"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

⁠"TÁ TODO MUNDO LOUCO, OBA!"("O gênio, o crime e a loucura provêm, por igual, de uma anormalidade; representam, de diferentes maneiras, uma inadaptabilidade ao meio." — Fernando Pessoa)
Relendo as relações síncronas e assíncronas com docentes e discentes em tempos de distanciamento social. Tudo é pandêmico, nada mudou, continuam me taxando de louco; visto que até o Bolsonaro, que esquerdistas chamam de louco, a maioria dos loucos chama-o de Mito, então estou no lucro. Pois, se me nego a dar dinheiro para as vaquinhas virtuais da escola é porque lá se faz vaquinha demais. Parece-me que os organizadores de tais agravos lucram mais. Contudo, continuarei travando minha guerra branca, combatendo o assédio moral! Então, xingam-me dos mesmos palavrões que me chamavam na igreja por sonegar o Dízimo: "Mão de vaca" é o que me dói mais, porque tem vaca no meio, esse animal que tenho medo: "O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não" — (Mahatma Gandhi). Aqui justifico as relações docentes e discentes: Na minha loucura, não entendo a razão de qualquer crápula matricular-se na escola pública, baseado apenas no histórico escolar. Um histórico que não consta o perfil moral e de personalidade. Uma vez incluso, o credenciado já se sente no direito de humilhar um doutor ou um mestre. Nessa tendência sofre um graduado igualmente a um mestrado ou doutorado, basta levar o estigma de professor. Uma coisa entendo o porquê do aluno indisciplinado, irresponsável e desrespeitoso continuar assim em nosso meio, é que no Brasil, bandido tem problemas mentais, políticos corruptos têm problemas mentais, as vítimas têm problemas mentais também. E a religião doida, cheia de puritano, fingindo de bonzinho e fanáticos fabricam mais... Já que é assim, por que não posso fingir de louco para autorizar minha falsa moralidade? Jesus versus Barrabás, o desfecho dessa relação revela problemas mentais? Você que é normal; veja se é normal, um aluno pedir permissão, para ir ao banheiro como se fosse educado, ele quer ouvir o "não" que não ouve em casa, mas lhe digo "sim" para martiriza-lo. A coordenadora também o atormenta, obrigando-o de volta à sala, onde não quer ficar: martirizado e atormentado. Quando você age incoerentemente, deduz-se que os outros são idiotas e você é louco!(CiFA

Claudeci Ferreira de Andrade

sábado, 25 de agosto de 2018

PERDOAR NUNCA, ESQUECER JAMAIS ("Se um pedido de desculpas tivesse o poder de absolver todos os transgressores jamais em minha vida perdoaria a quem perdoa." — David Saleeby)



Crônica

PERDOAR NUNCA, ESQUECER JAMAIS ("Se um pedido de desculpas tivesse o poder de absolver todos os transgressores jamais em minha vida perdoaria a quem perdoa." — David Saleeby)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Caminhando pela estrada sinuosa da vida, carrego comigo as palavras de Ana Carolina: “E quando eu finjo que esqueço, eu não esqueci nada.” Como professor, sinto uma raiva crônica daqueles que me prejudicaram, me perseguiram e me maltrataram. Nunca planejei vingança, pois acredito que não vingar é uma forma de matá-los de desprezo, sou confiante na lei do retorno. Porque, perdoar é se permitir ser enganado e ofendido novamente, até setenta vezes sete é muita ingenuidade. 

           Lembro-me de uma mãe que foi me denunciar à diretora, porque me viu tomando uma cerveja zero álcool a caminho da escola. Não sei se ela gosta muito de mim querendo me purificar ou me sujar mais ainda dificultando meu trabalho. Ela não sabia que esse tipo de bebida não faz mal, estudou pouco; é alimento, ou ela queria apenas se mostrar superior, prejudicando também minha reputação. Então, potencializada com o apoio da diretora e coordenadora, fui punido, e isso consta na escola em uma ata assinada por mim, sobre essa repressão.

