"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

sábado, 14 de abril de 2012

INOCÊNCIA, CRITÉRIO PARA A FELICIDADE (Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo. Albert Einstein)



Crônica

INOCÊNCIA, CRITÉRIO PARA A FELICIDADE (Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo. Albert Einstein)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
           Seja independente; se se comprometer, seja em companhia de alguém que quer ter compromisso junto a você. Cuide-se de si mesmo como a um jardim, as lindas borboletas virão. Não procure ninguém, é melhor se encontrar com seus admiradores.
          Só os sábios têm a bem-aventurança da verdadeira felicidade, eles vivem em equilíbrio. É fácil entender isso, imagine um pêndulo movimentando cada vez mais fraco até parar na posição do meio. "Quando estou fraco, aí estou forte". Para quem procura o prazer, a dor é automática, em seu balançar existencial. E assim, da mesma forma, o tempo cura toda dor com o prazer lentamente num oscilar cada vez menor, até chegar à mesma sensação do possuir um órgão sadio: só sentimos os rins quando estamos doentes deles, todavia a dor neutraliza também todo prazer. Os sábios não procuram o prazer, apenas procuram a ausência da dor e ganham o prazer. O único desconforto que atinge os sábios é a responsabilidade de um saber crescente, pois esta lhe dói. Porque essa luz não emana das fogueiras manipuláveis da caverna, mas do sol, naturalmente, como ilustrou Platão. Porém, têm-se de buscá-la com sacrifício lá fora.
          A fórmula da felicidade é a estabilidade, como a vida não é estável não há felicidade permanente. Se isso não lhe servir, esteja sempre em agitação. Tomara, digam-lhe que estresse mata. A natureza clama pela calmaria; no Jardim do Éden não tinha vento, apenas brisa! Espero caber aqui o dizer de Leonardo da Vinci, artista do Renascimento: "Prazer e dor são representados com os traços gêmeos, formando como uma unidade, pois um não vem nunca sem o outro; e se colocam um de costas para o outro porque se opõem um ao outro."
           Qualquer coisa induzida fortemente não é boa, se fosse, aconteceria naturalmente, atraída apenas pela força do centro, ao ponto de equilíbrio. No contrário do que muitos pensam, a imprevisibilidade está no desequilíbrio, porque o pêndulo pode iniciar um movimento em qualquer direção, encaixando-se na diversidade de direções e é quase inevitável balançar-se para viver. Agora, é bastante previsível o seu retorno à esquerda, se ele se movimentou à direita. Deus é parecido com o centro de apoio sustentador do pêndulo, e também o Seu comando é propulsor para todas as direções possíveis, e aos poucos o faz parar novamente, acomodando tudo na linha vertical, ou seja, na sua direção: estabilidade ideal.
           O que nos faz pensar sobre as coisas acontecerem sempre na hora certa é o equilíbrio das vantagens e desvantagens em proporções semelhantes. É assim a predestinação compulsória, para cada ato um "reato", com efeito, levemente menor até parar no ponto do meio. Nós construímos nosso destino, como a um quebra-cabeça, quando colocamos a peça, formamos duas imagens, por assim dizer, a frente e o verso, e as peças só tem um lugar par se encaixar. Não há escolha! Procurar o local ou a ação certa não é escolher.
           Deus é o único diverso sem se perder, e é assim que O aceito feliz, se não fosse diverso infinitamente, não seria Divino. Sinto-me à vontade ao dizer sobre a diversidade ser muito parecida com imprevisibilidade. Qualquer movimento é mais uma possibilidade mostrando energia e vida, porém o ponto de equilíbrio é sempre o mesmo, como se tivéssemos mil maneiras de errar e só uma para acertar. Quanto menos possibilidades mais satisfação, isso é felicidade: pouca chance de errar. A tal É encontrada abundantemente na estagnação da inocência.

Claudeko
Enviado por Claudeko em 02/01/2012
Reeditado em 14/04/2012
Código do texto: T3418076


Comentários

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Nenhum comentário: