"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 31 de março de 2017

ACABE LOGO COM ISSO, JÉSSICA! ("O amor platônico é um castigo que a mente deve sofrer pela inocência do coração." — Leonard Cebin)


Crônica


ACABE LOGO COM ISSO, JÉSSICA! ("O amor platônico é um castigo que a mente deve sofrer pela inocência do coração." — Leonard Cebin)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A noite de domingo começou como qualquer outra, tranquila, com a serenidade típica do crepúsculo. No entanto, assim que as primeiras gotas de chuva começaram a cair, uma brisa úmida trouxe à minha mente a imagem de Jéssica, a musa que habita os recantos mais profundos dos meus pensamentos. "Por que não se aquieta por lá?" me perguntei, como se ela pudesse ouvir minha voz ecoando na escuridão. O que estaria fazendo em meus sonhos? Ao meu redor, tudo parecia terminar em um nada ensurdecedor, um vazio que enchia minha cabeça de reflexões. Assim, as palavras de Florbela Espanca surgiram, envolvendo-me em sua melancolia: "Gosto da noite imensa, triste, preta, como esta estranha borboleta que eu sinto sempre a voltejar em mim..."

Com a escuridão, surgem também os desafios internos. Percebo que não estou preparado para enfrentar os fantasmas que habitam meu ser. Um olhar amigo seria tudo que eu desejava, alguém que visse as virtudes ocultas em mim. No entanto, Jéssica é como um espeço distante, generosa apenas em sonhos. Sua presença é um bálsamo e, ao mesmo tempo, uma ferida que nunca cicatriza. Se me isolo, sou forçado a ouvir meus próprios pensamentos, que muitas vezes sussurram em tom de desespero. Ser menos reativo poderia ser uma estratégia, talvez assim não a assuste, mas a presença de alguém sempre me faz melhor, mesmo que seja apenas um eco de suas lembranças.

Com o amanhecer de uma nova segunda-feira, encontro-me em férias, com tempo em excesso e pensamentos que divagam sobre meu amor platônico por Jéssica, a figura mitológica que povoa meus sonhos. Eu a tenho em minha mente, e, se puder, aconselho que você também crie uma Jéssica em seus próprios devaneios. Essa construção mental nos protege das investidas de rivais, permitindo-nos manter a esperança viva, porque essa é a última a morrer. É um exercício curioso: organizar as memórias dessa viagem fantasiosa, repleta de obstáculos que só existem em nossa imaginação.

No entanto, sei que resistir a essas dificuldades é fundamental. Prefiro a morte a esquecer Jéssica! Mas, por outro lado, não posso deixar que minhas emoções se tornem o leme do meu barco. Estou ciente da minha subjetividade, mas a dor de saber que o que sinto é verdadeiro é um fardo que carrego com pesar. As opiniões alheias, que me rotulam de doido, não me atingem; o que importa é que minha sinceridade ressoe nas palavras que escrevo.

Jéssica, minha amada platônica, aceite meu estado físico. Mesmo quando minto, as palavras que saem de meus lábios não podem ocultar a verdade do meu coração. Essa figura impossível transforma minhas noites em um turbilhão de ressentimentos e frustrações, e me sinto prisioneiro de uma síndrome pós-traumática causada por uma vida que parece sonegar tudo que é bom. Os saudáveis sempre dizem que, quando se trata de amor, não se manda no coração. Mas prefiro acreditar que "a boca fala do que o coração está cheio".

Então, questiono-me: de que material é feito o seu coração, Jéssica? Se o orgulho a domina e você planeja causar dor a alguém, é hora de refletir e arrepender-se. Afinal, o amor, em sua essência mais pura, não é um jogo de poder, mas uma dança delicada de almas que se encontram em meio ao caos da vida. Assim, convido você a enxergar além das aparências, a entender que o amor não é apenas uma questão de pele, mas de essência, de corações que se entrelaçam na imensidão da noite.

Questões para Discussão:

A idealização de Jéssica é uma fuga da realidade ou uma forma de lidar com a solidão?

Essa questão leva os alunos a refletirem sobre a construção de ideais e a importância de lidar com as expectativas em relação aos relacionamentos.

Qual o papel da linguagem na construção da identidade do narrador?

A pergunta incentiva a reflexão sobre a relação entre linguagem e pensamento, e como as palavras podem moldar nossa percepção de nós mesmos e do mundo.

A dor do amor não correspondido é um tema universal. Como diferentes pessoas lidam com essa experiência?

Essa questão permite explorar as diversas formas de lidar com a rejeição e o sofrimento amoroso, e como a cultura e a individualidade influenciam essas experiências.

O narrador questiona a autenticidade de seus sentimentos. Até que ponto é possível separar a realidade da fantasia em um relacionamento amoroso?

A pergunta convida a uma reflexão sobre a natureza do amor e a importância de distinguir entre sentimentos genuínos e projeções.

Qual o papel da sociedade na construção de ideais românticos? Como os meios de comunicação e a cultura popular influenciam nossas expectativas sobre o amor?