           Neste parágrafo meu foco é essa mãe denunciante visto que foi minha aluna na EJA e trabalhava no mercadinho em que comprei a latinha. Colhi essa malquerença por não ensiná-la bem, ela não queria aprender, apenas dizer que tinha amigas formadas. Agora, mesmo querendo perdoá-la, é mais forte minha promessa de jamais esquecer suas ofensas. Estou tentando lhe compreender. Estou até disposto a protelar o máximo possível meu julgamento, fingirei meus lamentos por não ter lhe ensinado nada significativo para a sua vida, pois a maioria dos alunos da EJA só quer diploma. E semana após semana torno a pensar nela com uma maldição pronta nos lábios.

           Mas, neste final de semana natalino, quero por um momento, esquecer-lhe como representante de todos os meus problemas, ser um pouco mais otimista e me inspirar no nascimento do Messias. Sei que todos esperam atitudes firmes, independentes e assertivas de mim como professor, mas prefiro parecer fraco. “O contrário do amor não é o ódio, e sim a indiferença. Quem “odeia” está mais envolvido do que supõe…” (Martha Medeiros). Sim, muito envolvido por não querer lhe esquecer pelo que sofri.

           Termino esta crônica com as benditas palavras de Simone de Beauvoir: “Não se pode escrever nada com indiferença.” E assim, caminho pela estrada da vida, carregando as lições aprendidas com ódio, as feridas abertas e pouca esperança de um amanhã melhor. Porque no final, somos todos professores e alunos na escola da vida.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 11/03/2017
Reeditado em 25/08/2018
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sábado, 18 de agosto de 2018

A Jornada de um Professor em Busca de Sentido ("Quando se percebe que tudo é uma piada, ser O Comediante é a única coisa que faz sentido." — Eduard Blake, o Comediante em Watchmen)



Texto

A Jornada de um Professor em Busca de Sentido ("Quando se percebe que tudo é uma piada, ser O Comediante é a única coisa que faz sentido." — Eduard Blake, o Comediante em Watchmen)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Era uma vez, um professor que, cansado de ser desrespeitado, aprendeu a desrespeitar. Ele se tornou politicamente correto, valorizando nos outros o que não fazia sentido. Ele seguia todas as inovações ditadas por técnicos da secretaria da Educação em busca do bônus. Sua consciência já não doía mais. Ele se sentia comprado por preço de banana. Os alunos também se venderam pelo lanche e notas boas: nisso eram iguais.

Os que o mantinham o obrigavam a fazer coisas sem sentido, então agora ele era sem sentido. Talvez fosse sem sentido, ele desejar que você o amasse, sabendo que ninguém é sempre digno de amor verdadeiro. O que fazia sentido não dignificava tanto. Por que ele haveria de confiar em alguém que queria tirar vantagem sobre ele? Ele sabia que não existia justiça na guerra, todavia ela era o celeiro da paz. Isso também não fazia sentido. Greve de professor também não fazia sentido, ninguém tinha prejuízo, depois repunha. O imbecil sempre foi ele perseguindo a coerência. “A coerência é a virtude dos imbecis.”(Oscar Wilde)

Não fazia sentido prova de recuperação a alunos que desperdiçaram as oportunidades normais de seu curso! O aluno com média mínima para passar era dispensado da tal recuperação, podendo ostentar um histórico medíocre, enquanto o aluno aproveitador das chances exageradas do sistema educacional apresentaria notas mais altas no final de Ensino médio. Essas e outras injustiças aos bons alunos não passariam impunes, e o sistema teria de mentir duas vezes para sustentar a primeira mentira. Ainda havia quem chamasse essa improdutividade de critérios! E não passava de uma explosão em cadeia, enfeitando os retestes sobre o que só se parecia inovação. Sobretudo o amassar barro não levava a nenhum lugar.

Aí, ensinou-lhe Harvey Specter: “Ajuste sua estratégia com base na observação das reações emocionais das pessoas.” Agora parecia que tudo já fazia sentido, ver os clientes felizes era o que importava, mesmo que fossem os viciados em atenção, fazendo uma gracinha para lhe arrancar o último fio de esperança sem que ele percebesse. Se eles estavam felizes, ele continuava preenchendo diários de classe eletrônicos, planilhas e relatórios justificando-os como quem costura um remendo novo em uma roupa velha. Voltar ao passado também não fazia sentido. O que se abandonava não servia mais. Que se fizesse no sistema educacional somente o que fazia sentido.

Ele queria fazer sentido para a comunidade, pois procurava ver que sua atividade não era somente uma fonte de renda, mas que também contribuía para a sociedade em que vivia. Ele podia até ser um professor, mas estava disseminando um conjunto de coisas que faziam o mundo ser o que era. Ele sabia que tinha importância sim. E digam o que quisessem, ele não se deixaria levar por superficialidade.

Este dia, foi-lhe favorável aos estudos e nas relações com superiores, então ele estava aproveitando bem. Ser metamorfoseado lhe interessava muito. “O mundo está aos meus pés e as coisas fora do meu alcance.” (Wesley DAmico). Se eliminarem a coerência, os eventos passam a fazer sentido! Isso valia para as entidades tradicionais: família, igreja e escola.

E assim, ele continuou sua jornada, um professor em busca de sentido, navegando pelas águas turbulentas da educação, lutando contra a corrente, mas sempre com a esperança de que, no final, tudo faria sentido. Porque, no final das contas, o que realmente importa não é o destino, mas a jornada. E a jornada de um professor é sempre cheia de desafios, mas também de recompensas inestimáveis. Porque, no final das contas, o que realmente importa é a diferença que fazemos na vida dos outros. E isso, meus amigos, faz todo o sentido do mundo.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 10/03/2017
Reeditado em 18/08/2018
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sábado, 11 de agosto de 2018

ESTADO DE APOSENTADORIA ("Quero conhecer o mundo expansivo que há dentro de mim." — Lorrana Guimarães)



Crônica

ESTADO DE APOSENTADORIA ("Quero conhecer o mundo expansivo que há dentro de mim." — Lorrana Guimarães)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, acordei com uma energia diferente. Como diria Arthur Schopenhauer, “O extrovertido é o ser que não suporta o tédio de ficar consigo mesmo”. Decidi, então, alimentar meu blog e atualizar minha conta do Facebook. Afinal, quem não arrisca, não petisca, certo?

            No entanto, uma inquietação me assaltou. Será que estava me expondo demais? A internet é um palco aberto e todos têm direito à fala. Mas, como Valter Marinho bem colocou, “Se você for comunicativo e educado você pode até não ter nada, porém você tem tudo!”.

           A cada semana, tento seguir o conselho de Rosângela Aparecida Ribeiro: “Seja afável com aqueles que precisam de seu afago, você vai ver que a recíproca será dobrada”. Mas, como equilibrar isso com a sabedoria de Benjamin Franklin, que diz: “Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de um e inimigo de nenhum”?

           Nesse momento de reflexão, percebi que estava me tornando mais flexível para os prazeres da vida e atividades sociais. Estava pronto para enfrentar o novo começo… Não queria receber fluidos ruins; nesta fase, queria ter apenas coisas boas, planejadas e grandes.

            Decidi, então, abrir-me para as pessoas que se aproximavam, afinal, como disse Mestre Arievlis: “Ser carismático é influenciar pessoas e ambientes onde estão de uma forma natural e agradável. Carisma não é uma conquista, é um talento, você nasce ou não assim”. Queria novos amigos, minha vida andava meio monótona. A união de novos esforços sempre traz prosperidade e alegria…

            E assim, encerro essa crônica, lembrando as palavras de Janes Fidélis Tomelin: “Na Luta, na Labuta, na Tributa; Ligeiro, lépido e fagueiro.” Que venha a próxima temporada!

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 08/03/2017
Reeditado em 11/08/2018
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sábado, 4 de agosto de 2018

ATOR SOCIAL ("A 'Aparência' costuma bailar entre a verossimilhança e a fidedignidade. Certifique-se!" — Marcelo Mainardi Martinuzzi)



Crônica

ATOR SOCIAL ("A 'Aparência' costuma bailar entre a verossimilhança e a fidedignidade. Certifique-se!" — Marcelo Mainardi Martinuzzi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Eu sempre achei que a verdade é uma questão de perspectiva. Cada um tem a sua, moldada pelo seu egoísmo, seus medos, seus desejos. Por isso, quando vejo alguém pintando a cara, sei que ele está se revelando, sem máscaras, sem filtros. E quando vejo alguém se escondendo na escuridão, sei que ele está se protegendo, sem coragem, sem confiança.

