à humildade e à essência, em oposição à superficialidade que atrai os "urubus"?

Caro parceiro...brilhante...duro é roer o osso,né?

sábado, 21 de abril de 2012

LEIS NATURAIS: A Arte de Viver na Essência e no Movimento ("Quem está na chuva é para se molhar")




Crônica

LEIS NATURAIS: A Arte de Viver na Essência e no Movimento ("Quem está na chuva é para se molhar")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje é um daqueles dias em que a sensibilidade se intensifica e tudo ganha maior peso interior. Sinto a necessidade de me reconhecer como alguém especial, de despertar e ampliar minhas capacidades de pensar e sentir. Busco inspiração, mas, ao me aventurar pela vasta internet, acabo disperso no excesso de informação. É paradoxal: quanto maior o acesso ao conhecimento, mais distante me sinto de mim. Contudo, reconheço que toda desorientação pode ser o início de uma descoberta — basta aprender a transformar o caos em direção.

Lembro-me do ditado: “Quem está na chuva é para se molhar”. A chuva não poupa ninguém; sua intensidade e o tempo de exposição definem o quão molhados ficamos, mas sentir seus efeitos é inevitável. Assim é a vida: quem tenta escapar dos desafios apenas posterga o aprendizado. A lei do menor esforço atrofia o corpo e o espírito, e o hábito de evitar o desconforto nos distancia da evolução. A natureza não se engana; ela ensina que todo movimento tem um preço, e que o equilíbrio provém da aceitação de seus ciclos.

Por isso, aprendi que correr na chuva é melhor do que correr da chuva. Obedecer ao ritmo da natureza é absorver a sabedoria de cada experiência. Como afirmou Sêneca, “toda arte é imitação da natureza” — e talvez seja por isso que o verdadeiro artista é quem observa, sente e reproduz o mundo com fidelidade à sua essência. A natureza é a Bíblia original, aberta a quem se dispõe a ler com os olhos da alma. O segredo está em entender que, assim como as estações, também necessitamos de períodos de recolhimento e renovação.

Quando percebo que o sol continua a brilhar, mesmo após as tempestades, entendo que minhas reclamações são vãs. É tempo de celebrar a vida e transformar a sensibilidade em força criadora. Quero construir meu próprio mundo, guiado pelas intuições que surgem no silêncio. Preciso cultivar firmeza de caráter, confiança e iniciativa para realizar meus desejos com propósito. Afinal, cada passo é um reflexo do meu ser. É essa a grande lição da natureza: que o sol, a chuva e o próprio caminho são, no fundo, espelhos de mim.


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Como professor de Sociologia do Ensino Médio, vejo neste texto uma profunda reflexão sobre a identidade na era da informação, o individualismo e a relação entre o esforço (ação) e a evolução. Abaixo estão 5 questões discursivas e simples, formuladas para alunos do Ensino Médio, focadas nos temas de Sociologia e Filosofia Social em meu texto:

1. O Paradoxo da Informação e a Alienação

O texto aponta um paradoxo da vida contemporânea: "quanto maior o acesso ao conhecimento [internet], mais distante me sinto de mim". Explique como o excesso de informação (ou a "infoxicação") pode levar à dispersão e à alienação do indivíduo, dificultando a construção de uma identidade coesa em meio à vastidão de estímulos e dados.

2. A "Lei do Menor Esforço" e a Ética do Trabalho

O autor critica a "lei do menor esforço" por atrofiar o corpo e o espírito, distanciando o indivíduo da evolução. Relacione essa crítica à Ética Protestante do Trabalho e ao espírito do capitalismo (conceitos de Max Weber). De que forma a valorização do esforço, do sacrifício e da disciplina foi fundamental para o desenvolvimento da sociedade moderna e para a construção da identidade do indivíduo produtivo?

3. "Correr na Chuva" e a Resiliência Social

A metáfora de que "correr na chuva é melhor do que correr da chuva" sugere uma atitude ativa e de aceitação dos desafios. Discuta o conceito de Resiliência (individual e social). Por que a aceitação ativa do desconforto (correr na chuva) é vista como um caminho mais eficaz para o aprendizado e o crescimento do que a tentativa de evitar o conflito ou a crise (correr da chuva)?

