"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

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sábado, 8 de dezembro de 2018

DEPRECIAÇÃO ("O desmerecimento é a forma mais medíocre e consoladora que o ignorante encontra para se iludir que diminuiu o sábio".— Heitor Leandro)



Crônica

DEPRECIAÇÃO ("O desmerecimento é a forma mais medíocre e consoladora que o ignorante encontra para se iludir que diminuiu o sábio".— Heitor Leandro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma sexta-feira qualquer quando me dirigi à escola para mais uma aula de literatura. Enquanto caminhava pelos corredores, podia sentir a energia inquieta dos alunos, ansiosos pelo fim de semana. Ao entrar na sala, deparei-me com a usual cena de desinteresse e indisciplina. Em meio a um mar de rostos jovens, cada um com seus próprios sonhos e desejos, mas unidos por uma apatia comum em relação ao aprendizado. A falta de perspectiva para o futuro da educação não estava na minha metodologia ou na minha aparência desalinhada, mas sim no comportamento e nas conversas inconvenientes dos alunos.

Lembro-me de uma vez, quando tentei despertar o interesse deles pelo Romantismo brasileiro e as questões machistas, através de um filme literário, "Inocência", dirigido por Walter Lima Junior, um renomado cineasta brasileiro. No entanto, mesmo com a promessa de questões da prova baseadas no filme, nada parecia tirá-los da letargia.

Naquele dia, durante o intervalo, foi servida canjica. Lembro-me do balde de devolução, cheio de copos ainda cheios que iam para o lixo. Aproveitei a oportunidade para falar sobre a gratidão e o valor das coisas, mas as palavras pareciam cair em ouvidos surdos. A indiferença deles me deixava também apático, sem novas ideias para chamar a atenção.

Eles aproveitavam o tumulto da distribuição do lanche para sair da sala, um truque comum para criticar o professor. Mas, se eles nem sabem ser alunos, como poderiam saber o que é ser um bom professor? Esse comportamento é típico de um aluno relapso, irresponsável e inconsequente. Eles precisam se mostrar, ficam na porta da sala o máximo que podem, crendo que a coordenadora vai aparecer para repreender o professor: — "Professor, o que eles fazem aqui fora?"

Por revolta, eu me esqueço deles. Sempre fiquei revoltado com o marginal disfarçado de aluno. Mas, adoro meus bons alunos! E vi muitos com saudades da escola. Sempre dizem que era um tempo muito bom. Os outros nem parecem, não se importam em reviver as causas dos atuais sofrimentos! Já se acostumaram tanto que os calos fizeram-nos felizes por serem infelizes conscientes.

Agora, olhando para trás, vejo que a educação é um reflexo da sociedade. Se queremos mudar a educação, precisamos primeiro mudar a sociedade. E para mudar a sociedade, precisamos começar por nós mesmos. Afinal, quem desfaz, não constrói. E a construção de um futuro melhor começa com a educação. É um movimento cíclico.


ALINHAMENTO CONSTRUTIVO


1. A Indiferença como Obstáculo à Aprendizagem:

Quais são os fatores que contribuem para a apatia e o desinteresse dos alunos em sala de aula?

Como o contexto socioeconômico e cultural pode influenciar a motivação dos alunos?

Que estratégias podem ser utilizadas para despertar a curiosidade e o engajamento dos alunos no processo de aprendizagem?


2. A Busca por Soluções Inovadoras:

Como podemos repensar a metodologia de ensino para torná-la mais dinâmica e interessante para os alunos?

Que ferramentas e recursos tecnológicos podem ser utilizados para promover uma aprendizagem mais interativa e personalizada?

Como podemos criar um ambiente de sala de aula mais positivo e acolhedor, onde os alunos se sintam seguros e motivados para aprender?


3. A Responsabilidade Compartilhada:

Qual o papel da família, da escola e da sociedade na formação dos alunos?

