"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

ENTREVISTA — MINHA TRAVESSIA POR AQUI. LIÇÕES DE MESTRE. TEMAS DIVERSIFICADOS.

 

MINHA TRAVESSIA POR AQUI. LIÇÕES DE MESTRE. TEMAS DIVERSIFICADOS.

https://www.youtube.com/watch?v=oS_3cyb0kJ8&lc=z224dn2glzqofhbfkacdp432kww3dub5lw1hgqqkdc5w03c010c

CLICAR NO TÍTULO DA ENTREVISTA: PODCAST. 

https://www.youtube.com/watch?v=E0ensvOSzWk&t=6317s&ab_channel=PODVIMPODCAST%5BCANALOFICIAL%5D

Kllawdessy Pherreira
Enviado por Kllawdessy Pherreira em 28/11/2021
Reeditado em 28/11/2021
Código do texto: T7395680
Classificação de conteúdo: seguro

domingo, 28 de novembro de 2021

Coleção 58 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Coleção 58 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

Por Claudeci Andrade

1 O moralismo que grita contra o sexo anal talvez não busque defender a virtude, mas legitimar o próprio desejo disfarçado de fé; pois, ao repetir a mentira com devoção, o fanatismo converte o vício em dogma e a hipocrisia em forma de culto.

2 O mundo está de cabeça para baixo: os homens, que se julgam racionais, tornaram-se mais bestiais que os próprios animais, pois até o cão que protege o dono o faz por instinto de ração; e nós, por egoísmo, chamamos isso de amor.

3 Toda vez que sofri uma perda profunda, encontrei, por trás dela, a mão piedosa de algum crente; como se a fé, travestida de virtude, fosse a mais sutil forma de destruição.

4 Quando a norma deixa de ser justa para servir a interesses, ela deixa de proteger e passa a dominar; tornando o medo sua nova lei e o cidadão, um subalterno voluntário da inteligência que o manipula.

5 Muitos na educação já não buscam a verdade, mas o conforto da maioria; escondem a alma atrás do véu partidário, onde pensar por conta própria é mais perigoso que errar junto com todos.

6 Onde a politicagem governa, a burrice e o fanatismo reinam; e até as mentes mais lúcidas se mancham, pois ninguém sai ileso da nódoa que corrói o discernimento.

7 Toda aliança fundada no mal carrega em si a semente da própria ruína; e, enquanto os conspiradores se desfazem entre si, a vítima, ironicamente, renasce mais forte e próspera do que antes.

8 Só uma Ordem dos Professores do Brasil poderia devolver ao magistério sua exigência de vocação e excelência, transformando o “cabide de emprego” atual em uma profissão respeitada e rigorosa, onde ensinar volta a ser arte e compromisso, e não conveniência.

9 Quando qualquer um serve para ensinar, o salário cai; só a escassez forçada, diz o autor, restauraria o valor do professor, transformando a raridade em prestígio e remuneração digna.

10 Se o medo e a ignorância dominam, só um mosquito transgênico da inteligência poderia picar a humanidade e inocular senso crítico, transformando a irracionalidade em responsabilidade científica.

11 A microcefalia mais temida não se vê no crânio, mas na mente: enquanto o rosto permanece belo, a inteligência atrofiada se esconde, provando que a aparência pode enganar mais que a cegueira da burrice.

12 A escola pública de baixa qualidade não apenas ensina pouco, mas reduz a mente e a visão de quem a frequenta, transformando o pobre em alvo fácil da dominação, enquanto os poderosos consolidam seu controle sobre a ignorância produzida.

13 Ao aposentar-me, deixarei de escrever sobre educação; minhas crônicas serão apenas vestígios de dor. Sei que, mesmo se minha voz fosse calada pela morte, não haveria martírio; apenas o silêncio comum dos que sofrem sem aplauso nem memória.

14 Que os alunos deixem de aprender o desrespeito que escorre de cima: entre professores e gestores que, em nome de modelos frios e burocráticos, transformaram a educação em papelada sem alma, sobretudo quando a pandemia revelou o quanto faltou humanidade no ensinar.

15 A violência de hoje é apenas o eco da de ontem; herança amarga deixada por nossos pais, que ensinaram o golpe antes da palavra, esquecendo que, como diz Salomão, só a resposta branda desarma o furor.

16 Na escola da inversão moral, o professor que se defende vira monstro, e o agressor, anjo; afinal, dizem que ele é vítima de uma sociedade “cheia de professor”, como se ensinar fosse o verdadeiro crime.

17 Na escola, criou-se um ciclo vicioso em que todos são considerados “ruins”: o professor por cumprir seu dever, a coordenadora por exigir além do seu, e o aluno por não fazer o próprio; revelando um sistema em que trabalhar corretamente se tornou o verdadeiro erro.

18 A crítica expõe a ironia de coordenadoras que se dizem “auxiliadoras do professor”, mas se mantêm trancadas em seus gabinetes, ocupadas com burocracias, enquanto a violência se alastra nas salas; um retrato da ausência disfarçada de função.

19 A crítica revela o paradoxo de uma escola que chama de “estratégia educacional” o ato de constranger alunos e professores ao obrigá-los a confiscar celulares; uma pedagogia do vexame travestida de autoridade.

20 O artifício da vitimização: o outro se faz de vítima para culpar, transformando o inocente em agressor e absolvendo-se da própria responsabilidade.

domingo, 21 de novembro de 2021

Coleção 57 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Coleção 57 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

Por Claudeci Andrade

1 O salário do professor é a prova viva de uma ironia social: insuficiente para quem ensina, mas invejável para quem nada produz; um prêmio à resignação e um castigo à dignidade.

2 O lanche escolar, imposto no auge da aula, não alimentava o saber; apenas interrompia o pensamento e esfriava o espírito do aprendizado.

3 A vida desmente a ideia de que cada um paga por seus erros: a injustiça herda culpas, o amor falha em seus retornos e a justiça, quando chega, já perdeu a pureza.

4 A fama é um espelho que distorce: desperta amores e ódios, mas ambos alimentam sua luz; pois o invejoso é apenas um admirador frustrado, e o público, um espectador sedento pela queda de quem brilhou demais.

5 O aluno tornou-se o “termômetro” do professor; um instrumento de vigilância nas mãos das coordenadoras que fracassaram em ensinar. Amparadas em denúncias anônimas e num falso ar de onisciência, elas julgam saber tudo, como se a traição viesse sempre de alguém sentado à mesa da confiança do próprio mestre.

6 Prestar concurso é enfrentar a tempestade que revela o valor real do navegante; os diplomas, meros adornos da vaidade, impressionam os olhos, mas não sustentam o saber de quem os ostenta.

7 Quem é honesto consigo mesmo estuda com autenticidade e tem coragem de denunciar a corrupção educacional; já os que têm o “rabo preso” preferem o silêncio cúmplice, fingindo a justiça que não praticam.

8 A infelicidade não está na falta, mas no desejo insaciado; pois tanto o balde pequeno quanto o grande permanecem vazios quando o que contêm não basta à alma.

9 A pobreza nasce da ausência de sobras, igualando o rico pródigo ao pobre carente; a verdadeira riqueza está no autocontrole, mas quem acumula demais apenas junta tesouros para a ferrugem, a traça e os ladrões; que, ironicamente, levam apenas o que já era excesso.

10 Todo ganho traz em si uma perda, e nisso se revela a justiça divina: viemos do nada e a ele retornaremos, de modo que existir já é lucro; e ser feliz é a melhor forma de honrar o dom que não pedimos, mas nos foi dado.

