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MINHAS PÉROLAS

Meninos e meninas comprados e vendidos por notas na escola, para agradar professores manipuladores; ensinados assim, se venderão facilmente por coisas piores, no mercado de trabalho, para agradar patrões exploradores. \'... Assim também podereis vós fazer o bem, estando tão habituados à prática do mal?\' — Jr. 13:23.
Claudeci Ferreira de Andrade

quinta-feira, 26 de julho de 2018

MEU CARNAVAL RECLUSO ("Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito..." — William Shakespeare)


sábado, 7 de julho de 2018

BUSCANDO NOVIDADES ("Viajar é mudar o cenário da solidão." — Mario Quintana)



Crônica

BUSCANDO NOVIDADES ("Viajar é mudar o cenário da solidão." — Mario Quintana)


Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um daqueles sábados em que o vento parecia cochichar novidades pelas janelas abertas. Aqui estou eu, contemplando o céu de um azul sereno que me convida a uma travessia interior — dessas que adiamos até não ser mais possível ignorar. A mudança chegou, e não há como impedir que o futuro se estabeleça.

Sentado na varanda, sinto o cheiro quente do café enquanto observo as transformações que se desenrolam ao meu redor. O tempo me empurrou para um lugar onde o passado já não oferece abrigo, embora a saudade insista em puxar pela barra da minha memória. É difícil aceitar a velhice, mas o momento exige que eu me desapegue e permita que o tempo siga seu novo curso.

Outrora, os sábados eram dedicados à convivência, ao riso fácil entre amigos, à ternura dos encontros. Todos eles, calorosos, perfeitos para estar com entes queridos. Hoje, porém, algo em mim anseia por um silêncio novo, uma companhia diferente: a minha própria. Talvez o prazer da intimidade esteja me esperando! Quero nutrir meu coração com coisas da alma. Já não busco plateias para os meus afetos; desejo algo mais íntimo, mais inteiro, que não dependa do passo alheio para se sustentar.

Eram também nesses sábados que aconteciam as reuniões pedagógicas que, confesso, já me soavam previsíveis. Estou fugindo delas, que chatice! Posso quase ouvir, mesmo de longe, a ladainha das velhas intenções: a coordenadora clamando por mudança e os assistentes agarrados à zona de conforto. Não é má vontade — é medo disfarçado de prudência.

Sempre entendi que mudar não significa desistir ou perder. Em muitos momentos, é preciso deixar que as transformações aconteçam e permitir que se estabeleçam naturalmente. Se pudesse colaborar para que fossem menos traumáticas, eu o faria, mas aprendi que o melhor é permanecer calado nesses eventos de teorias viciadas. Com o tempo, percebi que nem todo combate precisa de soldado. Silenciar, às vezes, é o ato mais revolucionário.

Não quero brigas, defendendo cegamente interesses que apenas desvalorizariam minha capacidade argumentativa. As atividades em equipe só funcionarão melhor quando todos estiverem genuinamente em movimento rumo ao novo.

Por isso, abandonei essas assembleias de ideias desgastadas. Nos meus sábados, nem pisarei em escola alguma. Em troca, abraço meus projetos particulares. Escolho construir, com mãos pacientes, um futuro que não dependa do consenso alheio, mas da fé silenciosa nas sementes que planto. Estarei sozinho, mas mais vigoroso que o habitual.

Permanecerei atento para não propor mudanças tão drásticas que não possam ser absorvidas pelas pessoas. Prefiro transformar no compasso da vida, sem atropelos, respeitando o tempo de cada alma — inclusive a minha.

O destaque aqui são os assuntos do coração: estou tentando cultivar um amor incondicional. Nesse processo, percebi que o verdadeiro movimento não exige gritos nem bandeiras; acontece quando nos abrimos para o que ainda não entendemos. Entre anotações dispersas e sonhos guardados, descobri que, ao soltar as amarras, a vida se encarrega de encontrar novos ventos.

Tenho vontade de mergulhar fundo no infinito. Meus sonhos e pressentimentos me dão direção, e o resto fica para trás. Estou ligado!