Como podemos fortalecer o diálogo e a colaboração entre esses diferentes agentes para construir uma educação de qualidade para todos?

Como podemos incentivar a participação dos alunos na construção do seu próprio processo de aprendizagem?


4. A Necessidade de Transformação Social:

Como a educação pode ser um instrumento de transformação social?

Que medidas podem ser tomadas para garantir o acesso à educação de qualidade para todos os cidadãos?

Como podemos promover uma educação mais justa e inclusiva, que valorize a diversidade e prepare os alunos para os desafios do mundo contemporâneo?


5. Otimismo e Esperança no Futuro:

Apesar dos desafios, quais são as perspectivas para o futuro da educação?

Que exemplos de práticas inovadoras podem nos inspirar a construir uma educação melhor?

Como podemos manter a esperança e a convicção de que a educação é a chave para um futuro mais justo, próspero e sustentável?


Lembre-se: A educação é um processo complexo e multifacetado que envolve diversos fatores. A busca por soluções para os desafios da educação exige um esforço conjunto de todos os agentes sociais. Através do diálogo, da colaboração e da busca por inovações, podemos construir uma educação de qualidade para todos, capaz de promover o desenvolvimento individual e coletivo e transformar a sociedade.


Dicas para responder as questões:


Leia o texto com atenção e reflita sobre os temas abordados.

Utilize o texto como base para suas respostas, mas não se limite a ele.

Busque outras fontes de informação para enriquecer seus argumentos.

Seja criativo e original em suas respostas.

Apresente seus argumentos de forma clara e concisa.

Fundamente suas ideias com exemplos e dados concretos.


sábado, 1 de dezembro de 2018

DESVENDANDO O LABIRINTO DA EDUCAÇÃO ("O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta." — Maquiavel)




DESVENDANDO O LABIRINTO DA EDUCAÇÃO ("O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta." — Maquiavel)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um dia comum, como qualquer outro, na sala de aula. Eu, professor, estava diante de uma turma de alunos ansiosos, quando um deles, insatisfeito com a nota de sua redação, questionou meus critérios de avaliação. Achei ousado, mas não inesperado. "Quem não sabe fazer um bom texto, vai saber avaliar os meus critérios de correção?", ele perguntou desafiadoramente.

Em meio à confusão, a questão era por que eu dei nota máxima ao outro aluno, cuja caligrafia era quase indecifrável, e a ele não. Expliquei-lhe que o outro aluno preencheu todas as trinta linhas de sua redação, demonstrando esforço e dedicação. — "E se ele for um gênio incompreendido, com uma cultura tão avançada que eu não consigo entender?", ironizei, tentando aliviar a tensão.

Nesse momento, uma colega de trabalho que estava na sala, levantou-se em minha defesa: "Verdade, valorizar é estímulo para evoluir, parabéns mestre!". Esses dois extremos me fizeram pensar nos eleitores da esquerda, dependentes dos programas sociais do governo manipulador. Como disse Orson Scott Card, "Se os porcos pudessem votar, o homem com o balde de comida seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tenha abatido no recinto ao lado."

Hoje, conheci o novo Ministro da Educação do governo Bolsonaro. Ele defende a “preservação de valores tradicionais" da família e das crianças, com foco na aprendizagem. Antiesquerda, anticotas e pela a escola sem partido. Gostaria de dizer-lhe que, antes de embarcar em qualquer empreendimento, é fundamental fazer uma avaliação bem elucidada das perdas, e dos ganhos, e das possíveis afrontas.

A direita retomou o poder pelas mãos da democracia, como nunca antes, selou tudo com o aval da maioria. Como disse Manoel de Barros, "Desfazer o normal há de ser uma norma." Sou brasileiro e ainda não perdi meu amor próprio. Mas, também, terei o cuidado para não me deixar dominar pelo orgulho...