Essa questão permite explorar a influência da cultura e dos meios de comunicação na construção de ideais românticos e como esses ideais podem afetar nossas relações interpessoais.

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sexta-feira, 24 de março de 2017

INSIGHT ("A forma como tratamos os outros não diz nada sobre os outros, mas diz muito sobre nós mesmos." —Silvanaldo Bezerra)


Crônica

INSIGHT ("A forma como tratamos os outros não diz nada sobre os outros, mas diz muito sobre nós mesmos." —Silvanaldo Bezerra)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Já dizia o grande cantor, Raul Seixas: "Hoje é domingo/Missa e praia/Céu de anil..." Mas, eu com a segunda feira no rosto, e a cabeça cheia de demanda, não posso dizer o mesmo. Não tem aula, mas tenho que ir para aquela reunião de "planejamento na escola". Ali se "lava roupa suja", e o sabão é justamente uma combinação de criatividade e poder! Todos escutam calmamente o desaforado: "o tem gente aqui..." É minha insana observação, e quando foi diferente? 
           À noitinha, volto para casa, aqui me envolvo em outra dinâmica: a doméstica, pensando e alimentando o desejo de fazer as coisas de forma diferente, para fazer possíveis alterações que contribuam para uma vida melhor, todavia os traumas não me deixam. Já estou preocupado que chegue logo o próximo fim de semana para eu ficar em casa cozinhando qualquer coisa em fogo baixo, quem sabe eu queira escrever uma crônica expressando a extensão dessa angustia. Porém, ainda não me apareceu nenhum anjo, talvez até sexta feira, eu possa ter algum "insight" para escrever o tal texto maravilhoso o qual me refiro.
           Então, para finalizar bem este domingo, pedi uma pizza acompanhada de refrigerante. E assim estaria dizendo para mim mesmo que se morrer esta semana, morro satisfeito com a barriga cheia de pecado: muito açúcar e Coca-Cola. Sem observar os limites do orçamento, gastei R$ 100,00 de uma tacada só! Talvez isso me sirva de certeza e segurança que estou usufruindo do meu trabalho. Preciso me livrar deste peso pesado na consciência! 
           Mas, a minha reclamação é ampla e no momento eu não queria pagar para todos ou por tudo, tira-me dessa vaquinha magra das profecias. Já convivo muito bem com a exclusão social por causa da estética. 
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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 29/10/2016
Reeditado em 24/03/2017
Código do texto: T5806592
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 18 de março de 2017

REINVENÇÃO DE MIM ("Reinvente-se, o mundo não vai parar por que você caiu!" — Victor S. Godoi)


Crônica

REINVENÇÃO DE MIM ("Reinvente-se, o mundo não vai parar por que você caiu!" — Victor S. Godoi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            O hoje está parecendo uma sexta-feira, mas é apenas um feriado, que para mim também "sextou"! Estes dias passam rapidamente, em meio a tantos afazeres, não vemos o dia ao longo do tempo. É, e a rotina nem tem força para testar os nossos relacionamentos familiares. Sim, e o que garante a permanência desse anseio, pela ociosidade pressuposta, é a constante reinvenção de si mesmo. Então, estou pronto para voar, como se eu fosse dominado pelo tempo; todavia, posso, só depois da metamorfose bem sucedida! Logo, já que em todos os dias deve nascer um novo amor, uma nova esperança, uma nova crença e um novo aprendizado, aproveito esta abundância e versatilidade para reescrever a minha velha história, mesclando coisas atuais. Porém, não é difícil, eu posso ser dois ou mais: o das lembranças e o das esperanças. O tempo vai passando, e misturando criatividade e sabedoria, certamente deixará vestígios, pois os vestígios são resquícios do passado considerado, reinventando-se, não completamente.
           Felicidade, eu estou esperando por você! Mas, quem se importaria com um professor "mordido de cobra", que se mutile evitando deixar que o veneno circule ou que morra! Se quando um morre, nasce outro em seu lugar funcional, aliás com muita facilidade. A lei de Deus é perfeita por sua confecção, mas humanamente imperfeita em sua funcionalidade, porque rege pessoas imperfeitas. Por isso, nasci assim, meio bobo!
           E em busca da perfeição, estudei muitos anos, hoje só leio, diga-se de passagem. Todavia, o que eu pensava de meus professores me fez a diferença, eles não foram maiores por que eu os respeitei, mas eu sou um pouco maior por que os obedeci.
           Deus, também, é a perfeição do egoísmo, porque não existe outro Deus para partilhar. E em Sua onipresença e expansibilidade não há espaço fora de Si para que olhe, senão para dentro de Si mesmo. Assim sendo, o egoísmo é o que de bom sobrou de Deus em mim: Valorização exagerada da exclusividade. Este é meu problema: abrir mão do meu eu. Por isso, tenho dificuldade para me reinventar. 
             