4. A Busca pela Essência na Sociedade de Aparência

O texto valoriza a essência e a fidelidade à natureza (Sêneca), enquanto rejeita o que é "vão" ou superficial. Em uma sociedade pautada pelo consumo e pela imagem (Sociedade do Espetáculo), explique o desafio de um indivíduo buscar sua "própria essência" e cultivar a autenticidade, em vez de se moldar às aparências exigidas pelo meio social.

5. Intuição, Silêncio e Construção do "Mundo Próprio"

O texto expressa o desejo de "construir meu próprio mundo, guiado pelas intuições que surgem quando o silêncio me visita". Em contraste com a massificação e as pressões do grupo, analise a importância do Silêncio e da Introspecção para a construção da autonomia e da individualidade. Por que o afastamento temporário do ruído social é crucial para que o indivíduo possa definir seus "desejos com propósito"?

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Reflexivo!

sábado, 14 de abril de 2012

INOCÊNCIA, CRITÉRIO PARA A FELICIDADE (Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo. Albert Einstein)



Crônica

INOCÊNCIA, CRITÉRIO PARA A FELICIDADE (Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo. Albert Einstein)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
           Seja independente; se se comprometer, seja em companhia de alguém que quer ter compromisso junto a você. Cuide-se de si mesmo como a um jardim, as lindas borboletas virão. Não procure ninguém, é melhor se encontrar com seus admiradores.
          Só os sábios têm a bem-aventurança da verdadeira felicidade, eles vivem em equilíbrio. É fácil entender isso, imagine um pêndulo movimentando cada vez mais fraco até parar na posição do meio. "Quando estou fraco, aí estou forte". Para quem procura o prazer, a dor é automática, em seu balançar existencial. E assim, da mesma forma, o tempo cura toda dor com o prazer lentamente num oscilar cada vez menor, até chegar à mesma sensação do possuir um órgão sadio: só sentimos os rins quando estamos doentes deles, todavia a dor neutraliza também todo prazer. Os sábios não procuram o prazer, apenas procuram a ausência da dor e ganham o prazer. O único desconforto que atinge os sábios é a responsabilidade de um saber crescente, pois esta lhe dói. Porque essa luz não emana das fogueiras manipuláveis da caverna, mas do sol, naturalmente, como ilustrou Platão. Porém, têm-se de buscá-la com sacrifício lá fora.
          A fórmula da felicidade é a estabilidade, como a vida não é estável não há felicidade permanente. Se isso não lhe servir, esteja sempre em agitação. Tomara, digam-lhe que estresse mata. A natureza clama pela calmaria; no Jardim do Éden não tinha vento, apenas brisa! Espero caber aqui o dizer de Leonardo da Vinci, artista do Renascimento: "Prazer e dor são representados com os traços gêmeos, formando como uma unidade, pois um não vem nunca sem o outro; e se colocam um de costas para o outro porque se opõem um ao outro."
           Qualquer coisa induzida fortemente não é boa, se fosse, aconteceria naturalmente, atraída apenas pela força do centro, ao ponto de equilíbrio. No contrário do que muitos pensam, a imprevisibilidade está no desequilíbrio, porque o pêndulo pode iniciar um movimento em qualquer direção, encaixando-se na diversidade de direções e é quase inevitável balançar-se para viver. Agora, é bastante previsível o seu retorno à esquerda, se ele se movimentou à direita. Deus é parecido com o centro de apoio sustentador do pêndulo, e também o Seu comando é propulsor para todas as direções possíveis, e aos poucos o faz parar novamente, acomodando tudo na linha vertical, ou seja, na sua direção: estabilidade ideal.
           O que nos faz pensar sobre as coisas acontecerem sempre na hora certa é o equilíbrio das vantagens e desvantagens em proporções semelhantes. É assim a predestinação compulsória, para cada ato um "reato", com efeito, levemente menor até parar no ponto do meio. Nós construímos nosso destino, como a um quebra-cabeça, quando colocamos a peça, formamos duas imagens, por assim dizer, a frente e o verso, e as peças só tem um lugar par se encaixar. Não há escolha! Procurar o local ou a ação certa não é escolher.
           Deus é o único diverso sem se perder, e é assim que O aceito feliz, se não fosse diverso infinitamente, não seria Divino. Sinto-me à vontade ao dizer sobre a diversidade ser muito parecida com imprevisibilidade. Qualquer movimento é mais uma possibilidade mostrando energia e vida, porém o ponto de equilíbrio é sempre o mesmo, como se tivéssemos mil maneiras de errar e só uma para acertar. Quanto menos possibilidades mais satisfação, isso é felicidade: pouca chance de errar. A tal É encontrada abundantemente na estagnação da inocência.

Claudeko
Enviado por Claudeko em 02/01/2012
Reeditado em 14/04/2012
Código do texto: T3418076


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sábado, 7 de abril de 2012

A MAIORIA SEMPRE VENCE (Tornam-se moda as características dos que vencem) (Minicrônica - 140 caracteres)



http://www.youtube.com/watch?v=n8MAg_N3TVM


Minicrônica

A MAIORIA SEMPRE VENCE (Tornam-se moda as características dos que vencem) (Minicrônica - 140 caracteres)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          É bom que os feios vençam, pois, em virtude, levam-me junto! Se os iguais se protegem; benefícios são divididos, como sempre foram os malefícios. Precisa-se de líder!
Claudeko
Enviado por Claudeko em 02/01/2012
Reeditado em 06/04/2012
Código do texto: T3418002


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domingo, 1 de abril de 2012

Os mandamentos do escritor, segundo Nietzsche, Hemingway, Onetti e García Márquez

Car­los Wil­li­an Lei­te  |  
Os chamados mandamentos literários existem desde o surgimento da escrita. Aristóteles e Shakespeare foram pródigos em ensinar, por meio de conselhos, como se tornar um grande escritor. Gustave Flaubert, James Joyce, Henry Miller e Anaïs Nin também deixaram suas versões. Nesta edição, publico uma compilação de conselhos literários (ou mandamentos literários) de quatro nomes fundamentais da literatura mundial dos últimos 150 anos: Friedrich Nietzsche, Ernest Hemingway, Juan Carlos Onetti e Gabriel García Már­quez. A compilação reúne ex­cer­tos de textos publicados na “The Paris Review”, na “Esqui­re” e no “The Observer”. Os con­selhos literários de Ernest Hemingway foram adaptados por ele do Star Copy Style, o manual de redação do Kansas City Star, onde Ernest He­min­gway começou sua carreira jornalística em 1917. A tradução é de Alfredo Bertunes.
 
 Mintam sempre. (Juan Carlos Onetti)
 Elimine toda palavra supérflua. (Ernest Hemingway)
 Uma coisa é uma história longa e outra é uma história alongada. (Gabriel García Márquez)
 Antes de segurar a caneta, é preciso saber exatamente como se expressaria de viva voz o que se tem que dizer. Escrever deve ser apenas uma imitação. (Friedrich Nietzsche)
 Não sacrifiquem a sinceridade literária por nada. Nem a política, nem o triunfo. Escrevam sempre para esse outro, silencioso e implacável, que levamos conosco e não é possível enganar.(Juan Carlos Onetti)
 Use frases curtas. Use parágrafos de abertura curtos. Use seu idioma de maneira vigorosa.(Ernest Hemingway)
 Não force o leitor a ler uma frase novamente para compreender seu sentido. (Gabriel García Márquez)
 O escritor está longe de possuir todos os meios do orador. Deve, pois, inspirar-se em uma forma de discurso expressiva. O resultado escrito, de qualquer modo, aparecerá mais apagado que seu modelo. (Friedrich Nietzsche)
 Não escrevam jamais pensando na crítica, nos amigos ou parentes, na doce noiva ou esposa. Nem sequer no leitor hipotético. (Juan Carlos Onetti)
10 — Evite o uso de adjetivos, especialmente os extravagantes, como “esplêndido”, “deslumbrante”, “grandioso”, “magnífico”, “suntuoso”. (Ernest Hemingway)
11 — Se você se aborrece escrevendo, o leitor se aborrece lendo. (Gabriel García Márquez)
12  A riqueza da vida se traduz na riqueza dos gestos. É preciso aprender a considerar tudo como um gesto: a longitude e a pausa das frases, a pontuação, as respirações; também a escolha das palavras e a sucessão dos argumentos. (Friedrich Nietzsche)
13  Não se limitem a ler os livros já consagrados. Proust e Joyce foram  depreciados quando mostraram o nariz. Hoje são gênios. (Juan Carlos Onetti)
14  O final de uma história deve ser escrito quando você ainda estiver na metade. (Gabriel García Márquez)
15  O tato do bom prosador na escolha de seus meios consiste em aproximar-se da poesia até roçá-la, mas sem ultrapassar jamais o limite que a separa. (Friedrich Nietzsche)