A esquerda ainda reclama e bafora como é de costume aos perdedores. Parece-me que eles não querem o crescimento, pois não há outra forma de desenvolvimento sem mudança. "A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.", como disse John Dewey.

E assim, nesse dia comum, na sala de aula, aprendi mais uma vez que a educação é um espelho da sociedade, um diálogo constante entre professor e aluno, entre o velho e o novo, entre o conhecido e o desconhecido. E que, no final das contas, todos nós somos aprendizes nessa grande escola chamada vida.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. O Desafio da Avaliação e a Busca por um Sistema Justo:

A crítica do aluno à avaliação de sua redação levanta quais questionamentos sobre a prática avaliativa na educação?

Como garantir que a avaliação seja um instrumento de aprendizado e não apenas de mensuração?

Que medidas podem ser tomadas para construir um sistema de avaliação mais justo e eficaz?

2. O Dilema da Caligrafia Ilegível e o Valor da Expressão Individual:

Qual a importância de valorizar a expressão individual, mesmo em meio a dificuldades como a caligrafia ilegível?

Como podemos incentivar a criatividade e o desenvolvimento individual, considerando as diferentes formas de comunicação?

Que estratégias podem ser utilizadas para auxiliar alunos com dificuldades de caligrafia?

3. Manipulação Política e o Papel da Educação na Formação de Cidadãos Críticos:

Como a manipulação política pode se manifestar no contexto educacional?

Qual o papel da educação na formação de cidadãos críticos e conscientes, capazes de discernir informações e tomar decisões autônomas?

Que medidas podem ser tomadas para fortalecer a educação crítica e evitar a manipulação política nas escolas?

4. O Novo Governo e os Desafios para a Educação Brasileira:

Quais os principais desafios que o novo governo enfrenta na área da educação?

Como conciliar a defesa de "valores tradicionais" com a necessidade de promover a inclusão e a diversidade na educação?

Que medidas podem ser tomadas para garantir o acesso à educação de qualidade para todos os brasileiros?

5. A Importância do Diálogo e da Mudança para o Progresso da Educação:

Qual a importância do diálogo entre diferentes correntes de pensamento para o desenvolvimento da educação?

Como superar a polarização política e construir um ambiente propício ao debate construtivo sobre a educação?

Que medidas podem ser tomadas para promover a mudança e o progresso da educação brasileira?

Dicas para responder as questões:

Leia o texto com atenção e reflita sobre os temas abordados.

Utilize o texto como base para suas respostas, mas não se limite a ele.

Busque outras fontes de informação para enriquecer seus argumentos.

Seja criativo e original em suas respostas.

Apresente seus argumentos de forma clara e concisa.

Fundamente suas ideias com exemplos e dados concretos.

Lembre-se: A educação é um campo complexo e multifacetado. É importante ter uma visão crítica e abrangente do tema, considerando as diferentes perspectivas e os diversos fatores envolvidos.


sábado, 24 de novembro de 2018

Nos Braços da Solidão ("Igualdade de valor jamais deveria ser confundido com similaridade de naturezas. Homem e mulher são seres distintos e complementares; não iguais!"—Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor)




Nos Braços da Solidão ("Igualdade de valor jamais deveria ser confundido com similaridade de naturezas. Homem e mulher são seres distintos e complementares; não iguais!"—Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Aqui estou eu, perdido na multidão, com meus olhos navegando como um navio em busca de um porto seguro. Um rosto familiar, um sorriso cúmplice, um olhar que reflita a sintonia que tanto almejo. A busca por uma alma gêmea é como uma jornada pelo deserto, onde cada oásis encontrado é um vislumbre de esperança: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Marcel Proust uma vez disse: "O que reúne e atrai as pessoas não é a semelhança ou identidade de opiniões, senão a identidade de espírito, a mesma espiritualidade ou maneira de ser e entender a vida." Essas palavras ressoam em mim como um mantra, guiando-me em minha busca: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Cada encontro é uma aventura, uma dança delicada entre a esperança e a frustração. Cada aperto de mão, cada palavra trocada, carrega o potencial de um novo começo, de uma conexão profunda que desafia o tempo e o espaço: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Em momentos de desânimo, busco refúgio nas águas turbulentas do amor e do romance. Mergulho na intensidade dos sentimentos, buscando na paixão a força criadora que me impulsiona. É nesses momentos que me sinto mais conectado com minha essência, com a fonte da minha inspiração: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Sinto saudades de um tempo em que a união era genuína, baseada na amizade, no amor e na compatibilidade. Saudades de um tempo em que as ideologias não eram vazias, mas cheias de significado e propósito: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Minha vida, por vezes, parece um palco sem graça, um roteiro repetitivo que anseia por novos personagens, por reviravoltas inesperadas. É nesses momentos que sinto a necessidade de fertilidade, de intuições poderosas e de ligações profundas: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

A insegurança, meu maior demônio, se disfarça de conflito de interesses, travando uma batalha interna que só a democracia, com seus princípios de igualdade e liberdade, pode vencer: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Nos períodos de lua cheia, a esperança floresce em meu coração, iluminando o caminho e me convidando a sonhar. É quando me sinto mais conectado com o universo, mais propenso a encontrar pessoas interessantes que possam contribuir para a minha jornada: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Assim como Diego Alonso, estou sempre em busca da analogia perfeita que defina meus sentimentos, que traduza a complexa sinfonia que se desenrola dentro de mim: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

Enquanto navego pelas incertezas da vida, sigo buscando a sintonia perfeita, a melodia que harmoniza a mente, o corpo e a alma. E, quem sabe, um dia, encontrar a orquestra que dará ritmo ao meu destino: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.

E assim, enquanto o sol se põe e a noite cai, continuo minha busca. Uma busca que, embora árdua, é também repleta de esperança e possibilidades. Porque no final, não importa quantas vezes falhamos ou quantas vezes nos perdemos, o que realmente importa é a jornada e as lições que aprendemos ao longo do caminho. E quem sabe, um dia, eu possa encontrar o que estou procurando. E quando esse dia chegar, saberei que toda a busca valeu a pena: Mesmo que seja no aconchego dos braços de uma postituta conquistada com o reforço do dinheiro.


sábado, 17 de novembro de 2018

A JORNADA DE UM AVALIADO ("Enquanto tu não tiveres a autovalorização, maior será o desprezo contra ti." — João Alfredo Tchipilica)




A JORNADA DE UM AVALIADO ("Enquanto tu não tiveres a autovalorização, maior será o desprezo contra ti." — João Alfredo Tchipilica)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma sexta-feira, o dia em que as avaliações institucionais começaram. Eu já tinha me preparado para trabalhar no sábado, mas, pedindo a Deus meu perdão antecipado, decidi descansar como manda o mandamento, mesmo que fosse nos braços do capeta. As responsabilidades não podem ser transferidas para a segunda-feira, então... Nem sempre estou no controle das situações. Que venham as consequências a quem é de direito!

Comecei pedindo ajuda para abrir a página da avaliação funcional, pois demora muito! Lendo e refletindo nos quesitos, atribuí valor 10 por meu desempenho. Em todos, dez, nenhum zero, porque os itens de avaliação parecem me pedir ajuda! São tópicos culturais e técnicos, revigoraram a lembrança de minha rotina; detonam meus ânimos. Todavia, também foi possível me deixar envolver pela preguiça, o "ócio criativo", depois que tomei a atitude de não pensar demais, só sentir. Uma questão responde a outra. É princípio de bom senso, dê-me a nota que você deseja ter. A minha é dez.

Na vida, sempre dei mais atenção para quem eu amo, mas agora jamais me esquecerei de investir em mim mesmo. Simplesmente, não foi possível conciliar as duas coisas. "Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar." (Friedrich Nietzsche). Como posso amar o próximo se não amo a mim mesmo? Então preciso desenvolver minhas habilidades e trazer à tona todo o meu potencial justificando minha autoestima aflorada. Por isso, devo demonstrar meu amor por eles com outra intensidade!

Não é porque eu não tenho em meu currículo o mínimo necessário aos cargos que almejo que devo me sentir menos ser humano. Eu estou consciente de meus limites e potencialidades. Alguma aresta está me impedindo de progredir em alguns casos. Contudo, vou amadurecer e atender de fato as pessoas sem perder o equilíbrio! Aconselha-me Abraham Lincoln: "Não se preocupe quando não for reconhecido, mas se esforce para ser digno de reconhecimento."

Estou aproveitando o final de semana prolongado para abraçar com criatividade as demandas do trabalho, sempre disposto a contornar diferenças ideológicas, evidenciadas pela tensão na área comunicativa. Terei êxito. Mas, terei que voltar a atenção para mim mesmo e para minha aparência. Pois na avaliação institucional consta este item. Tenho que cuidar mais de meu corpo, minhas roupas, e sempre me apresentar bem quando for a alguma atividade social, desde passeio com amigos a jantares formais. Chegou meu momento de ser reconhecido por meu potencial ou narcisismo. Será se vale a pena?

Ao final desta jornada, percebo que a avaliação não é apenas um reflexo de meu desempenho, mas também um espelho de minha alma. A cada resposta, a cada nota, a cada reflexão, vejo um pouco mais de mim mesmo. E, no final, não importa se sou reconhecido por meu potencial ou narcisismo. O que realmente importa é que eu me reconheça em cada linha, em cada palavra, em cada nota. Porque, no final, a maior avaliação que podemos fazer é a de nós mesmos.


sábado, 10 de novembro de 2018

CIRCUNSPEÇÕES ("O tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções." (Martha Medeiros).




CIRCUNSPEÇÕES ("O tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções." (Martha Medeiros).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje acordei com uma tristeza inexplicável, uma sensibilidade aguda que me tornou introspectivo. Suspeito que seja eu, com as necessidades da minha alma, sofrendo os efeitos de alguma atitude impensada. Estou tentando equilibrar o espiritual e o emocional para amenizar o desconforto. Será que não mereço entender mais claramente a complexidade dos meus próprios sentimentos?

Estaria esse mal-estar relacionado aos males da alma ou a fragilidade da alma não é má? Talvez ela esteja procurando uma saída, uma cura, um subsídio. Será esta mais uma crise existencial do poeta que sou? Preciso de aconselhamento, um amigo, uma mão estendida. Em suma, quero algo além do material e do palpável: uma alma gêmea. Um motivo para o sofrimento com um lado bom!

Como disse o poeta Mario Quintana, "- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver! - Você é louco? - Não, sou poeta."

Diante desta instabilidade, preciso organizar minhas finanças. Estou na véspera da aposentadoria e preciso pensar em maneiras de estabelecer novos ganhos. Agora que as coisas estão tomando um novo rumo em minha vida, devo tratar de assuntos que se refiram a investimentos a médio e curto prazo.

Os comentários aqui no Facebook me alertam também quanto a uma fase delicada para a exposição de minha imagem. Um idoso não pode se expor assim abundantemente, o que pede uma postura reservada e financeiramente controlada. Então, vou tornar este momento em um motivo para contenção de gastos e questionamentos. O que foi acertado pode ser revisto, e algumas amizades distantes voltarão para isso. Tenho medo! "As amizades renovadas exigem mais cuidados do que aquelas que nunca foram interrompidas." (François La Rochefoucauld).