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 28/10/2016

Reeditado em 18/03/2017

Código do texto: T5806036 
Classificação de conteúdo: seguro

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sábado, 11 de março de 2017

PROMESSA VAZIA É PECADO ("Devemos prometer somente o que podemos entregar e entregar mais do que prometemos." — Jean Rozwadowski)


Crônica

PROMESSA VAZIA É PECADO ("Devemos prometer somente o que podemos entregar e entregar mais do que prometemos." — Jean Rozwadowski)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Em meio à minha rotina, percebi que minha profissão, outrora uma fonte de realização, tornou-se apenas um meio de subsistência. Como professor, sempre tive a intenção de disseminar ideias que poderiam melhorar o mundo. No entanto, sinto que minha importância tem sido negligenciada, tanto pelos alunos quanto pelos pais deles. O sistema, de certa forma, me oprime.

Neste momento, fugir não é covardia, mas sabedoria. Como o sábio Salomão disse: "O homem prudente percebe a aproximação do mal e se abriga, mas os imprudentes passam adiante e recebem o dano" (Provérbios 22:3). Não me deixarei levar por superficialidades, pois conheço bem suas armadilhas.

Vivi de esperanças vazias: primeiro, a religião; depois, o casamento e, por fim, a profissão. Um planejamento bem escrito e divulgado sem execução é uma promessa vazia. Aprendi a me enganar, deixando ecoar as promessas que me fizeram, mas que nunca se concretizaram.

Sinto que nada acontece exatamente como o prometido, quase tudo dá errado! Preciso repensar meus projetos de vida e fazer um realinhamento estratégico e mais eficaz, em conjunto com pessoas abençoadas. Preciso de conselheiros bons, que me deem boas dicas para tomar boas decisões.

Ainda estou na dúvida, se sou uma boa pessoa ou apenas mais um idiota! Nesse caso, prefiro ser inferior a você do que ser igual. No final das contas, a verdadeira amizade é uma coisa muito nobre e grande. Como disse José Maria: "A amizade é para realizar, com outros, coisas boas a favor de outras pessoas. Se não, não é verdadeira amizade". Quem promete e não cumpre é mentiroso, bandido e rouba o tempo de esperança da outra pessoa, não é amigo e muito menos profissional. Uma promessa descumprida exige outra que também não vai se cumprir, sempre quem mente uma vez, terá de mentir mais para justificar o assunto ou a si mesmo.


sexta-feira, 3 de março de 2017

JUSTIFICANDO MEU "CAOS" PROFISSIONAL ("Pagai o mal com o bem, porque o amor é vitorioso no ataque e invulnerável na defesa." — Lao-Tsé)


Crônica

JUSTIFICANDO MEU "CAOS" PROFISSIONAL ("Pagai o mal com o bem, porque o amor é vitorioso no ataque e invulnerável na defesa." — Lao-Tsé)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Não é que sou um professor ruim, apenas me moldei pela maioria  para servir aos fracos por motivo de nossa sobrevivência. "O caos é uma ordem por decifrar" (José Saramago).
            Hoje, a noite foi longa, ganhei muitos distúrbios oníricos, mas foi uma boa oportunidade para dar uma olhada profunda na minha vida e relações. Estou ciente de que há uma irritante "muriçoca" no meu caminho, que está trazendo-me aborrecimentos (Como a mosca de Raul Seixas na sopa dos outros). Esta inimiga tem buscado a minha derrota a todo o custo. Todavia esta perseguição intensa pode ser a última, um parasita não fica sempre no mesmo o hospedeiro. Entretanto, vou tratar essa minha inimiga com "cortesia", pois eu sou muito superior, mais do que aparento! Talvez essa indesejável REDIMA-SE e RESOLVA recuperar o seu tempo de glória antes da última desgraça aconteça, com a qual me amaldiçoou. Meu astral exige um estado de atenção que não pode ser menos do que o foco principal: nosso bem-estar. PORÉM, a minha predileção por Deus pode esticar o que seria simples. As frases do presidente Bolsonaro também são minhas: "Deus acima de todos"; "É preciso deixar as coisas impossíveis nas mãos de Deus". Assim os Demônios contra-atacam sem regras! Apesar do fim dos tempos iminente, eu vou precisar de muito ânimo. Geralmente, ENFRENTAR dificuldades tende a ser extremamente positivo para OS inimigos íntimos. "Adoro que me subestimem e não me invejem; ninguém sonha em TOMAR SURRA DE UM FRACO, nem ser CORNO PARA UM FEIO!" (Bárbaro).
            Nenhum tipo de crime não compensa! O pecado não compensa! BURRICE não compensa! Pessoas que escolhem um estilo de vida perverso serão CAÇADAS e DESTRUÍDAS por Deus e pelos homens de boa vontade. Este dizer é áspero, mas é verdadeiro. A escolha é minha - se eu escolher seguir o coração ímpio se o carrego ou os meus estranhos desejos em suas más versões, escolhi o caminho da dor e da morte. "A JUSTIÇA É UM TESOURO QUE O HOMEM DÁ PARA SUA FAMÍLIA PORQUE O LAR DE QUEM DESOBEDECE A DEUS É CHEIO DE DOR E TRISTEZA." (Pv 15:6 BV). 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 29/04/2009

Reeditado em 03/03/2017

Código do texto: T1566011 

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