"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 26 de setembro de 2015

E O CORONAVÍRUS EDUCA A EDUCAÇÃO ("Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar." —Martha Medeiros)


Crônica

E O CORONAVÍRUS EDUCA A EDUCAÇÃO ("Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar." —Martha Medeiros)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Hoje, descobri os alunos, nas brechas que o professor dá-lhes, como os advogados "espertos" usando as brechas das leis a seu benefício, saem para fora da sala, na hora da aula, tumultuando a porta, a fim de que a coordenadora veja e brigue com o pobre professor tolerante! Foi isso que aquele aluno indisciplinado de oitavo ano passou-me na cara.
           Frustrado com minha proposta de ministrar aulas mesmo a quem nem dá valor em meus ensinamentos, e sabendo sobre a maioria está ali para não sei o quê; justifico o meu trabalho e a dignidade de meu salário, com o que é possível fazer aos comportados que ainda querem aprender: minoria. Outros poucos, tipos preocupados com o "auê", querem somente a atenção, ou querem apenas um expectador refinado, são carentes de prestígio. Eu nunca os ignoro, sou apenas um professor de Língua Portuguesa sem as credenciais de psicólogo, e jamais faço as vezes!
          Por que tenho de falar aos indisciplinados, pedindo-lhes bom comportamento a cada minuto: à grande maioria? É um psiu para cá, um oba oba para lá e um óhhh para acolá! Porém, os do sétimo ano continuam jogando papel uns nos outros e passeando na sala. Parece-me ser tudo que eles querem é mostrar sua agressividade e quem repete mais do lanche.  Querem mesmo é ser o centro dos olhares e mediante minha fragilidade moral abusam dela. Perturbados, sofrem os professores de alto domínio de classe, que de forma alguma é meu caso, diga-se de passagem, segundo os coordenadores exigentes, bons são os pautados pelos os "nãos" constantes, mantenedores na rédea curta. São esses os carregadores de alunos perniciosos e irreverentes nas costas, tirando-lhes a oportunidade de aprender andar na direção e da forma correta: "com as próprias pernas". 
           Mas, reconsiderando, o que é "domínio de classe"? Penso que tem tanto poder quem diz "não" a tudo como quem, por tantas vezes, também diz "sim", aos gostos desenfreados deles. Na verdade, o limite deles não termina quando começa o meu, invadem-me a paciência. Ora lhes digo "não" e ora lhes digo "sim". Sou o comedidamente, fazendo o papel de palhaço, ora falando às cadeiras ocupadas por pessoas vazias. Contanto que jamais os corrija em público senão enfrentarei um abaixo assinado de exclusão elaborado por eles, afinal o representante de sala é para isso! Nem falo mais de sua caligrafia é ilegível, pois, aconteceu-me outro dia, queriam me bater por isso. Eles são os que menos querem usar sua autonomia para viabilizar sua aprendizagem e procuram os atalhos, até porque, o professor dominador está sempre disposto a assumir a responsabilidade por aqueles que aceitaram os seus muitos "nãos", é cômoda a postura de robô, mas custa caro ao programador. "Todos os opressores... atribuem a frustração dos seus desejos à falta de rigor suficiente. Por isso eles redobram os esforços da sua impotente crueldade."(Edmund Burke).
           Quem assume o controle dos outros paga o preço de sua escravidão, porém quem liberta os outros paga o preço da sua liberdade: Qual destas atitudes é a mais cara? Quem nos escraviza assume o controle das nossas consequências, e, se as administrar erradamente, pagará também por isso. E, de jeito nenhum quero essa conta. Para mim, quem age irresponsavelmente, fazendo mau uso de sua liberdade, deve saborear sozinho suas consequências. Muitos, por não se submeterem à autoridade do mestre, controlam-no ao invés de serem controlados por ele, sendo que o mal sobrevirá repentinamente, como resultado disso, passando primeiro pelo controlador. Apagam-me e se fazem testas de ferro à minha frente. Que o coordenador brigue com eles e não comigo.
            No vespertino, fiz a seguinte reflexão sobre os alunos do fundamental: eles almoçam correndo, e chegam às 13h na escola, depois saem sem saber dizer, a sua mãe, o que se passou lá, conversando, bagunçando e concorrendo com o professor no maior esforço de mostrar que sabem mais, é tolice. Ainda, por cima, jogam a culpa no professor e acham quem os defenda! O que eles não sabem é que nunca se ensina adversário, mas parceiros. Ensinar é um ato de amor e aprender só é possível com respeito. A fala de Alice Walker, escritora estudo-unidense e ativista feminista, serve aqui aos dois lados: "Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio". Eu diria: Não é meu amigo quem abafa minha voz ou me obriga a calar. Paradoxal é o que faço, porém é o que consigo fazer; aos adversários dou-lhes notas boas, também calando-lhes a boca, uma vez iludidos de bons, tornar-se-ão heróis sem caráter: (Macunaíma)! Tudo é muito simples, até as medalhas de honra ao mérito eram apenas cerimoniais. Disse George Orwell: "A história é escrita pelos vencedores." Mas, hoje existem notícias de heróis que, na verdadeira história, só aparecem quando matam seus professores. E a estratégia dos pais? Processar, e ganhar indenização da escola. Temos inúmeros casos como o desta notícia: http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI130206,101048-TJRJ+Colegio+tera+que+indenizar+familia+por+bullying+praticado+contra (acessado em 05/12/2020).
            Também a instituição me exige altos índices de aprovação! É como dar-me uma arma sem balas e uma missão sem fim: vencer "moinhos de vento"! Todo mundo finge estar a favor da escola, até quando ela vai resistir!? "Lam.3:38 "Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?"
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 17/09/2015
Reeditado em 26/09/2015
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sábado, 5 de setembro de 2015