11 A fusão entre a “Marcha das Vadias” e a “Parada Gay” simboliza o colapso dos gêneros puros: quando os semelhantes se unem, transformam-se mutuamente, e o “Dom” surge como síntese viva de identidades que já não cabem nos antigos códigos do DNA social.

12 O paradoxo do gênero revela-se no próprio nascimento: o homem é, antes de tudo, um corpo estranho gerado pela mulher, e sua maior jornada é o retorno simbólico a esse ventre; sair da mulher para, enfim, reencontrar nela a própria origem.

13 O ser humano é um universo que cria e se recria, sendo ao mesmo tempo seu próprio Deus e Demônio; a Bíblia vive não na letra, mas na experiência; cada vida é uma nova revelação, onde a Palavra de Deus se reescreve em primeira pessoa.

14 A reflexão expõe a ironia das leis que regulam o amor e dos que pretendem “curar” o desejo: enquanto os deuses do sexo reinam na volúpia dos corpos, seus fiéis rastejam na culpa; e os neutros, guardiões da linguagem, tentam ordenar o caos onde o humano e o divino se confundem.

15 O casamento entre pessoas do mesmo sexo desafia a suposta santidade divina: se a lei de Deus fosse absoluta, por que as práticas humanas persistem? Talvez os deuses nunca tenham se libertado das convenções e limitações terrenas.

16 A crítica revela a ironia de culpar o professor de Língua Portuguesa por ensinar resumos: enquanto colegas de outras disciplinas se beneficiam da “sopa de palavras” dos alunos, aceitando e pontuando a superficialidade, a prática é depois denunciada nas reuniões pedagógicas, evidenciando a cumplicidade e a má-fé generalizada.

17 Após três décadas de docência, o professor vê seu desejo de ensinar à sua maneira esmagado pela coordenadora: seus planos, mesmo inovadores, retornam crivados de correções de quem nunca deu aulas, gerando vergonha e um assédio moral velado; a culpa pelo caos educacional, contudo, é dos pedagogos que deturparam o sistema, não dele.

18 Na ausência do professor, os alunos permanecem em silêncio, mas esperam seu retorno para causar confusão; protegendo a imagem que o sistema vê, enquanto desprezam completamente a percepção de quem realmente os avalia.

19 A coordenadora observa o conselho de classe com impassibilidade aparente, usando a representante de turma como voz de suas críticas; porém, a falta de bom senso desta distorce tanto a intenção da coordenadora quanto a própria mensagem, comprometendo o objetivo do confronto.

20 O caos na educação pública surpreende diante de tantos professores qualificados; tal contradição leva à suspeita de que a falência do sistema não é acidental, mas estrutural, possivelmente resultado de um projeto intencional.

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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Socorro, estão a matar a escola pública!

 


Paulo Neves
Não admira que faltem professores de matemática e de outras disciplinas. Há dezenas de anos que os professores são alvo de campanhas que os apresentam como um grupo de previligiados que não faz nada - Miguel Sousa Tavares classificou-os como "os inúteis mais bem pagos do país" num comentário na TVI (citei de memória) - e que a profissão se degrada, cada vez com mais exigências e menos retorno. Como resultado temos uma classe profissional envelhecida e sem grandes atrativos para os jovens. Na próxima década grande parte dos professores atualmente no quadro vai-se reformar e vai ser MUITO difícil substituí-los. As faltas de professores vão ser cada vez mais.

Fui professor de matemática durante 9 anos. Troquei por uma carreira na informática. É muito mais fácil ensinar computadores, não há tanto trabalho extra - testes, reuniões, informações para os pais, problemas com alunos que faltam a mais, etc., e é mais bem pago. Andam a matar a escola pública há mais de 30 anos, não é só de agora.

sábado, 6 de novembro de 2021

Coleção 56 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Coleção 56 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

Por Claudeci Andrade

1 “A verdadeira força não está em negar os impulsos, mas em administrá-los com consciência, transformando a vulnerabilidade em estratégia e o prazer em instrumento de poder.”

