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sábado, 3 de outubro de 2015

MILITARIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO ("Onde se cria muita dificuldade, há sempre alguém vendendo facilidades.")


Crônica

MILITARIZAÇÃO ESCOLAR MODERADA ("Onde se cria muita dificuldade, há sempre alguém vendendo facilidades.")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Eu sou a oportunidade automática, para eles cavarem suas consequências nefastas por que me maltratam. Porém, prefiro libertá-los, não cortando-lhes as asas, mas os direcionando no vou.  Lori Tansey disse apropriadamente: "Burocracia atrapalha. Onde se cria muita dificuldade, há sempre alguém vendendo facilidades." Os alunos respeitam (tem medo) mais o coordenador, todavia é do professor de onde flui aprendizado deles —Digamos sobre respeito e medo serem dois sentimentos diferentes.
            Estou presenciando a transformação de um colégio estadual comum em militar, mudou-se o diretor, mas os professores continuam os mesmos. Estranhei o fato dos logo serem transferidos para outra unidade escolar comum. E que o ranço acompanhem-nos. Pois o aluno é sempre aluno...  Ouço conversas sobre o sucesso, só por que andam bem uniformizados e debaixo de uma disciplina "rigorosa", fazendo jus ao prestígio de uma boa fama. A pedagogia da repressão nunca teve o respaldo de bons teóricos, porém os pais simpatizam, parece-lhes uma reposição dos cuidados inviabilizados em casa. Não sabendo eles que a escola não dá conta dos dois papéis, formadora técnica e educadora familiar, deixa de fazer um, o seu próprio. Então, continuarão processando a entidade por ela não poder facilitar em todos os aspectos. Se a troca de gestão fez toda diferença nesse caso, o problema das demais deve ser a falta dessa solução. 
           Em uma falta disciplina, na outra tem demais. Disciplina imposta de fora para dentro não é saudável. "obediência forçada não é virtude". Minha pergunta é: o colégio militarizado adotará a aprovação sem mérito para abrilhantar as estatísticas? Não sei! Pelo menos, já não faz mais um exame de seleção para matricular o aluno, agora é apenas um sorteio dos que aparecerem, pois chamaram isso de avanço. 
           Eu sempre pensei que a escola deve ser excludente, sim;  não por um conjunto de normas gerando consequência a quem não as obedecer; mas pelas circunstâncias favoráveis, aos bons princípios familiares. Certamente a seriedade e respeito criam critérios que forçam a evasão dos ruins: os amantes dos atalhos para os rincões do sistema pobre. A escola pouco ensinará quem não sabe ser aluno e não é obrigando sê-lo que o será. Nesse caso, quero uma educação "includente" sim, bem no jeito favorável aos autodidatas, esforçados, os desejosos por si só de melhorar para acompanhar, a evolução, não daquelas que só produzem na marra, sem nem saber o sentido da obediência. Só não estou entendendo o seguinte: Os colégios militares são também estaduais, e os professores estaduais estão mudando para os colégios não militarizados! Porém, o alunado procura os colégios militarizados! Quem está vomitando quem?   https://g1.globo.com/pr/parana/educacao/noticia/2020/11/12/professores-e-pesquisadores-criticam-modelo-civico-militar-para-escolas-estaduais-secretario-diz-que-proposta-atende-anseio-da-sociedade.ghtml - acessado em 13/12/2020.
          Aprovo moderadamente o tradicionalismo na forma de usufruir. A prática fica por conta do modernismo, já que o homem é vivo, ágio e não pode perder totalmente a rédea.  "Se você está fazendo alguma coisa da mesma maneira há dez nos, provavelmente está fazendo algo errado." (Charles Franklin Kettering).
           Além do mais, as pessoas devem ter a oportunidade de se autodisciplinarem, ninguém deve ser regra e consciência para ninguém! Pessoas manipuladas, quando têm a certeza que não estão sendo observadas, fazem coisas horríveis! Pois que é como afirma Rafael de Oliveira Leme: "A arbitrariedade enaltece a ignorância, lapida a jactância e solidifica a idiotia." E como eu não sou o carpinteiro do mundo, por isso vou me recolher aqui em minha insignificância e meu último alento é para citar Michel de Montaigne: "Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo."
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 24/09/2015
Reeditado em 03/10/2015
Código do texto: T5393337
Classificação de conteúdo: seguro

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