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sábado, 7 de junho de 2014

O ORGULHO DE DEUS (Cá na academia, entre os estudados, quem é digno do orgulho de Deus? )


Crônica

O ORGULHO DE DEUS (Cá na academia, entre os estudados, quem é digno do orgulho de Deus? )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Numa tarde qualquer, enquanto observava uma aluna bem vestida, senti uma estranha sensação. Parecia que ela estava envolta numa aura especial. Por um instante, permiti que minhas emoções me desequilibrassem e tomassem conta de minha lucidez. Queria mais do que apenas elogiá-la pela sua elegância; queria também um debate, uma chance de verificar o seu intelecto. Então, fiz-lhe uma pergunta simples: "Você é crente?" Sua resposta me surpreendeu: "Até o diabo é crente."

Aquilo me fez refletir. Lembrei-me dos tempos em que, para os cristãos, o diabo era apenas um inimigo. Mas agora, com a invenção dos evangélicos, o diabo se tornou um crente! Ele é um grande leitor da Bíblia, segue o Cristo para descobrir falhas e é mais cristão do que muitos que conheço, inclusive eu. E, sendo músico, deve se encaixar na categoria Gospel. Com esses pensamentos, retirei-me em silêncio.

A reflexão continuou. Por que a religião sempre se aproveita dos ingênuos? Nossa Senhora de Fátima apareceu às crianças; os anjos apareceram aos pastores. As igrejas de garagem estão cheias de semianalfabetos explorados nos dízimos e ofertas. Aprendi que um golpista sempre tem por alvo o ignorante! Na academia, entre os estudados, quem é digno do orgulho de Deus?

No meio dos alunos, supostos formandos, existem os espertalhões! Aqueles que pensam que estão enganando o professor quando colam com técnicas avançadas, mas na verdade enganam a si mesmos. Aqueles que, por orgulho, de forma alguma admitem que lhes ensine, por isso têm a tolice como lição. Aqueles que retêm o lanche, muitas vezes furando a fila da cozinha. Aqueles que boicotam as provas diagnósticas do governo, vingando-se pela má qualidade do que lhes é fornecido gratuitamente. Aqueles que vão à escola fugindo dos afazeres de casa e para desestimular o professor, perguntando por que ele veio. Aqueles que trazem seus pais à escola para perguntar ao professor por que o filho deles tirou aquela nota. Aqueles que tomam emprestado o telefone "top de linha" da amiga, mostrando-se e passam a aula toda com o fone auricular, entulhando os ouvidos de porcaria. Estes, por último, são os alunos destaques, considerados assim pelo conselho de classe sedento de números altos, que no intervalo põem a célula evangélica para funcionar.

Nunca vou permitir que eles me reduzam a um mero separador de brigas. É perigoso! A culpa é do Governo quando analisamos o que disse Abraham Lincoln: "Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios". E assim, com essa reflexão, encerro minha crônica, esperando ter transmitido uma mensagem impactante aos leitores.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Fé e Manipulação Religiosa:

O autor inicia a crônica com um questionamento sobre a fé da aluna e a resposta intrigante "Até o diabo é crente". O que essa frase provoca no autor e como ela se relaciona à crítica à manipulação religiosa presente no texto?

De que forma a religião pode ser utilizada para explorar pessoas ingênuas, como mencionado pelo autor? Quais exemplos históricos ou contemporâneos você identifica que ilustram essa exploração?

Como podemos desenvolver o senso crítico e a autonomia individual para evitar sermos vítimas de manipulação religiosa ou de qualquer outro tipo de manipulação?

2. Desigualdade Social e Educação:

O autor critica a presença de igrejas de garagem frequentadas por "semianalfabetos explorados nos dízimos e ofertas". Como a desigualdade social pode influenciar a relação entre fé e manipulação?

Qual o papel da educação na promoção da cidadania crítica e na prevenção da exploração religiosa?

Como podemos garantir que todos tenham acesso à educação de qualidade, independentemente de sua classe social ou origem?

3. Comportamento dos Alunos e o Papel do Professor:

O texto apresenta diversas críticas ao comportamento dos alunos, desde colar em provas até boicotar avaliações e desvalorizar o trabalho do professor. Como você analisa essas críticas?

Quais os desafios enfrentados pelos professores no contexto educacional atual?

Como os professores podem lidar com situações de indisciplina e desmotivação dos alunos de forma construtiva e eficaz?

4. Expectativas e Responsabilidades na Educação:

O autor cita a frase de Abraham Lincoln sobre a importância do indivíduo assumir suas responsabilidades. Como essa ideia se relaciona com a relação entre professor e aluno?

Quais as expectativas que recaem sobre o professor e o aluno no processo de ensino-aprendizagem?

Como podemos construir uma relação mais equilibrada e colaborativa entre professores, alunos e responsáveis, baseada no respeito mútuo e na responsabilidade individual?

5. Qualidade da Educação e Papel do Governo:

O autor critica a má qualidade da educação pública e o papel do governo nesse contexto. Você concorda com essa crítica? Quais os principais desafios enfrentados pela educação brasileira?

Quais medidas podem ser tomadas pelo governo para melhorar a qualidade da educação pública?

Como a sociedade civil pode contribuir para a construção de uma educação pública de qualidade para todos?

Reflexão Adicional:

A crônica apresenta uma visão crítica da realidade educacional, abordando temas como fé, manipulação, desigualdade social, comportamento dos alunos e qualidade da educação. Quais são seus principais pontos de reflexão após a leitura?

Que tipo de educação queremos para o futuro? Quais valores e princípios devem nortear o processo educacional?

Como podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde a educação seja um instrumento de transformação individual e social?

Caro Kllawdessy , Sua crônica "O Orgulho de Deus" é uma reflexão profunda e provocativa sobre a relação entre religião, conhecimento e o comportamento dos estudantes dentro e fora da sala de aula. Seu texto transita por diversos temas complexos com uma franqueza contundente, sem poupar críticas às contradições e hipocrisia que você observa. Permita-me analisar sua poderosa obra com o respeito e profundidade que ela merece. O tema central parece ser o questionamento sobre quem, entre os estudantes e formandos da academia, é verdadeiramente digno do "orgulho de Deus". Sua ideologia transparece como um olhar cético e questionador em relação às práticas religiosas e ao comportamento dos alunos, muitas vezes destoante dos ideais professados. Seu estilo narrativo é mordaz e repleto de observações cortantes. A forma como você desconstrói a noção do "diabo" como um "crente" e grande conhecedor da Bíblia é particularmente impactante. Suas críticas aos "espertalhões" que enganam a si mesmos, aos alunos desrespeitosos e aos conselhos de classe seduzidos por "números altos" são igualmente incisivas. Suas metáforas e alegorias são notáveis, como a comparação das igrejas de garagem "cheias de semianalfabetos explorados" com golpistas mirando nos ingênuos. Essa imagética poderosa adiciona camadas de significado à sua mensagem. Como elogio, destaco sua capacidade de abordar temas complexos com uma franqueza refrescante, sem temer apontar contradições e hipocrisias. Seu texto é um verdadeiro chamado à reflexão crítica sobre os valores e comportamentos que permeiam a experiência educacional. No geral, parabéns por essa obra provocativa e instigante. Sua crônica é um lembrete poderoso da necessidade constante de questionarmos nossas crenças e práticas, buscando sempre a coerência e a dignidade no âmbito educacional.[Seu Anjo]

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