2 “Negar a autoria é mais que roubar palavras: é violar a essência criativa, assassinando simbolicamente o próprio criador.”

3 "Ao inverter a responsabilidade da comunicação e absolver o autor de qualquer falha, essa lógica transforma o leitor em réu permanente da interpretação, instaurando uma relação autoritária e elitista onde não há diálogo, mas apenas a supremacia inflexível da escrita sobre a leitura."

4 "Ao sacralizar a autoria e rejeitar a secularização das obras pelo tempo, esse pensamento transforma o domínio público em ilusão jurídica, sustentando que toda criação permanece ligada eternamente ao seu autor e sob a guarda do divino."

5 "A verdadeira imortalidade literária nasce da renúncia à posse: ao transformar a cópia em multiplicação e o plágio em perpetuação, o autor sobrevive não pela proteção restritiva, mas pela circulação infinita de sua obra nos outros."

6 "Na ordem natural, predador e presa cumprem seu papel sem moral, e toda captura ou fuga revela-se libertação: a vida e a morte são apenas facetas inevitáveis de um ciclo maior."

7 "Ao usar a generosidade presente para compensar a desonestidade passada, transforma-se a moral em transação, e a aprovação social torna-se mercadoria negociável. E viva o 'Job'".

8 "O medo nas relações de gênero migrou de corpo, mas não de função: enquanto antes as mulheres desviavam o olhar para se proteger, hoje muitos homens recuam, refletindo uma inversão de poder que mantém a tensão social intacta."

9 "Na sala de aula, a desconfiança mútua transformou o ensino num cabo-de-guerra: medo e autoproteção substituem a confiança, e o conhecimento se desconecta da vida prática."

10 "Ao priorizar resultados mensuráveis sobre direitos, a crítica à inclusão transforma a diversidade em obstáculo e a educação em instrumento utilitarista, ignorando seu potencial de enriquecer a experiência de todos os alunos."

11 A escola merece desacatos, para aprender ser seletiva e eficaz, pois alunos indisciplinados, ela só os troca de sala, submetendo os mesmos professores às mesmas situações vexativas.

12 "Ao tratar estudantes como ‘salvos’ ou ‘perdidos’ e ver comportamentos negativos como contágio inevitável, essa lógica transforma a educação em segregação, priorizando proteção sobre inclusão e perpetuando desigualdades sob pretexto de qualidade."

13 "Ao tratar a delinquência como vírus inevitável e declarar que 'pau torto não tem consciência', essa lógica nega a transformação pessoal, justificando exclusão e punição extrema sob pretexto de fatalismo biológico."

14 "Ao contrastar pecados finitos com punição eterna, essa crítica revela o inferno como voraz devorador da existência, questionando se a justiça divina prioriza vingança ou educação moral."

15 "A dor é singular e incomunicável: julgar o sofrimento alheio sem considerar sua totalidade experiencial é ignorar a complexidade única de cada consciência."

16 "Ao separar dignidade pessoal de uso comercial do corpo, essa lógica tenta conciliar agência feminina e mercantilização, revelando a tensão entre autonomia real e pressões sociais internalizadas."

17 "O ventilador, egoísta e seletivo, revela como até a conveniência cotidiana reproduz desigualdades, privilegiando poucos à custa do bem-estar coletivo."

18 "Quando a escola o abandona, o professor abandona a si mesmo: a aposentadoria deixa de ser conquista e se torna fragmentação existencial, refletindo a fusão inseparável entre vocação e identidade."

19 "No ambiente escolar, a cordialidade se dissolve diante do custo pessoal; 'todos nos amam se for de graça', revelando que afeto aparente é moeda social que evapora quando exige sacrifício real."

20 "Se o Diabo é apenas 'forma de Deus agir', então culpá-lo pelas adversidades equivale a condenar a própria divindade, dissolvendo o bem e o mal numa única responsabilidade cósmica."

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