E assim, encerro este sábado com a serenidade de quem compreendeu que a mudança não é uma ruptura, mas uma dança. Quem dança com o tempo não envelhece: transforma-se. A vida me ensinou que resistir ao novo é lutar contra o próprio fôlego. Melhor é respirar fundo, confiar e deixar que a transformação nos leve — porque, no fim, o futuro sempre vem. Melhor mesmo é estar pronto, de alma aberta e coração aceso.

Com base na sua rica crônica sobre introspecção, mudança e desapego, preparei 5 questões discursivas e simples, sob a perspectiva da Sociologia. O objetivo é conectar a experiência individual que narro com conceitos e reflexões sociológicas mais amplas.

1. O narrador reflete sobre a chegada da mudança e a dificuldade em aceitar o envelhecimento e se desapegar do passado. Como a Sociologia analisa a passagem do tempo e as diferentes fases da vida (como a velhice) como construções sociais, e de que forma a sociedade influencia a maneira como lidamos com essas transições?

2. O texto contrasta os "sábados calorosos" de convivência com amigos e entes queridos com o anseio atual por "um silêncio novo, uma companhia diferente: a minha própria". De uma perspectiva sociológica, como as formas de interação social e as experiências de solidão ou busca por introspecção se manifestam e são valorizadas (ou não) na sociedade contemporânea?

3. O narrador opta por se afastar das reuniões pedagógicas, percebendo uma resistência à mudança ("assistentes agarrados à zona de conforto") dentro da instituição escolar. Como a Sociologia explica a dinâmica entre indivíduos e instituições e as razões sociais que podem levar à resistência coletiva a processos de mudança?

4. Ao decidir dedicar seus sábados a "projetos particulares" e buscar um "amor incondicional", o narrador parece redefinir suas prioridades de vida. De que forma a Sociologia compreende a busca individual por sentido, realização pessoal e bem-estar para além das expectativas sociais e obrigações tradicionais (como o trabalho ou as interações sociais convencionais)?

5. O texto sugere que "nem todo combate precisa de soldado" e que silenciar pode ser revolucionário. Em um mundo frequentemente marcado por conflitos e manifestações, como a Sociologia analisa diferentes formas de resistência ou de lidar com desacordos sociais que vão além do confronto direto?

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terça-feira, 3 de julho de 2018

COMEDIMENTO ("A experiência traz comedimento, a sabedoria o bom discernimento.” — Luciano F. Aschkar)



Crônica

COMEDIMENTO ("A experiência traz comedimento, a sabedoria o bom discernimento.” — Luciano F. Aschkar)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Hoje, sinto-me como um guerreiro em uma batalha de ideias. Tenho que usar a minha razão para enfrentar os obstáculos que este dia me apresentou. Quero fazer as escolhas certas, sabendo que elas definirão o meu futuro.
            A vida é um labirinto de situações que exigem a nossa sabedoria. Não posso me deixar levar pelas emoções que podem me levar a erros. As paixões, por mais sedutoras que sejam, não devem guiar o meu rumo; é a razão que deve ser o meu norte.
           Neste momento, avalio os projetos que fiz, os objetivos que quero alcançar. Não posso me conformar com o conforto, esperando que o reconhecimento dos outros venha até mim. Sou eu quem deve celebrar antecipadamente, pois sei que as oportunidades surgem para aqueles que têm planos bem feitos e persistem em sua busca.
           E, quem sabe, no meio de toda essa busca constante por sucesso e reconhecimento, talvez o amor me surpreenda. Por que não? O destino, afinal, é um mestre em nos dar surpresas inesperadas.
            Hoje, lembrando que tudo tem o seu tempo, entendo que as amizades verdadeiras duram, mas as pessoas vêm e vão em nossas vidas. E assim, deixo ir aqueles que escolhem outro caminho, sem mágoa. Não sou egoísta a ponto de prender alguém que já não quer ficar comigo.
           Neste momento, minha alma busca um refúgio, um espaço íntimo onde a beleza e a ordem sejam soberanas. Quero me envolver por um ambiente que me convide à paz, que acalme o meu pensamento agitado.
           A partir de agora, comprometo-me a buscar a tranquilidade e a paz, começando por me reconciliar comigo mesmo. Depois, estenderei essa paz a todos que me acompanham diariamente. Sei que para viver em harmonia com o mundo, só preciso dar mais dois passos: cuidar da minha saúde física e manter a mente aberta. Com esses dois pilares, minha segurança pessoal inspirará aqueles ao meu redor.
          Assim, hoje, com determinação, sigo cuidando da minha saúde e do meu lar, fortalecendo-me para enfrentar as adversidades com inteligência e serenidade. Pois é na tranquilidade que encontramos a chave para viver plenamente, em paz conosco e com o mundo ao nosso redor.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017
Reeditado em 03/07/2018
Código do texto: T5923471 
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 23 de junho de 2018