            Eu não sou diferente. Eu também tenho a minha verdade, a minha versão dos fatos, a minha forma de ver o mundo. E eu também tenho medo de me expor, de me mostrar, de me arriscar. Mas, eu também tenho vontade de viver, de falar, de ser salvo. De ser louco, como dizia Kerouac, de queimar como uma vela amarela, de explodir como uma aranha.

            Por isso, às vezes, eu tomo decisões importantes, que mudam a minha vida, que me fazem crescer, que me fazem sofrer. Decisões que me obrigam a olhar para os fatos, para a realidade, para a razão. Decisões que me fazem deixar de lado o sentimentalismo, o drama, o vulgar. Decisões que me fazem buscar a dignidade, a competência, a leitura.

            Mas, eu não sei se essas decisões são as certas, se elas me levam para onde eu quero ir, se elas me fazem feliz. Eu só sei que elas são as minhas, e que elas refletem a minha verdade. E eu só posso compartilhar essa verdade com você, sem esperar que você concorde, sem esperar que você me entenda, sem esperar que você me aconselhe. Eu só posso oferecer a minha verdade, em troca da sua. E quem sabe, assim, nós possamos nos aproximar, nos conhecer, nos respeitar. Quem sabe, assim, nós possamos ser mais humanos.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/03/2017

Reeditado em 04/08/2018
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quinta-feira, 26 de julho de 2018

MEU CARNAVAL RECLUSO ("Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito..." — William Shakespeare)


sábado, 7 de julho de 2018

BUSCANDO NOVIDADES ("Viajar é mudar o cenário da solidão." — Mario Quintana)



Crônica

BUSCANDO NOVIDADES ("Viajar é mudar o cenário da solidão." — Mario Quintana)


Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um daqueles sábados em que o vento parecia cochichar novidades pelas janelas abertas. Aqui estou eu, contemplando o céu de um azul sereno que me convida a uma travessia interior — dessas que adiamos até não ser mais possível ignorar. A mudança chegou, e não há como impedir que o futuro se estabeleça.

Sentado na varanda, sinto o cheiro quente do café enquanto observo as transformações que se desenrolam ao meu redor. O tempo me empurrou para um lugar onde o passado já não oferece abrigo, embora a saudade insista em puxar pela barra da minha memória. É difícil aceitar a velhice, mas o momento exige que eu me desapegue e permita que o tempo siga seu novo curso.

Outrora, os sábados eram dedicados à convivência, ao riso fácil entre amigos, à ternura dos encontros. Todos eles, calorosos, perfeitos para estar com entes queridos. Hoje, porém, algo em mim anseia por um silêncio novo, uma companhia diferente: a minha própria. Talvez o prazer da intimidade esteja me esperando! Quero nutrir meu coração com coisas da alma. Já não busco plateias para os meus afetos; desejo algo mais íntimo, mais inteiro, que não dependa do passo alheio para se sustentar.

Eram também nesses sábados que aconteciam as reuniões pedagógicas que, confesso, já me soavam previsíveis. Estou fugindo delas, que chatice! Posso quase ouvir, mesmo de longe, a ladainha das velhas intenções: a coordenadora clamando por mudança e os assistentes agarrados à zona de conforto. Não é má vontade — é medo disfarçado de prudência.

Sempre entendi que mudar não significa desistir ou perder. Em muitos momentos, é preciso deixar que as transformações aconteçam e permitir que se estabeleçam naturalmente. Se pudesse colaborar para que fossem menos traumáticas, eu o faria, mas aprendi que o melhor é permanecer calado nesses eventos de teorias viciadas. Com o tempo, percebi que nem todo combate precisa de soldado. Silenciar, às vezes, é o ato mais revolucionário.

Não quero brigas, defendendo cegamente interesses que apenas desvalorizariam minha capacidade argumentativa. As atividades em equipe só funcionarão melhor quando todos estiverem genuinamente em movimento rumo ao novo.

Por isso, abandonei essas assembleias de ideias desgastadas. Nos meus sábados, nem pisarei em escola alguma. Em troca, abraço meus projetos particulares. Escolho construir, com mãos pacientes, um futuro que não dependa do consenso alheio, mas da fé silenciosa nas sementes que planto. Estarei sozinho, mas mais vigoroso que o habitual.

Permanecerei atento para não propor mudanças tão drásticas que não possam ser absorvidas pelas pessoas. Prefiro transformar no compasso da vida, sem atropelos, respeitando o tempo de cada alma — inclusive a minha.

O destaque aqui são os assuntos do coração: estou tentando cultivar um amor incondicional. Nesse processo, percebi que o verdadeiro movimento não exige gritos nem bandeiras; acontece quando nos abrimos para o que ainda não entendemos. Entre anotações dispersas e sonhos guardados, descobri que, ao soltar as amarras, a vida se encarrega de encontrar novos ventos.

Tenho vontade de mergulhar fundo no infinito. Meus sonhos e pressentimentos me dão direção, e o resto fica para trás. Estou ligado!

E assim, encerro este sábado com a serenidade de quem compreendeu que a mudança não é uma ruptura, mas uma dança. Quem dança com o tempo não envelhece: transforma-se. A vida me ensinou que resistir ao novo é lutar contra o próprio fôlego. Melhor é respirar fundo, confiar e deixar que a transformação nos leve — porque, no fim, o futuro sempre vem. Melhor mesmo é estar pronto, de alma aberta e coração aceso.

Com base na sua rica crônica sobre introspecção, mudança e desapego, preparei 5 questões discursivas e simples, sob a perspectiva da Sociologia. O objetivo é conectar a experiência individual que narro com conceitos e reflexões sociológicas mais amplas.

1. O narrador reflete sobre a chegada da mudança e a dificuldade em aceitar o envelhecimento e se desapegar do passado. Como a Sociologia analisa a passagem do tempo e as diferentes fases da vida (como a velhice) como construções sociais, e de que forma a sociedade influencia a maneira como lidamos com essas transições?

2. O texto contrasta os "sábados calorosos" de convivência com amigos e entes queridos com o anseio atual por "um silêncio novo, uma companhia diferente: a minha própria". De uma perspectiva sociológica, como as formas de interação social e as experiências de solidão ou busca por introspecção se manifestam e são valorizadas (ou não) na sociedade contemporânea?

3. O narrador opta por se afastar das reuniões pedagógicas, percebendo uma resistência à mudança ("assistentes agarrados à zona de conforto") dentro da instituição escolar. Como a Sociologia explica a dinâmica entre indivíduos e instituições e as razões sociais que podem levar à resistência coletiva a processos de mudança?

4. Ao decidir dedicar seus sábados a "projetos particulares" e buscar um "amor incondicional", o narrador parece redefinir suas prioridades de vida. De que forma a Sociologia compreende a busca individual por sentido, realização pessoal e bem-estar para além das expectativas sociais e obrigações tradicionais (como o trabalho ou as interações sociais convencionais)?

5. O texto sugere que "nem todo combate precisa de soldado" e que silenciar pode ser revolucionário. Em um mundo frequentemente marcado por conflitos e manifestações, como a Sociologia analisa diferentes formas de resistência ou de lidar com desacordos sociais que vão além do confronto direto?

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terça-feira, 3 de julho de 2018

COMEDIMENTO ("A experiência traz comedimento, a sabedoria o bom discernimento.” — Luciano F. Aschkar)