Na verdade, estou com o faro mais poderoso! Ótimo para expor um assunto difícil e delicado numa reunião de trabalho. Porque quando estou instável também estou forte e decidido. Meu segredo é que conto com a experiência das pessoas! E o meu futuro planejado parece estar ficando cada vez mais perto. Mesmo que minha rotina passe por algumas modificações, envolvendo mais tarefas e trabalhos, mas com certeza serão muito benéficas. "O que mata é envelhecer percebendo que teve uma vida de cautelas, baseadas em suposições frágeis que, se concretizadas, não passam de meros pedregulhos que caíram no seu caminho justamente por você ficar parado." (Matheus Lara).

E assim, nessa montanha-russa de emoções e reflexões, sigo meu caminho, buscando compreender a complexidade dos meus sentimentos, enfrentando os desafios da vida e da idade, e sempre aprendendo com as experiências. Afinal, a vida é uma jornada, e cada passo, cada decisão, cada crise existencial, faz parte dessa incrível aventura chamada vida.


sábado, 3 de novembro de 2018

A CONVERSÃO À DIREITA? ("Nos momentos de transição e crise, o grau de serenidade define os destinos..." — A.P. Abranches)






A CONVERSÃO À DIREITA? ("Nos momentos de transição e crise, o grau de serenidade define os destinos..." — A.P. Abranches)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje, com a certeza do novo presidente da república brasileira, Messias, decidi desancorar o meu barco e deixá-lo correr livremente nos próximos anos. Estou disposto a dar uma ajudinha para que as mudanças se estabeleçam o mais rápido possível. Afinal, como se pode crescer sem o efeito da mudança?

Estou aberto para entender e aceitar os elogios dos ganhadores e a crítica dos perdedores, mas mantenho-me sempre atento aos que se aproximam querendo apenas impor e não trocar ideias. Preciso me afastar também dos mascarados do dragão vermelho, manifestantes que sorriem demais e gritam por permanência, mas só gritam, e este grito não acelera o crescimento. Como disse apropriadamente M.M.Soriano: "A personalidade do palhaço sai com água."
Até o médium Chico Xavier profetizara sobre este momento de clareza a respeito das pessoas e da comoção social, falando do futuro do Brasil. Estou cansado desta tal zona de conforto, o amor à flor da pele, e também não quero ser massa de manobra de sindicato algum, fazendo "lobby" por suas "honoris causas". "A esquerda é boa para duas coisas: organizar manifestações de rua e desorganizar a economia." (Humberto Castello Branco).
Logo "hoje", um dia de vitória, até que seria propício para eu viver a vida social e aproveitar ao máximo a companhia das pessoas comemorando nas ruas. Mas, é um dia de trabalho! Como posso aceitar convites e promover encontros com meu grupo? Ninguém disponível, todos estão trabalhando. Estaria eu pensando em parcerias? Estou lhes sugerindo os prazeres associados à comunicação no círculo pessoal, por termos interesses comuns: a mudança! Todavia, exatamente hoje, por estar mais aberto para as pessoas, complico-me! Pois estou sensível à reação de vocês. Meio desconfiado, tenho que me afastar de pessoas manipuladoras, aquelas que não assumem suas culpas.
Como antever este período de crescimento? Preciso melhorar meu cotidiano com atitudes mais sensatas. O Brasil será grande o quanto o for cada brasileiro. Enquanto estão dizendo que o regime político agora é ditadura. Eu racionalizo: sou o meu pior inimigo, tenho dentro de mim uma voz que é mais desejada do que a voz de Deus, ou qualquer anjo, ou mulher. A voz pode confortar e convencer-me contra qualquer ensino ou advertência. Esta voz está comigo vinte e quatro horas por dia e sempre me diz o que eu quero ouvir e acreditar. Isso me ajuda a tomar mais decisões. Eu estou deixando de ser otário! "Eu sou um experimento, nada certo, nada definido, tudo em estado de transição." (Tumblr). E minha transitividade é uma ditadura!
Em suma, a mudança é inevitável e necessária. É preciso estar aberto a ela, aceitá-la e adaptar-se a ela. Afinal, como disse Charles Darwin, "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças."