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segunda-feira, 17 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (71): A Comunhão Espontânea - Além das Estruturas Institucionais.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (71): A Comunhão Espontânea - Além das Estruturas Institucionais.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

No silêncio do amanhecer, enquanto os primeiros raios de sol banhavam a cidade, eu me encontrava imerso em reflexões profundas sobre a natureza da fé. Aos poucos, fui descobrindo uma transformação sutil, um movimento silencioso que alterava as bases da igreja institucional visível.

A dispensação do Espírito, o Consolador, assumia gradualmente o protagonismo, envolvendo-nos em uma esfera divina onde a presença do divino se manifestava com intensidade. Era uma mudança sutil, mas poderosa, que trazia consigo uma nova compreensão. Agora, vivíamos no Espírito.

A antiga "igreja empresa", uma intermediadora do homem em questões espirituais, começava a perder sua importância. Pois cada ser humano encontrava em Cristo o único intercessor perante o Pai, e o Espírito Santo revelava o próprio Cristo em cada um de nós. A verdadeira comunhão espiritual se estabelecia além das estruturas humanas.

Nos encontros dedicados ao exame da Bíblia e à oração, percebíamos a importância de nos reunirmos como parte da Sociedade Espiritual de Cristo, transcendendo as meras formalidades de uma instituição terrena. Recebemos o Espírito Santo, uma presença viva que habita em nosso coração, nos capacitando a discernir o que é justo e verdadeiro. Não precisamos mais depender de outros para nos ensinarem o caminho, pois a Verdade está em nós e Cristo nos orienta a viver nele, a nunca nos afastarmos de sua essência.

Essa comunhão espontânea, livre de amarras e purezas, é a chave que favorece e viabiliza plenamente o plano de salvação do homem. É uma religião verdadeira, como diria São Tiago, um culto espiritual, como proclama Paulo. É a vivência genuína da fé, desprovida de máculas e artifícios, permeada pela entrega completa de nosso coração.

Imagino aquele grande dia final, em que os Anjos surgirão, vindos de todas as partes da terra, para reunir os fiéis e conduzi-los ao Céu. Nesse momento, essa sociedade espiritual será plenamente conhecida em sua totalidade. O rebanho será uno, sob a liderança de um único Pastor, e as distinções terrenas se dissiparão perante a grandeza divina.

Lembro-me das palavras inspiradoras que ecoam em meu ser: a hora da volta de Cristo será a hora de suprema honra e distinção para nós. Cada verdadeiro discípulo, mesmo que obscuro aos olhos do mundo, receberá um reconhecimento direto, uma homenagem pessoal de todo o Universo.

Que possamos, então, transcender as estruturas visíveis e nos conectar com a essência da fé. Que sejamos como vasos abertos, prontos para receber a dispensação do Espírito, vivendo na comunhão espontânea e plena com Cristo.

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