Crônica

COMEDIMENTO ("A experiência traz comedimento, a sabedoria o bom discernimento.” — Luciano F. Aschkar)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Hoje, sinto-me como um guerreiro em uma batalha de ideias. Tenho que usar a minha razão para enfrentar os obstáculos que este dia me apresentou. Quero fazer as escolhas certas, sabendo que elas definirão o meu futuro.
            A vida é um labirinto de situações que exigem a nossa sabedoria. Não posso me deixar levar pelas emoções que podem me levar a erros. As paixões, por mais sedutoras que sejam, não devem guiar o meu rumo; é a razão que deve ser o meu norte.
           Neste momento, avalio os projetos que fiz, os objetivos que quero alcançar. Não posso me conformar com o conforto, esperando que o reconhecimento dos outros venha até mim. Sou eu quem deve celebrar antecipadamente, pois sei que as oportunidades surgem para aqueles que têm planos bem feitos e persistem em sua busca.
           E, quem sabe, no meio de toda essa busca constante por sucesso e reconhecimento, talvez o amor me surpreenda. Por que não? O destino, afinal, é um mestre em nos dar surpresas inesperadas.
            Hoje, lembrando que tudo tem o seu tempo, entendo que as amizades verdadeiras duram, mas as pessoas vêm e vão em nossas vidas. E assim, deixo ir aqueles que escolhem outro caminho, sem mágoa. Não sou egoísta a ponto de prender alguém que já não quer ficar comigo.
           Neste momento, minha alma busca um refúgio, um espaço íntimo onde a beleza e a ordem sejam soberanas. Quero me envolver por um ambiente que me convide à paz, que acalme o meu pensamento agitado.
           A partir de agora, comprometo-me a buscar a tranquilidade e a paz, começando por me reconciliar comigo mesmo. Depois, estenderei essa paz a todos que me acompanham diariamente. Sei que para viver em harmonia com o mundo, só preciso dar mais dois passos: cuidar da minha saúde física e manter a mente aberta. Com esses dois pilares, minha segurança pessoal inspirará aqueles ao meu redor.
          Assim, hoje, com determinação, sigo cuidando da minha saúde e do meu lar, fortalecendo-me para enfrentar as adversidades com inteligência e serenidade. Pois é na tranquilidade que encontramos a chave para viver plenamente, em paz conosco e com o mundo ao nosso redor.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017
Reeditado em 03/07/2018
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sábado, 23 de junho de 2018

PRUDÊNCIA ("Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente." — Pindaro)



Crônica

PRUDÊNCIA ("Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente." — Pindaro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Aqui estou eu, sob o céu que tanto admiro, mas que parece estar em constante mutação. Em um momento de instabilidade, agi precipitadamente, tomando decisões imperfeitas. Agora, percebo a necessidade de uma análise mais profunda e calma antes de tomar qualquer outra decisão errada. Evito me expor neste momento de incerteza, priorizando o descanso do fim de semana.

Mas, como posso descansar quando as respostas que procuro não são dadas? A minha atenção está comprometida por tantas preocupações. O que antes era combinado já não existe mais e a rotina se perde em arranjos precários. Será que isso vai passar agora? Medito sobre isso…

A introspecção tem sido a minha companheira constante, favorecendo apenas o meu autoconhecimento. Espero não ficar parado quando a situação exigir ação. Sinto-me preso em ideias corrosivas, perdendo mobilidade enquanto os concorrentes ocupam espaço no meu céu, tomando o meu lugar.

Eles estão sempre planejando uma traição, então é melhor prevenir do que remediar. Não quero ser levado à justiça, então vou deixar todos os meus documentos regularizados e abandonar minhas práticas suspeitas para trás. O bom dos meus pecados é que eles funcionam como cometas, apontando-me, abrindo e pavimentando o meu caminho com fogo.

“Aquele que botar as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.” (Pierre-Joseph Proudhon). Então, esta minha crônica emotiva é para dizer-lhes que estou vivendo exatamente como já disse o Sêneca: devemos viver de tal maneira que não façamos nada que não possamos dizer aos nossos inimigos.

Como Salomão bem disse em Provérbios 14:15: “O simples crê em toda palavra, mas o prudente assiste aos seus passos”. Há muita diferença. O simples acredita em qualquer coisa que aparece, enquanto o homem prudente é cauteloso e cético sobre tudo.

Eu amo a cautela. Eu sou prudente. Eu sempre olho para a frente, tentando ver as falhas do caminho ou riscos. Eu me escondo dos perigos, alterando o que acredito. Nunca quero ser pego acreditando em mentiras ou caindo em uma armadilha.

Por outro lado, o ingênuo desinteressadamente deixa a vida acontecer. Eles não questionam só acreditam, por isso continuam andando e repetidamente sofrendo os perigos que não podem ver.

“Antes da vitória vem a tentação. E quanto maior os louros a conquistar, maior a tentação a que é preciso resistir” (Stephen King). E assim termina minha crônica emotiva, uma reflexão sobre os acontecimentos da vida e uma mensagem impactante para vocês, leitores.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017
Reeditado em 23/06/2018
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