AS ÁGUAS VÃO ACABAR? ( O fim será, estocar vento e correr atrás do fogo)



Crônica

AS ÁGUAS VÃO ACABAR? ( O fim será, estocar vento e correr atrás do fogo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                Ouvi das instrutoras do curso sobre meio ambiente: "a água vai acabar". Então pensei, se a água vai acabar, aonde ela irá? Ela vai se transformar em quê? Perguntei a alguém, se quando chove é um desperdício de água. Ele me disse: não. Então insisti em lhe dizer sobre a torneira da cozinha pingando, não ser desperdício de água! a água é para a terra. O que está de fato desperdiçando, nesse caso, é o tratamento da água. Isto é, se a água da torneira for tratada! Mas, com as tecnologias avançadas, afirmo: faltará água potável e cada vez mais barata, nas utilizações humanas,  certo de que é, de fato, um bem público outorgado por Deus. 
           Depois pensei novamente, a água é tão importante quanto o ar. E este é tão poluído como a água, porém ninguém se atreve a dizer que o ar vai acabar! Todavia, quando os ricos começarem a medir o consumo de ar por pessoa, logo aparecerão leis para regulamentar e valorizar o consumo de ar, após o então, não faltará quem diga que o ar irá acabar como dizem da água. A presidente Dilma reclamou tecnologias eficazes no estocamento de vento, logo teremos campanhas, nas mídias, para se economizar vento. (http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/dilma-vira-piada-mais-uma-vez-ao-sugerir-estoque-de-vento-47760/) (acessado em 09/10/2015).
            Agora vejo a população comum, incentivada, e até pressionada, por lei a economizar a água, sob ameaça de multa, enquanto os da classe alta se banhando de piscina em suas propriedades, e  enfeitando a varanda deles com cascatas iluminadas. 
           Alguém pode me dizer se o fogo vai acabar? E a terra, também vai acabar? Os terraplanistas por pouco não reduziram o globo terrestre a uma pizza, só faltando o forno para assá-la. Porém digo que os quatro elementos fundamentais e sustentadores da vida na terra (água, ar, fogo e terra) deveriam ser verdadeiramente bens públicos, e o tratamento para adequação de uso deles deveria ser o mais barato possível, devido as novas tecnologias de crescimento e a necessária manutenção da vida.
          Continuo achando que a conscientização é válida, sobre os depósitos do lixo, mas é inevitável o crescimento populacional desenfreado, produzindo maior quantidade de contaminação na água, no ar e na terra. Qual seria o local adequado para os lixos dos humanos? Não haverá lugar algum certo! Ou ainda, todos os lugares são certos! Só sei que qualquer aterro sanitário concorre com o espaço de alguém, precisando ser saudável. Selecionar e Incinerar talvez amenize por algum tempo, contudo a fumaça é um produto nocivo e a cinza também. É mais um remendo novo na roupa velha, dura pouco, e o buraco na camada de ozônio ficará maior!
           Lamento por lhe dizer coisas desagradáveis: Todos os iludidos por sofistas de discurso fácil pagam mais caro. Afinal, o que vão fazer os ecologistas, biólogos, químicos e engenheiros ambientalistas quando a população da terra for 13 bilhões de habitantes, se hoje já está se precisando de cursos alarmistas? Só restará o espaço de dentro do homem para seu próprio lixo, o de fora já não cabe mais! Ou o homem dentro do lixo, ou o lixo dentro do homem. Um tem de dar lugar ao outro. E até quando? Como incinerar o lixo de dentro do homem, sem levá-lo junto? A faísca alimentadora da intolerância social. 
           Eles falam de forma complicada para o "gado" não entender e, aliás, nem sei o que querem dizer com "economizar água"!!! Será possível? O sol continua gratuitamente dessalinizando a água do mar e os céus devolvendo-nos água doce em forma de chuva. Sobretudo, o mercado de tecnologias criativas continuará criando novos e mais baratos métodos de purificação da água. Uma nascente é fechada aqui e abre-se naturalmente outra ali. A água não vai acabar porque quem projetou a vida na terra sabe tudo. O homem só destruirá a água quando aprender fabricá-la!
           Como isso tudo tem a ver com a educação? É que eu não sei qual das águas lavará nosso cérebro ou apenas nossos bolsos! Enquanto isso, penalizam-se uns e outros até a penalização de todos. A natureza se vira para combater o golpe da água!!! De fato, a água potável nunca irá acabar, apenas custará o cabresto aos pobres.   https://aoquadrado.catracalivre.com.br/inovacao/suporte-para-bicicleta-gera-agua-enquanto-voce-pedala/
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/09/2015
Reeditado em 05/09/2015
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sábado, 29 de agosto de 2015

QUEM COLHE(,) PLANTA... ("Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso’. Então os servos lhe propuseram: ‘Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio?’" Mt 13:28)




Crônica da vida escolar

QUEM COLHE(,) PLANTA... ("Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso’. Então os servos lhe propuseram: ‘Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio?’" Mt 13:28)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Já vi por muitas vezes os alunos fazerem abaixo assinado, querendo se livrar de professores indesejáveis; agora, professor recorrer do maldito instrumento para se livrar da turma insuportável é a primeira vez. Está achando ridículo? Então, tente imaginar as condições daquele sexto ano de quarenta e cinco alunos indisciplinados, com uma idade variando dos dez aos dezessete anos, onde os mais velhos massacram os mais novos! E pior, eu também o assinei procurando me livrar deles! E os costumados a colaborar, viciados nas vaquinhas de tudo, até pagando a confecção do horário das aulas, pois a coordenadora nem conseguiu fazê-lo, de forma alguma ofereceram resistência alguma a assinar, também, a petição. O desfecho não foi favorável, mas percebi que, na escola, uma assinatura de um aluno "de menor" vale mais do que a de um professor pós-graduado, em se tratando da permanência do mesmo.

Até então, eu acreditava na revolução dos docentes rumo à melhora do sistema educacional, contudo morreram todas as minhas crenças nisso. "É abominável quando a serva manda em sua senhora" (Prov. 30:23). Porém, por aqui, primeiro manda os alunos, depois os pais dos alunos, ... enfim, o caranguejo, numa marcha à ré, vai disparado ao brejo, porque a vaca já está lá. E outros estão usando o brejo também para lavar a égua.

Quase nunca se tem dinheiro para nada na escola, as verbas jamais vieram, não prestaram as contas na data marcada, e condições melhoradas de trabalho nem se fala, é uma peleja, parece-me que essa deficiência nos enfraquece perante a comunidade. Nem o machismo, ou feminismo, ou o modismo somam forças suficientes para arrastar o carrancismo da história educacional. O apagão, ou melhor, o "alunadão" de todas as penumbras escurece os lugares que deviam estar iluminados. Escola deveria ser lugar de estudante, mas é primeiramente de políticas! Todavia, a verdade sempre aparece, e aqueles, os semeadores do mal devem fazer a colheita no inferno.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 21/08/2015
Reeditado em 29/08/2015
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sábado, 8 de agosto de 2015

EXTENSÃO DE CARGA HORÁRIA NO INFERNO ("Se você está atravessando o inferno... não pare." )



Crônica

EXTENSÃO DE CARGA HORÁRIA NO INFERNO ("Se você está atravessando o inferno... não pare." )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                      Quando terminaram as férias de julho (2015), precisei fazer um complemento de minha carga horária em outra unidade escolar municipal. Sim, na unidade em que eu estivera sempre lotado na carga completa. Bastaram-me avisar o fechamento de uma turma, então eu já sabia onde ir: Secretaria de educação. Lá fui bem recebido, apesar da demora na sala de espera, contudo percebi o empenho, a auxiliar da Secretária de educação se esforçou o máximo procurando uma localidade para mim. Finalmente, recebi uma ordem de serviço garantindo-me oito aulas de produção textual. De certa forma, eu estava feliz, até que me deparei com o verdadeiro problema, cheguei onde me mandava o documento: Sorrisos hipócritas para cá e para lá, apertam minha mão um e outro, mas a Professora de quem assumi as aulas visivelmente triste e abatida, com certeza se vigará, nunca mais posso contar com ela ali naquela unidade escolar, e não devo esperar elogios dela. Diminuiu seu salário por minha causa. Será mais uma a "puxar meu tapete". 

           E o problema foi se avolumando, vi uma grande barreira quando o diretor e sua secretária local expuseram a tamanha dificuldade em mudar o horário das aulas, senti-me disforme e "encaixável". Por um instante, juro que pensei sair correndo dali e voltar à secretaria para abandonar aquelas aulas, terminar o ano na carga mínima. Por último, depois de sentirem meu constrangimento, sugeriram que eu pegasse carga completa ali, evitando mexer no horário deles. O que não evitaria a confecção de novo horário das aulas na outra escola sem mim por lá. Confusão alegada, o gestor estava preocupado só com o umbigo dele. Queria de imediato meus dias disponíveis como se dependesse somente disto para destravar aquele impasse.  A essa altura, eu nem estava mais raciocinando direito, ensurdecido pelos "iixiiii" da auxiliar de secretaria que escutava a conversa. Ela nunca me simpatizou, jamais seria agora, ainda é mãe de um ex-aluno meu, franzindo a testa, pediu-me de imediato e taxativamente a cópia de todos os meus documentos para formar uma pasta colecionando meus dados ali. Eu não estava lhe pedindo uma modulação ali, era uma ordem da Secretaria para completar a minha modulação da outra escola. Em meio a suspeita de inadequação ou praxe, senti-me testado. Pensei em me defender, porém, como? 
           Passadas duas semanas, finalmente ficou pronto o horário de aula, parecia-me ter algo errado, exigi minhas oito aulas autorizadas na ordem de serviço da secretaria, mas imediatamente me fizeram assinar um documento no qual me fazia ciente de que eram só, exatamente, oito aulas. Também achei estranho! Lógico, perdi uma aula de planejamento. Deixa para lá. Decidi pela maneira mais difícil, vou aceitar o desafio e permanecerei até não puder mais. Talvez terei dolorosos assuntos, pelo resto do ano, para compor minhas crônicas da vida escolar, como lucro. Pois, não recebi pagamento algum por aquelas aulas, no início do quarto bimestre fui convocado pela secretária de minha escola de modulação para assinar um ciente de carga mínima (15 aulas, o documento está na secretaria de educação municipal, significou que aquelas aulas nunca entraram na folha).
            Aí, não adiantou ter lido Frederick Herzberg:  "A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento." Todavia o "trator de esteira" aqui não sabe o que é isso.  Também aprendi, onde está o outro extremo, com Frank Lloyd Wright: "Um profissional é aquele que faz o seu melhor trabalho quando menos vontade tem de o fazer". Como sempre fiz, enfrentarei os problemas, fazendo o que tem de ser feito. Mesmo o pensamento do Bruno Toddy advertindo-me: "Pessoas agem pelos seus próprios esforços, como um "Trator de indignações", e acabam deixando de lado a confirmação e vontade de Deus!" Que Deus me perdoe, mas o que me roubaram outros instrumentos de diabo o defraudarão seus despojos.  O Meu perdão não lhe salva das consequências.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/08/2015
Reeditado em 07/08/2015
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