PRUDÊNCIA ("Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente." — Pindaro)



Crônica

PRUDÊNCIA ("Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente." — Pindaro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Aqui estou eu, sob o céu que tanto admiro, mas que parece estar em constante mutação. Em um momento de instabilidade, agi precipitadamente, tomando decisões imperfeitas. Agora, percebo a necessidade de uma análise mais profunda e calma antes de tomar qualquer outra decisão errada. Evito me expor neste momento de incerteza, priorizando o descanso do fim de semana.

Mas, como posso descansar quando as respostas que procuro não são dadas? A minha atenção está comprometida por tantas preocupações. O que antes era combinado já não existe mais e a rotina se perde em arranjos precários. Será que isso vai passar agora? Medito sobre isso…

A introspecção tem sido a minha companheira constante, favorecendo apenas o meu autoconhecimento. Espero não ficar parado quando a situação exigir ação. Sinto-me preso em ideias corrosivas, perdendo mobilidade enquanto os concorrentes ocupam espaço no meu céu, tomando o meu lugar.

Eles estão sempre planejando uma traição, então é melhor prevenir do que remediar. Não quero ser levado à justiça, então vou deixar todos os meus documentos regularizados e abandonar minhas práticas suspeitas para trás. O bom dos meus pecados é que eles funcionam como cometas, apontando-me, abrindo e pavimentando o meu caminho com fogo.

“Aquele que botar as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.” (Pierre-Joseph Proudhon). Então, esta minha crônica emotiva é para dizer-lhes que estou vivendo exatamente como já disse o Sêneca: devemos viver de tal maneira que não façamos nada que não possamos dizer aos nossos inimigos.

Como Salomão bem disse em Provérbios 14:15: “O simples crê em toda palavra, mas o prudente assiste aos seus passos”. Há muita diferença. O simples acredita em qualquer coisa que aparece, enquanto o homem prudente é cauteloso e cético sobre tudo.

Eu amo a cautela. Eu sou prudente. Eu sempre olho para a frente, tentando ver as falhas do caminho ou riscos. Eu me escondo dos perigos, alterando o que acredito. Nunca quero ser pego acreditando em mentiras ou caindo em uma armadilha.

Por outro lado, o ingênuo desinteressadamente deixa a vida acontecer. Eles não questionam só acreditam, por isso continuam andando e repetidamente sofrendo os perigos que não podem ver.

“Antes da vitória vem a tentação. E quanto maior os louros a conquistar, maior a tentação a que é preciso resistir” (Stephen King). E assim termina minha crônica emotiva, uma reflexão sobre os acontecimentos da vida e uma mensagem impactante para vocês, leitores.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017
Reeditado em 23/06/2018
Código do texto: T5923460 
Classificação de conteúdo: seguro

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sábado, 16 de junho de 2018

O Despertar das Lembranças ("Aprendi a selecionar meus diamantes... pedaços de vidro já não me enganam mais!" — Tati Bernardi)



Crônica

O DESPERTAR DAS LEMBRANÇAS ("Aprendi a selecionar meus diamantes... pedaços de vidro já não me enganam mais!" — Tati Bernardi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje, ao despertar, fui surpreendido por uma visita inesperada. O passado, esse velho conhecido, bateu à minha porta, trazendo consigo um emaranhado de lembranças que se entrelaçam como fios de uma teia. Como diria o poeta Mario Quintana, o passado não reconhece seu lugar: está sempre presente. E assim, me vi imerso em um mosaico de memórias, um misto de momentos felizes e tristes, de amores vividos e perdidos, de vitórias celebradas e derrotas lamentadas.

Senti meus pilares – o físico, o espiritual e o mental – oscilarem. O controle sobre meu destino parecia escorregar por entre os dedos, como grãos de areia em uma ampulheta. Me percebi como um mero ente no meio do universo, parte de um projeto maior que não compreendo. Mas, já no crepúsculo da minha jornada, decidi que meus últimos dias serão vividos à minha maneira, do jeito que for possível.

Com o tempo, aprendi que não adianta cobrar demais das pessoas. Elas são o que são, e pressioná-las só gera frustração. Tudo segue um plano divino, e minha ansiedade não pode dominar-me. Continuarei a fazer meu trabalho com dedicação, mesmo que ninguém me escute ou valorize. Escreverei minhas crônicas, mesmo que poucos as leiam ou apreciem. Buscarei motivação dentro de mim mesmo, como Charlie Brown Jr. ensinou: “Eu faço da dificuldade a minha motivação”.

Hoje, mais uma vez, confirmei que a vida é uma surpresa constante. Não sabemos o que o próximo minuto nos reserva: planos e sonhos podem ser interrompidos por imprevistos e pesadelos. Amigos e amores podem se transformar em inimigos e desilusões. Saúde e alegria convivem com doenças e tristeza. O importante é viver bem, pois Deus está no controle – e se existe livre-arbítrio, prefiro não usá-lo.

Assim, encerro esta crônica: com a certeza de que cada lembrança é um fio no tecido da existência, e cabe a nós tecer a toalha de nossa história com sabedoria e gratidão. Cada dia é uma nova oportunidade para deitar e rolar na tapeçaria da vida, apreciando cada ponto, cada cor, cada textura. E, ao final, quem sabe, possamos olhar para trás e ver que, apesar de tudo, vivemos uma bela história.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. A presença do passado:

Como o autor descreve a visita do passado e como ela o afeta emocionalmente?

Que tipo de lembranças são evocadas pelo passado e como elas se relacionam com o presente do autor?

De que forma o passado pode ser interpretado como uma força que molda a identidade do autor?

2. A fragilidade da vida:

Como a visita do passado leva o autor a questionar sua própria trajetória e o papel que ele desempenha no universo?

Que sentimentos o autor experimenta ao se deparar com a fragilidade da vida?

Como o autor lida com a sensação de impotência diante da grandiosidade do universo?

3. A busca por significado e superação:

Apesar da fragilidade da vida, quais são as motivações do autor para continuar vivendo com intensidade?

Como o autor encontra significado em suas atividades, mesmo que elas não sejam reconhecidas ou valorizadas por outros?

Que tipo de filosofia de vida o autor parece seguir, e como ela o ajuda a superar as dificuldades?

4. Fé e livre-arbítrio:

Qual o papel da fé na visão de mundo do autor?

Como o autor concilia a crença em um plano divino com a ideia do livre-arbítrio?

A escolha do autor por entregar-se ao destino pode ser interpretada como uma forma de passividade ou de sabedoria?

5. A tapeçaria da vida:

Como o autor utiliza a metáfora da tapeçaria para representar a vida?

Que significado assumem as lembranças, os momentos felizes e tristes, na composição da tapeçaria da vida?

Qual a mensagem final que o autor deseja transmitir ao leitor sobre a importância de viver cada momento com plenitude?

Dicas para responder às questões:

Leia a crônica com atenção e identifique os pontos principais.

Releia os trechos que abordam os temas das questões.

Utilize suas próprias palavras para responder às perguntas, de forma clara e concisa.

Fundamente suas respostas com exemplos da crônica e, se possível, com outras fontes de conhecimento.


sábado, 9 de junho de 2018

AUTODIVULGAÇÃO ("A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição" — Vance Havner)



Crônica

AUTODIVULGAÇÃO ("A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição" — Vance Havner)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ao despertar hoje, encarei meu reflexo no espelho, não apenas para arrumar o cabelo, mas para confrontar uma pergunta que há tempos me assombra: quem sou eu neste mundo tão conectado e, paradoxalmente, tão solitário? O celular vibrou, mais uma notificação exigindo atenção, lembrando-me de como as redes sociais se tornaram vitrines onde expomos nossas vidas, muitas vezes maquiadas, em busca de validação.

Saí para o trabalho, observando a multidão nas ruas. Cada rosto, pensei, esconde o mesmo dilema que enfrento: como se destacar sem perder a essência? Como ser autêntico em um mundo que parece valorizar mais a aparência que o conteúdo? No escritório, entre reuniões, percebi como nos tornamos produtos, vendendo nossa imagem, habilidades e tempo. Mas a que custo?

Há algo intrigantemente desafiador neste mundo moderno, algo que nos coloca diante de uma encruzilhada constante: ser um produto na vitrine ou preservar nossa identidade e privacidade. É uma dualidade que enfrentamos diariamente, um delicado equilíbrio entre a necessidade de nos destacarmos e a importância de sermos fiéis à nossa essência.

Vejo-me como protagonista desta crônica, navegando por um palco incerto onde sou, simultaneamente, ator e plateia da minha própria vida. É uma busca incessante por visibilidade e reconhecimento, mas também uma jornada de autoconhecimento e reflexão sobre quem sou e quem quero ser.

Diariamente, me questiono: o que me define? Como posso ser autêntico e, ao mesmo tempo, me destacar em meio à multidão? Este quebra-cabeça complexo é moldado por minhas experiências, valores, relacionamentos e pela própria busca por identidade. Descubro, então, que é essencial equilibrar as diferentes esferas da vida: trabalho e lazer, dinheiro e experiências, tempo e destino - todos esses elementos se entrelaçam em um grande espetáculo, onde a harmonia é fundamental.

No meio desse turbilhão, as relações afetivas emergem como o alicerce da minha existência. À noite, jantando com amigos, sinto o conforto das relações verdadeiras. Ali, entre risos e confissões, percebo que é nos laços afetivos que encontramos nossa âncora. São esses momentos que nos lembram quem realmente somos, fornecendo força nos momentos de fraqueza, apoio nos desafios e significado em meio à jornada.

Refletindo sobre o dia, penso em como equilibramos responsabilidades e prazeres. É uma dança constante, às vezes desajeitada, mas necessária. Sou como um "velho moço", carregando a sabedoria da idade e a curiosidade da juventude. Um eterno aprendiz, sempre aberto a novas experiências e conhecimentos, que respeita opiniões diversas, mas também defende suas convicções com paixão.

Sei que a vida é efêmera, que a morte espreita a cada esquina, mas não temo o fim. Temo, sim, não viver plenamente, não aproveitar cada instante como se fosse o último. Anseio por sentir cada emoção como se fosse a primeira vez, por ser feliz e, acima de tudo, por ser eu mesmo.

Nessa busca incessante pelo equilíbrio entre essência e exposição, encontro minha própria voz, minha própria identidade. E, ao fazê-lo, aprendo uma valiosa lição: a autenticidade é o caminho para a verdadeira realização, e ser nós mesmos é o que nos torna únicos e inigualáveis.

Antes de dormir, olho novamente para o espelho. Vejo alguém que busca ser autêntico em um mundo que muitas vezes pede o contrário. Alguém que sabe da efemeridade da vida e, por isso mesmo, quer vivê-la intensamente. Deito-me com uma certeza: a verdadeira realização está em ser quem somos. No grande palco da vida, não precisamos ser o melhor ator, mas sim o mais sincero. Afinal, nossa unicidade é nosso maior trunfo.

E você, caro leitor, já se perguntou hoje quem é no palco da sua vida? Lembre-se: a melhor performance é aquela que vem do coração, aquela que reflete quem somos em nosso âmago.

Questões Discursivas sobre Identidade e Autêntica no Mundo Digital: Uma Análise Sociológica

1. O texto apresenta uma reflexão profunda sobre a busca por identidade e autenticidade em um mundo digitalizado e interconectado. De acordo com o autor, quais são os principais desafios que essa busca enfrenta na sociedade contemporânea?

2. O autor se autodescreve como um "protagonista" em sua própria vida, navegando por um "palco incerto" onde é "ator e plateia". Com base em seus conhecimentos de sociologia, explique como essa metáfora representa as diferentes maneiras pelas quais construímos e expressamos nossa identidade na era digital.

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